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08/01/2023 às 11:34, atualizado em 08/01/2023 às 11:45
Serviço de atendimento móvel tem nas motocicletas um diferencial para atender casos de extrema urgência; frota será renovada nos próximos meses
Pouco notadas pela população nas ruas do DF, as motolâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) são sinônimo de agilidade e funcionam como um pronto-socorro em situações de emergência. São dez equipes de socorristas, que andam sempre em duplas, treinadas para chegar o quanto antes e prestar o primeiro atendimento. Atrás delas, vem o restante dos servidores em ambulâncias e, dependendo da urgência, até no helicóptero do órgão.
Neste ano, 23 novas motocicletas vão renovar a frota. Com um investimento de R$ 2 milhões, o processo para aquisição dos veículos de duas rodas está na fase final. Serão motos Suzuki 650 cc, modelo V-strom, com sirenes e adaptadas para as funções do Samu. Um reforço importante, lembra a gerente de Atenção Pré-hospitalar do Samu, Vanessa Rocha.
“Com motocicletas novas, mais rápidas, melhora o tempo de resposta a uma ocorrência. Se o atendimento chega antes, o paciente naturalmente tem mais chance de melhora”, observa a gestora. As motos, que podem chegar em carca de dez minutos ao local da chamada, ficam descentralizadas em dez cidades diferentes.
[Numeralha titulo_grande=”4.317″ texto=”Total de atendimentos prestados por motolâncias em 2022″ esquerda_direita_centro=”direita”]
“A motocicleta tem a facilidade de andar por um corredor entre os veículos ou transpondo uma via para a outra, além de passar por cima de calçadas e até descer escadas, coisas que uma ambulância não faz”, pontua o socorrista Alessandro Cardoso, com 13 anos de atividade no Samu. Esses “anjos da guarda” não vão a todas as chamadas – cabe a um médico regulador definir a forma de atendimento, a depender da gravidade e do local do ocorrido.
De acidentes a partos
Em 2022, foram 4.317 atendimentos prestados por motolâncias – aproximadamente 6% do total feito pelo Samu em toda a capital. “Vale lembrar que é uma atividade de risco para os profissionais, que não são mais de 30. Temos poucos recursos humanos, e as motos fazem atendimentos somente diurnos”, explica Vanessa Rocha. Os casos atendidos vão desde acidentes automobilísticos até partos.
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“Somos os primeiros a chegar e conseguimos suprir toda a demanda até o momento em que a viatura chegue. Ao final, também abrimos o caminho para que as viaturas cheguem com rapidez aos hospitais ou UPAs [unidades de pronto atendimento]”, explica o socorrista Paulo Cesar Faria Jr. O serviço de atendimento conta com 38 viaturas.
Ataduras, desfibrilador, monitor cardíaco e uma diversidade de medicamentos vão no baú das motos. Um trabalho que é feito nos detalhes e, como contam os socorristas, com a certeza de que em poucos minutos é possível salvar vidas.