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28/06/2016 às 21:40, atualizado em 28/06/2016 às 22:05
Em preparação para o encontro de 2018, participantes sugeriram debater sobre mudanças climáticas e sustentabilidade
Levar maior participação popular ao 8º Fórum Mundial da Água é uma das sugestões mais destacadas pelos participantes do primeiro encontro preparatório para a edição de 2018, que será sediada por Brasília. Cerca de 800 pessoas — entre líderes, especialistas e membros da sociedade civil —, se reuniram em dois dias de debates no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Entre os tópicos discutidos estava ainda a ideia de aprofundar o debate sobre mudanças climáticas e sustentabilidade. O evento ocorrerá em Brasília de 18 a 23 de março de 2018 e será a primeira edição em uma cidade do Hemisfério Sul.
Para tentar tornar o fórum mais inclusivo, o grupo sugeriu desde questões operacionais — como destinar mais recurso da própria organização para arcar com custos de participação de comunidades carentes que passam por dificuldades em relação ao recurso hídrico — à criação de uma plataforma em que interessados pelo tema possam interagir de agora, a pouco menos de dois anos do encontro mundial, até o pós-evento.
“Tivemos indicações muito claras para ter inclusão na participação e trazermos mais vozes e realidades diferentes para a gente achar soluções”, resumiu a subsecretaria de Planejamento Ambiental e Monitoramento da Secretaria do Meio Ambiente do DF, Maria Silva Rossi. Ela acrescentou ainda que há a ideia de atividades do fórum serem alocadas nos parques da cidade e de serem feitos trabalhos educativos com crianças e escolas.
Para o diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal, Paulo Salles, as propostas mais enfatizadas pelos participantes estão relacionadas ao contexto atual. “As pessoas estão sentindo as variações climáticas na própria pele e estão vendo os efeitos disso. Hoje, elas já associam essas mudanças com falta d’água e inundações.”
Com a intenção de que Brasília dê o exemplo como a cidade-sede da próxima edição do fórum, Salles avalia que é preciso revisar práticas em todos os níveis: dentro dos órgãos públicos, em empresas e na sociedade. “Temos grandes condições de ter até 2018 uma cidade ciente da importância da própria sustentabilidade”, completou.
[Olho texto=”Temos grandes condições de ter até 2018 uma cidade ciente da importância da própria sustentabilidade.” assinatura=”Diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal, Paulo Salles”]
Nas sugestões por inclusão participativa no 8º Fórum Mundial da Água, também foi reforçada a necessidade de maior compromisso dos representantes políticos e de mais facilidade para o diálogo entre eles e os que participam do Fórum Cidadão — atividade dentro da reunião com participação da sociedade civil.
Com problemas de excesso, como no caso de enchentes, ou de escassez de água no Brasil, o secretário executivo desta edição do fórum, Rodrigo Barbosa, acredita que haverá maior interesse popular pelo tema devido a experiências recentes, como a seca no Nordeste e a crise hídrica em São Paulo.
“Essa variação relacionada à disponibilidade de água é algo que chama muita atenção da sociedade. Além disso, precisamos efetivamente colocar a água na agenda política das nações, como elemento central inclusive para discussão de outros temas, como energia, abastecimento e saneamento”, explicou.
Após lançamento oficial do 8º Fórum Mundial da Água, no domingo (26), foi dada a largada para a preparação do encontro. Na segunda-feira (27), cerca de 800 participantes começaram a debater ideias e temas para a próxima edição do fórum. Hoje, reunidos em comissões, os grupos concluíram as discussões e apresentaram resultados aos demais no auditório principal do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Conduziram os trabalhos o secretário do Programa Hidrológico Internacional da Unesco, Andràs Szöllösi-Nagy; o diretor da área de hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), Ney Maranhão; a subsecretaria de Planejamento Ambiental e Monitoramento, da Secretaria do Meio Ambiente do DF, Maria Silva Rossi; o presidente da Rede Brasileira de Organismos de Bacias Hidrográficas, Lupercio Ziroldo Antônio; e um dos 35 governadores do Conselho Mundial da Água, o dinamarquês Torkil Jonch Clausen.
O diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, encerrou os dois dias de debates ao lado de dois dos quatro governadores brasileiros do Conselho Mundial da Água, Newton Lima Azevedo e Ricardo Andrade, também superintende da ANA.
São esperados cerca de 30 mil representantes de mais de cem países no Fórum Mundial da Água de 2018 em Brasília, que terá investimento de R$ 80 milhões — R$ 50 milhões da iniciativa privada e R$ 30 milhões repartidos entre governos federal e local.
Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos. O evento, que ocorre a cada três anos, já passou por Daegu, na Coreia do Sul (2015); Marselha, na França (2012); Istambul, na Turquia (2009); Cidade do México, no México (2006); Kyoto, no Japão (2003); Haia, na Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997).
Edição: Paula Oliveira