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29/06/2016 às 21:03, atualizado em 05/07/2016 às 15:31
Dado consta de pesquisa sobre os serviços prestados pelo Serviço de Limpeza Urbana, divulgada nesta quarta-feira (29)
Kátia Campos é diretora-presidente do Serviço de Limpeza Urbana, e não diretora-geral, conforme informado anteriormente.
Cinquenta e oito por cento da população que não conta com coleta seletiva na região em que vive faz a separação dos resíduos (secos e orgânicos). É o que aponta pesquisa de opinião sobre a qualidade dos serviços prestados pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU), apresentada na tarde desta quarta-feira (29), na Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
Da população consultada, 67,6% disse haver coleta seletiva na região, outros 26,7% informaram que não e 5,7% não souberam ou não responderam. De acordo com a avaliação apresentada nesta quarta-feira, a percepção de que há coleta seletiva cai à medida que a escolaridade aumenta.
Uma das associações levantadas na avaliação é a de que é possível que a população com mais alta escolaridade não acompanhe de forma tão próxima como o lixo é tratado, delegando essa função para outras pessoas, como empregados do lar e trabalhadores de limpeza dos condomínios
A diretora-presidente da autarquia, Kátia Campos, ressalta que esse é um indicador positivo para o SLU, visto que mesmo onde o governo não pratica a coleta seletiva, há autônomos, por exemplo, que pegam esse material. Com ou sem esse tipo de coleta, a separação dos resíduos nos domicílios torna o trabalho dos catadores mais eficiente.
“A separação dos resíduos dentro do domicílio dá agilidade ao trabalho e economiza o tempo de catadores autônomos. Precisamos trabalhar para mudar o hábito de quem deixa o trabalho de separação com pessoas não instruídas sobre o assunto”, destaca Kátia Campos.
O questionário aplicado pela Codeplan para realizar a pesquisa tinha 25 perguntas. Entre as de destaque, está a de avaliação dos serviços prestados pelo SLU nas regiões administrativas. Nesse quesito, as opções ótimo e bom representam 45,5%. Regular aparece com 36,5% e, somadas, as alternativas ruim e péssimo atingiram o patamar de 17%.
“A pesquisa deixa muito claros os pontos a serem melhorados. Campanhas educativas sobre o descarte correto e a ampliação de canais de comunicação com o público podem ser dois caminhos”, disse o presidente da Codeplan, Lucio Rennó.
Parte do problema de descarte de entulho e outros materiais está no desconhecimento sobre como fazê-lo. Uma das perguntas da pesquisa da Codeplan foi se as pessoas sabem fazer o descarte adequado de resíduos. Quase 57% dos que responderam afirmaram que sabem se desfazer corretamente de entulhos, enquanto 40% disseram que não e 3,1% não souberam informar ou não responderam.
Para ajudar a resolver o problema do descarte incorreto, o SLU abriu pregão eletrônico neste mês para a construção do primeiro Ponto de Entrega Voluntária (PEV) do Distrito Federal, no Núcleo de Limpeza Urbana de Ceilândia. O posto de atendimento receberá entulhos da população, recicláveis ou não – tais como pisos, azulejos, cimento e terra, madeiras, sobras de poda, móveis, papel, papelão, plásticos —, que serão destinados ao aterro controlado do Jóquei e às cooperativas de material reciclável.
A autarquia tem cinco projetos finalizados de PEVs que estão em fase de análise jurídica para lançamento do edital. Está prevista a construção de 58 Pontos de Entrega Voluntária no Distrito Federal.
Os trabalhos do SLU vão além da coleta de lixo, o que para 89,6% dos entrevistados é o único serviço prestado. Já pintura de meio-fio, outra atribuição do órgão, provocou dúvida — 56,6% responderam que não era responsabilidade da empresa ou não responderam. Já serviços como capina e roçagem, que não são prestados pelo SLU, tiveram 50,7% das respostas afirmativas.
Para a pesquisa, fruto de parceria entre o SLU e a Codeplan, foram ouvidas 4.088 cidadãos do Distrito Federal, em todas as regiões administrativas, de 16 a 25 de maio. A maioria é do grupo de regiões administrativas de renda média baixa, como Riacho Fundo, Brazlândia, Ceilândia e Santa Maria. Quanto à escolaridade, 39,1% têm ensino superior; 36,4%, ensino médio; e 14%, ensino fundamental.
Foi selecionada uma amostra de 25.132 registros, a partir do cadastro de habilitados do Departamento de Trânsito do DF – segundo a Codeplan, os números da autarquia são os mais atualizados. Desse total, 12.440 foram acessados por contato telefônico. Das ligações completadas, 4.088 aceitaram participar da pesquisa.
Edição: Paula Oliveira