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19/02/2023 às 10:30, atualizado em 19/02/2023 às 12:21
A exposição ao sol e o uso de maquiagens carnavalescas são fatores de atenção para os foliões
Glitter, pedrinhas e tintas se tornaram itens quase obrigatórios no Carnaval para abrilhantar os corpos e as maquiagens. Apesar de embelezarem os foliões, os elementos também podem trazer riscos à pele e aos olhos dos usuários. A má qualidade dos produtos ou a forma de utilização tem potencial para causar alergias, dermatite de contato, inchaço, conjuntivite alérgica, vermelhidão e lesões na córnea.
[Olho texto=”“Faça um teste atrás da orelha por 24 horas para ver se há irritação. Opte por produtos veganos, sem látex e parabeno, que são substâncias alergênicas”” assinatura=”Fernanda Duran, referência técnica distrital em dermatologia da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”]
A primeira orientação é ter cuidado com a procedência dos produtos. “As maquiagens típicas de Carnaval têm muito pigmento. Muita gente costuma comprar em lojas impróprias e acaba adquirindo produtos que não foram testados na pele e nos olhos e que não são hipoalergênicos”, alerta a referência técnica distrital em dermatologia da Secretaria de Saúde, Fernanda Duran.
Também é preciso ter cuidado em relação à aplicação das maquiagens para evitar reações adversas. “Faça um teste atrás da orelha por 24 horas para ver se há irritação. Opte por produtos veganos, sem látex e parabeno, que são substâncias alergênicas”, orienta a dermatologista. Outra orientação é não utilizar produtos de terceiros para que não ocorram contaminações.
[Olho texto=”“É preciso ter cuidado redobrado com a aplicação de maquiagem na pálpebra ao nível dos olhos. É um período que costuma fazer muito calor e as pessoas suam, então os produtos podem escorrer nos olhos e o contato com a córnea pode provocar machucados sérios” ” assinatura=”Núbia Vanessa Lima, referência técnica distrital de oftalmologia da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
No caso da pele, as maiores preocupações são dermatite, inchaço e alergias. Nos olhos, o risco fica por conta de conjuntivite alérgica, vermelhidão, coceira, lesões na córnea, irritação ocular e turvação visual.
“É preciso ter cuidado redobrado com a aplicação de maquiagem na pálpebra ao nível dos olhos. É um período que costuma fazer muito calor e as pessoas suam, então os produtos podem escorrer nos olhos e o contato com a córnea pode provocar machucados sérios”, explica a referência técnica distrital de oftalmologia da Secretaria de Saúde, Núbia Vanessa Lima.
Outras situações perigosas para os olhos são as lentes de contato usadas para compor as fantasias, além dos confetes e das espumas bastante utilizados nas festividades, que podem acabar entrando em contato com o globo ocular. “Em qualquer caso de emergência ocular, a recomendação é lavar com água e soro fisiológico e seguir para o pronto-socorro”.
Para as maquiagens, é bom lembrar que elas só devem durar o tempo da avenida. “Não se deve dormir com glitter, pedrinhas e maquiagens. É preciso fazer a correta higienização do rosto de preferência com soluções micellar e cleasing oil” , complementa Fernanda Duran.
Insolação e queimaduras
Como já aconteceu em outras edições do Carnaval de Brasília, a expectativa é de que o sol dê uma trégua durante o feriado. Segundo a meteorologista do Inmet Jane Lima, a tendência é de pancadas de chuva, principalmente no fim de semana, com nebulosidade e temperaturas entre 24 e 26 graus. Mesmo assim, é preciso ficar atento à exposição que ocorre durante os bloquinhos de rua.
O filtro solar deve ser o melhor amigo do folião. A recomendação é utilizar o protetor com fator 50 e, se possível, reaplicar sempre que necessário, pelo menos a cada duas ou três horas ou sempre que houver muito suor ou água. As versões em embalagem miniatura do filtro são a pedida para a reaplicação nos blocos.
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“Também existe uma skincare para a avenida para proteger a pele. Usar sabonete para pele suave, passar hidratante, vitamina C e filtro solar com cor porque aumenta a barreira ao sol e, por cima de tudo isso, a maquiagem”, afirma a dermatologista.
Outras formas de barreira são chapéus, óculos de sol e roupas com filtro. “Orientamos que o folião evite ficar parado no sol durante horas e prefira curtir na sombra para diminuir o risco de insolação, que é uma queimadura solar que pode ser grave, provocar bolhas e hospitalização. Há muitos casos, principalmente, nos homens”, acrescenta Fernanda. “Sabemos que a insolação é um efeito agudo do sol, mas existem efeitos crônicos, como envelhecimento da pele, formação de rugas e manchas, melasma e o temido câncer de pele, que é curável nos estádios iniciais, mas pode ser grave se nos estágios avançados”.
Água é outro item indispensável. “É preciso se hidratar com água ou água de coco, porque se você se desidrata, a pele também desidrata”, completa Fernanda Duran.