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24/05/2023 às 08:07, atualizado em 24/05/2023 às 09:50
Com equipamentos de ponta, vias do DF passam por análises de qualidade feitas pelo DER durante todo o ano
Com o objetivo de propiciar vias mais seguras e duradouras à população, o Governo do Distrito Federal (GDF) dispõe de um laboratório de solos e de asfalto. Os equipamentos ficam no Parque Rodoviário do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) e possibilitam fazer diversas análises de qualidade, tanto para as vias que vão ganhar pavimentação nova quanto para aquelas que precisam de acompanhamento contínuo.
“Um projeto executado que passa aqui pelo laboratório tem, em média, de 15 a 20 anos de durabilidade, sem precisar de intervenção”, afirma o diretor de tecnologia do DER, Roberto Leda Saldanha. “Estamos sempre em busca de novas tecnologias para entregar o melhor para a população do DF.”
Por meio do laboratório, as amostras colhidas das vias do DF passam por testes e são classificadas; posteriormente, são traçados os pontos para se alcançar o solo ideal. “A gente faz teste de granulometria para verificar as dimensões dos grãos; depois fazemos o ensaio ISC [índice de suporte Califórnia], para comparar o solo daqui com o considerado padrão. Por fim, fazemos os limites de liquidez e plasticidade, para ver as mudanças de estado de plástico para líquido e de plástico para sólido. Essas etapas são necessárias para atingirmos o padrão de solo”, detalha o chefe do Núcleo de Estudos Geotécnicos do DER, Sérgio Eugênio.
Após todas as análises e testes feitos em laboratório e in loco, a equipe define as estratégias de intervenção das vias que são de sua circunscrição. Um exemplo disso é a metodologia inovadora que está sendo utilizada na aplicação do concreto na Via Estrutural (DF-095).
“A técnica é chamada de whitetopping, que consiste em colocar o concreto em cima do asfalto tradicional. Foram feitos mais de 60 testes para que chegássemos ao ponto ideal do concreto para aquela rodovia, considerando o fluxo de veículos que passa todos os dias”, explica.
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Na Via Estrutural, cerca de 150 mil toneladas de pavimento rígido serão aplicadas por 24 km, nos sentidos sul e norte, com o objetivo de suportar, com segurança e durabilidade, os mais de 120 mil veículos que trafegam diariamente no local. O investimento na rodovia é de R$ 55 milhões.
Apesar de ser uma obra executada por uma empresa contratada, via processo licitatório, há agentes do departamento durante todo o andamento dos serviços. “A gente faz o acompanhamento dessas obras, a avaliação dos serviços, se estão dentro das normas, e fazemos também a coleta de material. Aqui no laboratório a gente analisa, e, em campo, vamos liberando os serviços à medida que as análises são feitas”, pontua Roberto.