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27/09/2023 às 14:41
Ação de valorização da vida contou com palestras e envio de mensagens de apoio
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizou ação, voltada aos funcionários, para conscientização sobre o Setembro Amarelo – campanha de alcance nacional para prevenção do suicídio. Os profissionais do hospital participaram de duas palestras conduzidas por psicólogas do trabalho que convidavam tanto a refletir sobre o acolhimento daqueles que sofrem quanto a buscar formas de lidar com as próprias emoções. Durante as palestras, as psicólogas promoveram dinâmicas e estimularam a participação do público, que pôde compartilhar as próprias experiências.
Funcionários de diferentes áreas do HCB participaram das palestras. A diretora de Recursos Humanos do hospital, Vanderli Frare, explica que os temas abordados pela campanha são importantes não só para o cotidiano profissional, mas também para relações pessoais e para o relacionamento que cada profissional mantém consigo. “Conseguindo mais recursos para gerir nossas emoções por nós mesmos, conseguimos estar presentes em qualquer lugar da vida, no lugar profissional, familiar ou com amigos”, garante Frare.
“O mês de valorização da vida é para isso: para nos sensibilizarmos e encaminhar a pessoa para uma conduta especializada, para alguém que vai poder ouvir”, afirma Ana Verônica Pires, psicóloga do trabalho no HCB. Segundo ela, a campanha também é importante para ajudar a reduzir o estigma que existe sobre a saúde mental. “Precisamos favorecer que a sociedade seja mais compreensiva e inclusiva, e não julgadora. Tudo que envolve a vida e a morte é uma condição de saúde, por isso precisamos falar sobre isso. É uma questão de saúde que deve ser acolhida, orientada e conduzida; não é frescura”, reforça.
“Aqui, vocês atendem crianças muito graves, famílias que estão muito fragilizadas. Essas pessoas vêm com uma bagagem muito grande e é preciso que vocês se autorregulem emocionalmente”, aconselhou Ana Verônica Pires aos funcionários que acompanharam a palestra Significando nossas emoções – o poder está em nós!.
A psicóloga do trabalho do HCB, Marina Monteiro, explica que o estigma sobre o cuidado com a saúde mental “diz muito sobre nossa cultura de esperar agravar, jogar para debaixo do tapete, esperar a situação ficar insustentável para começar a se cuidar”. De acordo com ela, a procura por terapia precisa ser vista como um processo de autoconhecimento.
Na palestra Eu nunca sei o que dizer: ferramentas de escuta empática para não psicólogos, Marina apresentou resultados de estudo científico que especifica a importância do convívio social. “Pessoas mais conectadas socialmente com amigos, família, comunidade são mais felizes, mais saudáveis e vivem mais. Pessoas que são mais isoladas socialmente têm queda física à meia idade, seu cérebro se deteriora mais cedo e morrem mais rápido”, explicou.
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Ao longo do mês, a equipe do HCB foi estimulada a deixar recados para pessoas que estivessem passando por momentos difíceis. As mensagens, deixadas anonimamente em dois murais (um no ambulatório e outro, próximo ao refeitório dos funcionários), podiam ser retiradas por qualquer pessoa, sem ser necessário se expor ou se identificar.
*Com informações do HCB