12/06/2013 às 23:27

Polícia prende quadrilha que aplicava golpes em 12 estados e no DF

Grupo negociava carros de luxos em anúncios de grandes jornais e não entregava os bens às vítimas

Por Caio Darcanchy, da Agência Brasília


. Foto:Mary Leal-12/06/2013

BRASÍLIA (12/6/13) – Seis homens, indiciados por estelionato, foram presos pela Polícia Civil do Distrito Federal por não entregarem os carros de luxos anunciados nos classificados de jornais em 12 estados e também da capital do país.

 

“Eles anunciavam carros de luxo e, quando o interessado ligava, se apresentavam como juízes e diziam que o veículo já havia sido vendido”, explicou hoje a delegada Cláudia Alcântara, responsável pelo caso.

 

Segundo a delegada, os golpes se efetivavam quando o suposto juiz indicava comparsas para se passarem por funcionários de concessionárias que teriam descontos na aquisição de veículos novos.

 

A quadrilha atuava, principalmente, em São Paulo e no Paraná e, mesmo de longe, tinha acesso a telefones com o DDD de Brasília justamente para não levantar suspeitas e dificultar a investigação da polícia.

 

De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Especializada, Marcelo de Paula, a polícia pode atuar fora do DF com base em autorizações judiciais: “A polícia do DF não enxerga fronteiras em relação à sua atuação”.

 

GOLPES – Os crimes eram praticados com anúncios simples em classificados de jornais de grande circulação, nos quais eram oferecidos veículos de luxo novos e seminovos por preços abaixo dos praticados pelo mercado.

 

De acordo com a polícia, só no DF foram pelo menos 22 vítimas -uma delas teve prejuízo de R$220 mil-; no resto do país a quadrilha teria arrecado mais de R$30 milhões.

 

Os chefes da quadrilha foram identificados como Edes Domingues da Silva (Paraná) e Jovêncio Soares de Andrade (São Paulo) – e com eles atuavam outros oito comparsas e 20 laranjas, o que totalizava 30 integrantes.

 

Quatro membros do grupo criminoso ainda estão foragidos -Diego Domingues da Silva, Edylaine C. M. Czumoc, Sidnei dos Santos e Wandderlei Czumoch- e outros 20 respondem aos crimes em liberdade.

 

Foram apreendidos quatro carros de luxo, R$6.200 mil em espécie, três notebooks, além de diversos aparelhos de telefone.

 

Se condenados, eles podem pegar de dois a oito anos de prisão pelos crimes de estelionato (1 a 5 anos) e formação de quadrilha (1 a 3 anos).

 

(C.D/J.S)