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11/10/2016 às 15:00, atualizado em 07/12/2016 às 12:00
Quantidade foi de 443 para 437 nos primeiros nove meses em comparação com 2015
Desde a implementação do Viva Brasília – Nosso Pacto Pela Vida, a quantidade de homicídios cai no Distrito Federal. Nos nove primeiros meses de 2016, foram 437 registros desse tipo de crime, seis a menos que no mesmo período de 2015 (443) – em 2014, antes do programa, foram 524. A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social apresentou o comparativo mensal nesta terça-feira (11), no prédio da Subchefia Integrada de Operações em Segurança Pública.
Apesar da queda durante todo o ano, a quantidade de homicídios no trimestre julho, agosto e setembro subiu em relação ao ano passado: 133 a 125. Também subiu o número de crimes contra o patrimônio — de 9.991 casos para 15.656. Em 2015, porém, a Polícia Civil passou 20 dias sem registrar as ocorrências durante o mês de setembro, época de paralisação da categoria.
Os crimes contra o patrimônio apresentam alta nos últimos anos. Entre os roubos, os mais comuns no Distrito Federal são a pedestres (75,4%), em especial de celulares; seguido de veículos (10,6%); em comércios (5,5%); em coletivos (5,1%); e em residências (1,7%). Já quanto aos furtos, o destaque são os em veículos (37,1%). Os latrocínios também subiram no trimestre, de 7 em 2015 para 14 em 2016.
[Olho texto=”“Os crimes contra o patrimônio praticamente dobraram de 2013 para 2014, fruto da situação pela qual o Brasil passa. Brasília acompanha o restante do País, mas somos a única unidade da Federação que publica os dados e tem metas.”” assinatura=”Márcia de Alencar, secretária da Segurança Pública e da Paz Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, destaca a crise econômica como motivo para aumentar a ocorrência desses tipos de delito. “Os crimes contra o patrimônio praticamente dobraram de 2013 para 2014, fruto da situação pela qual o Brasil passa. Brasília acompanha o restante do País, mas somos a única unidade da Federação que publica os dados e tem metas”.
Durante a apresentação, a secretária afirmou que o roubo a pedestre é o que mais provoca sensação de insegurança, pois o agressor chega perto da vítima e a coage. A pasta traçou os dias, horários e locais em que mais ocorrem os atos para concentrar esforços de policiamento. Ceilândia é a região administrativa líder em ocorrências de crimes contra o patrimônio, seguida de Samambaia. Os roubos e furtos tendem a ser cometidos de segunda a sexta-feira, no período da tarde, em que mais pessoas estão nas ruas.
Um destaque quanto à diferença de locais com sensação de insegurança e com altas taxas foi feito: no Plano Piloto, o campeão de ocorrências é o Setor Comercial Sul, mas é na 912 Norte o local em que as pessoas se sentem menos seguras. “Uma série de fatores explica isso. A confiança no vizinho, a iluminação e a distância de arruaças, por exemplo, contam. Isso mostra a importância de um trabalho integrado para além dos órgãos de segurança, pois uma poda e uma escola bem cuidada já fazem diferença”, avaliou Márcia.
Na apresentação do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), o diretor-geral da autarquia, Jayme Amorim, destacou o baixo número de veículos licenciados no Distrito Federal. Apenas 1.000.788 dos 1.658.109 da frota estão com todas as dívidas quitadas.
[Olho texto=”Uma média de 90% das vítimas de acidente de trânsito, 96% das de ataque com arma branca e 70% daquelas alvejadas com armas de fogo foram salvas nos atendimentos do Corpo de Bombeiros.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Hamilton Santos Esteves, citou o alto número de incêndios florestais (4.863), mas ressaltou a eficiência na manutenção de vidas. Uma média de 90% das vítimas de acidente de trânsito, 96% das de ataque com arma branca e 70% daquelas alvejadas com armas de fogo foram salvas nos atendimentos da corporação.
Quanto às polícias, o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, lamentou a paralisação da categoria e citou a dificuldade de manter o trabalho em alta qualidade com baixo efetivo. Já o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Nunes, contabilizou 190 mil ocorrências via Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade), a detenção de 26,9 mil pessoas e a recuperação de 3,7 mil veículos furtados ou roubados.
Edição: Paula Oliveira