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07/11/2016 às 14:58, atualizado em 07/11/2016 às 15:19
Plantio é uma das 51 ações do Controladoria na Escola, iniciado na unidade em junho. Alunos apresentaram resultados do programa nesta segunda (7)
Melhorias nos banheiros, iluminação nova nas salas, mais monitores de computador e uma horta orgânica que pode ser usada para complementar a merenda escolar. Esses são alguns dos 51 resultados apresentados pelos estudantes do nono ano do Centro de Ensino Fundamental 404 de Samambaia na manhã desta segunda-feira (7). As ações fazem parte do Controladoria na Escola, programa da Controladoria-Geral do Distrito Federal que está na unidade de ensino desde junho.
Um dos responsáveis pela horta, Alisson Lucas Silva Rocha, de 15 anos, conta que melhorou o desempenho em sala de aula depois da função. “Todos os dias, passo lá para ver como estão as plantas. É um prazer cuidar delas.” Com o sucesso do plantio, o estudante anuncia que as hortaliças já podem ser usadas na merenda, uma grande demanda dos alunos, de acordo com ele. A professora de português Katielle Souza Silva confirma os benefícios da iniciativa. “O cuidado trouxe uma reflexão necessária no aprendizado. Os meninos melhoraram muito em sala de aula”, afirma a educadora.
Durante a apresentação dos resultados consolidados pelos alunos com supervisão da Controladoria-Geral do DF, foram expostos os apontamentos decorrentes da auditoria cívica que ocorreu na escola em junho. Em setembro, a controladoria levou os primeiros dados apontados pelos estudantes à Secretaria de Educação.
A aluna Geovanna Sampaio de Oliveira, de 14 anos, apresentou os resultados da biblioteca e da sala de informática. “Trocamos as lâmpadas e resolvemos os problemas das tomadas, mas ainda aguardamos a instalação do extintor de incêndio”, explicou.
Outra fiscal entre os estudantes, Thaylane Osório Cortes, de 14 anos, ficou encarregada de expor as melhorias nos banheiros e na quadra de esportes. “Está tudo mais bonito, mais limpo e bem cuidado”, afirmou a estudante, que acrescentou um novo apontamento à lista de afazeres. “Temos que consertar o espelho no banheiro masculino”, adiantou.
De acordo com o balanço dos alunos, desde o início do programa foram resolvidos 51 (45%) apontamentos, há 58 (50%) pendentes e outros seis (5%) estão em andamento.
[Olho texto=”O órgão desenvolve o projeto em outras nove escolas no DF escolhidas por estarem em áreas de vulnerabilidade social” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Para o controlador-geral do DF, Henrique Ziller, o resultado é extremamente positivo. “A resposta relativa ao tempo de trabalho foi excepcional”, disse. “Chegamos com a ideia, com o projeto, mas quem fez tudo foram vocês. Estamos muito felizes ao ver de perto o sucesso da iniciativa”, parabenizou Ziller, que entregou certificados aos alunos voluntários.
O diretor da unidade de ensino, Paulo Rogério Ramos Leão, disse estar satisfeito com as consequências do programa e que espera que o entusiasmo dos alunos dure por muito tempo. “Eu aprendo todos os dias com a vontade de vocês em mudar essa escola. Ter consciência da importância de cuidar do que é nosso não tem preço”, disse, emocionado.
A unidade de Samambaia foi a primeira a participar do Controladoria na Escola. O órgão desenvolve o projeto em outras nove escolas no DF escolhidas por estarem em áreas de vulnerabilidade social.
Além do CEF 404, participam o Centro Educacional Incra 9 e o Centro de Ensino Médio 9, em Ceilândia; o Centro Educacional Casa Grande, no Gama; o Centro Educacional do Lago, no Lago Sul; o Centro de Ensino Asa Norte e o Centro de Ensino Médio Elefante Branco, no Plano Piloto; o Centro Educacional 123, em Samambaia; o Centro Educacional São Francisco, em São Sebastião; e o Centro de Ensino Médio de Taguatinga, em Taguatinga. Em 120 dias, a equipe do programa voltará às unidades de ensino auditadas para verificar se os problemas apontados pelos alunos foram solucionados.
O projeto tem quatro etapas. Na primeira, uma peça de teatro mostra aos alunos a importância da participação social na vida pública. Depois, há um debate sobre temas como ética, cidadania e controle feito pela sociedade.
Na terceira parte, os alunos respondem a questionários de avaliação das estruturas, das aulas e dos ambientes próximo às escolas. Na quarta e última fase, os pontos levantados pelos alunos são reunidos em um relatório, que é levado ao órgão competente para que se busquem soluções.
Edição: Marina Mercante