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09/11/2016 às 16:23, atualizado em 13/12/2016 às 18:01
Homens correspondem a 56,4% dos contaminados. Dados constam de boletim divulgado pela Secretaria de Saúde
O Distrito Federal registrou 2.152 casos de caxumba, de janeiro a 29 de outubro deste ano. É o que consta do Boletim Epidemiológico da Semana nº 43, divulgado pela Secretaria de Saúde na terça-feira (8). Do total de infectados, 2.106 residem no território brasiliense. Homens correspondem a 56,4% dos contaminados. Em números absolutos, eles representam 1.187 notificações. No período avaliado, o DF teve 62 surtos em 15 regiões administrativas, especialmente em instituições escolares.
Em relação à faixa etária, a maioria dos casos da doença ocorreu em adultos de 20 a 49 anos. Foram 1.028 registros, ou seja, 48,8% dos contaminados pelo vírus Paramyxovirus. Jovens de 15 a 19 anos também se destacam: foram 473 infectados até 29 de outubro. Em termos porcentuais, eles correspondem a 22,5% dos contaminados.
Em números absolutos, a cidade com mais notificações foi Ceilândia (373), seguida de Taguatinga (181) e Planaltina (178). De incidência acumulada, as regiões mais afetadas foram Varjão (540 por 100 mil habitantes), São Sebastião (173/100 mil hab.) e Riacho Fundo I (154,3/100 mil hab.). No SIA (854,2/100 mil hab.), o número alto está relacionado a surto ocorrido no Centro de Progressão de Pena.
A caxumba provoca fraqueza, febre, calafrios e dores de cabeça e musculares, principalmente ao mastigar ou engolir. As glândulas salivares também são afetadas, e o rosto fica inchado. O vírus fica incubado (período de contaminação até aparecerem os primeiros sintomas) entre 12 e 25 dias.
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Para diminuir a propagação do vírus, a Vigilância Epidemiológica monitora e investiga os casos. Se o órgão avaliar necessário, outro procedimento possível é o bloqueio vacinal seletivo, ou seja, a imunização de quem teve contato com pessoas contaminadas. Quando há surto, os pacientes são isolados de 10 a 15 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas e devem evitar o compartilhamento de copos e talheres e aglomerações e ambientes fechados.
A vacina tríplice viral é a forma mais eficaz para evitar a doença. Ela também protege do sarampo e da rubéola. A imunização é feita em crianças aos 12 meses de vida e, aos 15 meses, é reforçada com a aplicação da tetra viral (contra caxumba, sarampo, rubéola e varicela). Em pessoas com até 19 anos, a vacina é aplicada em duas doses. Para pessoas entre 20 e 49 anos, é necessária somente uma dose da tríplice viral. As vacinas estão disponíveis, o ano todo, nos centros de saúde.
Edição: Marina Mercante