05/07/2024 às 13:55

Projeto Soletrando no Campo encerra 6ª edição com premiação de vencedores

Competição destacou a importância da colaboração entre família e escola na aprendizagem dos estudantes

Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

Em um espetáculo de conhecimento e dedicação dos estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal, a sexta edição do projeto Soletrando no Campo, da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Brazlândia, se encerrou nesta quinta-feira (4). A grande final da competição ocorreu no auditório da Escola Técnica de Brazlândia, reunindo professores das escolas finalistas, pais e mães, além dos próprios alunos finalistas.

Final da sexta edição do Soletrando no Campo premiou os vencedores como forma de incentivo aos estudos | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF

Os grandes vencedores desta edição foram anunciados com entusiasmo e, além do prestígio e do reconhecimento pela habilidade ortográfica e de soletração, receberam prêmios em dinheiro como um incentivo ao futuro educacional. A Escola Classe Polo Agrícola da Torre se destacou e garantiu duas estudantes no pódio: Sabrina Vitória Sousa Silva conquistou o terceiro lugar e recebeu R$ 200, enquanto Vitória Farias da Silva subiu no lugar mais alto e ganhou o prêmio de R$ 500.

Em segundo lugar ficou o estudante Enzo, da Escola Classe Incra 06, que recebeu R$ 300. O evento não apenas destacou a importância de aprender de maneira divertida e colaborativa, mas também ressaltou como o esforço conjunto entre escolas, famílias e comunidade pode resultar em um aprendizado de qualidade para as crianças do campo.

Para a coordenadora regional de ensino de Brazlândia, Neuseli Rodrigues, o Soletrando é uma competição com um significado muito forte para as crianças: “O projeto mostra um trabalho muito sério feito pelas escolas de Brazlândia. Além da aprendizagem, o projeto ensina a resiliência, a capacidade de lidar com situações como essa de estar sob foco e pressão. Tudo isso é feito de forma lúdica”, concluiu.

A torcida pela EC Incra 06 marcou presença na final

Disputa acirrada

A competição foi marcada por níveis de dificuldade: fácil, médio, difícil e muito difícil. Na primeira rodada, o nervosismo e a tensão apareciam com alguma frequência; e, por descuido, as crianças trocavam uma letra aqui e acolá. À medida que a competição ia avançando em dificuldade, alguns alunos começaram a ganhar destaque, pela excelente dicção, clareza na pronúncia e domínio ortográfico, levando a torcida ao delírio.

Na última rodada, a mais difícil, os jurados já não tinham mais palavras na caixa que guardavam, pois nenhuma criança nem sequer titubeava na soletração, acertando todas. Dessa forma, a comissão elaborou uma seleção de palavras à parte, o que demonstrou o nível de qualidade e domínio dos finalistas. Palavras como plebiscito, voçoroca, bicarbonato e exceção foram algumas presentes na última rodada.

A pequena Vitória Farias da Silva, 10 anos, aluna da EC Polo Agrícola da Torre, venceu a sexta edição do torneio

Vitória

O primeiro lugar do projeto Soletrando no Campo de 2024 ficou com a pequena Vitória Farias da Silva, 10 anos, aluna da Escola Classe Polo Agrícola da Torre, que em seu último desafio teve que soletrar a palavra “cabeçorra”. Ela respirou fundo, concentrou-se e, num tom firme, calmo e confiante, soletrou corretamente a palavra. “Eu estudei muito com a minha família, treinava todos os dias. Eu fiz por merecer, então acho que todo meu esforço valeu a pena”, declarou a estudante.

A mãe da campeã, Silvani Farias Silva, relembrou que, na edição do ano passado, a filha ficou em quarto lugar, e nesta edição queria muito ficar em primeiro. “Essa competição mexeu muito com ela [Vitória], e a escola chama a gente também para fazer junto, aprender. Essa parceria escola/família é muito importante para nossos filhos. Hoje aqui eu sou só orgulho e gratidão pela minha filha ter professores tão bons”, declarou, emocionada.

O projeto Soletrando no Campo foi idealizado em 2017, pela professora Valéria Rosa, da CRE de Brazlândia, e tinha como objetivo proporcionar aos estudantes uma oportunidade de desenvolver habilidades de pensamento fonológico e mentalização da palavra antes de escrever.

“Eu idealizei o Soletrando no Campo com o objetivo de auxiliar a alfabetização das crianças, inclusive aqueles que possuem maiores dificuldades. Então, ver essas crianças que já passaram por tantos obstáculos apresentarem as palavras de forma tão segura agora é muito gratificante”, pontuou Valéria.

Veja abaixo os finalistas da competição e os vencedores.

⇒ Escola Classe Almécegas: Luiz e Carlos
⇒ Escola Classe Bucanhão: Vinícius e Júlia
⇒ Escola Classe Polo Agrícola da Torre: Sabrina e Vitória (3° e 1° lugar)
⇒ Centro Educacional Irmã Maria Regina: Marcos e Pedro
⇒ Escola Classe Incra 06: Josilene e Enzo (2° lugar)
⇒ Escola Classe 01 do Incra 08: Lukan e Davi.

*Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE)