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02/07/2013 às 13:32
Tanto Luís Carlos Prestes como sua filha com Olga Benário, Anita Leocádia, estudaram o roteiro e sugeriram mudanças na obra escrita em etapas
BRASÍLIA (2/7/13) – O Teatro Nacional será o palco para as apresentações da Ópera Olga, do maestro Jorge Antunes, nos próximos dias 3,5 e 7 de julho, obra que narra a saga da revolucionária Olga Benário Prestes com músicas do compositor carioca.
A peça começou a ser escrita em 1987 e terminou 10 anos depois; o livro escrito pela companheira de Olga no campo de concentração em 1962, Ruth Werner, foi a principal inspiração de Jorge.
A ópera foi escrita por etapas, e, após a conclusão do trabalho, tanto Luís Carlos Prestes como sua filha com Olga, Anita Leocádia, estudaram o roteiro e sugeriram mudanças.
Jorge Antunes conta que Olga “usa uma linguagem musical moderna. De modo eclético, adota o uso de melodias neotonais mescladas à música experimental”.
A história
1º Ato
1º Quadro:
Sala de audiências da prisão de Moabit, Berlim, 1928.
O prisioneiro Otto Braun, ao ser interrogado pelo Secretário Superior, é libertado por membros da Juventude Comunista Alemã, liderados por Olga Benário.
Em cena, representada por uma bailarina, está a Justiça, que se preocupa com o peso de sua balança e treme quando a ação contestadora de jovens escapa-lhe das mãos.
1º Interlúdio: Três cantadores nordestinos narram as façanhas da Coluna Prestes. O cenário despojado exalta personagens da caatinga, os casebres e o camponês pobre. Uma procissão passa ao fundo.
2º Quadro:
Sala do Comintern, Moscou, 1934.
O Coro de Funcionários dá o tom irônico à burocracia soviética. O Secretário Dmitri Manuilski apresenta Prestes a Olga, dando a ela a missão de dar proteção a Prestes em seu projeto revolucionário no Brasil.
Na “Ária de Olga”, a heroína fala de seu compromisso com a liberdade. Em um trio, Prestes, Manuilski e Olga congratulam-se pela missão.
2º Ato
1º Quadro: Prestes e Olga encontram-se em um navio, durante a travessia da Europa para a América do Norte, quando se sentem envolvidos sentimentalmente.
(I.F/T.V)