22/07/2024 às 14:34, atualizado em 22/07/2024 às 14:59

Mais de R$ 283,9 milhões investidos em reformas e manutenção de escolas públicas do DF

Intervenções prediais foram feitas em 682 unidades com recursos do contrato de manutenção da Secretaria de Educação; verbas do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira também garantem estruturas confortáveis e modernas para os estudantes

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu mais de R$ 283,9 milhões na manutenção predial de unidades da rede pública de ensino desde 2019. Ao todo, 682 estabelecimentos receberam algum tipo de intervenção com recursos do contrato de manutenção da Secretaria de Educação (SEE). Os valores foram implementados em serviços como reparos nas instalações elétricas e hidrossanitárias, consertos e implantação de cobertura e esquadrias, entre outros.

Outros 58 espaços passaram por reforma e ampliação por meio do orçamento do Executivo, do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e de emendas parlamentares. Com isso, somadas às manutenções previstas em contrato, 740 unidades escolares receberam algum tipo de manutenção, reforma ou ampliação nos últimos cinco anos, reflexo do compromisso do GDF com a promoção de ensino de qualidade.

A verba para as reformas em escolas públicas do DF vem do contrato de manutenção da Secretaria de Educação, do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e de emendas parlamentares | Fotos: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília

“A manutenção dos espaços inclui reformas nas instalações elétricas, hidrossanitária, na cobertura das escolas e nas dependências em geral. São serviços que fazem a diferença no dia a dia dos alunos, até no andamento das atividades pedagógicas. Sem manutenção, uma escola pode até parar as atividades e prejudicar os estudantes”, avalia a subsecretaria de Obras e Infraestrutura Escolar da SEE, Ana Cristina Oliveira da Silva Paula.

Atualmente, 26 obras estão em execução, com destaque para a reforma do Centro de Ensino Médio (CEM) 10 de Ceilândia, que atenderá mais de 700 alunos em área superior a 3 mil metros quadrados, e da segunda Escola Pública Integral Bilíngue Libras e Português Escrito do DF, instalada no antigo clube da Associação de Assistência aos Trabalhadores em Educação do Distrito Federal (Asefe), na 912 Sul. Estão sendo ampliadas a Escola Classe (EC) 11 de Sobradinho, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 do Gama, entre outras.

Na Escola Classe Polo Agrícola da Torre, a fachada, a sala dos professores e a quadra de esportes receberam reformas

As intervenções prediais ocorrem, sobretudo, no período de recesso dos alunos, para retomar as aulas em espaços adequados para o aprendizado. A Escola Classe Polo Agrícola da Torre, na região rural de Brazlândia, está se preparando para receber as turmas no dia 29, quando as aulas da rede pública serão retomadas. Lá, são atendidos 255 estudantes de 4 a 11 anos, na educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental.

A fachada foi reformada e ganhou uma nova pintura. A sala dos professores passou por uma transformação: recebeu novos armários, mesas e cadeiras, foi pintada de azul, cor predominante na escola classe, e teve o telhado reformado. Houve ainda o conserto de vazamentos nas cantina e, em breve, serão instaladas telas mosquiteiras na porta e janelas.

A quadra de esportes também está de cara nova, após ter passado por pintura e reparos no piso, assim como a tenda para alunos da modalidade integral, que ganhou uma passagem coberta para as demais dependências da escola e novas calçadas. As ações foram feitas com recursos dos contratos de manutenção da SEE e emendas parlamentares dos deputados distritais Jorge Viana e Paula Belmonte.

“São pequenas obras que fazem a diferença na experiência dos alunos e dos professores, que merecem um lugar confortável para trabalhar”

Roberta Fontenele, diretora de escola

“A nossa fachada estava muito apagada e agora está linda, colorida, cheia de vida para receber os nossos aluninhos. São pequenas obras que fazem a diferença na experiência dos alunos e dos professores, que merecem um lugar confortável para trabalhar”, afirma a diretora Roberta Fontenele, que há 22 anos atua na escola, sendo sete à frente da gestão. “A calçada e a parte coberta da área do integral vai ajudar muito no período de chuvas, sem que ninguém precise pisar na lama ou se sujar para ir para lá.”

O Centro de Ensino Fundamental 2 de Brazlândia também passou por manutenções para o retorno letivo. As 17 salas de aula, a sala dos professores, a sala de recursos, o laboratório e a secretaria escolar ganharam ares-condicionados, por meio de emenda parlamentar do deputado distrital Chico Vigilante. A unidade recebe 1.120 alunos, em média, em quatro modalidades de ensino – anos iniciais e finais do ensino fundamental, Ensino de Jovens e Adultos regular e interventivo, sendo este dedicado a pessoas com deficiência.

Júlia Lopes: “Gosto de estudar e estar aqui com meus amigos. E agora, com o ar-condicionado, vai ser muito melhor”

Os novos equipamentos vão mudar o dia a dia dos alunos. É o que acredita a estudante Júlia Lopes, 14 anos, que, embora esteja aproveitando as férias, conta os dias para a volta das aulas. “Gosto de estudar e estar aqui com meus amigos. E agora, com o ar-condicionado, vai ser muito melhor. Antes fazia muito calor e ficava difícil até de prestar atenção no professor”, relata.

No CEF 2 de Brazlândia também houve a instalação de alambrados na quadra poliesportiva, que antes não contava com a proteção. A transformação do espaço incluiu, ainda, a construção de calçadas ao redor, reforma e pintura do piso, por meio de aporte do Pdaf e de emenda parlamentar do deputado distrital Iolando.

A vice-diretora da escola, Juliane Rodrigues Silva, conta que o piso irregular causava acidentes nas partidas de futebol e a falta de alambrados permitia a presença de pombos no espaço. “Entrava um monte de pombo ao longo do dia e eles ficavam voando em cima dos alunos e fazendo sujeira. Sem contar que a bola saía da quadra quase sempre e os meninos tinham que ir atrás para buscar. Agora temos um ambiente de fato adequado – e bonito – para a educação física”, diz. “Estou na escola desde 1999 e acho que chegamos na nossa melhor fase. O investimento na manutenção foi essencial para isso.”

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