28/08/2024 às 14:30

Alojamento de unidade neonatal do HRSM aumenta capacidade de atendimento

Com mais três leitos, o local atende demanda de mães que precisam acompanhar recém-nascidos internados

Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

A fim de tornar o atendimento mais humanizado e aumentar a qualidade do serviço ofertado, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) conseguiu mais três camas para o alojamento Mãe Nutriz da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin), possibilitando que mães que estejam com filhos internados no setor consigam ficar perto deles, sem ocupar um leito na maternidade.

Agora, ao todo, são nove leitos no alojamento Mãe Nutriz e cinco leitos Canguru, de alojamento conjunto para mãe e bebê, totalizando 14 leitos na Ucin exclusivos para as mamães. Para os recém-nascidos, há um total de 15 leitos.

Agora, ao todo, são nove leitos no alojamento Mãe Nutriz e cinco leitos Canguru | Foto: Divulgação/IgesDF

“Temos o enxoval completo no Mãe Nutriz, com lençol, cobertor, travesseiro, toalhas de banho. Também fornecemos o pijama e a camisola do hospital para todas elas. Assim, as mamães não precisam se preocupar em trazer roupas para cá, basta trazer seu kit de higiene com produtos básicos”, explica a chefe de Serviço da Ucin, Rosane Medeiros.

Devido à proximidade com a alta hospitalar, os bebês internados na Ucin geralmente demandam mais tempo e cuidados por parte da mãe, pois estão na fase em que já estão aprendendo a mamar ou saindo da sonda.

“Com esses leitos no alojamento as mães conseguem se acomodar muito melhor, têm camas para deitar e descansar; isso ajuda, inclusive, na produção de leite materno. Elas ficam mais bem acomodadas e usam as poltronas na hora de amamentar ou quando os papais chegam para acompanhar”, destaca Rosane.

Segundo a enfermeira da Ucin Maruska Alves, durante o período de internação, as mães são sempre incentivadas e estimuladas pela equipe sobre a importância do aleitamento materno, do vínculo entre mãe e bebê, do contato pele a pele no método Canguru, realizado por no mínimo, uma hora por dia. Além disso, a equipe do Banco de Leite Humano passa orientando sobre a amamentação e ordenha, além da doação para àquelas que possuem bastante leite.

Devido à proximidade com a alta hospitalar, os bebês internados na Ucin geralmente demandam mais tempo e cuidados por parte da mãe, pois estão na fase em que já estão aprendendo a mamar ou saindo da sonda

“O leite materno é o melhor alimento para o bebê. Aqui sempre reforçamos isso para as mamães, pois cada gota protege o recém-nascido dando uma carga de imunidade, além de aumentar o vínculo entre os dois, o que ajuda no ganho de peso e numa alta mais rápida. Além disso, aqui elas aprendem sobre o manejo correto com os bebês, rotinas de horários, troca de fraldas, banho, entre outras técnicas”, informa a enfermeira.

As mães internadas no alojamento Mãe Nutriz recebem seis refeições diárias e têm todo o apoio da equipe multidisciplinar. São mães que precisam dormir e se alimentar bem para estimular a produção de leite materno. Algumas mães preferem não dormir no hospital por morarem perto e/ou terem outros filhos pequenos para dar assistência, mas mesmo durante o dia, se quiserem descansar podem utilizar as camas do alojamento caso tenha alguma desocupada.

Cristina Alves, 32 anos, ficou internada no HRSM por 14 dias com a filha, Helena Beatriz. Ela relata que foi muito bem assistida por toda a equipe do hospital durante os dias que ficou no local.

“Eu era crua de tudo, não sabia nada de amamentação, nunca troquei uma fralda na vida; e as meninas todas, da enfermagem, da fono, todas me deram assistência. Me deram toda a orientação que eu precisava. Minha filha teve a pega perfeita, não tive rachadura no peito, nada. Ela pegou super bem. Aprendi a ordenhar, fazer massagem. Consegui até doar meu leite aqui, porque deu uma produção maior do que o necessário. Estou recebendo alta daqui super feliz com o tratamento que recebi com minha filha”, relata.

*Com informações do IgesDF