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01/12/2024 às 11:35, atualizado em 01/12/2024 às 12:43
Será montada uma exposição permanente no espaço para retratar a história do maestro que dá nome ao Teatro Nacional
Mais do que adequar o Teatro Nacional Claudio Santoro às normas de segurança, combate a incêndio e acessibilidade, a reforma do equipamento público também visa preservar a memória cultural do espaço. Por isso, um ambiente dentro da Sala Martins Pena está sendo preparado para abrigar um memorial em celebração ao maestro que dá nome ao teatro e a artistas que dão título a outros espaços do local.
“É uma inovação e um desejo da própria família. Esse memorial vai ser construído ao longo das próximas etapas da obra, quando vai ser feita uma exposição de bens e memorabilia do Claudio e da produção dele, que é muito vasta. Pretendemos estender para o corredor entre a Martins Pena e a Sala Villa-Lobos”, revela o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón.
A exposição permanente será montada na antiga sala de apoio, que, agora, será uma sala expositiva, com conteúdos informativos e de acervo. O espaço funcionará ainda para recepções, lançamentos e eventos. Também será montada uma estrutura no corredor entre a Martins Pena e a Villa-Lobos nas próximas etapas das obras.
“Antigamente era como se fosse uma copa para recepções. Hoje, a Secec vem com a intenção de colocar um memorial no espaço. Estamos utilizando a sala como era antes, mantendo os balcões, mas com uma nova pintura e novos revestimentos”, explica a engenheira da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e fiscal da obra, Daiana de Andrade.
Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, o espaço contará a história do fundador do Departamento de Música da Universidade de Brasília (UnB) e da Orquestra Sinfônica por meio de material cedido pela família do maestro.
“É justo que a gente homenageie esse grande ícone, para que as futuras gerações conheçam a história dele. Ao longo deste memorial, também vamos ter espaço para esses gênios da cultura nacional que dão nome às salas do teatro”, diz o gestor, em referência aos compositores Heitor Villa-Lobos e Alberto Nepomuceno, ao dramaturgo Martins Pena e à atriz Dercy Gonçalves, que batizam outros ambientes do teatro.
Reforma do Teatro Nacional
As obras de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro tiveram início em dezembro de 2022. O GDF, por meio da Novacap e da Secec, investe R$ 70 milhões na primeira etapa das intervenções, que se concentra na construção do sistema de combate a incêndio, na implementação de acessibilidade e na restauração do foyer e da Sala Martins Pena. A reforma ainda terá mais três etapas, que incluem a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o anexo.