09/12/2024 às 11:27

Cinquenta mulheres de Santa Maria recebem bolsas da campanha Fazer o Bem Tá na Moda

Por meio de produtos doados por mulheres financeiramente independentes, projeto oferece oportunidades de superação para mulheres em situação de vulnerabilidade social

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

Cinquenta mulheres moradoras de Santa Maria foram as primeiras a receber as bolsas da campanha solidária Fazer o Bem Tá na Moda, iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) que promove o empreendedorismo feminino, neste domingo (8). Pela ação, 200 mulheres do DF que já possuem independência financeira foram convidadas a montar, individualmente, uma bolsa com produtos em bom estado, que, normalmente, elas se desapegam nesta época do ano, como roupas, sapatos, acessórios, joias e bijuterias.

Cada uma dessas sacolas confeccionadas por reeducandas da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF) foi destinada a 200 mulheres em situação de vulnerabilidade social, selecionadas por duas instituições parceiras da Sejus. Uma delas é o Grupo Cirandinha, que organizou o evento em que foi entregue o primeiro lote de 50 bolsas do total de 100 que a instituição recebeu no salão comunitário do Instituto Nova Cidadania em Santa Maria.

Marcela Passamani: “Nossa intenção, além de promover a sustentabilidade com essas peças circulando, é incentivar a autonomia financeira. A partir do momento que recebem a bolsa, vocês podem vender em bazar coletivo ou de porta em porta” | Fotos: Divulgação/ Sejus-DF

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, participou da cerimônia em Santa Maria e entregou uma por uma das sacolas. Ela destacou que a campanha é uma forma de enriquecer o empreendedorismo feminino e a liberdade financeira de mulheres em situação de vulnerabilidade por meio da solidariedade. “Dentro dessas bolsas tem muito respeito. Foi doado o novo, o bonito, o que tinha de melhor. Nossa intenção, além de promover a sustentabilidade com essas peças circulando, é incentivar a autonomia financeira. A partir do momento que recebem a bolsa, vocês podem vender em bazar coletivo ou de porta em porta.”

O objetivo da campanha é de que as mulheres que recebem as bolsas tenham a oportunidade de usar os produtos para iniciar um negócio próprio. Essa é a intenção de Natasha de Araújo, 28 anos, mãe solteira de quatro filhos que sempre sonhou em se tornar uma empreendedora de sucesso. “Eu sempre tive o sonho de montar o meu negócio. Já tentei algumas vezes, mas sozinha e com as dificuldades que enfrento, nada vai pra frente. Essa bolsa vai ser a ajudinha que eu precisava, o meu ponto de partida para ser uma grande mulher no futuro. Eu sempre tenho esperança, mas agora estou mais confiante do que nunca no meu sucesso”, disse.

Mãe solo de quatro filhos, Natasha de Araújo encontrou na campanha a oportunidade de realizar o sonho do negócio próprio

Para Larissa da Silva, 30 anos, também beneficiada pelo Fazer o Bem Tá na Moda, a bolsa representa uma fonte nova de dinheiro e a certeza de que esse Natal será bem melhor do que o dos anos anteriores. “Vou começar amanhã a vender de porta em porta e convidar as pessoas para virem conhecer esses produtos, todos lindos, novos e chiques. Estou muito feliz, porque graças a essa campanha, vamos ter lá em casa um dinheirinho para fazer um Natal diferente, com presentes e uma ceia bem recheada”, celebrou.

O desempenho dessas 50 mulheres poderá ser conferido no próximo dia 20 de dezembro, no espaço Dúnia City Hall, quando será realizada uma mesa redonda com as participantes da campanha no Brasília Trends Fashion Week. Na ocasião, também serão distribuídas as outras 50 bolsas que foram destinadas ao Grupo Cirandinha. “Elas irão para mulheres com deficiência ou mães de crianças que têm filhos com deficiência, que, muitas vezes, não têm como sair de casa”, descreveu a CEO do Cirandinha, Bernardeth Martins.

Bazar coletivo

As outras 100 bolsas foram destinadas ao Instituto Proeza, que decidiu beneficiar mulheres das regiões do Recanto das Emas e do Riacho Fundo II. No entanto, em vez de venderem os itens das bolsas individualmente, as mulheres do instituto optaram em reunir todos os produtos e realizar um bazar coletivo, o Brechó Entrelaçando Vidas, em data que ainda será definida.

*Com informações da Sejus-DF