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01/03/2025 às 18:13, atualizado em 01/03/2025 às 18:31
Aproximadamente 60 profissionais do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) participaram do tradicional desfile, criado nos anos 1960; campanhas educativas reduziram volume de resíduos produzidos nos últimos carnavais
Uniforme laranja, glitter, tiara, fantasia, maquiagem e muita animação. Foi assim que os garis do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) trocaram as vassouras para cair na folia neste sábado (1º/3) de Carnaval. O tradicional Bloco Vassourinhas de Brasília reuniu aproximadamente 60 profissionais do SLU, que desfilaram pela via S2 até o Setor Carnavalesco Sul.
Cerca de 60 garis participaram, neste sábado (1º/3), do desfile do Bloco Vassourinhas de Brasília: um dia de festa e de reconhecimento pela importância do trabalho de limpeza urbana | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
“A gente trabalha muito no sol, chuva, vento frio. Mas hoje até o sol é diferente. Porque é um dia nosso, de folga, para poder curtir e aproveitar. Sem contar que é muito gratificante poder voltar para brincar e se divertir no local onde a gente passou tanto tempo trabalhando para limpar e deixar tudo limpo para o pessoal aqui na área central. A gente vê que o nosso trabalho é importante”, disse o gari Gabriel da Silva, de 35 anos.
Criado em 1967, o Bloco Vassourinhas tem inspiração em seus homônimos de Recife, Olinda e Rio de Janeiro, trazendo a identidade cultural do frevo para a capital federal. Depois de 33 anos de pausa, o bloco retornou em 2023 e, desde então, conta com a participação especial da Ala dos Garis, que representam aqueles que garantem a capital federal limpa durante todo o ano, especialmente no Carnaval.
Kátia Pereira (à direita) estava ansiosa para participar do desfile: “Eu sou bastante animada e gosto dessas coisas diferentes, então, a gente tem que aproveitar essas oportunidades”
A folia deste ano foi conduzida pelo maestro Fabiano Medeiros e a Orquestra Popular Marafreboi, conhecida por suas apresentações vibrantes que misturam frevo, maracatu, coco e ciranda. Também esteve presente o grupo de percussão Vivendo & Batucando, promovendo uma oficina interativa para os foliões.
Para a diretora técnica do SLU, Andrea Almeida, a festa é um reconhecimento do trabalho diário dos garis. “Fora os 60 que estão aqui curtindo, temos 1,2 mil trabalhando na folia. Nossos serviços não param, mas é importante ver esses trabalhadores aproveitando um espaço que ajudaram a manter limpo”, afirmou.
“É muito gratificante poder voltar para brincar e se divertir no local onde a gente passou tanto tempo trabalhando para limpar e deixar tudo limpo para o pessoal aqui na área central”, diz Gabriel da Silva
Estreante no desfile, a gari Kátia Pereira, 52, estava ansiosa para participar da festa. “Eu gosto de carnaval, é uma festa bem lúdica. Participar nos permite dar o nome da empresa e da limpeza do DF. É a minha primeira vez, eu sou bastante animada e gosto dessas coisas diferentes, então, a gente tem que aproveitar essas oportunidades já que o nosso trabalho é tão árduo e duro”, compartilhou.
Elayne Barbosa caprichou no visual para aproveitar o sábado de Carnaval no Bloco Vassourinhas
“Hoje é o nosso momento, um dia de curtir o Carnaval e representar a empresa. Me arrumei, fiz uma maquiagem e estou pronta para a festa”, acrescentou a gari Elayne Barbosa, 23.
Carnaval limpo e sustentável
O SLU também é o responsável por promover a sustentabilidade durante os dias de festa. Além dos garis que atuarão na limpeza, a empresa disponibilizou pontos de entrega voluntária, 15 equipamentos de coleta seletiva e mais 406 lixeiras distribuídas pela área central e demais regiões do Distrito Federal.
Segundo Andrea Almeida, as ações têm mostrado resultado: “De 2018 para cá, reduzimos em três quartos o volume de resíduos coletados. O que antes era 80 toneladas caiu para cerca de 19.900 toneladas”.