Novacap limpa passagens subterrâneas do Plano Piloto

O funcionário do Congresso Nacional Diocese Pereira da Silva, de 63 anos, percorre diariamente a passagem subterrânea entre o Setor Médico-Hospitalar Sul e o Setor Bancário Sul. Ele reclama que o mau cheiro e as pichações degradam o lugar. “Tem dias que é impossível passar por aqui, pois o cheiro fica insuportável”, disse. Porém, ao passar pelo trecho na manhã desta terça-feira (21), ele já percebeu a diferença no aspecto do local.

Equipe da Novacap trabalha na limpeza da passagem subterrânea na altura do Setor-Médico Hospitalar Sul. Água utilizada para limpeza é imprópria para consumo. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O novo visual é resultado de ação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) de limpeza e pintura das passagens subterrâneas do Plano Piloto. O trabalho iniciado ontem deve durar três semanas e envolverá as oito passarelas da Asa Sul. Depois, será a vez de as oito estruturas da Asa Norte receberem a revitalização.

O presidente da Novacap, Júlio Menegotto, destaca que todo o serviço ocorre com a utilização de água não potável (imprópria para consumo) que vem da represa do Viveiro II da companhia. “Nossa equipe usa o recurso de forma racional para não haver desperdício, considerando o momento de escassez hídrica que enfrentamos no Distrito Federal.”

[Olho texto=”“Nossa equipe usa o recurso de forma racional para não haver desperdício, considerando o momento de escassez hídrica que enfrentamos no Distrito Federal”” assinatura=”Júlio Menegotto, presidente da Novacap” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A ideia é deixar as áreas mais limpas e livres de pichações e de lixo e, assim, aumentar a sensação de segurança e de conforto para os pedestres. De acordo com servidor, não vale somente o esforço do governo de Brasília. “Quando estiver limpa, é um dever de todos zelar pela manutenção e conservação”, completa.

Funcionários da Novacap que participam da limpeza lançam um forte jato de água fria para retirar a sujeira e aplicam uma solução para limpeza pesada à base de ácido nas pichações. Por fim, mais um forte jato de água quente retira o que ficou da tinta. Os grafites em bom estado de conservação serão preservados.

A força-tarefa começou no início do Eixo W, próximo ao Hospital de Base, no sentido norte-sul. Para a limpeza do local, foram mobilizados uma equipe de seis pessoas, um caminhão-pipa, um caminhão desobstruidor e duas máquinas de pressão para remover pichações.