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22/02/2017 às 14:39, atualizado em 23/02/2017 às 08:46
Por problemas estruturais ou burocráticos, diversos aparelhos hospitalares não foram distribuídos. Novo processo de aquisição de compras da pasta minimiza esse tipo de problema
A Secretaria de Saúde acelerou o processo para distribuir equipamentos comprados antes de 2015 e estocados por falta de planejamento da gestão passada. São aparelhos de raios X, mesas ginecológicas, monitores fetais, berços e outros instrumentos hospitalares que vão reforçar unidades de saúde do Distrito Federal. Em resposta a uma auditoria do Tribunal de Contas do DF, a pasta informou, por meio da Nota Técnica nº 1, de 2017, a situação de cada uma das aquisições.
Em 2009, o governo adquiriu aparelhos de raios X, mas eles não puderam ser instalados nos hospitais da rede pública em função das frágeis instalações elétricas dos prédios. Uma licitação por parte da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) está em curso a fim de modernizar as subestações dos Hospitais Regionais de Brazlândia e de Planaltina, que receberão as máquinas. A previsão é que todo o processo termine em dezembro deste ano.
[Olho texto=”As 18 camas ginecológicas e oito camas, adquiridas em 2014, vão ser encaminhadas a quatro unidades básicas de saúde que serão inauguradas em Ceilândia, Samambaia e Sobradinho” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Já a distribuição das 615 câmeras de vigilância compradas em 2012 depende da conclusão de um estudo da Coordenação de Tecnologia da Informação da pasta, que reavalia quais unidades têm condições de receber os equipamentos que vão aprimorar o controle do fluxo de servidores e de pacientes e auxiliar na segurança.
As 18 camas ginecológicas e oito camas, adquiridas em 2014, vão ser encaminhadas a quatro unidades básicas de saúde que serão inauguradas em Ceilândia — que contará com dois prédios —, Samambaia e Sobradinho. Os Centros de Saúde nº 8, do Gama, e nº 11, em Ceilândia, também receberão parte da mobília.
Com relação às 367 mesas auxiliares compradas em 2012, 349 foram distribuídas para diversas unidades de saúde no DF. As 18 restantes ficarão como reserva técnica, ou seja, serão usadas para substituir mesas com defeitos. Os equipamentos servem para acomodar material cirúrgico.
Em 2012, a Secretaria de Saúde fez uma compra de 20 monitores fetais, que aferem os batimentos cardíacos do bebê ainda na barriga da mãe. Em janeiro de 2017, a atual gestão conseguiu resolver os problemas burocráticos e distribuiu todos os aparelhos em diversos hospitais. Já os berços que se encontram no Hospital Regional de Santa Maria vão ser distribuídos de acordo com as demandas das unidades.
[Olho texto=”Em qualquer compra da pasta deverá constar o parecer técnico de um engenheiro e arquiteto, profissionais que vão avaliar se as estruturas das unidades de saúde têm condições de receber os aparelhos e mobílias” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
A subsecretária de Administração-Geral da Secretaria de Saúde, Marúcia Valença Barbosa de Miranda, explicou que, desde janeiro de 2015, uma mudança no processo de compras tem evitado a demora na utilização de equipamentos adquiridos. Na prática, em qualquer compra da pasta deverá constar o parecer técnico de um engenheiro e arquiteto, profissionais que vão avaliar se as estruturas das unidades de saúde têm condições de receber os aparelhos e mobílias.
“Com o novo fluxo de compras, o processo fica blindado de todos os lados. Tem equipe que elabora orçamentos, uma para organizar a logística e a capacidade de armazenamento, além da emissão de pareceres de profissionais de arquitetura e engenharia. Toda essa organização evita o que acontecia no passado, de compras de equipamentos e a impossibilidade de utilizá-los por questões estruturais”, explicou Marúcia.
A pasta ainda iniciou o monitoramento dos processos de aquisição após a emissão das notas de empenho, o que reduz os prazos entre o recebimento dos bens e a distribuição às unidades de saúde.
Edição: Paula Oliveira