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27/02/2017 às 22:37, atualizado em 02/03/2017 às 14:49
Mamãe Taguá (foto) e Àsé Dúdú reuniram 1,5 mil adultos e crianças pela primeira vez no Taguaparque. Na região central do Plano Piloto, frevo e música eletrônica tomaram conta do carnaval nesta segunda (27)
O carnaval brasiliense também chegou nesta segunda-feira (27) a outras regiões administrativas, como Taguatinga. Dois dos oito integrantes da Liga de Blocos Tradicionais fizeram a alegria de cerca de 1,5 mil pessoas no Taguaparque: Àsé Dúdú e Mamãe Taguá. Evento democrático, com foliões adultos e famílias, o encontro das duas manifestações culturais teve música, brinquedos infláveis e a presença de muitas crianças.
O corretor de imóveis André Brito, de 33 anos, e a professora Carolina Rodrigues, de 27 anos, estiveram pela segunda vez nos blocos — a primeira foi em 2012. Eles estavam com os filhos, Lorenzo e Aurora, de 2 e 4 anos, respectivamente, e da mãe de Carolina, a microempresária Antônia Rodrigues, de 54 anos. “Recomendo muito para quem quiser trazer os filhos”, disse Carolina. “Aqui no Taguaparque ficou ainda melhor”, complementou André.
O ano de 2017 foi o primeiro dos blocos no Taguaparque, com espaço mais amplo para abrigar o público, como o eletricista Rone Clei Gama, de 35 anos. “Estou sendo carregado, porque já são dois dias de farra, cansa a gente. Sou baiano, todo ano vou pra lá, mas agora fiquei, e Brasília não deixa nada a desejar”, comparou. Em 2012, a folia concentrou-se na Praça do DI.
Além do Àsé Dúdú e do Mamãe Taguá, fazem parte da Liga dos Blocos Tradicionais: Baratinha, Baratona, Galinho de Brasília, Menino de Ceilândia, Pacotão e Raparigueiros.
Na Vila Buritis, em Planaltina, aproximadamente 200 pessoas prestigiaram o Filhos de São Jorge. A ideia do bloco, segundo o presidente, Jaime de Souza Santos, é “ocupar a cidade com cultura e retirar garotos das ruas e afastá-los das drogas”.
O casal formado pelos professores Jeonice Oliveira, de 36 anos, e Claudomir Agostinho, de 46 anos, compareceu acompanhado da filha, Victória Oliveira, de 4 anos, e elogiaram o evento. “Divertido e tranquilo, ideal para a família”, reforçou Claudomir.
O frevo voltou a agitar as ruas de Brasília nesta segunda-feira (27). O Galinho de Brasília, que já tinha se apresentado no sábado, despediu-se hoje do carnaval 2017 na 202 Sul. Até as 21 horas, um dos blocos tradicionais da cidade, criado em 1992, reuniu 15 mil pessoas, segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social. A festa do penúltimo dia de folia foi marcada pela diversidade em várias partes do DF.
A moradora do Sudoeste Leisenlier Oliveira, de 49 anos, pulou no Galinho pela primeira vez. “Achei muito bom, gosto muito de frevo.” Entre os pontos positivos apontados pela foliã estava a segurança. No local, além de viaturas do Corpo de Bombeiros e da Agência de Fiscalização (Agefis), por exemplo, havia uma base de comando móvel da Polícia Militar estacionada, com câmeras de monitoramento.
O movimento no Setor Bancário Sul nesta segunda-feira também foi intenso. Três blocos agitaram a tarde e o início da noite dos foliões que passaram por lá. Tinha música para todos os gostos.
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Por volta das 15 horas, várias pessoas já lotavam um dos estacionamentos do setor para a saída do Aparelhinho, que vai às ruas desde 2012. O carrinho de som alegórico, com DJs e iluminação própria, é movido por tração humana. Ele deu a volta entre as quadras e pôs o público para dançar marchinhas carnavalescas e muita música eletrônica.
Aline Silva, de 32 anos, vestia uma das fantasias que mais fez sucesso no bloco. Vez por outra, alguém a parava para tirar foto dela, que se equilibrava em pernas de pau.
É a diversidade dos foliões que há seis anos encanta Merces Parente, de 65 anos. Bem à frente do som, ela era uma das mais animadas. “Eu adoro. Fica em um lugar lindo, não tem idade, não tem classe social e junta o moderno ao clássico”, disse, ao se referir ao fato de as músicas, já tradicionais desta época do ano, serem tocadas por DJs.
Com três blocos ocorrendo ao mesmo tempo, teve quem aproveitou para curtir os ritmos diferentes e “se apropriar da cidade”, destacou a moradora do Guará Raquel Cairus, de 38 anos, que levou a família para curtir a folia no Setor Bancário Sul. “Estamos querendo aproveitar uma festa mais alternativa, fugir do esquema de clube.” Ela, o marido e a prima estavam acompanhados de seis crianças.
Em uma das praças do Setor Bancário Sul, era o bloco Divinas Tetas que animava o público, com música ao vivo. No local, o policiamento foi feito a pé, em motos e a cavalo.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, Aparelhinho, Divinas Tetas e Urubloco/Acabou o Gás reuniram 6 mil pessoas.
A programação completa da folia no Distrito Federal está no site Brasília tem Carnaval.
Edição: Raquel Flores