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17/03/2017 às 11:35, atualizado em 20/03/2017 às 10:22
Rollemberg coordenou, na manhã desta sexta-feira (17), uma vistoria pela região, com foco na Rua 3, a mais afetada pela forte chuva de ontem (16)
Cerca de 200 pessoas do governo de Brasília estão envolvidas na recuperação de Vicente Pires após o temporal que atingiu a região na tarde de ontem (16). Desde as primeiras horas desta sexta (17), vários órgãos começaram a encaminhar pessoal e estrutura para atuar na cidade.
Entre os trabalhos a serem feitos está a remoção dos entulhos carregados pela chuva, o desentupimento de bocas de lobo e o recapeamento do asfalto.
Nesta manhã, a força-tarefa contou com a presença do governador Rodrigo Rollemberg, que avaliou de perto a situação. “Esse trecho recebeu um volume de água muito grande, e a falta de drenagem e escoamento adequados ocasionou descolamento da capa asfáltica e alagamento de vias”, sintetizou.
Uma das pessoas atingidas pela forte chuva, o bombeiro militar Rogério Campos, de 40 anos, estava em casa por volta das 15h30 de ontem, quando ouviu um forte estrondo e percebeu que se tratava do muro da própria casa. “Sempre quando chove forte, a intensidade da água é enorme”, ressaltou.
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) prevê encaminhar 50 veículos, entre caminhões e tratores, e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) deslocou 12 garis para o local.
A força-tarefa conta ainda com reeducandos do sistema prisional, cedidos à Administração Regional de Vicente Pires e à Secretaria das Cidades pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF).
Outros órgãos envolvidos são a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, vinculada à Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, e o Departamento de Trânsito.
[Olho texto='”As pessoas precisam desligar pontos de eletricidade para evitar choques e se abrigar em caso de nova tempestade”‘ assinatura=”Sinfrônio Lopes, major do Corpo de Bombeiros e coordenador de Operações da Defesa Civil” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Um trabalho importante é avaliar as condições das edificações, conforme explica o major do Corpo de Bombeiros Sinfrônio Lopes, coordenador de Operações da Defesa Civil.
Segundo ele, os principais registros são quedas de muros. Quatro casas na Rua 3 foram afetadas, assim como outras duas na Vila São José. “Muitas dessas edificações foram feitas sem a orientação de um profissional qualificado, o que propiciou a queda.”
Paralelamente a isso, o militar recomenda: “as pessoas precisam desligar pontos de eletricidade para evitar choques e se abrigar em caso de nova tempestade”.
Sobre a Rua 3, a que mais teve problemas com o temporal, Rollemberg destacou que ela recebeu diretamente o volume de água de, pelo menos, outras três vias. Assim, o perímetro passará por obras de drenagem. “Vamos aproveitar o período de seca para entrar com o trabalho aqui”, destacou.
Toda a rede de Vicente Pires está prevista para ser concluída em dois anos. “Por não se tratar de uma cidade planejada, não está preparada para essa grande quantidade de água”, acrescentou o governador.
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De acordo com o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Antônio Coimbra, muitas obras no local ainda não puderam ser feitas porque seria ainda mais perigoso durante a época chuvosa.
Além disso, Coimbra ressaltou que as Glebas 2 e 4 não tiveram as obras iniciadas em virtude de o licenciamento ambiental ter sido dado somente em dezembro do ano passado. Já as Glebas 1 e 3 seguem normalmente com os trabalhos de drenagem e pavimentação.
Edição: Marina Mercante