Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios mostra que 100% da cidade é atendida por rede geral de água, esgoto e coleta de lixo pública. População é formada predominantemente por adultos e idosos
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26/01/2012 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 17:55
Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios mostra que 100% da cidade é atendida por rede geral de água, esgoto e coleta de lixo pública. População é formada predominantemente por adultos e idosos
Carlos Rezende, da Agência Brasília
Basta colocar os pés no Cruzeiro para confirmar a exatidão do perfil de sua população elaborado pela Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), apresentada nesta quinta-feira (26) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A cidade conta com uma população envelhecida, composta basicamente por adultos e idosos. Tem mais mulheres do que homens, que migraram do Nordeste, Sudeste e de outras localidades do Centro-Oeste para trabalhar no serviço público e por aqui permaneceram. Além disso, o morador do Cruzeiro possui, em média, bom nível educacional, renda alta e apartamento próprio.
Com uma população de aproximadamente 36,6 mil pessoas, o Cruzeiro é uma das regiões com infraestrutura consolidada, ou seja: atualmente 100% da cidade é atendida por rede geral de água, esgoto sanitário e coleta de lixo pública.
Idosos – A cidade apresenta também uma das maiores taxas de idosos entre as Regiões Administrativas de Brasília (17,7%), perdendo apenas para o Gama (18,5%) e Taguatinga (18,3%). Mesmo fora do horário de escola, crianças de até 14 anos são mais raras de se ver e representam 13,6% do total de habitantes. A proporção está abaixo da média do DF – que é de 25,5%.
Servidor aposentado do GDF, Nicanor Teixeira de Almeida, 57 anos, e sua esposa, a funcionária pública Tânia Maria de Almeida, 60, vieram de Acopiara (próximo à Fazenda Caruaru), no Ceará, para trabalhar em Brasília nos anos 70. Sem filhos e proprietários de apartamento na quadra 407 do Cruzeiro Novo, Nicanor e sua esposa gostam da qualidade de vida do local. “Temos tudo pertinho, a vida é tranquila e as pessoas, politizadas. Vamos ficar por aqui até o final de nossas vidas”, afirmou o aposentado.
Homens e mulheres – Quando o quesito é gênero, a distribuição populacional no Cruzeiro mostrou-se desequilibrada, segundo a avaliação dos técnicos da Codeplan. Para cada 100 mulheres, existem 89,5 homens. A proporção também difere da média registrada em todo o DF, em que para cada centena de mulheres existem 90,7 homens.
A dona de casa Iná de Jesus, 76 anos, se deslocou em 1964 do Rio de Janeiro para Brasília com três filhos pequenos e o marido, que veio trabalhar no Ministério da Justiça. A família escolheu o Cruzeiro porque preferiu morar em casa. Quarenta e oito anos depois, Iná vive na mesma casa, mas seus filhos cresceram e se mudaram. “Adoro o sossego do Cruzeiro, minha casa e meus vizinhos. E, quando era mais nova, fui frequentadora assídua da Aruc”, brincou, ao se referir à tradicional escola de samba Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro.
Conforme revelou o levantamento, 58,7% do contingente populacional da Região Administrativa é imigrante. Destes, 39% são naturais do Nordeste, 35,9%, do Sudeste e 12,3%, do Centro-Oeste. Apenas 6,8% vêm do Norte e 5,2%, do Sul.
Necessidades – Francisco Augusto Pessoa, 62 anos, trabalhou como servidor da Câmara dos Deputados antes de se aposentar, há cinco anos. Ele chegou do Piauí com os pais quando tinha apenas oito anos de idade. Primeiro morou na Asa Sul e, há 14 anos, vive no apartamento que comprou com a esposa no Cruzeiro. “Eu escolhi aqui porque a cidade atende minhas necessidades”, destacou, enquanto comprava frutas em frente à Feira Permanente do Cruzeiro.
A carioca Ana Maria Pessoa, 61 anos, conheceu Francisco, namorou e casou em Brasília. Da relação nasceram três filhos, que também residem na região administrativa. “Meus netos moram no meu bloco e não querem mudar daqui de jeito nenhum”, acrescentou.
A maior participação da população total do Cruzeiro concentra-se na categoria dos que têm nível superior completo (26,2%), seguido muito próximo dos que têm nível médio completo (25,5%). Apenas 0,5% dos moradores se declararam analfabetos. Os estudantes representam 29%, sendo que 57,8% deles freqüentam escolas públicas.
Rendimentos – Segundo a pesquisa, 47,4% dos moradores do Cruzeiro têm atividade remunerada, enquanto 15% estão aposentados. Os desempregados somam 4,4%. Entre os que trabalham, 39,1% desenvolvem atividades na Administração Pública (Federal e Distrital) e 14,7% trabalham no comércio. A renda domiciliar média no Cruzeiro é da ordem de R$ 6, 7 mil – ou 12,3 salários mínimos – e a per capta é de aproximadamente R$ 2 mil – ou 3,8 salários mínimos.
A presidente da Codeplan, Ivelise Maria Longhi Pereira da Silva, explicou que a pesquisa “é um grande e rico manancial de informações de natureza socioeconômica sobre as RAs, de enorme importância não apenas para planejamento de políticas públicas governamentais, mas também para o planejamento empresarial e estudos acadêmicos”.
Pesquisa – O PDAD – CRUZEIRO é o 24º volume de uma série de estudos que contempla as 30 RAs do DF. Os resultados desses trabalhos estão sendo apresentados desde janeiro de 2011. Cerca de 50 pessoas trabalham na elaboração do estudo, desde a pesquisa no terreno, passando pela checagem e análise de dados.
O PDAD é a segunda pesquisa domiciliar realizada no DF. A primeira ocorreu em 2004. A estimativa é de que cerca de 24 mil questionários venham a ser aplicados até o final de toda a pesquisa (que engloba todas as regiões).