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14/04/2017 às 09:52, atualizado em 14/04/2017 às 09:55
Para fabricar remédios, equipe da Farmácia Viva usa plantas nativas e estrangeiras, como guaco e babosa. Saiba como e onde obter esses medicamentos
Com eficácia atestada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os fitoterápicos têm ganhado destaque nas unidades básicas de saúde do Distrito Federal. No primeiro trimestre de 2017, 4.366 medicamentos extraídos de plantas foram fabricados pela Farmácia Viva, unidade da Secretaria de Saúde.
Ao longo de 2016, a produção foi de mais de 25 mil, número que representou um aumento de 11% em relação a 2015. Dos sete vegetais trabalhados em laboratório, três são oriundos de território nacional.
As plantas nativas usadas na Farmácia Viva são:
O local, que fica no Riacho Fundo I, também produz fitoterápicos provenientes da babosa, do boldo, do confrei e do funcho.
Carro-chefe na Farmácia Viva, o guaco é o que tem mais saída. Aproximadamente 15 mil medicamentos extraídos dessa erva foram produzidos no ano passado — 14.263 xaropes, 545 frascos de tintura e 177 chás medicinais.
“O projeto atende com o xarope de guaco há mais de 20 anos. É o medicamento mais tradicional da rede. Usada como expectorante em gripe e resfriado com formação de catarro, a planta também serve como auxiliar no tratamento de asma”, explica o chefe da Farmácia Viva, Nilton Luz Neto.
Para quem é diabético e não pode consumir açúcar, a farmácia produz medicamentos em forma de chá. A solução vem em saquinhos artesanais que o paciente dissolve em água fervente, filtra e toma ao longo do dia.
Encontrada em todo o território brasileiro, a erva-baleeira é o segundo vegetal mais utilizado na produção de fitoterápicos da Farmácia Viva. Em 2016, foram fabricadas 4.161 unidades em gel do fármaco.
De acordo com Neto, a necessidade dos fitoterápicos já é perceptível na rede pública. “Temos medicamentos feitos de plantas com funções que não temos em fármacos sintéticos”, explica. Um bom exemplo é o gel de baleeira, encontrado como prioridade para tratamentos de uso tópico em casos de queda, luxação, tendinite e artrite.
Em algumas unidades, o gel é auxiliar nas seções de fisioterapia com ultrassom. Segundo o chefe da Farmácia Viva, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já usufrui da erva para o processo de reabilitação dos profissionais da rede. Esse é o único tratamento voltado apenas para servidores.
Muito encontrado nos quintais brasileiros, o boldo aparece em terceiro lugar, com 2.348 tinturas fabricadas no ano passado. O medicamento é indicado para distúrbios digestivos. Na mesma linha, a tintura de funcho é uma alternativa para gases estomacais.
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Já o gel de alecrim-pimenta é indicado para infecções causadas por fungo e bactéria na pele. Como auxiliar na cicatrização de feridas, há ainda a pomada ou o gel de confrei e o de babosa.
As plantas são cultivadas de forma orgânica na própria Farmácia Viva e nos terrenos do Complexo Penitenciário da Papuda e do Centro Nacional de Recursos Genéticos, parceiros do projeto.
Após a colheita, elas são selecionadas, secadas em estufa e trituradas até se transformarem em pó. Com esse material, é feita a extração da tintura. A exceção é a babosa, usada fresca para produção do gel cicatrizante.
Os fitoterápicos produzidos pela Farmácia Viva são entregues mediante receita prescrita pelos médicos das unidades básicas de saúde.
Os remédios podem ser obtidos em 20 locais diferentes, em 12 regiões administrativas: Brazlândia, Candangolândia, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Samambaia, São Sebastião, Sobradinho e Taguatinga.
Os interessados podem entrar em contato diretamente com as unidades para confirmar se o serviço está disponível.
Outro trabalho feito pela Farmácia Viva são as oficinas educativas sobre plantas medicinais, que ocorrem conforme demanda dos pacientes nas unidades de saúde. Os farmacêuticos levam mudas das plantas e orientam a população sobre o uso e o cultivo.
Unidades de saúde que oferecem fitoterápicos no DF
Brazlândia
Centro de Saúde nº 1
Quadras 6/8, Setor Norte
Telefone: (61) 3391-1533 e 3391-1649
Candangolândia
Centro de Saúde nº 1
Entrequadra 3/5, Área Especial
Telefone: (61) 3301-6221 e 3301-5444
Gama
Centro de Saúde nº 2
Quadra 11, Área Especial, Setor Sul
Telefone: (61) 3556-5678 e 3556-5424
Centro de Saúde n° 5
Setor Central, Quadra 38, Área Especial
Telefone: (61) 3556-6478 e 3556-5111
Guará
Centro de Saúde nº 1
QE 6, Área Especial B, Guará I
Telefone: (61) 3567-0510
Centro de Saúde n° 3
QE 38, Área Especial, Guará II
Telefone: (61) 3301-8398 e 3301-1995
Núcleo Bandeirante
Centro de Saúde nº 2
Terceira Avenida, Área Especial
Telefone: (61) 3552-0086
Recanto das Emas
Centro de Saúde nº 2
Quadra 102, Área Especial
Telefone: (61) 3334-1659
Clínica da Família nº 2
Quadra 308, Área Especial
Telefone: (61) 3331-2822
Samambaia
Centro de Saúde nº 2
QR 611
Telefone: (61) 3359-1001 e 3359-6444
Centro de Saúde nº 3
QR 429
Telefone: (61) 3359-5500
Centro de Saúde nº 4
QR 512
Telefone: (61) 3357-5897
São Sebastião
Posto de Saúde da Família
BR-251, km 34, Colônia Agrícola Nova Betânia
Sobradinho II
Centro de Saúde n° 3
AR 13, Conjunto 7, Lote 1
Telefone: (61) 3485-6775
Riacho Fundo I
Centro de Saúde n° 3
QN 7 Área Especial 9
Telefone: (61) 3399-2031 e 3399-8403
Riacho Fundo II
Centro de Saúde n° 4
QN 1 Área Especial 1, Conjunto 32
Telefone: (61) 3399-0491
Taguatinga
Centro de Saúde nº 4
QNC A/E, Lote 16
Telefone: (61) 3563-6913 e 3561-1310
Centro de Saúde nº 5
Setor D Sul, Área Especial 23
Telefone: (61) 3561-2072 e 3563-5548
Edição: Marina Mercante