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23/05/2017 às 20:21, atualizado em 24/05/2017 às 09:20
Medidas incluem impermeabilizar poços usados pelos produtores, como o que passa por avaliação na propriedade de Kinichi Nakamura antes de o sistema de irrigação ser instalado
Fábio Issato, de 43 anos, é agricultor há mais de duas décadas. Ele conta que a falta de água suficiente para a produção, no Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina, provocou perdas em 2016.
Para aproveitar ao máximo o recurso hídrico, o produtor é um dos moradores do local que recebem auxílio do governo para a implementação de poços impermeabilizados na propriedade.
A ajuda do poder público vem da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF).
De acordo com o técnico agropecuário extensionista da Emater-DF Sizelmo da Silva Santana, o método utilizado garante que não haja nenhuma perda de água por infiltração.
O poço é padrão, com cerca de 20 metros de raio e 1,5 metro de profundidade no centro. Depois de cavado, é coberto por uma lona. Esta, após ser colada e presa às laterais do buraco, recebe uma camada de terra para ficar protegida de ações naturais, como raios solares.
Uma impermeabilização desse tipo dura cerca de 20 anos. O reservatório é abastecido pelo canal de irrigação do núcleo rural, que capta água da Bacia do Pipiripau.
Até agora, três poços já estão concluídos. Outros 12 estão furados e serão impermeabilizados nos próximos dias, e três devem começar a ser feitos na semana seguinte.
Santana acredita que mais produtores vão solicitar o serviço depois que perceberem os benefícios. O núcleo tem 87 propriedades.
No caso de Fábio Issato, a escavação substituirá outro poço, sem impermeabilização. A perda de água chegava a até 30% da capacidade. “Minha expectativa é que agora só esse tanque novo seja suficiente para a produção que já tenho.” As novas construções comportam cerca de 300 mil litros.
Nas terras de Kinichi Nakamura, de 80 anos, o poço já está cheio e passa por avaliação. A medida é para garantir que não haja infiltração antes de o sistema de irrigação ser instalado e ficar pronto para uso.
[Olho texto='”Depois que ele começar a usar, ainda passaremos um tempo medindo a vazão para ver se não está tendo realmente nenhum problema”‘ assinatura=”Sizelmo da Silva Santana, técnico agropecuário extensionista da Emater-DF ” esquerda_direita_centro=”direita”]
“Depois que ele começar a usar, ainda passaremos um tempo medindo a vazão para ver se não está tendo realmente nenhum problema”, afirma o técnico agropecuário.
As obras ocorrem por meio de parceria entre a Secretaria da Agricultura, que cede as máquinas; a Emater, com o acompanhamento técnico; e os produtores, que compram o material necessário.
O governo aguarda recurso para a impermeabilização de todo o canal que distribui água aos produtores. De acordo com o extensionista Santana, já existe um projeto pronto para que a passagem seja tubulada.
Para a economia do recurso hídrico na área rural, o planejamento ainda envolve, por exemplo, a mudança dos sistemas de irrigação por modelos mais eficientes e a adoção de medidas de retenção de água da chuva para enriquecer o solo e para ser usada na agricultura.
Por meio do programa Produtor de Água, que beneficia os agricultores em toda a Bacia do Pipiripau, o governo investe na conservação de água e do solo com a adequação ambiental das estradas rurais — o centro da via é levantado para que a água corra pelas margens até um ponto de estocagem.
Para isso, a Secretaria da Agricultura trabalha no Assentamento Oziel Alves 3 desde 15 de maio. Depois, o mesmo processo será feito em cerca de 40 quilômetros das estradas internas em propriedades do Núcleo Rural Pipiripau.
Segundo o diretor de Infraestrutura Rural e Serviços, da secretaria, José Voltaire, as obras aumentam a durabilidade da estrada — porque diminuem a necessidade de manutenção —, reduzem o risco de erosões e garantem a melhoria da água. “Isso permite que se diminua o impacto de pequenas partículas nos córregos, provocando, por exemplo, o assoreamento.”
Edição: Raquel Flores