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15/06/2017 às 16:25, atualizado em 16/06/2017 às 11:27
Marcos Vinícius Andrade, de 23 anos, comandou um helicóptero por simulação. Área gratuita do evento segue aberta até sábado para visitantes
Até sábado (17), o público brasiliense pode conhecer novidades no ramo de tecnologia e inovação e ainda se divertir com as atrações do espaço gratuito da Campus Party Brasília. Já nas primeiras horas após a abertura, no fim da manhã, o empreendedor Marcos Vinícius Andrade, de 23 anos, aproveitou para testar um simulador de helicóptero.
“Eu não consegui comprar ingresso e vim para a Campus fazer contatos e participar das palestras na área livre. Nunca andei de helicóptero, mas a sensação no simulador é de estar voando mesmo”, contou sobre a experiência.
O simulador na Open Campus é do empresário formado em ciência da computação João Pagotto, de 32 anos. “Comecei por hobby e fui aprimorando, já fiz de avião também.” Ele trabalha a partir de um software com a simulação dos voos, daí em diante adapta tudo para que o controle da aeronave seja o mais real possível, com pedal, painel e manche (a alavanca de comando).
Pagotto comercializa os equipamentos para escolas de treinamento de pilotos. “No Brasil, eu só não fui à primeira edição, depois participei de todas as Campus. A chegada a Brasília é legal porque é um público diferente. Os visitantes se divertem, mas consigo maior divulgação e possíveis negócios”, avalia.
Outras atividades disponíveis eram o uso de óculos de realidade virtual e a simulação de voo de asa-delta. Essas atrações estavam na lista de prioridade de Eduardo Ávila, de 10 anos.
[Olho texto=”O governo de Brasília, correalizador do evento, tem um estande na Campus Party para mostrar atrações turísticas aos campuseiros de fora do DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
Na fila desde as 9h15 com a família — a Open Campus abre às 10 horas —, ele aguardava ansioso para experimentar os equipamentos. “Tenho medo de altura. Acho que vou sentir uma aflição, mas vou encarar o asa-delta”, disse o menino, que planeja ser engenheiro de robótica no futuro.
Hoje (15) e amanhã (16), a Open Campus estará aberta até as 21 horas, e os visitantes poderão permanecer até as 22 horas. No sábado (17), o horário de funcionamento será das 10 às 18 horas, com circulação permitida até as 19 horas.
Durante toda a manhã, o governador Rodrigo Rollemberg, acompanhado do secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, visitou as áreas da Campus Party, logo depois de abrir o Hackathon Inova Brasília. Ele assistiu a uma competição de drones e fez uma aula inicial para pilotagem do equipamento na área externa do evento.
Além disso, passou por estandes no Startup & Makers e conversou com os empreendedores. Ele conheceu, por exemplo, iniciativas de agendamento de aulas particulares on-line, tecnologias aplicadas à educação, monitoramento de consumo energético em residências e um programa que controla algumas funções de um caminhão, como ligar o motor e acender o farol por meio de aplicativo.
Na visita, estudantes de biotecnologia da Universidade de Brasília apresentaram a TecFlora, projeto que usa a tecnologia para desenvolver plantas inovadoras que não precisam de nenhum cuidado diário, como sol e água. “Por ser da nossa área, temos grande interesse no futuro parque tecnológico de Brasília”, cobrou do governador Camila Gomes, de 21 anos, do sétimo semestre.
Rollemberg destacou a importância do setor: “Há mais de 12 mil espécies do Cerrado, plantas endêmicas que só ocorrem no bioma. A sustentabilidade da agricultura no futuro depende desse trabalho de biotecnologia”.
Criado em janeiro de 2017, o Biotic – Parque Tecnológico está em fase de implementação e visa concentrar cerca de 1,2 mil empresas dos ramos da tecnologia da informação e comunicação e da biotecnologia, com potencial para criar mais de 25 mil empregos diretos.
Veja a Arena da Campus Party Brasília em 360º:
O governo de Brasília, correalizador do evento, tem um estande no espaço para reuniões da equipe de governo e para mostrar atrações turísticas da cidade aos campuseiros de fora do DF. Além disso, a Escola Técnica de Brasília tem um espaço próprio para apresentar projetos dos alunos.
Um deles é o que controla o tempo de banho para economizar água. A ideia foi desenvolvida para ser levada à Campus Party Brasília e casou com o momento de escassez hídrica e racionamento na cidade.
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“Programamos o tempo, e, depois de 5 minutos de chuveiro ligado, o mecanismo impede que a água saia”, explica o professor João Resende. Para ter água novamente no banho, é preciso esperar 15 minutos. No experimento na Campus, eles fizeram uma programação por tempo menor.
Aluno da escola que participa do projeto, Yure Augusto, de 20 anos, fala sobre a necessidade urgente de conscientização. “A pessoa precisa se conscientizar, senão fica com sabão no corpo. É preciso ser radical”, defendeu.
Edição: Marina Mercante