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05/07/2017 às 13:32, atualizado em 05/07/2017 às 13:35
Até 30 de setembro, equipes da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vão percorrer 200 propriedades em todo o Distrito Federal
Com o início do vazio sanitário da soja, período em que os produtores devem eliminar as plantas vivas do cultivo, a fiscalização foi intensificada. Desde 1º de julho, equipes da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural podem aplicar multas a quem descumprir a medida.
As sanções vão de R$ 15 mil a R$ 50 mil e obrigatoriedade de eliminação dos pés de soja. Até 30 de setembro, serão vistoriadas 200 propriedades em todo o Distrito Federal.
O impedimento tem o objetivo de quebrar o ciclo de vida do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática. A doença é a principal causa de perdas na lavoura, uma vez que leva ao amarelecimento precoce de folhas e caule e prejudica o enchimento dos grãos.
A eliminação das plantas pode ocorrer de forma química, com a aplicação de herbicidas; ou mecânica, com o uso de maquinário para remexer o solo. Outra opção é colocar o gado para se alimentar dos pés de soja, ainda que não seja a mais comum.
A escolha da técnica é feita de acordo com as características de cada propriedade, como extensão, relevo e condições climáticas, como explica o fiscal agropecuário da Secretaria da Agricultura Adailton Guimarães. “O produtor tem muitas alternativas. Há instrumentos para todos os casos”, defende.
O vazio sanitário não significa necessariamente que a terra fique sem produção. Após a colheita da soja, os produtores podem fazer o plantio de outras culturas, como o sorgo, que tem menos demanda hídrica. No caso de estiagem intensa, é possível plantar espécies como o Pennisetum glaucum, popularmente conhecido como milheto. O objetivo é não deixar a terra exposta.
A adesão ao período de suspensão do cultivo tem sido ampla no Distrito Federal. “Os produtores daqui são bem conscientes. Tanto que, no ano passado, só tivemos uma autuação”, conta a fiscal agropecuária Carina Ichida.
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As regiões de fronteira com Goiás e Minas Gerais exigem atenção especial da fiscalização. “Já vimos situações em que o produtor respeitou o vazio na área da propriedade que ficava no DF, mas manteve o plantio de soja na parte que ficava em Goiás”, relata Carina. Nesse caso, a pasta da Agricultura do DF informa à do estado vizinho sobre o problema. “Além disso, contamos com a ajuda dos próprios produtores para denunciar os desrespeitos”, afirma o fiscal agropecuário Karlos Santana.
Em caso de suspeita de descumprimento do vazio sanitário, deve-se alertar a pasta da Agricultura. Denúncias podem ser enviadas pelo telefone (61) 3051-6422 ou por meio do endereço eletrônico gsv.defesa.seagri@gmail.com.
Edição: Paula Oliveira