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27/07/2017 às 10:39, atualizado em 27/07/2017 às 12:36
Dados de pesquisa da Codeplan de junho indicam 9 mil desempregados a menos na cidade em relação a maio. Apesar disso, taxa de ocupação se manteve constante
Junho foi o terceiro mês consecutivo em que o desemprego no Distrito Federal diminuiu, com 0,5 ponto percentual a menos em relação a maio, quando o número de desempregados equivalia a 20,4% da população ativa. São 9 mil desempregados a menos de um mês para o outro.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada na manhã desta quinta-feira (27) pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).
Também houve aumento dos números da maioria dos setores de atividade de Brasília. Construção civil (mais 4 mil pessoas), indústria de transformação (2 mil), comércio (3 mil) e administração pública (3 mil) apresentaram novos postos de trabalho. Por outro lado, o segmento de serviços teve diminuição, com 10 mil empregos a menos.
Apesar da diminuição do desemprego, a taxa de ocupação se manteve constante, com o mesmo 1,32 milhão de pessoas contratadas de maio. As variações, segundo o boletim da PED, ocorreram devido a aumento do grupo de pessoas que se tornaram inativas.
De acordo com a Codeplan, pessoas inativas são aquelas que estão em idade para trabalhar, não estão empregadas e não procuram por trabalho. De maio para junho, eles tiveram o crescimento de 15 mil.
Além da variação mensal, a PED mede as mudanças das taxas anuais, de junho de 2016 para o mesmo mês deste ano. Nesse período, o nível de ocupação aumentou com 46 mil postos de trabalho a mais que em 2016.
Apesar disso, o desemprego teve um aumento ainda maior no mesmo tempo, com um contingente de 50 mil pessoas a mais. Isso é resultado do crescimento da população economicamente ativa no mercado de Brasília, com incremento de 96 mil trabalhadores. A quantidade de postos extras não foi suficiente para suprir essa demanda.
A pesquisa evidencia o perfil dos desempregados no Distrito Federal e mostra a desigualdade quanto a questões sociais, de gênero e racial. A maior parte desse público é composta por negros (72,5%), mulheres (52,7) e jovens (39,5%).
O grupo de regiões administrativas com menor renda, formado por Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, Estrutural e Varjão teve taxa de desemprego de 26,3% em junho.
No grupo com regiões considerado pela pesquisa como de média-alta renda (Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Vicente Pires), esse número é de 16,5%.
No acumulado do semestre, Plano Piloto, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Sudoeste/Octogonal atingiram o patamar de 9,1%.
Para a diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Ana Maria Nogales, a pesquisa auxilia na estruturação de políticas que revertam o quadro e diminuam a desigualdade no mercado de trabalho.
Uma das ações do governo para aumentar a oportunidade é o Prospera. O programa concede empréstimo orientado a pequenos empreendedores informais e microempresas sem acesso ao sistema financeiro tradicional.
Desde o início do ano, o governo acumulou R$ 4,4 milhões em cartas de microcréditos para 398 beneficiários. A expectativa da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos é que esse montante chegue a R$ 11 milhões até o fim de 2017.
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No início do mês, o Executivo local também lançou a segunda etapa do programa Qualifica Mais Brasília, com 30 cursos — nove a mais que na primeira fase.
Os cursos profissionalizantes têm duração variada, de 40 a 160 horas-aula, são gratuitos e estão disponíveis por ensino a distância. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo portal do programa.
Acesse a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) de junho.
Edição: Marina Mercante