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27/07/2017 às 18:55, atualizado em 28/07/2017 às 11:06
Economia média alcançada em abril deste ano foi de 21 litros por ligação ao dia
Graças a investimentos em estratégias de combate aos vazamentos e ligações clandestinas, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) conseguiu, pela primeira vez nos últimos quatro anos, reduzir o desperdício de água no sistema de abastecimento.
O índice de perda, que na média de doze meses era de 391 litros por ramal/dia, em janeiro de 2015, caiu para 370 litros em abril deste ano. Os esforços continuam para baixar a média para 250 litros por unidade.
O cálculo é feito com base na média de consumo dos últimos doze meses. Cada ramal corresponde a uma ligação de imóvel, seja uma casa, uma empresa ou um grande prédio de apartamentos.
Os dados levantados pela Caesb mostram que, pela média móvel dos últimos três meses, esse indicador aponta uma redução ainda maior, passando de 410 litros em janeiro de 2015 para 307 litros por ligação/dia em abril de 2017.
Segundo o presidente da companhia, Maurício Luduvice, esses dados apontam uma diminuição consistente nos índices de perdas do sistema de abastecimento de água.
Ao final da implantação de todas as estratégias do Programa de Controle e Redução de Perdas, previsto para o segundo semestre de 2019, a Caesb espera atingir a meta de 250 litros diários por ligações pressurizadas.
[Numeralha titulo_grande=”R$ 170 milhões” texto=”Volume de recursos do BID investidos pela Caesb no Programa de Controle e Redução de Perdas” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A empresa pública atribui essa redução aos investimentos feitos com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de R$ 170 milhões. O projeto prevê substituição de hidrômetros e de redes de água, além da instalação de válvulas redutoras de pressão.
Para alcançar a redução, a Caesb desenvolveu estratégias de combate às perdas reais, causadas por vazamentos, e às aparentes – aquelas que resultam de consumo não faturado, como submedição do hidrômetro ou ligações clandestinas e furtos.
Na redução das perdas reais, a companhia investe na setorização da distribuição, na substituição de redes muito antigas e no controle ativo de vazamentos.
Também implanta moderno sistema de telemetria com controle remoto de válvulas redutoras de pressão e promove a melhorias no cadastro técnico da rede de distribuição por meio de georreferenciamento.
Para o controle e redução das perdas aparentes, a empresa substitui hidrômetros antigos — 137 mil já trocados até agora — e moderniza os Laboratórios de Micromedição e de Macromedição.
Além dessas ações, a Caesb, segundo Luduvice, atua fortemente no combate às ligações clandestinas nas áreas urbanas. Para tanto, emprega 27 equipes de campo e um consistente processo de análise e inteligência para a identificação dessas ligações.
Em 2017, a estatal já retirou aproximadamente 1 mil ligações clandestinas de água no DF, 520 a mais que no mesmo período do ano anterior. Essa ação resultou em mais de 200 ocorrências policiais. Estima-se que sejam desviados cerca de 680 milhões de litros com essa prática.