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20/08/2017 às 11:15, atualizado em 21/08/2017 às 09:07
Ideia é estudar áreas onde há preservação do Cerrado e aliar ações para a conservação de espécies nativas
A maior parte do espaço ocupado pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília é destinada à preservação do Cerrado. Além dos 140 hectares abertos ao público, o local abriga uma área de relevante interesse ecológico (Arie), com 440 hectares, que será objeto de estudos.
A Arie serve de fluxo de passagem de animais e funciona como uma espécie de corredor ecológico. O último levantamento, feito em 1994, apontou que, na época, existiam 132 espécies de aves e 22 de mamíferos. Não constam registros de peixes, répteis, anfíbios ou invertebrados.
Hoje, o maior desafio é a pressão urbana. “Pessoas que invadem para tirar madeira e até caçar é algo que a gente coíbe o tempo inteiro”, destaca o diretor-presidente da fundação, Gerson de Oliveira Norberto. “Por isso, tornar a área um equipamento vivo, útil e dinâmico fará com que a gente consiga resguardá-la muito mais.”
O plano de manejo da Arie, criado há mais de 20 anos, prevê que o espaço fomente, principalmente, projetos de pesquisa e conservação. A ideia é que o lugar seja uma estação ecológica para reabilitação e soltura de animais silvestres, resgatados ou nascidos no próprio zoo.
[Olho texto='”Tornar a área um equipamento vivo, útil e dinâmico fará com que a gente consiga resguardá-la muito mais”‘ assinatura=”Gerson de Oliveira Norberto, diretor-presidente do Zoológico de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Antes disso, o zoológico pretende atualizar estudos da área em parceria com outros órgãos que integram o Comitê Interinstitucional da Política Distrital para os Animais.
O grupo, instituído em 2015 e composto por instituições governamentais e da sociedade civil, já alinhou discussões sobre a gestão da fauna no Distrito Federal.
Os primeiros encontros do comitê sobre a temática contaram com a participação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e do Jardim Botânico de Brasília.
Também marcaram presença o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a organização não governamental Brasília é o Bicho e as Universidades de Brasília (UnB) e Católica.
“Estamos situando o Zoológico na gestão de fauna no Distrito Federal. Por isso é importante entendermos o que cada ator está fazendo e onde”, esclarece o diretor-presidente.
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Com a rede de atuação formada, ele explica que a expectativa é obter melhores resultados, com menores gastos e menos tempo. “Vamos gerar um primeiro mapa de situação para mostrar quem faz o quê e onde.” Com base nisso, serão determinadas novas ações.
Não só a área de relevante interesse ecológico do zoo deverá ser material de estudo. Outros locais que ainda não recebem projetos de conservação de espécies nativas também serão mapeados e, se possível, destacados para o trabalho.
O Jardim Zoológico de Brasília fica na L4 Sul, Avenida das Nações, e abre de terça-feira a domingo, das 8h30 às 17 horas. Os ingressos custam R$ 5 (meia-entrada) e R$ 10 (inteira).
Edição: Vannildo Mendes