Inspirado em elementos do Cerrado, na história da capital federal e até mesmo na singularidade de cada região administrativa, o artesanato brasiliense está cada vez mais popular. O setor registrou alta de 33% nas vendas em 2024, com arrecadação superior a R$ 2 milhões, em comparação ao ano passado, quando o valor chegou a cerca de R$ 1,6 milhão. O sucesso da atividade comercial beneficia 1,5 mil famílias, movimentando a economia, com geração de emprego e renda, além de valorizar a cultura local.
Lojas da série Artesanato Brasília reúnem trabalhos de artistas cadastrados pela Setur-DF | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
Os números refletem o apoio deste Governo do Distrito Federal (GDF) com ações de capacitação, incentivo à participação em eventos nacionais e oferta de mais espaços de venda. Em 2024, a Secretaria de Turismo (Setur-DF) registrou mais de mil novos cadastros de artesãos e manualistas e inaugurou mais uma loja da série Artesanato Brasília, na Feira do Guará. Com isso, os profissionais contam com três unidades para expor suas peças – os outros dois pontos ficam no Pátio Brasil, no Plano Piloto, e no Alameda Shopping, em Taguatinga.
“Uma música do Milton Nascimento fala que o artista tem que ir aonde o público está. Então, o artesanato tem que ir aonde os possíveis compradores estão”
Franklin Martins, subsecretário de Turismo
Cada uma das lojas reúne o trabalho de 30 artesãos, selecionados por chamamento público. O funcionamento segue os horários dos centros comerciais. O Pátio Brasil funciona de segunda a sábado, das 10h às 22h e, aos domingos, das 12h às 20h. O Alameda Shopping está aberto de segunda a sábado, das 9h às 21h e, aos domingos, das 11h às 18h. A Feira do Guará, por sua vez, atende de quarta a domingo, das 9h às 18h.
O subsecretário de Turismo, Franklin Martins, anuncia que um quarto estabelecimento está em negociação para ser montado em outro shopping. Segundo ele, os equipamentos servem para divulgar os produtos não apenas para turistas, mas principalmente para moradores do DF.
“Costumo dizer que o cliente não sai de casa com o intuito de comprar artesanato; ele passa por uma loja ou um evento, vê o produto, se apaixona e quer levar para casa”
Klever Antunes, chefe da Unidade de Promoção ao Artesanato e ao Trabalho Manual
“O turismo é um tema transversal”, pontua. “Temos o turismo de aventura, o religioso e também o urbano. Uma música do Milton Nascimento fala que o artista tem que estar onde o público está. Então, o artesanato tem que estar onde os possíveis compradores estão. Uma ou duas vezes por semana, os artesãos estão nas lojas, e o cliente pode ter esse contato direto, inclusive para pedir uma peça específica.”
