A sala 54 da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), na Asa Sul, virou palco para discussões sobre questões étnico-raciais, gênero, racismo e a valorização e aceitação da cultura negra. Intitulado de Brasilidades Afro-Indígenas, o espaço tornou-se um ponto de encontro para educadores realizarem cursos, bate-papos e encontros online. As reuniões ocorrem durante todo o ano e o aprendizado é compartilhado com os estudantes das escolas públicas do Distrito Federal.
[Olho texto=”“Essas temáticas precisam estar na escola independentemente de qual for o componente, seja para professores de geografia, história ou outras disciplinas”” assinatura=”Renata Nogueira, professora doutora em Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB)” esquerda_direita_centro=”direita”]
O espaço onde ocorrem os cursos é decorado com fotografias temáticas feitas por professores e alunos. O lugar conta ainda com espaços para livros e instrumentos de percussão de matriz africana, além de adereços nas paredes, característicos da cultura africana e indígena.
Entre os cursos ofertados está o de Letramento em Educação Antirracista: Por uma Escola Diversa e Polifônica, ministrado pela professora doutora em antropologia pela Universidade de Brasília (UnB) Renata Nogueira. A docente também oferta outros cursos paralelos ligados ao projeto Eape Vai à Escola, como: Racismo Estrutural e Educação; Valores Civilizatórios Afro-brasileiros e Educação; Racismo Religioso e Educação e Racismo e Xenofobia.
A professora Renata Nogueira ministra cursos com temáticas que variam de acordo com o currículo básico da educação | Fotos: Mary Leal/Ascom SEEDF
A professora explica que as temáticas dos cursos variam de acordo com o currículo básico da educação e ressalta que o papel do profissional que atua na formação continuada consiste em potencializar o trabalho para que ele chegue até os estudantes. “Essas temáticas precisam estar na escola independentemente de qual for o componente, seja para professores de geografia, história ou outras disciplinas”, pondera.
Renata está na Eape desde 2019 e atua por meio de diversas atividades, como palestras, oficinas e seminários. O curso de Letramento em Educação Antirracista: Por uma Escola Diversa e Polifônica foi realizado durante o segundo semestre de 2022, com o intuito de promover atuação crítica e transversal das temáticas étnico-raciais nas escolas e contribuir na construção de perspectivas educacionais antirracistas.