Trabalhar os estímulos que o recém-nascido recebe após o nascimento é de extrema importância para o desenvolvimento e a evolução, principalmente no caso dos bebês prematuros. Na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), essa é uma questão levada bastante a sério pela equipe multidisciplinar.

A estimulação na redinha é indicada para todos os recém-nascidos sem acesso ou com oxigenoterapia, desde que feita sempre dentro da incubadora | Foto: Jurana Lopes/IgesDF
Por causa disso, os bebês entre 1,5 kg e 2 kg recebem estimulação vestibular ( que permite ao bebê se orientar com relação à gravidade) com redinha de incubadora, através do balanço do recém-nascido com fins de exterogestação, ou seja, propiciar sensações parecidas com as sentidas dentro do útero da mãe.
[Olho texto=”“A intervenção precoce é voltada para prematuros extremos e nascidos abaixo de 32 semanas. O objetivo é reduzir as possibilidades de atraso no desenvolvimento. Já as técnicas de exterogestação visam oferecer maior conforto para os bebês”” assinatura=”Assis Rodrigues, terapeuta ocupacional da Ucin” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
“O pequeno balanço da redinha proporciona ao recém-nascido uma série de benefícios, como sono mais profundo, maior conforto, além de favorecer o desenvolvimento, o crescimento e o ganho de peso”, explica o terapeuta ocupacional da Ucin, Assis Rodrigues.
De acordo com ele, os bebês ficam na redinha por um período de duas horas. A estimulação na redinha é indicada para todos os recém-nascidos sem acesso ou com oxigenoterapia, desde que feita sempre dentro da incubadora.
A redinha faz parte das estimulações da exterogestação. Além dela, há a prática do banho de ofurô ou ofuroterapia e o método canguru, todos praticados dentro da Ucin do HRSM.
No caso de gêmeos, em que fica extremamente cansativo para a mãe ficar com os dois bebês balançando no colo, é feita pelo menos um dia na semana a técnica da redinha. Este é o caso de Naiara Oliveira, de 16 anos, mãe das gêmeas Elisa e Isabele, de um mês e meio. Elas nasceram de 31 semanas e ficaram internadas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) por duas semanas.