20/08/2025 às 17h13 - Atualizado em 20/08/2025 às 17h13
Roda de samba embala cuidados paliativos de paciente no Hran
Atividade faz parte das medidas de conforto oferecidas pela equipe da unidade junto à família; hospitais da rede pública do DF oferecem o serviço
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Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader
“Quero chorar o teu choro, quero sorrir teu sorriso. Valeu por você existir, amigo.” Esse samba foi entoado por pacientes, familiares e profissionais de saúde durante evento nesta terça-feira (19), no jardim central do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
A anfitriã da festa era Marilda Cordeiro, 67 anos, paciente em cuidados paliativos da unidade hospitalar. O show fez parte das medidas de conforto oferecidas pela equipe do hospital. Ouvir as suas canções favoritas, interpretadas por um grupo, ao vivo, era um desejo da paciente.
Marilda Cordeiro e a filha, Janaína Silva, vivem momento de distração em meio a um tratamento de câncer, no Hran | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF
Há poucos meses, Marilda obteve o diagnóstico de câncer de pulmão com metástase cerebral. "Ela me contou que, quando saísse daqui, precisaria de um samba. 'Não tem problema', eu disse para ela. A gente vai ter uma roda aqui mesmo’", lembra a filha, Janaína Silva, 52. “Tudo isso só foi possível por causa desses profissionais. Se a minha mãe hoje está tendo qualidade de vida, está feliz, é graças a eles”, completa.
O atendimento em cuidados paliativos tem como objetivo principal promover a qualidade de vida dos pacientes e dos familiares que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida. Cada caso é individualizado, e as condutas são adequadas conforme a necessidade terapêutica.
A maioria dos hospitais da rede pública do Distrito Federal oferece o serviço especializado. As equipes, de um modo geral, contam com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, odontólogos e farmacêuticos.
“Podemos proporcionar um momento de alegria, um encontro com toda a família, rodeada por nossa equipe... São essas ações que trazem conforto aos pacientes que enfrentam um período tão difícil e sensível”, explica a fisioterapeuta da equipe de cuidados paliativos do Hran, Ana Cristina Almeida.