Passar trotes para serviços de emergência é uma prática irresponsável que pode comprometer o socorro a quem realmente necessita. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (Samu 192) vem registrando queda nesse tipo de chamada e, em 2024, apresentou o menor índice desde sua criação, há 19 anos, com apenas 0,96% das ocorrências.
O Samu 192 registrou o menor índice de trotes desde a sua criação no Distrito Federal, há 19 anos, fechando 2024 com 0,96% de chamadas falsas | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF
Os dados mostram uma redução expressiva nas chamadas falsas ao longo dos anos. Em 2019, 5,99% das ligações eram trotes. Esse número diminuiu para 3,36% em 2020, 2,53% em 2021, 2,07% em 2022, e 1,55% em 2023, até alcançar menos de 1% em 2024. No ano passado, foram registradas 765.029 chamadas, das quais, em média, 7,3 mil foram trotes.
“Nosso objetivo é alcançar o ‘trote zero’, garantindo que os recursos do Samu 192 estejam sempre disponíveis com a maior brevidade e proximidade possível. Atendemos desde casos simples até situações gravíssimas, onde cada minuto faz a diferença na recuperação e no resgate de um paciente”, afirma o diretor do Samu-DF, Victor Arimatea.
Arte: SES-DF
Conscientização
A redução é resultado de um trabalho contínuo de conscientização, que envolve campanhas educativas e ações em escolas. Uma das principais iniciativas do Samu 192 para combater os trotes é o projeto Samuzinho, que leva profissionais de saúde aos colégios para ensinar crianças e adolescentes sobre a importância do serviço e os impactos das chamadas falsas. Além de palestras e atividades interativas, os estudantes aprendem noções básicas de primeiros socorros.