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Adolescentro do DF celebra 27 anos de assistência a mais de 4 mil pacientes por ano

Felipe Alves, 14 anos, chegou ao Adolescentro há pouco mais de um ano. Com diagnósticos de ansiedade, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e, mais recentemente, Transtorno do Espectro Autista (TEA), ele encontrou na unidade um espaço que transformou sua rotina e sua forma de se relacionar. A mãe, Elaine Alves, 44 anos, acompanha de perto cada passo dessa trajetória. “Aqui ele se encontrou. O acolhimento é maravilhoso, ele participou de grupos terapêuticos que o ajudaram a melhorar na socialização e hoje as consultas são somente com a psiquiatra”, conta Elaine, durante a celebração, nessa terça-feira (23), dos 27 anos do Adolescentro. “O acolhimento é maravilhoso”, conta Elaine Alves, ao lado do filho Felipe e da gerente do Adolescentro, Bibiana Monteiro | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O serviço, que faz aniversário oficialmente nesta quarta (24), é referência no Distrito Federal em saúde mental infantojuvenil e atende a mais de 4 mil adolescentes por ano. A unidade comemorou a data com atividades educativas e recreativas, reunindo pacientes, familiares e profissionais. As celebrações seguem na próxima terça (30), com foco no bem-estar da equipe de servidores. Entre as conquistas recentes, a gerente da unidade, Bibiana Monteiro, destacou o projeto de matriciamento que fortalece a rede de cuidados. “Nossa equipe se reúne com profissionais das UBSs [unidades básicas de saúde] da Região Central a cada 15 dias para discutir casos e construir, juntos, planos de cuidado personalizados. É uma forma de apoiar a Atenção Primária e ampliar o alcance do atendimento em saúde mental”, explica. Quem também aproveitou a festa foi Gabriel Andrade, 17 anos, paciente do Adolescentro desde 2022. Diagnosticado com TEA, TDAH, depressão e ansiedade, ele participa do Grupo da Diversidade, que acolhe adolescentes LGBTQIA+. “No grupo, somos estimulados a compartilhar nossas experiências e isso me auxiliou a expressar o que eu sentia. Me deu muita confiança, já que é um espaço seguro, onde consigo falar sem medo de julgamentos. Isso faz toda diferença”, destacou. O Adolescentro comemorou seus 27 anos com atividades educativas e recreativas, reunindo pacientes, familiares e profissionais Conscientização Em 22 de setembro é celebrado o Dia Nacional da Saúde de Adolescentes e Jovens. A data chama atenção para os cuidados necessários nessa fase marcada por transformações físicas, emocionais e sociais. O Ministério da Saúde, em consonância com a Organização Mundial da Saúde (OMS), define adolescência como o período entre 10 e 19 anos e juventude entre 15 e 24 anos. A psicóloga do Adolescentro, Bethânia Serrão, reforça a importância de olhar com sensibilidade para essa fase. “Reconhecemos a existência de 'adolescências', pois fatores como gênero, raça e cor influenciam significativamente a experiência individual nessa etapa da vida. É um período de descobertas e inseguranças que pode intensificar emoções. Por isso, é essencial que família, escola e serviços de saúde estejam prontos para ouvir e oferecer apoio sempre que necessário.” [LEIA_TAMBEM]Atendimento especializado O Adolescentro oferece acompanhamento clínico e biopsicossocial para jovens entre 12 e 18 anos incompletos. De janeiro a setembro, a unidade já recebeu mais de 1.700 novos pacientes. A assistência é voltada para dificuldades comuns nessa fase da vida, como transtornos mentais leves e moderados, dificuldades escolares e violência sexual. O acesso é feito por encaminhamento das unidades básicas de saúde. São oferecidas terapias em grupo e atendimentos individuais com uma equipe multidisciplinar de 55 profissionais, entre enfermeiros, psicólogos, psiquiatras, neurologistas, pediatras, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, ginecologistas, fonoaudiólogos e outros. O espaço também promove Práticas Integrativas em Saúde, como reiki, grupo de respiração e hatha yoga, voltadas a adolescentes, pais e servidores. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Adolescentro oferece assistência a autistas; pais e cuidadores também recebem apoio

“Passei a socializar, a fazer amigos, minha concentração e notas melhoraram. Além disso, é legal ter um grupo com a mesma experiência, porque vemos o ponto de vista do outro, muitos já passaram por situações difíceis ou parecidas”, relata o estudante Davi Calebe, 17, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desde 2022, ele é acompanhado pelo Adolescentro.  As dinâmicas de grupo desenvolvem atividades para estimular a socialização e a autonomia dos adolescentes | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Nas dinâmicas do Grupo Interação, são desenvolvidas atividades para estimular a socialização e as habilidades sociais dos jovens. Cada encontro trabalha um tema diferente, como a importância do autocuidado, noções de higiene, afetividade, sexualidade, autonomia, coordenação motora e estratégias para lidar com as diferentes emoções, entre outros.   “A participação no grupo está sendo maravilhosa. Estou muito satisfeita. Meu filho foi visto de forma diferenciada. O pessoal aqui é bem capacitado. Ele fez muitos amigos, se abriu mais. Tem toda uma diferença dele antes e depois dos encontros”, elogia a mãe de Davi, a tanatopraxista Diva Diamante, 45.  [LEIA_TAMBEM]Como fazer parte? O Adolescentro oferece 160 vagas anuais de assistência coletiva e individual a pacientes com TEA, totalizando mais de mil atendimentos por mês. As consultas individuais multidisciplinares contam com equipe formada por psicólogos, psiquiatras, pediatras, hebiatras (especialista em adolescência), fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros, ginecologistas, urologistas, neurologistas, odontólogos e terapeutas ocupacionais. Nos casos de suspeita do diagnóstico de TEA ou da necessidade de acompanhamento, as unidades básicas de saúde (UBSs) são o primeiro lugar a ser buscado. Em seguida, conforme o perfil do paciente, há o direcionamento a um dos quatro Centros Especializados em Reabilitação (CERs) da Secretaria de Saúde (SES-DF). Em situações nas quais o jovem avaliado apresenta algum sofrimento mental, com necessidade de acompanhamento psicossocial, ele é encaminhado ao Centro de Orientação Médico Psicopedagógica (Compp) ou ao Adolescentro, a depender da idade. Quando há sinais mais graves que pedem um monitoramento intenso, a pessoa é direcionada aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).   "Meu filho foi visto de forma diferenciada. O pessoal aqui é bem capacitado. Ele fez muitos amigos, se abriu mais”, elogiou Diva Diamante, mãe de Davi Cuidando de quem cuida Enquanto os jovens participam do grupo em sessões de duas horas, seus cuidadores também recebem apoio por meio de grupos terapêuticos, espaços onde há escuta e troca de experiências. “É muito importante a gente cuidar da saúde mental. Aqui conversamos sobre as evoluções. Choramos e rimos juntos. E isso é bom porque desabafamos. O grupo abraça”, acrescenta Diva. A terapeuta ocupacional da SES-DF Marina Esselin explica que a equipe auxilia os responsáveis a entender o diagnóstico e a melhorar a comunicação com o filho. "Isso ajuda a encurtar a distância entre o jovem e o seu cuidador", diz. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Saúde mental infantojuvenil é o foco da exposição ‘Cores do Sentir’ 

A Biblioteca Nacional da República inaugurou, nesta terça-feira (20), a exposição Cores do Sentir, composta por mais de 70 pinturas e desenhos de crianças e adolescentes atendidos pela rede de atenção psicossocial da Secretaria de Saúde (SES-DF). A ação, realizada em parceria com o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental Infantojuvenil da Escola de Saúde Pública do DF (ESPDF), faz parte das atividades da Semana da Luta Antimanicomial, e teve o objetivo de dar protagonismo aos pacientes atendidos. Cerca de 60 crianças e adolescentes participaram, além de familiares e servidores. A enfermeira Mayhara de Carvalho, da Subsecretaria de Saúde Mental, enfatiza: “Para as crianças e adolescentes, é muito importante haver o pertencimento, e poder expressar seus pensamentos, seus sentimentos, faz parte, inclusive, das estratégias de tratamento” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “Para as crianças e adolescentes, é muito importante haver o pertencimento, e poder expressar seus pensamentos, seus sentimentos, faz parte, inclusive, das estratégias de tratamento”, explica a enfermeira Mayhara de Carvalho, da Subsecretaria de Saúde Mental da SES-DF. A mostra também inclui poesias. Todo o material foi produzido durante os atendimentos prestados no Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp), no Adolescentro e nas quatro unidades do Centro de Atenção Psicossocial especializadas no atendimento de crianças e adolescentes (Capsi).  Cotidiano e poesia As pinturas revelam o cotidiano dos pacientes. Videogames, brincadeiras, diálogos (ou mesmo a falta deles) estão retratados, além de falas explícitas a respeito de solidão e da busca por liberdade. “Com medo, eu bato as asas e voo sem rumo, sem direção, mas com coração em minhas mãos volto a ter razão”, sinaliza um dos poemas.  A mostra também destaca o papel do acompanhamento e a identificação dos jovens com temas da atualidade, como música e meio ambiente. Há, ainda, a busca pelo respeito, notadamente contra piadas e outros preconceitos recorrentes a respeito de pacientes das unidades do Caps. A subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer, ressalta a importância que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem dado ao atendimento infantojuvenil: “Estão em construção dois novos Capsis, sendo um no Recanto das Emas, onde as obras já começaram, e outro em Ceilândia, complementando as unidades hoje já instaladas. Há uma compreensão sobre a importância do tema, e também tem havido priorização para reforçar os recursos humanos para a área, com profissionais capacitados para o atendimento humanizado”.  Atendimento especializado [LEIA_TAMBEM]As 176 unidades básicas de saúde (UBSs) formam a porta de entrada aos serviços de saúde mental da rede pública no DF. Equipes de Saúde da Família (eSF), reforçadas por profissionais de diversas especialidades, como psicólogos e terapeutas ocupacionais, podem fazer a abordagem inicial e promover o acompanhamento do paciente, tanto em atividades individuais quanto coletivas. Se houver sofrimento psíquico persistente e grave, há o encaminhamento a um Capsi. São quatro unidades, localizadas no Plano Piloto, Taguatinga, Recanto das Emas e Sobradinho – todas com equipe multiprofissional para analisar a realidade da criança ou do adolescente e propor intervenções. O Capsi de Brazlândia também faz esse tipo de atendimento, e a unidade do Plano Piloto se destaca por ter sido o primeiro Capsi do Brasil. O Compp presta assistência a crianças com transtornos mentais moderados de todo o DF. Esse trabalho é desenvolvido em parceria com o Adolescentro, unidade que recebe pacientes que atingiram a idade de 12 anos, dando continuidade ao serviço até os 18 anos. *Com informações da Secretaria de Saúde     

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GDF promove conscientização sobre gravidez na adolescência

Para disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas acerca de gravidez na adolescência, a Secretaria de Saúde (SES-DF), durante todo este mês, distribuirá cartazes de sensibilização em diversos equipamentos de saúde e escolas particulares e públicas. A assistência, porém, se estende ao longo de todo o ano e envolve o trabalho de equipes multiprofissionais.   Em 2024, foram registrados mais de 2,3 mil partos de menores de 18 anos no Distrito Federal | Foto: Mariana Raphael/Arquivo Agência Saúde A SES-DF conta com uma rede de 176 unidades básicas de saúde (UBSs) que funciona como porta de entrada para consultas ginecológicas. Além do atendimento clínico, as equipes – compostas por enfermeiras, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais da área – proporcionam um acolhimento integral, acompanhando tanto os aspectos físicos quanto os emocionais do paciente.  “Trata-se de um ciclo de vida de desenvolvimento social, emocional e intelectual, para o qual o jovem pode se preparar para lidar apenas na fase adulta” Elizabeth Maulaz, assistente social da Secretaria de Saúde Os jovens contam ainda com diversos métodos contraceptivos, oferecidos gratuitamente pelas unidades da pasta. A primeira linha de escolha para os adolescentes são os chamados Métodos Anticoncepcionais Reversíveis de Longa Duração (Larc), projetados para oferecer prevenção à gravidez por um longo período, sem a necessidade de intervenções frequentes, como o dispositivo intrauterino (DIU), por exemplo. Números altos A gravidez na adolescência é uma preocupação crescente, e a informação é a chave para reduzir os índices, segundo a assistente social Elizabeth Maulaz, da SES-DF. “Queremos conscientizar a sociedade sobre o tema”, afirma. “Trata-se de um ciclo de vida de desenvolvimento social, emocional e intelectual, para o qual o jovem pode se preparar para lidar apenas na fase adulta”.  Contudo, dados do InfoSaúde mostraram que, em 2024, foram mais de 2,3 mil partos de menores de 18 anos no Distrito Federal. No âmbito nacional, o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos 2025 (Sinasc) aponta quase 2,6 milhões de partos realizados em 2023 no país. Desses, 303 mil foram de adolescentes grávidas, sendo 13,9 mil em jovens de 10 a 14 anos e quase 290 mil em jovens de 15 a 19 anos.  De acordo com a lei brasileira, a relação sexual com adolescentes menores de 14 anos é considerada crime, tipificado como estupro de vulnerável – bem como o casamento infantil ou qualquer relacionamento envolvendo práticas sexuais com adolescentes dessa faixa etária.  Informação e desafios Ginecologista e obstetra do Adolescentro, Cecília Vianna assegura que, no local, o assunto é abordado tanto no consultório quanto em rodas de bate-papo: “Promovemos o diálogo em todas as oportunidades, essencial para a compreensão dos riscos associados à gravidez não planejada. A adolescência é um período ainda de imaturidade, instabilidade econômica, onde a jovem está se descobrindo”.  Para a gerente do Adolescentro, Bibiana Coelho Monteiro, o tema vai além de uma questão de saúde e precisa ser discutido abertamente. “É necessário ampliar o debate, levando o tópico para as escolas, para dentro das casas e todos os espaços da comunidade em que os adolescentes estão inseridos”, avalia.  Segundo a gestora, a falta de informação sobre o uso de métodos contraceptivos e planejamento reprodutivo ainda são desafios na prevenção da gravidez não planejada de adolescentes. Quando ela ocorre, os riscos de morte da mãe e do bebê se elevam, além de comprometer a vida escolar, gerando impactos sociais e afetivos. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Adolescentro comemora 26 anos de assistência infantojuvenil

O Adolescentro, referência no Distrito Federal em saúde mental infantojuvenil, completou 26 anos de atuação nesta terça-feira (24). Para marcar a data, um show de talentos e depoimentos uniu profissionais da unidade de saúde, pacientes e seus familiares, em torno do impacto positivo que os atendimentos proporcionam. Esse evento, que já se tornou tradição, busca promover a saúde mental e fortalecer o vínculo entre a equipe e os adolescentes. Celebração incluiu depoimentos de adolescentes e familiares sobre o impacto positivo do atendimento recebido na unidade | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Gerente do centro, Bibiana Monteiro destaca a união e o engajamento dos profissionais nesse atendimento. “Todos são muito dedicados a oferecer um atendimento de qualidade. Essa data de aniversário, que coincide com o início da primavera, simboliza o florescimento do nosso trabalho e a renovação do nosso compromisso com os adolescentes e as suas famílias”, afirmou. Impactos “Uma das maiores mudanças que percebi em mim foi na ansiedade e no medo, que diminuíram bastante”, conta Lindsay Costa, paciente do Adolescentro Mãe de um dos adolescentes, Leiliane Rebouças, 49, compartilhou a experiência de seu filho Fernando, 16, que tem transtorno do espectro autista (TEA). “O Adolescentro fez uma grande diferença na vida do Fernando. Ele recebeu atendimento adequado e a participação no Grupo Interação foi maravilhosa, tanto para ele quanto para nós, como família. Os resultados foram tão visíveis que, na reunião da escola, todos os professores comentaram como o comportamento dele mudou para melhor, como ele está mais preparado para lidar com a interação em sala de aula”, contou. Quem também percebeu os benefícios recebidos foi Lindsay Costa, 14. “Gosto especialmente das terapias. Elas me ajudam a melhorar. A assistência é cuidadosa, o lugar é legal e eu me sinto bem aqui. Uma das maiores mudanças que percebi em mim foi na ansiedade e no medo, que diminuíram bastante. Outra diferença foi no meu foco, algo que antes eu tinha dificuldade”, relatou a jovem, também diagnosticada com TEA. Atendimento especializado Com mais de 4 mil atendimentos mensais, o Adolescentro oferece acompanhamento clínico e biopsicossocial para jovens entre 12 e 18 anos incompletos. A assistência oferecida tem como foco as dificuldades comuns nessa fase da vida, como transtornos mentais leves e moderados, dificuldades escolares e violência sexual. A unidade realiza terapias em grupos e consultas individuais multidisciplinares, com uma equipe formada por 60 profissionais, entre enfermeiro, psicólogo, psiquiatra, neurologista, assistente social, ginecologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogos e outros. O acesso ao serviço é feito por meio de encaminhamento pelas unidades básicas de saúde (UBSs). *Com informações da SES-DF  

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Adolescentro promove palestras contra abuso e exploração sexual de jovens

Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em 18 de maio, a Secretaria de Saúde (SES-DF), por meio do Adolescentro, promove neste mês uma série de palestras para debater o tema. Voltados aos servidores da unidade, os encontros tiveram início nesta terça-feira (7). “O intuito é capacitar a equipe para que, durante as consultas e os grupos, os profissionais de saúde consigam passar informações sobre o tema aos pacientes, principalmente aos pais de crianças e adolescentes”, explica a gerente do Adolescentro, Fabiane Oliveira. Os encontros irão ocorrer todas as terças-feiras deste mês, com debates e espaço para tirar dúvidas | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF O primeiro tema da programação foi “Invisibilidade da pornografia no contexto do abuso sexual cometido por adolescentes”, apresentado pela pesquisadora e psicóloga do Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Jasmim Bárbara Espíndola. A especialista aponta que os adolescentes estão encontrando novas formas de chegar a conteúdos pornográficos. “Hoje em dia o acesso é muito facilitado e os pais enfrentam grandes desafios para controlar essa proximidade. Em complemento a isso, o Estado esbarra em dificuldades para regular essas redes”, avalia Espíndola. Os próximos temas abordados, nos dias 14 e 21 de maio, serão ‘Ofensa sexual cometida por adolescentes com déficit cognitivo’ e ‘Quando a vítima de violência sexual chega à polícia’, respectivamente Um dos participantes foi o neurologista do Adolescentro, Marcelo Kawano. Para ele, os debates são fundamentais às equipes que lidam com o público jovem. “Muitos desses pacientes já estão expostos à pornografia, por isso é importante ouvir a opinião de uma especialista e entender o contexto. Além disso, compreender certos conceitos dentro da psicologia ajuda os profissionais de outras áreas a lidarem melhor com essas questões durante o atendimento”, pontua. Programação Os encontros irão ocorrer todas as terças-feiras deste mês, com debates e espaço para tirar dúvidas. Os próximos temas abordados, nos dias 14 e 21 de maio, serão ‘Ofensa sexual cometida por adolescentes com déficit cognitivo’ e ‘Quando a vítima de violência sexual chega à polícia’, respectivamente. No último dia, a programação inclui uma roda de conversa sobre manejo e atendimento às vítimas de violência. A ação é parte da campanha “Faça Bonito: Proteja Nossas Crianças e Adolescentes”, realizada em todo o País pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e pela Rede ECPAT Brasil, em parceria às Redes Nacionais de Defesa dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Rede de saúde mental acolhe crianças e adolescentes vítimas de bullying

Uma piada que se torna um incômodo e pode evoluir para um desafio sério na saúde mental. O bullying – incluindo sua versão realizada por meios tecnológicos, o cyberbullying – é crime e ganha cada vez mais destaque nos temas trabalhados pelas unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF), que atuam no acolhimento e tratamento de crianças e adolescentes. Parceria com instituições de ensino – públicas e privadas – ressalta a importância do respeito e do cuidado com o bem-estar psicológico de colegas. A diretora de Saúde Mental da SES, Fernanda Falcomer, aponta que uma situação julgada como simples por uma pessoa pode ser grave para outra. Por isso, é essencial ter cautela com ações e palavras. “O impacto vai variar de acordo com as características pessoais. Toda experiência de violência tem potencial de causar um adoecimento mental”, explica a psicóloga. O bullying é crime e ganha cada vez mais destaque nos temas trabalhados pelas unidades da Secretaria de Saúde | Foto: Arquivo/Agência Saúde Indícios Alterações de humor, recusa em ir à escola ou a outros círculos sociais e dificuldades para dormir são possíveis indicativos de sofrimento mental por parte de crianças e adolescentes. Nesses casos, as 176 unidades básicas de saúde (UBSs) são a porta de entrada aos serviços da rede pública. Equipes de Saúde da Família (eSF), reforçadas por profissionais de diversas especialidades, como psicólogos e terapeutas ocupacionais, podem fazer a abordagem inicial e promover o acompanhamento do paciente, tanto em atividades individuais quanto coletivas. Se houver sofrimento psíquico persistente e grave, há o encaminhamento a um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Capsi). São quatro unidades, localizadas na Asa Norte, Taguatinga, Recanto das Emas e Sobradinho – todas com equipe multiprofissional para analisar a realidade da criança ou do adolescente e propor intervenções. O Caps de Brazlândia também faz esse tipo de atendimento. Já a unidade do Plano Piloto se destaca por ter sido o primeiro Capsi do Brasil. Alterações de humor, recusa em ir à escola ou a outros círculos sociais e dificuldades para dormir são possíveis indicativos de sofrimento mental por parte de crianças e adolescentes | Fotos: Breno Esaki/ Agência Saúde “Não limitamos nosso olhar só ao bullying, mas a tudo que acontece. Verificamos todas as dimensões sociais do paciente, não só o diagnóstico ou a medicação, por exemplo. É esse o trabalho de um Capsi”, afirma a gerente da unidade da Asa Norte, Mairla Castro. A abordagem inclui a família e a identificação de todas as situações que possam afetar a criança ou adolescente atendido. “O que será que nós, como sociedade, temos ofertado e tirado? O que faz sentido para essas crianças?”, indaga a servidora. Prevenção Para ampliar as ações, os centros infanto-juvenis realizam o projeto Capsi vai às escolas. Há bate-papo com alunos, instrução a professores e brincadeiras para promover o tema saúde mental, além de conversa sobre assuntos apresentados pelos próprios estudantes. A ida ao ambiente escolar auxilia na detecção precoce e no encaminhamento correto. A cada ano, cerca de mil estudantes participam de ações do tipo, abertas às redes pública e privada. Mairla Castro: “Verificamos todas as dimensões sociais do paciente, não só o diagnóstico ou a medicação” |Foto: Humberto Leite/Agência Saúde-DF O tema bullying também é recorrente no Centro de Orientação Médico-psicopedagógica (Compp) e no Adolescentro, especializados na assistência a pacientes de até 11 anos e de 12 a 17 anos, respectivamente. “Fazemos atendimentos todos os dias sobre bullying, Quando chegam aqui, já apresentam um sofrimento antigo”, revela a supervisora do Adolescentro, Marineide Vila Nova. Os pacientes dessas unidades são direcionados pelas UBSs ou pelos Capsis, apresentando a necessidade de abordagens específicas, quase sempre envolvendo vários aspectos da vida do jovem, como o uso da tecnologia e o desenvolvimento da sexualidade. Nas unidades, atuam servidores de diversas carreiras, todos especializados no atendimento a crianças e adolescentes. Bullying no Brasil [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que, em 2021, 38% das 74 mil escolas pesquisadas confirmaram a existência de bullying entre os alunos. Nesta semana, foi sancionada a lei federal nº 14.811 que criminaliza a prática, tipificando os crimes de “intimidação sistemática (bullying)” e “intimidação sistemática virtual (cyberbullying)”. As penas podem ir de multa a reclusão de quatro anos, se não for identificado crime mais grave. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Região de Saúde Central é referência em atendimentos especializados

Referência em atendimento de fissurados e queimados, em tratamentos de doenças crônicas, em saúde mental infanto-juvenil, em síndrome de Down e muitos outros setores. A lista de destaques da Região de Saúde Central – que engloba Asa Norte, Asa Sul, Varjão, Cruzeiro, Lago Norte e Vila Planalto – é extensa. Com o atendimento especializado em múltiplas áreas como um diferencial, ela possui papel fundamental para tratamento de casos de média e alta complexidade para toda a população do Distrito Federal. Helena, de um ano e sete meses, é atendida no CrisDown e a mãe, Joelma Magalhães, relata benefícios no desenvolvimento da criança, como na introdução alimentar | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A presença de profissionais com elevado grau de especialização permite a oferta de serviços interdisciplinares para públicos determinados. É o caso do Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown), que conta com pediatras, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, ortopedistas, fisioterapeutas, entre outros especialistas. “Todos os nossos pacientes possuem a trissomia 21 (T21) e recebemos desde a gestante que acabou de receber o diagnóstico do seu bebê até o idoso, que poucas vezes teve acesso a um atendimento especializado”, explica a fisioterapeuta e coordenadora do CrisDown, Carolina Vale. Arte: Agência Saúde-DF Larisse Gabrielly, de 12 anos, é paciente por lá e passa por consultas semestralmente. Após enfrentar diversas cirurgias no primeiro ano de vida e correr risco de morte, hoje ela tem a própria rotina e ótima interação. “Eu não sabia o que era a síndrome de Down. Com o tempo, eu e o pai fomos adquirindo conhecimento e, depois que entramos para o CrisDown, tivemos o nosso amparo, acalmou a nossa vida e tudo foi mais fácil, das consultas até o acompanhamento”, conta a mãe, Raíra Jesus Silva, de 36 anos. [Olho texto=”“Na época da introdução alimentar, ela não sentava direito e não aceitava nada. Eu achava que fosse rejeição alimentar e aqui vimos que era sensibilidade à textura. Trabalhamos isso e ela se desenvolveu”” assinatura=”Joelma Magalhães Cavalcante, mãe de Helena, atendida no CrisDown” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O atendimento especializado para pessoas com T21 é essencial para o desenvolvimento em todos os ciclos de vida. Por se tratar de um público que pode apresentar comorbidades específicas, tal acompanhamento é de extrema importância para prevenir, diagnosticar e tratar, antes que complicações significativas possam aparecer. “Se iniciamos as estimulações desde cedo, essa pessoa tem grande possibilidade de alcançar uma vida mais autônoma e independente”, reforça a coordenadora. Anualmente, cerca de 150 crianças chegam ao CrisDown. No momento, aproximadamente 300 – dentro da faixa etária de até 3 anos – são acompanhadas. As melhorias no desenvolvimento da pequena Helena, de um ano e sete meses, já são observadas pela mãe, Joelma Magalhães Cavalcante, de 45 anos, que descobriu a síndrome de Down da filha após o parto. “O desenvolvimento dela foi todo por meio do CrisDown. Na época da introdução alimentar, ela não sentava direito e não aceitava nada. Eu achava que fosse rejeição alimentar e aqui vimos que era sensibilidade à textura. Trabalhamos isso e ela se desenvolveu”, exemplifica sobre os benefícios proporcionados pelo serviço de saúde. Localizado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o Centro acolhe qualquer pessoa com síndrome de Down interessada no atendimento. Para isso, basta agendar por meio do número do WhatsApp: (61) 99448-0691. Equipe multidisciplinar A Unidade de Queimados no Hran é uma referência regional, com serviço 24h. Anualmente, cerca de 3 mil pacientes são recepcionados | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Hospital porta aberta da Região Central com pronto atendimento em várias áreas – clínica médica, cirurgia geral, cirurgia plástica, queimaduras, odontologia e oftalmologia –, o Hran é formado por equipes multidisciplinares e profissionais altamente capacitadas em diversas especialidades. Na parte cirúrgica, a Unidade de Queimados é uma referência, com serviço 24 horas. O local recebe anualmente cerca de 3 mil pacientes, cuja média de internação é de 10% (cerca de 300 casos ao ano), e conta com equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e o suporte da assistência social. Outra especialidade é o ambulatório de atendimento às pessoas com fissuras labiopalatais, que reúne uma equipe interdisciplinar de 17 profissionais. São cirurgiões plásticos, cirurgiões-dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos, médicos pediatras, otorrinolaringologistas, nutricionistas, dentistas, enfermeiros, técnicos em enfermagem e voluntários da área administrativa. Há ainda a Unidade de Nefrologia do Hran para pacientes internados, principalmente para os submetidos à hemodiálise. A Unidade de Pneumologia oferece polissonografia e ambulatório neuromuscular. Doenças crônicas A Região de Saúde Central possui o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), unidade referência no tratamento de agravos como HIV, hepatites virais crônicas e as formas graves de tuberculose e hanseníase | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Oito mil pacientes do DF recebem cuidados no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), que fica na Asa Sul. A unidade é referência para o tratamento de agravos como HIV, hepatites virais crônicas e as formas graves de tuberculose e hanseníase. “Os nossos especialistas são todos de referência e os casos mais complexos atendidos na atenção primária são encaminhados ao Cedin. Atendemos, por exemplo, casos de tuberculose multirresistente, hanseníase que causou debilidades e alterações físicas”, pontua o diretor do Cedin, Leonardo Ramos. A maior demanda é relacionada ao tratamento de HIV. Quase 70% da população do DF com o diagnóstico é atendida no Centro. Na unidade existem várias subespecialidades que cuidam integralmente desses pacientes, como ginecologia, pediatria, urologia e endocrinologia. M.S.C., de 85 anos, recebeu o diagnóstico de que possuía o vírus HIV há 26 anos, após realizar vários exames para investigar a causa de uma esofagite. Quando os resultados saíram, ela foi encaminhada ao Cedin. A Região de Saúde Central reúne atendimento especializado em múltiplas áreas e é fundamental para tratamento de casos de média a alta complexidade no DF. O Hran é um dos equipamentos de saúde que compõem a rede | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF Apesar do choque, o devido tratamento possibilitou qualidade de vida e uma rotina normal repleta de atividades. “Aqui, eles sempre se reciclam, procuram um medicamento novo. A qualquer sintoma ou efeito colateral, trocam a medicação. Me explicaram que [o vírus] não era uma sentença de morte. Quando ficamos doentes, vemos que os médicos estão preparados”, compartilha a paciente. Na estrutura organizacional do Cedin, há o Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), que oferece testes para detectar Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além de aconselhamento e entrega de preservativos. O espaço atende pessoas a partir de 13 anos e não é necessário agendamento prévio, basta apresentar documento de identificação oficial. [Olho texto=”“Somos um ponto de referência. Atendemos uma população muito vulnerável e temos expertise com a população LGBTQIAP+. Os pacientes se sentem muito acolhidos, porque são atendidos livres de qualquer preconceito”” assinatura=”Leonardo Ramos, diretor do Cedin” esquerda_direita_centro=”direita”] Entre os exames disponíveis estão testes de HIV, sífilis e hepatites B e C, autoteste de HIV e entrega de kit de coleta para detecção de clamídia e gonorreia. O atendimento tem duração de 20 minutos a 60 minutos. Caso haja diagnóstico positivo para alguma IST, a equipe orienta o paciente para o início do tratamento. O Cedin também sedia o Ambulatório de Diversidade de Gênero, conhecido como Ambulatório Trans, que disponibiliza tratamento e orientação para quem deseja fazer a redesignação sexual. “Somos um ponto de referência. Atendemos uma população muito vulnerável e temos expertise com a população LGBTQIAP+. Os pacientes se sentem muito acolhidos, porque são atendidos livres de qualquer preconceito”, reforça o diretor. Saúde mental infanto-juvenil Localizado na 605 Sul, o Adolescentro é a unidade de saúde de referência do Distrito Federal para o atendimento de adolescentes com transtornos mentais ou que façam uso eventual de substâncias psicoativas. O público-alvo vai de 12 anos a 17 anos, 11 meses e 29 dias. [Olho texto=” “O paciente tem acesso a todas as terapêuticas, assim como os pais e os irmãos. Não adianta cuidar dele e deixar as suas famílias doentes, porque, muitas vezes, o adoecimento daquele jovem é causado por um adoecimento já existente na família”” assinatura=”Fabiane Souza Oliveira de Castro, diretora do Adolescentro” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os profissionais acolhem – tanto de forma individual quanto em grupo – aqueles em sofrimento emocional, por exemplo, com ansiedade, depressão e dificuldade de controle dos impulsos e nos relacionamentos interpessoais; vítimas de violência sexual; e ainda adolescentes em sofrimento devido à orientação sexual e/ou identidade de gênero. Também é ofertado suporte às famílias (pais e responsáveis) e Práticas Integrativas em Saúde (PIS). De acordo com a enfermeira e diretora do Adolescentro, Fabiane Souza Oliveira de Castro, um tratamento integrado com os familiares que convivem com o paciente é o que norteia o trabalho no local. “O paciente tem acesso a todas as terapêuticas, assim como os pais e os irmãos. Não adianta cuidar dele e deixar as suas famílias doentes, porque, muitas vezes, o adoecimento daquele jovem é causado por um adoecimento já existente na família”, explica. Para ter acesso ao serviço, é preciso ser encaminhado pela Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, via Sistema de Regulação. A média de atendimentos é de 5 mil pacientes por mês. No InfoSaúde, é possível buscar a UBS mais próxima, por meio do CEP residencial. Alta complexidade O Hospital de Base é referência para o tratamento de casos de alta complexidade | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Para casos de mais complexidade, o Hospital de Base (HB), com 54 mil metros quadrados de área construída e mais de quatro mil colaboradores, é referência para atendimento em politraumas, emergências cardiovasculares, neurocirurgia, cirurgia cardiovascular, atendimento onco-hematológico e transplantes. São 634 leitos, divididos nos setores de pronto-socorro, internação, unidade de terapia intensiva (UTI), assistência multidisciplinar, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, psiquiatria e ambulatório. Para gestações e partos de risco, a Região de Saúde Central e todo o DF contam com o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Além dos setores de neonatologia, UTI neonatal, salas de pré-parto, parto e pós-parto e banco de leite, há uma Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) Canguru. Região Central [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), realizada pela Codeplan em 2021, só o Plano Piloto reúne uma população de 224.848 pessoas. Somando os moradores do Cruzeiro (30.860), Lago Norte (37.539) e Varjão (8.953) são mais de 300 mil pessoas sob os cuidados da rede da Região de Saúde Central, além dos provenientes de outras localidades por encaminhamento. “Ficamos onde boa parte das pessoas trabalham no DF, que é principalmente no Plano Piloto, então sabemos da importância do atendimento desta população e buscamos o melhor”, explica o superintendente da Região Central, Paulo Roberto da Silva Junior. Devido à alta demanda, uma das estratégias adotadas é a ampliação dos horários de vacinação. “Desde o início da pandemia até hoje, continuamos reforçando esse serviço, que é o que mais protege de doenças transmissíveis. Temos UBSs que funcionam até às 22h, drive-thru de vacinas e campanhas extramuros”, completa. Além dos hospitais, UBSs, o Cedin e o Adolescentro, a Região Central possui outros serviços de referência, como o Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu) e diversos ambulatórios de especialidades médicas ofertados nas Policlínicas da Asa Norte e do Lago Sul. Estas ofertam atendimentos ambulatoriais de alta qualidade, com profissionais de elevado grau de especialização. *Com informações da SES-DF

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Adolescentro reúne servidores, pacientes e familiares em festa de Natal

Pacientes, familiares e servidores participaram, na terça-feira (12), da confraternização de Natal do Adolescentro. Localizado na 605 Sul, o local é a unidade de saúde de referência do Distrito Federal para atendimento de adolescentes com transtornos mentais ou que façam uso eventual de substâncias psicoativas. A confraternização contou com práticas integrativas em saúde, show de talentos e apresentação cultural, além de carrinhos de pipoca, algodão-doce e brinquedos infláveis. O evento também teve a presença do Papai Noel e Mamãe Noel motoqueiros, que entregaram presentes para crianças, adolescentes e pais. Já as mães, que participaram do Quiz Adolescentro, receberam cestas de natal. Enio Souza de Oliveira, padeiro, confeiteiro e pai da jovem Mirella, assistiu a apresentação da dança de capoeira da filha e destacou a evolução da jovem com o atendimento na unidade de saúde. “Ela está melhor. Estava muito depressiva e melhorou. Ela criou vínculos, tanto com os técnicos quanto com os familiares dos outros pacientes. Todo mundo interage”, avaliou. O evento teve a presença do Papai Noel e Mamãe Noel motoqueiros, que entregaram presentes para crianças, adolescentes e pais | Fotos: Yuri Freitas/Agência Saúde-DF De acordo com a ginecologista do Adolescentro, Cecília Gomes, o atendimento em saúde mental é amplo e sistêmico. “Esse evento serve para o usuário se sentir mais integrado ao serviço, ver que aqui é um lugar onde ele será apoiado e terá suporte. É um momento muito especial, pois é possível conhecer outros jovens, outras famílias. Também é uma oportunidade de aproximação dos próprios profissionais com os adolescentes”, destacou. Durante a entrega de presentes, o Papai Noel José Arimateia Mendonça demonstrou a satisfação em realizar o trabalho. “É muito gratificante para a gente ver o sorriso de uma criança e levar um pouco de alegria para adolescentes e até mesmo para adultos”, disse. A chefe do Adolescentro, Fabiane Souza, explicou a importância do momento de confraternização e troca de presentes: “É uma festança que nossos jovens e familiares talvez não tenham em casa. A intenção é que eles fiquem aqui o tempo que precisarem. Tem atendimento desde odontologia até ginecologia, tem tudo aqui dentro”. Teve show de talentos e apresentação cultural – poesia, música e danças – durante a confraternização do Adolescentro Atendimento Voltado para o público infanto-juvenil de 12 a 18 anos incompletos, o Adolescentro possui atendimento especializado para jovens com queixas moderadas de saúde mental, como transtorno de aprendizagem, déficit intelectual, transtorno do espectro autista (TEA), vivência de violência sexual ou física, depressão, ansiedade e transtornos alimentares. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Adolescentro oferece consultas individuais multidisciplinares e equipe formada por psicólogos, psiquiatras, pediatras, hebiatras (especialista em adolescência), fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros, ginecologistas, urologistas, neurologistas, odontólogos, entre outros, como explica a médica ginecologista da unidade de saúde. “Uma coisa interessante é que todos nós fazemos um trabalho específico, individual, e também um atendimento psicossocial, em grupo. A ginecologia, por exemplo, trabalha com o paciente dentro do contexto dele, do que é realmente necessário para evitar uma gravidez precoce. Mas olhando não só o anticoncepcional e, sim, todo o contexto protetivo”, explicou a profissional. Além das consultas multidisciplinares, o Adolescentro oferece a participação em grupos terapêuticos, uma oportunidade para pais e adolescentes compartilharem experiências e buscar ajuda. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Assistência à saúde mental infantojuvenil terá capacidade ampliada

Em 2023, as unidades públicas de saúde mental realizaram mais de 245 mil atendimentos em todo o Distrito Federal. Para ampliar ainda mais o acesso a esses serviços, a rede passa por melhorias. No Adolescentro, as salas de recepção e de arquivo estão sendo reorganizadas, para abrigar mais uma sala de assistência. Já o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp) estruturou um novo espaço para atendimento em grupos. Com a mudança, a unidade pretende duplicar o número de acolhimentos semanais a novas crianças e adolescentes. Adolescentro vai ganhar mais uma sala de assistência | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília [Olho texto=”Ansiedade, depressão e transtornos de identidade de gênero e alimentar estão entre as principais demandas ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De janeiro a agosto deste ano, as equipes do Compp e do Adolescentro prestaram, juntas, mais de 65 mil atendimentos. No mesmo período, considerando assistência individual, coletiva e ações de promoção à saúde, o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) da Asa Norte atendeu 21 mil pessoas. Entram ainda nesse total conta as atuações de todas as unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e outras três do Capsi, localizadas em Sobradinho, Recanto das Emas e Taguatinga. Essas últimas unidades acolhem crianças e adolescentes que apresentam sofrimento mental grave e persistente, incluindo casos de uso abusivo de álcool e outras drogas. Entre as principais demandas recebidas, estão transtornos de identidade de gênero e alimentar, ansiedade, depressão, violência e déficit intelectual. Acesso Na rede da Secretaria de Saúde do DF (SES), os cuidados infantojuvenis de saúde mental contam com três níveis de atendimento. O primário é oferecido nas unidades básicas de saúde (UBSs). Os casos que necessitam de atenção secundária, isto é, problemas de saúde mental moderados, entram na regulação para o atendimento multiprofissional em centros especializados, como o Adolescentro e o Compp. Nos Capsis, o acolhimento é diferente e pode ocorrer por meio de demanda espontânea (procura direta do usuário) ou por encaminhamento da rede de saúde ou da intersetorial (educação, assistência social, justiça). Para o primeiro atendimento no centro psicossocial, é indicado que o paciente esteja acompanhado de familiar ou do responsável legal. Atividades [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As reuniões em grupos realizadas no Compp fazem parte da proposta terapêutica do local e incluem resultados efetivos, reconhecidos pelos profissionais e pelas famílias que participam da experiência. “Os grupos oferecem orientações sobre o neurodesenvolvimento na infância e na adolescência; são muito produtivos”, analisa a nutricionista da SES Cláudia Carvalho, que levou ao Compp o conhecimento adquirido durante a atuação no Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown). Atendimento multiprofissional A assistência oferecida no Compp está voltada a casos moderados em saúde mental e conta uma equipe multiprofissional. Dessa forma, as famílias possuem apoio integral, com várias especialidades que se aliam para solucionar as demandas de cada criança ou adolescente. O filho de 4 anos do casal Erika Furtado, 28, e Frederico Silva, 32, foi avaliado primeiro na UBS e, em seguida, encaminhado ao Compp. “Está sendo ótimo receber orientações”, afirma a mãe. “Os profissionais analisam o caso do meu filho e sabem como agir. Com certeza estamos aprendendo a lidar melhor com ele. É a primeira vez que temos a atenção de uma equipe com várias especialidades. Dá para ver que o pessoal sabe lidar com as crianças. O Lucian se sente muito bem aqui, fica à vontade”. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais promovem qualidade de vida

?Aos 73 anos, Edna Maria Fernandes começou a sentir uma forte dor nos ombros devido ao esforço físico repetitivo que fazia para cuidar da mãe. Em busca de tratamento, ela foi à unidade básica de saúde (UBS) mais perto de casa, onde o geriatra a encaminhou para atendimento de fisioterapia na Policlínica de Taguatinga. No local, o fisioterapeuta Hudson Pinheiro a convidou para participar de um grupo criado por ele para ajudar idosos e idosas com dificuldades de locomoção ou dores físicas. “Foi excelente porque, além de aliviar a dor nos ombros, também melhora meu humor e traz muito bem-estar”, relata Edna. No Adolescentro, as equipes multidisciplinares trabalham para ajudar a desenvolver a autonomia e a independência dos pacientes | Foto: Divulgação Toda semana, os participantes se reúnem para a prática de lian gong, que integra a tradição milenar das artes corporais chinesas à medicina ocidental. A atividade compõe as 17 práticas integrativas em saúde (PIS) ofertadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES). Nos encontros, são trabalhados principalmente o fortalecimento dos músculos, o relaxamento muscular, o equilíbrio e a prevenção de quedas. O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional trabalham para promover, prevenir, tratar, habilitar e reabilitar a saúde do indivíduo. A lei que regulamenta a atividade desses profissionais no Brasil foi publicada em 13 de outubro de 1969. Em homenagem, desde 2015, comemora-se nesta data o Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional. Terapia ocupacional [Olho texto=”“A gente verifica como estão a alimentação, as atividades físicas e de lazer, e tentamos, com a família, criar uma rotina mais saudável” ” assinatura=”Daiane Maciel, terapeuta ocupacional” esquerda_direita_centro=”direita”] ?“O grupo faz bem para os pacientes, porque ajuda a combater o sedentarismo, que é um gatilho para a perda de massa e força muscular”, explica Hudson Pinheiro. “Por isso, nós trabalhamos para tratar os problemas que eles apresentam, mas também para prevenir o desenvolvimento de outras doenças e para promover a saúde como um todo.” Na Policlínica, os pacientes também contam com a área de terapia ocupacional (TO), em atendimentos individuais e em grupos que trabalham a estimulação cognitiva e as atividades manuais.? O objetivo é ajudar idosos e seus cuidadores a desenvolver autonomia e bem-estar. “O principal foco da TO é a estruturação da rotina, porque o idoso costuma ficar muito ocioso após a aposentadoria”, detalha a terapeuta ocupacional Daiane Maciel, que atende na Policlínica. “A gente verifica como estão a alimentação, as atividades físicas e de lazer, e tentamos, com a família, criar uma rotina mais saudável.” Atuação integrada Assim como Edna, muitos outros pacientes se beneficiam dos serviços de fisioterapia e de TO prestados pela rede pública de saúde do DF em diversas regiões administrativas. [Olho texto=”“Trabalhamos muito a construção de rotina para que os pacientes se tornem mais independentes” ” assinatura=”Marina Esselin, terapeuta ocupacional” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É o caso do Adolescentro, na Asa Sul, onde os  profissionais dessas áreas atendem adolescentes com deficiências intelectuais, autismo, transtornos de aprendizagem, problemas ligados à depressão, ansiedade, entre outros. Esse atendimento integrado, explica a terapeuta ocupacional Marina Esselin, é o que faz a diferença. “A gente vê aspectos que são próprios da TO: as questões funcionais, da independência, da autonomia”, aponta. “Trabalhamos muito a construção de rotina para que os pacientes se tornem mais independentes.” ?Um desses adolescentes é Euclis Daniel Oliveira Lopes, 19, diagnosticado com síndrome de Asperger na infância e encaminhado para o Adolescentro aos 12 anos. Na unidade, ele passou a ser acompanhado por terapeutas ocupacionais. “Por meio do trabalho de toda a equipe, o Euclis adquiriu mais confiança e começou a tocar violão e a se apresentar no show de talentos do Adolescentro”, conta a mãe do jovem, Vasti Oliveira Costa. “Ele foi perdendo a timidez. Hoje, anda de ônibus sozinho, namora, faz academia, socializa com os amigos e trabalha.” Desenvolvimento estimulado [Olho texto=”Facilitar o desempenho de atividades do dia a dia é objetivo da terapia ocupacional” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A fisioterapia no Adolescentro ajuda no desenvolvimento das habilidades motoras dos adolescentes autistas e com deficiências intelectuais, além das questões psicossociais trabalhadas nos grupos multidisciplinares. O foco da fisioterapia está no movimento, no ganho de força muscular e na amplitude das articulações, enquanto a terapia ocupacional visa possibilitar que as pessoas realizem, da melhor forma possível, as atividades do seu dia a dia. “Os profissionais dessas áreas vão estimular e impulsionar as pessoas a alcançarem o melhor desempenho funcional, conseguindo ter qualidade de vida e sentir-se bem, mesmo que para isso sejam necessárias adaptações”, explica a fisioterapeuta Raquel Andrade, referência técnica distrital (RTD) nessa área. ?Assistência na rede A SES oferece atendimento de fisioterapia e de terapia ocupacional em todos os níveis de atenção. Na atenção primária, os profissionais atuam nas equipes multiprofissionais ampliadas (eMultis ) como apoio às equipes de saúde da família. [Olho texto=”Atuação de fisioterapeutas também ajuda a minimizar os efeitos da internação prolongada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na atenção secundária, destacam-se os ambulatórios de reabilitação (física, intelectual, auditiva e visual) e de saúde mental – unidades de saúde funcional, do Centro Especializado em Reabilitação (CER), de geriatria e Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Em ambiente hospitalar, o trabalho desses profissionais está relacionado a minimizar os efeitos da internação prolongada. Pensando nisso, o fisioterapeuta trabalha permitindo e incentivando a movimentação ativa do paciente e atua também na reabilitação cardiorrespiratória. Busca da autonomia ?O terapeuta ocupacional atua com intervenções no autocuidado, na reabilitação e no cotidiano das pessoas durante o processo de internação, avaliando o desempenho ocupacional por meio de abordagens cognitivas, físicas e sensoriais que permitem prescrição, confecção e treino de dispositivos de tecnologia assistiva (adaptação, órteses). O objetivo é incentivar a autonomia e independência, favorecendo o processo da alta hospitalar precoce. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?Após a alta hospitalar, caso o paciente necessite de acompanhamento em reabilitação, deverá ser encaminhado para atendimento especializado em ambulatórios, que são serviços da atenção secundária vinculados às policlínicas. O encaminhamento para reabilitação pode se dar por diversas causas – pulmonares, neurológicas, oncológicas, ginecológicas e no quadro pós-operatório. ?Os serviços de saúde mental e de atendimento domiciliar também contam com a assistência dos profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional. Para o acesso a essa assistência, a porta de entrada é a UBS, onde a equipe de saúde da família se encarrega de fazer a avaliação. Os pacientes que necessitam de tratamento de mais complexidade tecnológica são encaminhados aos ambulatórios para o acompanhamento compartilhado do cuidado com as especialidades da atenção secundária. Se precisa acessar um desses serviços, acesse o InfoSaúde e encontre sua UBS de referência por meio do seu CEP. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Pessoas com Transtorno do Espectro Autista ganham linha de cuidado

Um passo importante para ofertar assistência mais humanizada foi dado na Secretaria de Saúde (SES-DF). A Linha de Cuidado da Saúde da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi aprovada pelo conselho de gestão da pasta, com a deliberação publicada no Diário Oficial do DF desta quinta-feira (21). A iniciativa tem o intuito de definir pontos de atenção e competências e de organizar os fluxos assistenciais que favorecem o acesso e a atenção integral à saúde desse público. [Olho texto=”“O maior benefício é o entendimento para toda a rede de Saúde de que o cuidado é centrado no paciente. É esta a ideia central. As famílias, os cuidadores e as pessoas com TEA poderão compreender os fluxos assistenciais, as unidades e as competências de cada ponto de assistência”” assinatura=”Aline Couto, presidente do grupo de trabalho da Linha de Cuidado” esquerda_direita_centro=”direita”] Um dos ganhos proporcionados pela validação da linha é esclarecer a população em relação aos serviços disponibilizados. “O maior benefício é o entendimento para toda a rede de Saúde de que o cuidado é centrado no paciente. É esta a ideia central. As famílias, os cuidadores e as pessoas com TEA poderão compreender os fluxos assistenciais, as unidades e as competências de cada ponto de assistência”, pontua a presidente do grupo de trabalho da Linha de Cuidado, Aline Couto. A ação é uma das estratégias de organização da SES-DF para superar a fragmentação do cuidado. Além de estabelecer os planejamentos terapêuticos seguros nos níveis de atenção, a linha de cuidado agiliza a prestação de serviço, como afirma a terapeuta ocupacional do Adolescentro, Lídia Isabel. “Para nós que estamos na assistência, é fundamental conhecer a rede e saber para onde encaminhar. Com a aprovação da linha, é possível identificar rapidamente os dispositivos em todos os níveis de atenção e até diferenciar as particularidades de serviço que atendem a mesma faixa etária e no mesmo nível de atenção. Realmente ficou mais claro”, comenta. Aprovada pelo Conselho de Gestão da Secretaria de Saúde, a Linha de Cuidado da Saúde da Pessoa com TEA passou pelo aval de diferentes setores da rede, representantes da sociedade civil e por consulta pública | Foto: Matheus Oliveira/ Arquivo Agência Saúde-DF A servidora, que atende pessoas com sofrimento mental em decorrência do espectro autista, ainda complementa: “Para os usuários também é uma grande vitória, pois, assim, as próprias famílias também podem se informar e saber em quais pontos da rede procurar atendimento, de acordo com a idade e as necessidades de seu familiar com TEA.” Antes da aprovação pelo Colegiado de Gestão da SES-DF, um grupo de representantes de diferentes áreas da rede de saúde elaborou a linha de cuidados, após reuniões com representantes da sociedade civil. O texto ainda foi submetido à consulta pública, tendo recebido cerca de 85 contribuições, no período de um mês. O documento está em fase final de formatação e será publicado oficialmente assim que finalizado. A implementação será coordenada pelo grupo condutor da Rede da Pessoa com Deficiência e da Rede de Atenção Psicossocial da SES-DF. Orientação a quem precisa [Olho texto=”“As próprias famílias podem se informar e saber em quais pontos da rede procurar atendimento, de acordo com a idade e as necessidades de seu familiar com TEA”” assinatura=”Lídia Isabel, terapeuta ocupacional do Adolescentro” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Acompanhamento com terapeuta ocupacional, nutricionista, psicólogo e grupo de interação com outros adolescentes são os serviços que João David Lima, 16 anos, utiliza no Adolescentro. João David foi diagnosticado com o espectro autista em 2018. A mãe dele, Maria Rosa Lima, se recorda das dificuldades que teve e vê com bons olhos a aprovação do novo texto. “Quando peguei o diagnóstico dele, fiquei perdida, não sabia onde ir, onde tinha atendimento, quais os direitos que meu filho tinha. Então, acho que essa linha de cuidado, com mais informações, vai ajudar as pessoas, sim.” Os progressos do filho são perceptíveis. “Ele está mais tranquilo e calmo, hoje convive com os primos”, conta Maria Rosa. A moradora do Gama ainda elogia o atendimento do Adolescentro. “A equipe é muito boa, tem paciência e também orienta a família, auxilia em como podemos ajudar ele fora de casa.” Onde procurar assistência? [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nos casos de suspeita do diagnóstico de TEA ou da necessidade de acompanhamento, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são o primeiro lugar a ser buscado. Ali, haverá atendimento e os encaminhamentos necessários para a atenção secundária e terciária. A avaliação, o tratamento e a intervenção terapêutica são proporcionadas de acordo com a demanda de cada paciente. Pessoas com TEA sem sofrimento mental ? Centros Especializados em Reabilitação (CERs): realizam diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva. São três: CER de Taguatinga, CER Hospital de Apoio e CER II Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL) ? Centro de Especialidades Médicas: ofertam atendimento de pediatria, genética, neuropediatria, neurologia quando necessário, sendo encaminhado pela UBS ? Ambulatórios de Saúde Funcional: contam com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos; realizam atendimento em alterações de linguagem, comunicação, sociais, sensoriais, memória, acadêmicas e comportamentais ? Centro de Especialidades Odontológicas (CEOs): ofertam procedimentos em maior nível de complexidade e, quando preciso, os encaminhamentos são feitos pelas equipes das UBSs Pessoas com TEA com sofrimento mental moderado ? Atenção Especializada em Saúde Mental: equipe multiprofissional de Atenção Especializada em Saúde Mental/Unidades Ambulatoriais Especializadas, incluindo o Centro de Orientação Médico Psicopedagógica (COMPP) e Adolescentro, que realizam atendimento para crianças e adolescentes com transtornos mentais moderados, respectivamente Pessoas com TEA com sofrimento mental grave ? Atenção Especializada em Saúde Mental: Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Pessoas com TEA em situação de violência ? Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav): promove atendimento ambulatorial da Atenção Secundária à Saúde, composto por equipe multiprofissional, em que é oferecida assistência multiprofissional às crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de violência sexual, familiar e doméstica. É um serviço porta aberta, ou seja, o paciente pode procurar diretamente sem necessidade de encaminhamento. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Saúde mental é foco de discussões em evento nacional no DF

Os direitos das pessoas com sofrimento mental por um tratamento digno e humanizado, bem como o combate ao isolamento desses pacientes, estão em pauta esta semana. Isso porque hoje, 18 de maio, marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Em alusão à data, a Secretaria de Saúde (SES) esteve presente no evento “Desinstitucionalização, direitos humanos e o cuidado em liberdade”, promovido pelo Ministério da Saúde (MS). A Secretaria de Saúde esteve presente no evento “Desinstitucionalização, direitos humanos e o cuidado em liberdade”, promovido pelo Ministério da Saúde | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF A diretora de Serviços de Saúde Mental (Dissam) da SES, Fernanda Falcomer, representou a pasta e lembrou da importância da data para a conscientização da população e dos gestores públicos. “A luta antimanicomial e a garantia do tratamento humanizado são nossa prioridade. Estamos trabalhando no fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial [Raps] para garantir ainda mais atenção integral, acolhimento, atendimento e cuidado da população que busca tratamento da saúde mental”, explicou. Atualmente, a SES desenvolve ações para possibilitar a ampliação dos serviços, como a construção de cinco novos Centros de Atenção Psicossociais (Caps), a habilitação de novos serviços junto ao MS e a ampliação dos leitos de saúde mental nos hospitais gerais, assim como a promoção de formações e capacitações para a qualificação do atendimento da saúde mental em sua integralidade. Diretora de Serviços de Saúde Mental (Dissam) da SES, Fernanda Falcomer representou a pasta: “Estamos trabalhando no fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial para garantir ainda mais atenção integral, acolhimento, atendimento e cuidado da população que busca tratamento da saúde mental” Estiveram presentes profissionais e estudiosos da área de saúde e representantes da SES, do MS, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). O cuidado da saúde mental no DF Por meio da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), a SES oferece serviços que têm como base o tratamento no modelo comunitário e promove a reinserção e a reabilitação psicossocial. Só em 2022, foram realizados 291.656 procedimentos nos centros de atenção e ambulatórios especializados no cuidado da saúde mental na capital federal. Ainda assim, de janeiro a março deste ano, o número de atendimentos nos Caps foi 45,8% maior que o mesmo período do ano anterior. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O trabalho das unidades ganhou destaque no evento, cujo objetivo é reforçar a implementação das políticas de saúde mental, álcool e outras drogas e incentivar o diálogo sobre a desinstitucionalização, a atenção psicossocial e a promoção dos direitos humanos no cuidado de pessoas com sofrimento mental. Com equipes multidisciplinares, compostas por médicos psiquiatras, clínicos e pediatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, equipe de enfermagem e farmacêuticos, os Caps oferecem atendimento a pessoas com sofrimento mental grave e persistente. Hoje, o DF possui 18 unidades: seis voltadas para atendimento de transtornos mentais em adultos, quatro focadas no público infantojuvenil e sete para questões de álcool e outras drogas, além do Caps I de Brazlândia, que atende a todos esses públicos. Também funcionam na capital dois ambulatórios especializados em saúde mental: o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp) e o Adolescentro, que atendem transtornos mentais moderados do público infantojuvenil. Grupo formado por atendidos no Caps II do Riacho Fundo mostra peças produzidas por eles na oficina de mosaico, coordenada pela técnica de enfermagem e terapeuta comunitária Cássia Maria da Silva Garcia (C, agachada) Exemplo de sucesso Para fechar a abertura do evento, um grupo formado por atendidos no Caps II do Riacho Fundo fez uma apresentação de música. Ao som de Lilás, do cantor Djavan, e da canção House of the Rising Sun, interpretadas pelos pacientes Rosana e Geraldo, os usuários desfilaram pelo centro do auditório, expondo peças produzidas por eles nas oficinas de economia solidária e de mosaico. As oficinas fazem parte das atividades promovidas pela unidade, realizadas como parte do tratamento criativo oferecido. A técnica de enfermagem e terapeuta comunitária responsável pelo grupo, Cássia Maria da Silva Garcia, explicou que o trabalho é essencial para promover não apenas a reinserção social, mas ensinar habilidades que podem resultar na autonomia financeira. Usuária atendida no Caps II do Riacho Fundo desde 2005, a esteticista Andrea Lígia de Carvalho, 46 anos, afirma que “é maravilhoso ter esse momento cultural e de aprendizado” Usuária atendida na unidade do Riacho Fundo desde 2005, a esteticista Andrea Lígia de Carvalho, 46 anos, viu o projeto nascer e confirma: “É maravilhoso ter esse momento cultural e de aprendizado. Ter esse grupo, trocar experiências com outros usuários e conseguir novas oportunidades de geração de renda faz toda a diferença”. Já o Caps II do Paranoá se apresentou no final da tarde, no encerramento do encontro, com o grupo Maluco Sonhador, banda musical composta por usuários atendidos na unidade. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Centros de Atenção Psicossocial promovem ações sobre saúde mental em maio

Os 18 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do Distrito Federal, o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp) e o Adolescentro realizam diversas atividades neste mês para promover a pauta da saúde mental em alusão ao 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial. ?A atuação multidisciplinar na assistência em saúde mental cresceu na capital. De janeiro a março deste ano, os Caps realizaram 45,8% mais atendimentos do que no mesmo período de 2022. Nos ambulatórios – Compp e Adolescentro -, o aumento foi de 10,7%. “Foi através do Caps III que ele melhorou e conseguiu ter uma independência total na vida”, diz Cláudia Silva sobre o filho Kaolin, atendido no Caps há 12 anos | Foto: Divulgação/Agência Saúde Essa política de saúde pública atende aos critérios atuais estabelecidos. “Hoje temos a psiquiatria moderna, que se afasta da questão da internação, daquelas imagens sobre manicômios que não queremos mais ver no Brasil”, explica a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. “Claro que precisamos ter locais para tratar as emergências, mas o paciente psiquiátrico, que tem um transtorno mental, precisa ser acolhido em um centro por uma equipe multidisciplinar para fazer o controle da doença, a ressocialização, a integração”, complementa. Em Samambaia, o Caps III proporcionou várias ações à comunidade. O espaço foi enfeitado e contou com debate sobre a importância da data. Nesta quinta-feira (18), uma extensa programação durante todo o dia movimenta o local, cenário que se estende pelos centros de todo o DF. Os artesãos João Carlos Mendes da Costa e Marcos Roberto Rocha da Silva encontraram apoio no Caps AD II, do Itapoã, para superar a dependência química | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Na abertura, o Coral Levando a Vida animou as atividades. Atendido há 12 anos pelo Caps, Kaolin Silva, 30 anos, se apresentou com o grupo ao lado da mãe, Cláudia Silva, 57. [Olho texto=”“É necessário sensibilizar a sociedade e os familiares a respeito das pessoas com transtornos mentais, pois ainda temos muito estigma e preconceito. Essas pessoas precisam ter o acompanhamento em todos os serviços que compõem a Rede de Atenção Psicossocial, de acordo com a dinâmica do quadro de saúde de cada uma delas.”” assinatura=”Rúbia Marinari Siqueira, gerente de Normalização e Apoio em Saúde Mental” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Tenho muitos amigos aqui. Entre o que eles oferecem, o que mais gosto de fazer é jogar futebol”, conta Kaolin, que trata esquizofrenia. “Foi através do Caps III que ele melhorou e conseguiu ter uma independência total na vida”, diz a aposentada. Para ela, o acolhimento familiar é um dos pontos altos do atendimento. O Dia Nacional da Luta Antimanicomial é fundamental para a rede de saúde mental, pois marca um movimento histórico em prol de diferentes ações e serviços que garantam o acesso aos cuidados de forma ampliada, uma vez que os problemas dessa ordem são multifatoriais e complexos. A gerente de Normalização e Apoio em Saúde Mental da Diretoria de Serviços de Saúde Mental, Rúbia Marinari Siqueira, destaca que a atuação exige articulação tanto dentro da própria rede quanto com as demais políticas públicas. “Além disso, é necessário sensibilizar a sociedade e os familiares a respeito das pessoas com transtornos mentais, pois ainda temos muito estigma e preconceito. Essas pessoas precisam ter o acompanhamento em todos os serviços que compõem a Rede de Atenção Psicossocial [Raps], de acordo com a dinâmica do quadro de saúde de cada uma delas.” O Caps III de Samambaia teve programação especial, nesta quinta-feira (18), sobre o Dia Nacional da Luta Antimanicomial | Foto: Divulgação/Agência Saúde A Raps é formada não apenas por equipamentos públicos de saúde, como os espaços físicos, mas também por estratégias que são fundamentais às pessoas com transtornos mentais e suas famílias. São exemplos as Estratégias de Reabilitação Psicossocial, que incluem iniciativas de geração de trabalho e tenda e empreendimentos solidários e cooperativas sociais. No Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas II (Caps AD II) do Itapoã, a geração de renda no grupo de linhaterapia deu uma nova profissão a João Carlos Mendes da Costa, 26 anos, e a Marcos Roberto Rocha da Silva, 44 anos. Ambos, que passaram a frequentar o espaço para superar a dependência química, trabalham atualmente como artesãos. [Olho texto=”Os Caps atendem pessoas com sofrimento mental grave e persistente. O foco do cuidado é a reinserção e reabilitação psicossocial. Em 2022, as 18 unidades juntas somaram 212.993 procedimentos, e elas funcionam de portas abertas para o acolhimento, sem necessidade de encaminhamento” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O modo de acolhimento no Caps foi de um jeito que eu não esperava. Os profissionais me deram uma oportunidade. Senti que tinha alguém lutando por mim, coisa que eu nunca tinha visto”, relembra Marcos, hoje certificado com a Carteira Nacional de Artesão. Para João, o artesanato é o que mais o motiva. “Aprendemos a dar valor ao nosso trabalho e a nós mesmos. Aqui somos uma família, temos diálogo”, avalia. Como funcionam os Caps Os Caps atendem pessoas com sofrimento mental grave e persistente. O foco do cuidado é a reinserção e reabilitação psicossocial. Em 2022, as 18 unidades juntas somaram 212.993 procedimentos, e elas funcionam de portas abertas para o acolhimento, sem necessidade de encaminhamento. A assistência é feita por equipe multiprofissional com abordagem interdisciplinar. De acordo com o tipo de Caps, há psicólogos, psiquiatras, clínicos, pediatras, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, além de enfermeiros e farmacêuticos. Após acolhimento inicial e avaliação dos profissionais, o cuidado é desenvolvido por meio de Projeto Terapêutico Singular (PTS), que envolve equipe, usuário e família. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Há diferentes tipos de Caps, subdivididos por faixa etária atendida, tratamentos específicos e horário de funcionamento. Os endereços de cada Caps e mais informações podem ser acessados aqui. Manifestações mais comuns do sofrimento mental das pessoas, como tristeza/desânimo, ansiedade e insônia, devem ser assistidas nas unidades básicas de saúde (UBSs). Assistência ambulatorial e emergências O acesso ambulatorial em saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS) ocorre pela regulação, ou seja, por meio do encaminhamento feito pela atenção primária. Adultos são direcionados aos ambulatórios com especialistas em saúde mental dos hospitais ou das policlínicas. Para o público infantojuvenil, a rede possui dois ambulatórios especializados, o Adolescentro, que atende pessoas de 12 a 17 anos, 11 meses e 29 dias, e o Compp, para quem tem até 12 anos incompletos. No ano anterior, as duas unidades realizaram 78.663 procedimentos. Seguindo o que prevê a Lei nº 10.216/2001 e a Portaria de Consolidação MS/GM 3/2017 do Ministério da Saúde, os usuários com transtornos mentais ou necessidades decorrentes do uso ou abuso de substâncias psicoativas, e que apresentem intenso sofrimento psíquico, com comportamento agitado, agressivo, não colaborativo, ameaçador e violento, poderão ser encaminhados para internação de curta duração na rede hospitalar da Secretaria de Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde

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GDF e Fiocruz têm convênio para supervisão técnica da Atenção Psicossocial

Ao longo de todo o ano de 2023, as equipes dos serviços especializados de saúde mental do DF terão a supervisão clínico-institucional de nove profissionais com expertise na área. Eles contribuirão com o aperfeiçoamento de toda a Rede de Atenção Psicossocial Especializada por meio de discussão de casos, novas ideias de atendimentos e tratamentos. O contrato se deu por meio de um convênio entre a Secretaria de Saúde (SES) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Serão supervisionados os profissionais dos 18 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e dois ambulatórios de saúde mental, sendo eles o do Adolescentro e do Centro de Orientação Médico Psicopedagógica (COMPP). “No primeiro momento, foram realizadas reuniões com os servidores para conhecerem a proposta do projeto de supervisão e, nesta semana, esses profissionais já começaram a atuar dentro das unidades”, explica a diretora de Serviços de Saúde Mental, Vanessa Soublin. As reuniões que marcaram o início das atividades de supervisão contaram com a participação de trabalhadores e gestores dos serviços especializados de saúde mental do DF | Foto: Divulgação/SES-DF A supervisão será realizada periodicamente, integrada com a agenda e a rotina dos serviços, por meio de metodologias participativas com profissionais, gestores, usuários e seus familiares. O projeto ainda vai promover o compartilhamento de práticas inovadoras por meio de fóruns temáticos e a divulgação das ações realizadas com a publicação das experiências em um fascículo temático. “A expectativa é de que este convênio possa apoiar e qualificar os processos de trabalhos, na perspectiva do cuidado multiprofissional, em articulação com o território e com a rede, visando promover melhoria dos serviços prestados e o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial do DF”, destaca a diretora. As reuniões que marcaram o início das atividades de supervisão ocorreram na última semana e contaram com a participação de trabalhadores e gestores dos serviços especializados de saúde mental do DF, totalizando 213 participantes. Os nove supervisores já começaram a atuar nas unidades esta semana. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Publicado regimento de câmara técnica voltada à saúde do público LGBTQIA+

Brasília, 27 de setembro de 2022 – Nesta terça-feira (27), foi publicada a Ordem de Serviço nº178, de 23 de setembro de 2022, que aprova o regimento interno da Câmara Técnica de Atenção à Saúde da População LGBTQIA+ do Distrito Federal, instituída em 24 de março deste ano. A Ordem de Serviço entra em vigor a partir desta terça. Com a publicação no Diário Oficial do DF, o trabalho da Câmara Técnica de Atenção à Saúde da População LGBTQIA+ do DF é oficializado e o regimento reforça os objetivos e finalidades da câmara. Além disso, informa como serão os processos de trabalho, define os papéis desempenhados por seus membros e pelas áreas técnicas. O Adolescentro atende crianças e adolescentes com incongruência de gênero e, a partir dos 18 anos, eles são encaminhados para atendimento no Ambulatório Trans, localizado no Hospital Dia (508 Sul) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Em julho, ocorreu a primeira reunião de trabalho da Câmara Técnica de Atenção à Saúde da População LGBTQIA+ do DF, na qual foi criado o regimento. Desde então, ficou definida a realização de uma reunião na segunda quinta-feira de cada mês, com duração de 4h, para discussão de assuntos e serviços voltados ao público LGBTQIA+ do DF. Hoje, o Adolescentro atende crianças e adolescentes com incongruência de gênero e, a partir dos 18 anos, eles são encaminhados para atendimento no Ambulatório Trans, localizado no Hospital Dia (508 Sul). Esses jovens são acompanhados por equipe multidisciplinar composta por endocrinologista, psiquiatra, médico da família, psicólogo, enfermeiro e farmacêutico. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Saúde da mulher ganha destaque nas cores do mês de março

No mês de março, a saúde promove campanhas voltadas à prevenção de doenças – câncer do colo do útero, colorretal e renal, e endometriose – e ao cuidado com a saúde visual. Para cada campanha, foi associada uma cor: lilás, azul-marinho, vermelho, amarelo e verde, respectivamente. Além dos alertas relacionados à saúde, o mês de março também chama a atenção pelo fim da violência contra a mulher, marcada pela cor laranja. O exame preventivo é o principal recurso para rastreamento de lesões. Quando as alterações que antecedem o tumor são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos | Foto Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF O câncer do colo do útero é associado à cor lilás. A causa do tumor é a infecção recorrente do Papilomavírus Humano (HPV), transmitido, na maioria das vezes, durante a relação sexual. Em alguns indivíduos, o HPV pode desencadear alterações celulares, denominadas lesões precursoras, que podem evoluir para o tumor maligno. [Olho texto=”O exame preventivo pode ser feito por livre demanda nas unidades básicas de saúde (UBS). Para isso, tanto os homens trans como as mulheres precisam procurar a UBS mais próxima da sua residência” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O exame preventivo é o principal recurso para rastreamento de lesões. Quando as alterações que antecedem o tumor são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica que o câncer do colo do útero é, no país, o terceiro tipo mais frequente e o quarto em motivo de mortes entre as pessoas que possuem útero, independentemente da identidade de gênero e orientação sexual, inclusive os homens transgêneros. Nesta definição, estão os indivíduos que nasceram com o sexo biológico feminino, mas se identificam como gênero masculino. No livro Saúde LGBTQIA+ Práticas de Cuidado Transdisciplinar, as autoras Andrea Hercowitz e Miranda Lima indicam que a população dos homens trans tem pouco acesso e baixa frequência de visitas aos centros de saúde, sentem desconforto com o exame preventivo e costumam associá-lo com a feminilidade. Algo visto na prática pelos profissionais de saúde. É o que afirma Gustavo Nepomuceno, psicólogo que atende no Adolescentro, ambulatório especializado em saúde mental infantojuvenil do DF. “Barreiras reais e vivências de violência dos homens trans, que não fizeram cirurgia de redesignação genital, fazem com que eles criem barreiras psicológicas, que são mecanismos de proteção”, argumenta o servidor. São vários os motivos que justificam a baixa procura pelos serviços médicos por homens transgêneros. Entretanto, eles também necessitam da prevenção e das consultas de rotina. É o que afirma a médica ginecologista Giani Cezimbra, que também atende no Adolescentro. “Tem que ter toda uma delicadeza para tratar desse assunto, para realizar o exame preventivo, mas ele precisa ser realizado com a mesma frequência das mulheres por conta da presença do colo do útero e da atividade sexual”, argumenta. [Olho texto=”Caso o paciente receba o encaminhamento na UBS, poderá também realizar o exame preventivo nas consultas ginecológicas na Atenção Secundária” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com Giani, para esses pacientes, é necessário um acolhimento diferente. “Essas pessoas normalmente já passaram por grandes dificuldades e enormes desafios, e precisam de um olhar diferenciado”, afirma a médica. Álvaro Colusso, médico ginecologista do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) e do Ambulatório Trans do DF, afirma que muitos homens trans sentem-se inseguros e com receio em participar de consultas ginecológicas. “Mas, com um atendimento humanizado e esclarecedor, essas barreiras se desfazem”, explica. Nas consultas, além da realização do exame, quando necessário, os profissionais costumam passar orientações gerais, como higienização adequada e cuidados contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). “Muitas vezes é nessa consulta que são identificadas outras doenças ou disfunções facilmente tratáveis com diagnóstico precoce”, Giani finaliza. Além da realização do exame, quando necessário, os profissionais costumam passar orientações gerais, como higienização adequada e cuidados contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) | Foto Sandro Araújo/Arquivo Agência Saúde DF Fluxo de atendimento O exame preventivo pode ser feito por livre demanda nas unidades básicas de saúde (UBS). Para isso, tanto os homens trans como as mulheres precisam procurar a UBS mais próxima da sua residência. Enfermeiros e médicos de saúde da família são os profissionais que costumam coletar o material nos pacientes da Atenção Primária. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Caso o paciente receba o encaminhamento na UBS, poderá também realizar o exame preventivo nas consultas ginecológicas na Atenção Secundária. Em caso de exames alterados, o indivíduo é encaminhado ao serviço de colposcopia, disponível nos ambulatórios da atenção secundária, em todas as regiões de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Unidades de atenção psicossocial adotam novo modelo de gestão

Os 18 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (COMPP) e o Adolescentro são as novas unidades da Secretaria de Saúde com acordos de gestão local. Os documentos foram oficialmente assinados, nesta quarta-feira (15), na sede da pasta. “Isso nada mais é do que a organização da gestão”, afirmou o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache. Documentos foram assinados nesta quarta-feira (15), na sede da Secretaria de Saúde | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Com os acordos de gestão local, as unidades passam a ter indicadores definidos de desempenho, que devem ser avaliados. No caso dos Caps, por exemplo, cada unidade deverá mensurar o número de acolhimentos, ações junto às equipes de Atenção Primária e ações territoriais, entre outros indicadores. Ao longo de um ano de vigência dos acordos, os gestores das unidades terão oficinas de planos de ação e os resultados serão monitorados mensalmente. O COMPP e o Adolescentro, focados no atendimento em crianças e adolescentes, respectivamente, também passam a ter indicadores específicos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A ideia é que a gente possa tomar decisões com base nos resultados”, resumiu a coordenadora especial de Gestão de Contratos de Serviços de Saúde, Mabelle Varonilia Roque. Ela explicou que a definição dos indicadores ocorreu de maneira conjunta e que o acompanhamento permitirá identificar o que pode ser feito para melhorar os serviços. “O nosso trabalho é sempre para melhorar a assistência ao usuário final.” O Programa de Gestão Regional da Saúde começou a ser implantado no DF em 2017, com capacitação de gestores e servidores, além de levantamento sociodemográfico de todas as regiões de saúde. Hoje, já têm acordos de gestão as superintendências regionais de Saúde, as 176 unidades básicas de saúde, as policlínicas e os centros especializados. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Crianças e jovens participam de festa no Adolescentro

Centro de referência no atendimento a adolescentes que buscam ajuda especializada em saúde mental, o Adolescentro, localizado na L2 Sul, promoveu, na manhã desta quarta-feira (13), um evento para festejar o Dia da Saúde Mental e o Dia das Crianças – datas comemoradas respectivamente nos dias 10 e 12 últimos. O local atende aproximadamente 6 mil jovens por mês e já ganhou reconhecimento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) pelo trabalho realizado. Horta criada pelos jovens atendidos: atividades desenvolvidas no Adolescentro abrangem diferentes áreas | Foto: Vinicius de Melo/Agência Brasília [Olho texto=”“A inclusão dos pais nos atendimentos e atividades terapêuticas é essencial para capacitá-los a lidar da melhor maneira com as dificuldades apresentadas pelos filhos” ” assinatura=”Pollyana Mertens, diretora da Atenção Secundária da Região Central” esquerda_direita_centro=”direita”] Dos 12 aos 18 anos incompletos, adolescentes têm acesso a atendimentos individuais e em grupos, para casos moderados de saúde mental, uso eventual de substâncias psicoativas ou quando são vítimas de violência – inclusive sexual –, em abordagem multiprofissional. As equipes, que têm 65 profissionais, são formadas por pediatras, hebiatras (pediatra especialista em adolescência), psiquiatras, homeopatas, ginecologistas, neuropediatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, odontólogos e técnicos de higiene dental. Abrangência familiar Durante a festa – regada a refrigerante, algodão-doce, pipoca e outras guloseimas, além de palhaços, brinquedos infláveis e até brinquedos que foram distribuídos –, o vice-governador Paco Britto fez questão colher alfaces plantadas pelos próprios adolescentes, na horta criada no Adolescentro. “É uma satisfação para mim estar aqui e acompanhar esse trabalho”, disse. “Uma atividade simples, como colher a alface, pode representar muito na vida de um autista, por exemplo”. A diretora da Atenção Secundária da Região Central, Pollyana Mertens, lembra que os serviços oferecidos abrangem toda a família. “A inclusão dos pais nos atendimentos e atividades terapêuticas é essencial para capacitá-los a lidar da melhor maneira com as dificuldades apresentadas pelos filhos”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Nesse dia, comemoramos também o orgulho de ter no DF um dos três centros de atendimento à saúde mental para adolescentes existentes do Brasil que, de forma gratuita, desenvolve esse serviço tão importante para as famílias da nossa capital”, pontuou o vice-governador. “Parabenizo cada servidor que trabalha para oferecer a melhor saúde pública ao nosso cidadão.” O secretário nacional de Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), Maurício Cunha, também ressaltou a importância do Adolescentro: “Vocês estão suprindo uma política pública carente do Brasil. São poucos os estados que têm equipamentos para um público tão vulnerável como são os adolescentes”.    

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Um espaço dedicado à saúde mental do público infantojuvenil

[Olho texto=”“A inclusão dos pais nos atendimentos e atividades terapêuticas é essencial para capacitá-los a lidar da melhor maneira com as dificuldades apresentadas pelos filhos” ” assinatura=”Pollyana Mertens, diretora da Atenção Secundária da Região Central” esquerda_direita_centro=”direita”] Voltado ao público infantojuvenil, o Adolescentro, da Secretaria de Saúde (SES), oferece atendimento especializado a jovens de 12 a 18 anos incompletos que apresentem queixas moderadas de saúde mental, como transtorno de aprendizagem, deficit intelectual, transtorno do espectro autista, vivência de violência sexual ou física, depressão, ansiedade e transtornos alimentares. O ambulatório de saúde mental funciona há 22 anos, atende o público de todo o Distrito Federal e possui equipe multiprofissional composta por pediatra, hebiatra (médico especialista em adolescência), psiquiatra, homeopata, ginecologista, neuropediatra, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, assistente social, odontólogo e técnico de higiene dental.   Sabrina (à esquerda, de máscara preta) com a mãe, Francisca: “Estou me sentindo mais proativa” | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde Ao ingressar no Adolescentro, a pessoa terá o atendimento integral, abrangendo a família. “A inclusão dos pais nos atendimentos e atividades terapêuticas é essencial para capacitá-los a lidar da melhor maneira com as dificuldades apresentadas pelos filhos, além do espaço de escuta para esses responsáveis”, explica a diretora da Atenção Secundária da Região Central, Pollyana Mertens. Interatividade A proposta é trabalhar em grupos terapêuticos nos quais adolescentes convivem e fazem o tratamento junto a outros jovens. A resposta é muito positiva. O serviço conta com mais de 20 grupos terapêuticos para adolescentes e responsáveis, mas, em função da pandemia, foi necessário interromper as atividades presenciais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com isso, a unidade passou a oferecer atendimento individual, enquanto alguns grupos foram readequados para a modalidade on-line. “Os adolescentes foram muito afetados com o isolamento social”, pontua Pollyana. “Deixaram de frequentar a escola na modalidade presencial, de conviver de perto com os colegas, amigos e até familiares”. A demanda do Adolescentro, informa a gestora, cresceu muito durante a pandemia, principalmente após a diminuição da primeira e da segunda ondas, quando as pessoas voltaram a sair de casa. “O serviço não parou em momento algum; em alguns momentos, tivemos atendimento prioritariamente on-line, e atualmente percebemos um aumento da procura por atendimentos presenciais”, diz. Atendimentos Para ter acesso ao Adolescentro, o encaminhamento é feito pela Atenção Básica. Com os documentos pessoais, adolescente e responsável podem comparecer à unidade e fazer a entrevista inicial, conduzida por um profissional da equipe. Esse serviço prévio não tem fila de espera. “Após a entrevista inicial, traçamos o plano terapêutico e encaminhamos para os profissionais adequados”, explica Pollyana. De acordo com ela, o Adolescentro faz cerca de 6 mil atendimentos por mês e também recebe pacientes de outros serviços, como Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Desde o ano passado, Sabrina Mendonça, de 14 anos, faz acompanhamento na unidade. Ela já passou pelas avaliações funcionais e agora teve o diagnóstico de deficiência intelectual leve. “Isso tem me ajudado muito”, conta. “Estou me sentindo mais proativa, faço as coisas sem minha mãe ficar mandando. Também está me ajudando com a ansiedade”. A mãe, Francisca da Silva, tem recebido orientações sobre como lidar melhor com a filha no dia a dia. Com o tratamento já iniciado, ela confirma ter percebido melhoras no comportamento da jovem. *Com informações da Secretaria de Saúde

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