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Rede de Atenção Psicossocial do DF promove evento cultural e social

As unidades da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Distrito Federal reuniram-se na quinta (6) e sexta-feira (7), durante o Encontro da Arte — Cultura, Inclusão e Saúde Mental (EDA). A iniciativa promoveu convivência, cultura e protagonismo para usuários, profissionais e pesquisadores do serviço especializado. O evento foi sediado no Centro Comunitário Athos Bulcão, na Universidade de Brasília (UnB). Com uma programação composta por feira de economia solidária e criativa, espetáculos artísticos, concurso de poesia, exposição de trabalhos científicos, rodas de conversa e palestras, o EDA ofereceu um espaço de expressão e acolhimento a artistas em acompanhamento de saúde mental. Encontro da Arte (EDA) ocorreu no Centro Comunitário Athos Bulcão, na UnB, nos dias 6 e 7 | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O grupo Pontos e Nós Tecelagem Manual, do Centro de Atenção Psicossocial para Tratamento de Álcool e Outras Drogas (Caps AD) III de Samambaia, participou como expositor. Na quinta, o designer Moisés Queiroz, 55 anos, tinha boas expectativas em relação à venda dos produtos confeccionados por ele e seus colegas. Participando das atividades do grupo há seis anos, Moisés conta que o apoio multiprofissional o estimulou a fazer o curso de tecnólogo em design de produto. Ele é categórico ao definir sua experiência junto à equipe da unidade: “Transformadora”, diz. “O pessoal me pegou na rua e me transformou. Eles deram a família que me faltava”. Agora, Moisés prepara-se para concluir a licenciatura em educação profissional: “Hoje sou capaz de ajudar a transformar outras pessoas que precisam”. Moisés Queiroz, designer: "O pessoal me pegou na rua e me transformou. Eles deram a família que me faltava" Reinserção social A psicóloga e supervisora do Caps AD III de Samambaia, Thereza Dantas, explica que as atividades coletivas são fundamentais para o cuidado em saúde mental voltado à reinserção social e ao fortalecimento da subjetividade do indivíduo. “A maioria desses pacientes chega até nós sem nem mesmo reconhecer os talentos que têm e o que são capazes de fazer. Quando há oportunidade, como são práticas artísticas, eles encontram consigo e passam a ver que podem ir muito além”, revela. [LEIA_TAMBEM]Os Caps são voltados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial. O atendimento ocorre por demanda espontânea (comparecimento direto do usuário aos centros) ou por encaminhamento de outros dispositivos da rede de saúde ou da rede intersetorial (assistência social, educação, justiça). As atividades são realizadas prioritariamente em espaços coletivos — grupos, assembleias de usuários e reuniões diárias de equipe —, inseridas na comunidade. O cuidado é desenvolvido por meio de um Projeto Terapêutico Singular, construído em conjunto pela equipe, pelo usuário e sua família. Atualmente, são 18 unidades, de todas as modalidades, distribuídas pelas regiões de saúde do DF. Clique aqui para localizar o Caps mais próximo. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Profissionais da saúde recebem capacitação sobre economia solidária e saúde mental

Capacitar por meio do empreendedorismo, permitir o protagonismo e estimular a autoestima dos usuários assistidos pelo serviço especializado de saúde mental. Esse é objetivo do curso Economia Solidária e Saúde Mental — fortalecimento das ações de geração de trabalho, renda e arte criativa no DF. A aula inaugural ocorreu na tarde desta terça-feira (12), no auditório da Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB).  A parceria é da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rio de Janeiro e capacitará em torno de 50 profissionais dos 18 centros de Atenção Psicossocial (Caps), somando 30 horas-aula na modalidade on-line. Em uma segunda fase, serão qualificados também usuários e familiares dos serviços de saúde mental. “A ideia é que, com essas iniciativas, possamos profissionalizar e instrumentalizar os usuários dos Caps para produzir peças que possam permitir a geração de renda. Esse curso aborda temas como o associativismo e o cooperativismo, e buscará instrumentalizar para que a produção possa virar uma fonte de renda, o que é excelente, porque ajuda na autonomia e na reabilitação psicossocial”, apontou a subsecretária de Saúde Mental (Susam), Fernanda Falcomer. Iniciativa capacitará em torno de 50 profissionais dos 18 Caps, somando 30 horas-aula na modalidade on-line | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF O curso demonstra meios de formalização dos empreendimentos de economia solidária no âmbito da saúde mental, enfatizando os princípios dessa forma de produção, que valoriza a cooperação, autogestão, sustentabilidade, solidariedade, o comércio justo e o consumo solidário, oferecendo uma possibilidade de vinculação das pessoas com transtorno mental à geração de trabalho e renda. “As pessoas que utilizam o serviço têm problemas sociais graves, muitas vezes em situações de vulnerabilidade, não têm formação. Então, além de uma nova forma de cuidado em saúde e liberdade, é também constituir outras possibilidades de organização da vida. Essa pessoa precisa ter uma geração de renda, e não só no sentido de dar um emprego, é uma questão de sociabilidade”, ressaltou o pesquisador sênior da Fiocruz e presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), Paulo Amarante. Subsecretária de Saúde Mental, Fernanda Falcomer: "A ideia é que, com essas iniciativas, possamos profissionalizar e instrumentalizar os usuários dos Caps para produzir peças que possam permitir a geração de renda" Experiência Uma das participantes, a gerente do Caps AD de Santa Maria, Adriana Câmara, destacou que a medida possibilita ainda a troca de experiências exitosas entre os serviços. “Nas outras regiões, às vezes tem algum serviço que já está dando certo e podemos implementar ou a gente tem dicas de como fazer e repassamos. Isso é essencial para oferecermos um atendimento com cada vez mais qualidade”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]Já a supervisora do Caps III Samambaia, Juliana Neves Batista, reforçou que a inclusão dos pacientes nessas atividades promove a emancipação e a cidadania: “Tem muitos usuários que possuem renda, mas têm dificuldade de se reinserir. Ter um curso que viabilize isso é muito bom, porque eles conseguem ter essa desenvoltura”. Reintegração social A gerente de Desinstitucionalização da Susam/SES-DF, Jamila Zgiet, explicou que a reabilitação psicossocial tem como foco promover a reintegração social e a qualidade de vida de pessoas com sofrimento psíquico, buscando a superação da vulnerabilidade e a participação ativa na sociedade. "Além dos atendimentos clínicos, estamos investindo também na parte mais prática para que os serviços consigam ajudar os usuários e familiares a desenvolver empreendimentos de economia solidária, com atividades como artesanato, pintura, horta, iniciativas já realizadas nos Caps." A ação contou ainda com a participação da Ana Paula Guljor, psiquiatra, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps) da Fiocruz e presidente da Abrasme; e da psicóloga Leandra Brasil, mestre em psicologia social e doutoranda na Universidade Lanús, na Argentina. Os professores são referências da luta antimanicomial no Brasil. Paulo Amarante, pesquisador sênior da Fiocruz e presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme): "Além de uma nova forma de cuidado em saúde e liberdade, é também constituir outras possibilidades de organização da vida" Projeto Libertarte Há também outras iniciativas da SES-DF em conjunto com a Fiocruz, como o projeto Libertarte, com oficinas criativas aos pacientes dos Caps. A iniciativa conta com o trabalho de oficineiros dedicados a atividades artísticas e de produção. Esses profissionais serão responsáveis por colocar em prática as oficinas de arte, cultura e geração de renda, além de qualificar e ampliar o que já é realizado nos centros, contemplando as áreas de artesanato, música, horta, crochê e pintura.  Atualmente, a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Distrito Federal conta com 18 Caps em funcionamento. Clique aqui e saiba mais. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Casa de Mosaico é reinaugurada no Caps II do Riacho Fundo

Em meio a muita celebração, a Casa de Mosaico do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II do Riacho Fundo, foi reinaugurada nesta semana (5). O espaço é destinado a pessoas em tratamento no centro. Estiveram presentes servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF), representantes da Câmara dos Deputados e membros da comunidade local, dentre pacientes, familiares e ex-usuários do serviço. A reforma da casa começou ainda em 2024. O imóvel recebeu piso e pinturas novas, com completa revitalização de janelas, portas, pias, chuveiros, tanques e lavabo. Boa parte das melhorias no ambiente, porém, são fruto do próprio trabalho dos usuários: quadros, espelhos, jarros de plantas… a mistura de cores e formas geométricas transforma a casa em lar acolhedor e seguro. Cerimônia de reinauguração da Casa de Mosaico do Caps II do Riacho Fundo foi realizada na última quinta-feira (5) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “A Oficina de Mosaico tem esse 'ar da sustentabilidade', em que, associada ao material que compramos por meio da comercialização de nosso artesanato, também utilizamos muita coisa que viraria lixo. Daí vem a questão dos pedaços que montamos: os cacos destruídos ao longo do sofrimento psíquico. Muitas pessoas vêm ao Caps em profundo sofrimento e, ao encontrarem essa oficina, passam a reconstruir a si mesmas pela composição das peças”. A fala é da terapeuta comunitária Cássia Maria Garcia, há 23 anos no Caps II do Riacho Fundo e responsável pela implementação do projeto desde o início, em maio de 2006. A profissional explica que a matéria-prima dos trabalhos vai de ladrilhos de azulejo ou de vidro até as tampinhas plásticas e vasilhames de detergente. “Por quê? Porque trabalhamos com a ideia de reconstrução, de reaproveitar, e o mesmo vale para a saúde mental. Aqui o indivíduo sai da autopercepção de que é um estorvo e passa a ser visto como um artista”, ressalta. Cerimônia de reinauguração da Casa de Mosaico do Caps II do Riacho Fundo foi realizada na última quinta-feira (5) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Terapia e geração de renda Iniciada há 19 anos, a Oficina de Mosaico, que por muito tempo ficou conhecida como “Caco Terapêutico”, já recebeu mais de 2 mil usuários. Concebida apenas como um espaço para terapia, hoje, o artesanato criado na unidade tem favorecido a produção de renda, a autonomia do indivíduo, o protagonismo social e a inserção do paciente no mercado de trabalho por meio da Carteira Nacional do Artesão, com o apoio da Secretaria de Turismo (Setur-DF). A gerente do Caps II do Riacho Fundo, Mirna Dutra, atua há 21 anos como psicóloga, dos quais 14 foram dedicados à Política de Saúde Mental do Distrito Federal. “Essa reinauguração marca um momento muito importante para o funcionamento de nossos serviços, momento de reconexão e restauração de um espaço da arte, da expressão livre como ferramenta de tratamento aos usuários, dando a eles autonomia e renda." *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Saúde pública do DF terá esquema especial de atendimento no feriado de Carnaval

Para garantir uma assistência médica eficiente, a Secretaria de Saúde (SES-DF) organizou um esquema especial para o Carnaval. O Serviço de Atendimento Móvel (Samu), por exemplo, terá ambulâncias e motolâncias posicionadas em pontos estratégicos da Esplanada dos Ministérios. Já os hospitais da rede pública e das unidades de pronto atendimento (UPAs) vão funcionar 24 horas por dia. O Hemocentro e as unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) terão serviços em horários diferenciados. Samu disponibilizará ambulâncias e motolâncias em locais estratégicos do DF | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Samu Durante as festividades, os foliões contarão com o apoio do Samu, que prestará suporte direto aos blocos carnavalescos, além de manter o teleatendimento pelo telefone 192. Neste último, as chamadas serão atendidas por médicos reguladores, que farão a triagem dos casos, fornecendo orientações ou acionando equipes móveis para assistência no local. “Vamos deixar um veículo de atendimento a múltiplas vítimas disponível na ‘cidade da segurança’, localizada próximo ao Museu Nacional”, destaca a gerente de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (GAPHM), da SES-DF, Vanessa Rocha da Silva. Atendimento emergencial Como a maior parte dos eventos ocorre na região central do Plano Piloto, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) será o local indicado para a assistência em casos de clínica médica, cirurgia geral, queimados e emergência em odontologia. O Hospital de Base (HBDF) atenderá ocorrências de politraumas e traumas cranioencefálicos. Apesar dos pontos centrais, todos os outros hospitais da SES-DF  vão funcionar 24h, com portas abertas para urgências e emergências. Além disso, o Distrito Federal conta com a atuação de 13 unidades de pronto atendimento (UPAs), também com funcionamento 24h. Centros de Atenção Psicossocial No feriado prolongado, estarão abertas em esquema 24h as seguintes unidades de saúde mental Caps III Samambaia, Caps AD Ceilândia, Caps AD Samambaia e Caps AD Brasília. Para atendimentos emergenciais em psiquiatria, as referências são o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e o HBDF. Hemocentro Hemocentro terá horários diferentes neste Carnaval | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Quem quiser doar sangue neste Carnaval, atenção, pois o Hemocentro terá alterações nos horários. No sábado (1º), o funcionamento será normal, das 7h15 às 18h. Domingo (2) o local fecha, reabrindo na segunda-feira (3), somente pelo período da manhã, das 7h15 às 12h. Na terça (3), a unidade não funciona, voltando às atividades na quarta (4), a partir das 14h15. Vacinação Quem quiser atualizar o cartão de vacinação durante o Carnaval pode procurar as salas de vacina de UBSs que funcionam aos sábados. No sábado, os locais estarão abertos com imunizantes do calendário de rotina, dengue e covid-19. A lista dos pontos que realizam vacinação nesse dia está disponível no site da SES-DF. As demais salas voltam a funcionar normalmente na quarta (5), a partir das 14h. Odontologia A emergência odontológica do Hran mantém atendimento normal ao longo de todo o feriado, com assistência 24h. Haverá atendimento também no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) no sábado e no domingo das 7h às 19h. Já no Hospital Regional do Gama (HRG), os horários de Carnaval serão os seguintes: no sábado, das 13h às 19h; no domingo, das 7h às 19h; e na terça-feira, das 19h à 1h. Farmácias de Alto Custo As unidades do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), mais conhecidas como farmácias de Alto Custo, funcionam no sábado, das 7h às 12h, fechando no domingo, na segunda e na terça. O atendimento retorna na quarta, às 14h. Ambulatórios e policlínicas Não haverá atendimento de sábado a terça (4) nos ambulatórios e nas policlínicas. As unidades reabrem na quarta, a partir das 14h. Unidades básicas de saúde As UBSs seguirão o calendário oficial de feriados do Governo do Distrito Federal (GDF) e ficarão fechadas. Já as 63 UBSs tipo II, que atendem aos sábados, vão funcionar no sábado até as 12h. *Com informações da SES-DF  

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Janeiro Branco: Espaços de convivência ajudam a diminuir a solidão e cuidam da saúde mental

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o isolamento social uma grave ameaça à saúde pública. Além do impacto na saúde mental, a sensação de estar só está associada a doenças cardiovasculares, metabólicas e à mortalidade precoce. A gerente do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) III de Samambaia, Ana Luísa Lamounier, acredita que espaços terapêuticos como os oferecidos nas unidades cumprem um papel fundamental ao oferecer um ambiente de convivência. Francisco José Pereira Júnior, de 62 anos, é paciente do Caps há mais de cinco anos, e utiliza frequentemente o espaço de convivência do centro | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “As pessoas vêm para conversar, se encontrar e formar laços. Esses espaços não são só para cuidados de saúde, mas também para integrar. Muitas vezes, práticas como dança, fotografia ou rodas de conversa não têm o foco na atividade em si, mas no fato de estarem juntos e partilharem experiências, o que torna tudo terapêutico”, explica. O corretor e pintor Francisco José Pereira Júnior, 62, frequenta o Caps III da região administrativa há mais de cinco anos e concorda com a gerente. “Venho aqui para participar das turmas, das conversas e para ver meus amigos, como a dra. Juliana e o Gilson. Eu ajudo na horta e plantei aquela roseira ali para não me sentir tão sozinho”, relata. Ele foi diagnosticado com transtorno bipolar e utiliza frequentemente o espaço de convivência da unidade. Para ele, a solidão é o maior incômodo. Segundo a OMS, o mundo está se tornando cada vez mais solitário, apesar da projeção de 8,09 bilhões de pessoas no mundo em 2025. A instituição considera o problema uma ameaça à saúde pública e novos estudos indicam que os impactos do isolamento vão muito além da saúde mental. Entre as consequências estão diabetes, maior risco de doenças cardiovasculares, demência e a síndrome da fragilidade em idosos — condição caracterizada por perda de peso, massa muscular e força física. Para a gerente do Caps III de Samambaia, Ana Luísa Lamounier, espaços terapêuticos como o Caps cumprem um papel fundamental: “As pessoas vêm para conversar, se encontrar e formar laços” A profissional do Caps III reforça que a socialização é benéfica para todos, inclusive para pessoas introvertidas. A vivência coletiva é utilizada enquanto recurso terapêutico. “Uma pessoa introvertida pode preferir interações mais curtas e com poucas pessoas, mas isso não significa que ela não precise socializar. Ter vínculos de amizade, mesmo em grupos pequenos, faz toda a diferença”. Ela destaca que interações virtuais, como redes sociais e jogos online, não substituem o contato presencial. “A troca que ocorre no convívio pessoal é rica em informações e promove um impacto positivo na saúde. O convívio social diminui o risco de demência e outras doenças. Às vezes, mesmo quando não queremos, socializar faz bem”, conclui. “Eu acho que o amor também pode ser um tratamento muito terapêutico. Ele ajuda a desenvolver habilidades sociais que, quando estamos isolados, acabam se enfraquecendo. Criar vínculos, gostar de alguém, sentir-se apoiado — tudo isso tem um impacto enorme na felicidade das pessoas. Mesmo aqui no Caps, mesmo que o motivo principal da pessoa não seja algo relacionado ao humor, a possibilidade de compartilhar suas experiências é sempre algo muito terapêutico”, explica Juliana Neves Batista, assistente psicossocial da unidade. Onde buscar ajuda Além das unidades dos Centros de Atenção Psicossocial, é possível encontrar auxílio de forma virtual. Promovida pela Gerência de Práticas Integrativas da Secretaria de Saúde (SES-DF), a Terapia Comunitária Online é um espaço seguro, onde as pessoas podem falar das suas questões e receber ajuda profissional. Sempre às 15h de quintas-feiras, o grupo – apelidado de “SUS em casa” – se reúne de forma virtual. Para participar, basta acessar o link da ferramenta Zoom. *Com informações da SES-DF  

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Janeiro Branco marca ampliação de serviços de saúde mental no DF

No Distrito Federal, a campanha Janeiro Branco, que destaca a conscientização sobre transtornos e doenças mentais, marca a ampliação do serviço na rede pública. Até o fim de 2026, a Secretaria de Saúde (SES-DF) vai expandir de 18 para 23 unidades dos centros de Atenção Psicossocial (Caps). Os Caps são destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, e funcionam sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento médico | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Duas obras já foram licitadas, com previsão para iniciarem neste mês, sendo uma no Recanto das Emas e outra no Gama. Ambas devem ser inauguradas no começo de 2026 e terão funcionamento 24 horas. Ainda no primeiro semestre de 2025, a expectativa é de que ocorra o lançamento da licitação de novos centros em Ceilândia, Taguatinga e Guará. Os Caps são destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial. As unidades funcionam em regime de porta aberta, isto é, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento médico. Alta demanda A campanha Janeiro Branco estimula a conscientização para doenças mentais que, assim como doenças físicas, também precisam ser tratadas adequadamente | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF A procura pela assistência voltada ao bem-estar mental vem crescendo ano após ano. Em 2023 foram realizados 281,5 mil atendimentos na área. Já em 2024, de janeiro a outubro, foram 303,5 mil. Para acompanhar esse aumento, a SES-DF ampliou a carga horária de 39 profissionais dos Caps de 20 para 40 horas, totalizando quase 800 horas a mais de serviços, incluindo médicos e equipe de enfermagem. Na mesma linha, a gestão também inaugurou residências terapêuticas em julho do ano passado, representando um marco para a rede de saúde mental no DF. O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) é uma alternativa de moradia a pessoas que estão internadas em hospitais psiquiátricos por não contarem com suporte adequado na comunidade. O objetivo é estimular uma rotina mais próxima da tradicional, com autonomia e reinserção social. Saúde mental 365 dias do ano Procura pela assistência voltada ao bem-estar mental vem crescendo ano após ano. Em 2024, de janeiro a outubro, foram 303,5 mil atendimentos | Foto: Thaís Cavalcante/Agência Saúde-DF A campanha Janeiro Branco busca debater transtornos e doenças como ansiedade e depressão que, assim como enfermidades físicas, também precisam ser tratadas com o auxílio de profissionais adequados e receber os cuidados necessários. “É uma data reforçada no mês de janeiro, mas a promoção da saúde mental deve ser trabalhada nos 365 dias do ano para que as pessoas busquem ajuda e enxerguem a rede como um lugar de cuidado”, diz a diretora de Serviços de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer. De acordo com a servidora, as doenças mentais podem ser causadas por uma série de fatores como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas. A recomendação é priorizar momentos de lazer, prática de hobbies, atividades físicas, evitar o uso de álcool e drogas, ter boas relações sociais, cuidar da alimentação e dormir bem. “Sempre que o processo de doenças como ansiedade e depressão traz algum tipo de impacto na nossa funcionalidade, em atividades do dia a dia, é preciso buscar ajuda”, acrescenta Falcomer. No DF, a Atenção Primária à Saúde (APS) realiza atendimentos para evitar o agravamento dos casos. São 176 unidades básicas de saúde (UBSs) atuando como portas de entrada ao tratamento. Nesses locais, é possível ter acompanhamento e ainda participar de atividades voltadas ao bem-estar. Serviço complementar Além de orientações médicas e psicológicas, a SES-DF oferece outros meios para cuidar da saúde mental, como as práticas integrativas em saúde (PIS) realizadas de forma coletiva. Atualmente, são ofertadas 17 modalidades, como acupuntura, auriculoterapia, fitoterapia, homeopatia, meditação, musicoterapia, reiki, shantala, tai chi chuan e yoga (hatha e laya). *Com informações da SES-DF  

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UBSs urbanas do Gama passam a dispensar medicamentos de controle especial

A partir deste mês, no Gama, todas as farmácias das unidades básicas de saúde (UBSs) localizadas em áreas urbanas passam a dispensar medicamentos de controle especial – os psicotrópicos. A UBS 7 da região já iniciou a liberação, completando o quadro de locais que oferecem o serviço. A UBS 7 do Gama, que dispensa uma média de mais de 170 mil medicamentos por mês, já iniciou a liberação de medicamentos de controle especial | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Considerando o novo ponto, Gama e Santa Maria totalizam 13 farmácias com estoques de medicação de controle especial. Esses remédios são destinados a tratamentos para depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátricos. “Garantir a entrega desses remédios à população é uma estratégia essencial de justiça social e de fortalecimento do cuidado, além de ampliar o acesso aos usuários” Regiane Martins, diretora de Atenção Primária do Gama Segundo a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ampliar a dispensação de medicamentos nas farmácias da rede pública, é oferecer um atendimento mais próximo da comunidade. “Essa iniciativa veio a partir da extensão de carga horária dos farmacêuticos. Com isso, conseguimos dispensar os remédios controlados, como psicotrópicos. É nossa função como gestores garantir um atendimento integral e contínuo”, aponta. A diretora de Atenção Primária do Gama, Regiane Martins, concorda e diz que foi um esforço conjunto. “Garantir a entrega desses remédios à população é uma estratégia essencial de justiça social e de fortalecimento do cuidado, além de ampliar o acesso aos usuários. O sentimento é de dever cumprido”, diz. Por mês, a UBS 7 do Gama dispensa, em média, mais de 170 mil medicamentos. Com o aumento da liberação, a expectativa é que o número cresça em pelo menos 15%. A ideia é que, a partir do próximo ano, as farmácias em UBSs de áreas rurais também forneçam o serviço. A supervisora da UBS 7, Elizangela Gama Dourado, explica que a retomada da dispensação permite que os pacientes recebam os fármacos de maneira rápida, segura e sem grandes deslocamentos. “A distribuição local garante que o tratamento continue, previne interrupções que podem agravar os sintomas e comprometer a evolução clínica”, detalha. A retirada dos medicamentos de controle especial ocorre mediante a apresentação do documento pessoal, o cartão do SUS e a receita de controle especial | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Segundo a gestora, a dispensação organizada de psicotrópicos é uma estratégia de redução de danos, ajudando a evitar a automedicação e o uso indevido de substâncias. Controle especial A retirada dos medicamentos de controle especial ocorre mediante a apresentação do documento pessoal, o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e a receita de controle especial. Esta última precisa ser preenchida em duas vias, apresentando, obrigatoriamente, em cada uma das vias, os dizeres: “1ª via – Retenção da Farmácia ou Drogaria” e “2ª via – Orientação ao Paciente”. A data também deve estar indicada. Farmácias Atualmente, das 176 UBSs do DF, 143 possuem farmácias que dispensam medicamentos, sendo que 90 liberam psicotrópicos. Todos os remédios dispensados na SES-DF estão contemplados na Relação de Medicamentos do Distrito Federal (REME-DF) – disponível neste link. Na lista, é possível encontrar os fármacos dispostos em ordem alfabética, o local de dispensação, o nível de atenção e o componente da assistência farmacêutica. No momento, o elenco do DF conta com 1.024 códigos de medicamentos disponíveis, incluindo os de uso hospitalar. Além das UBSs, há farmácias nas cinco policlínicas – Taguatinga, Gama, Ceilândia, Lago e Planaltina; nos dois centros especializados – Centro Especializado de Saúde da Mulher (Cesmu) e Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin); e ainda na Farmácia Escola, do Hospital Universitário de Brasília (HUB) e na farmácia ambulatorial do Hospital de Base do DF (HBDF). Dos nove centros de Atenção Psicossocial (Caps), sete possuem farmácia ambulatorial. O DF conta ainda com três núcleos de Farmácia do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica localizados na Asa Sul, Ceilândia e Gama. *Com informações da SES-DF  

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Unidades de saúde recebem segundo lote de aparelhos de ar-condicionado

Começou a instalação de 500 aparelhos de ar-condicionado recebidos na última semana pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Os equipamentos serão destinados a unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF), como hospitais, unidades básicas de saúde (UBSs), farmácias de alto custo e centros de atenção psicossocial (Caps). O lote de 500 unidades faz parte da aquisição total de 1.108, realizada em julho deste ano. Os equipamentos serão destinados a unidades da Secretaria de Saúde, como hospitais, unidades básicas de saúde, farmácias de alto custo e centros de atenção psicossocial | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Para a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a chegada do segundo lote é mais um passo em busca de oferecer melhores condições para o atendimento da comunidade. “Estamos muito satisfeitos com esses ares-condicionados, que vão melhorar significativamente o conforto e a qualidade do atendimento nas nossas unidades. Não apenas melhora a experiência dos pacientes, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável para nossos profissionais de saúde”, comentou. Do segundo lote, metade já foi distribuído e está em processo de instalação. As regiões de saúde Norte (Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II e Fercal), Centro-Sul (Candangolândia, Estrutural, Guará, Park Way, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA)) e Leste (Paranoá, Itapoã, São Sebastião, Jardim Botânico e Jardins Mangueiral) já receberam as máquinas e estão em processo de instalação, aguardando o cronograma. O restante dos equipamentos ainda será distribuído e está com previsão de instalação para novembro. O subsecretário de Infraestrutura da SES-DF, Leonídio Neto, ressalta que o investimento teve como objetivo valorizar as estruturas das unidades de saúde, além de promover mais conforto. “Para o ano de 2025, está previsto em processo licitatório a aquisição de mais 3 mil aparelhos de ar-condicionado, para garantir a continuidade deste compromisso”, declarou. Investimento A aquisição dos aparelhos foi realizada por meio de adesão à ata de registro de preço da Secretaria de Economia (SEEC), conforme contrato publicado em junho. O investimento total é de R$ 2,48 milhões. Cada ar-condicionado possui capacidade de 12 mil BTUs e certificação dos principais órgãos reguladores, sendo equipados com tecnologia “inverter” para maior eficiência energética e menor consumo. *Com informações da SES-DF

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Zoológico terá vacinação no Dia das Crianças

Quem for passear no Zoológico de Brasília no Dia das Crianças, neste sábado (12), feriado de Nossa Senhora de Aparecida, terá a oportunidade de atualizar a caderneta de vacinação. A Secretaria de Saúde (SES-DF) montará no local um ponto para atendimento de crianças e adultos, com funcionamento das 9h às 16h. Ação no zoo faz parte do engajamento do GDF na conscientização sobre a importância de se imunizar | Foto: Arquivo/Agência Saúde “Comemorar o Dia das Crianças também significa cuidar, e levar os pequenos para se vacinar é uma forma de cuidado”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A orientação aos pais ou responsáveis é levar o documento de identificação da criança e a caderneta de vacinação. O diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto, reforça a importância dessa parceria: “No Dia das Crianças, além de proporcionar momentos de lazer e aprendizado sobre a biodiversidade, queremos contribuir para a saúde pública, oferecendo a vacinação infantil em um ambiente acolhedor e de fácil acesso”. Vacinas disponíveis Uma equipe de 13 servidores da SES-DF vai avaliar a caderneta de vacinação e indicar quais as vacinas a serem tomadas para cada criança, conforme a faixa etária. Haverá disponibilidade de imunizantes contra a covid-19 para adultos dos grupos prioritários e da gripe (influenza) para pessoas de todas as idades, a partir dos seis meses. Não haverá vacinação contra a dengue nem a aplicação da BCG. O feriado de 12 de outubro vai alterar o funcionamento de serviços da Secretaria de Saúde. Confira abaixo. ⇒ Samu – Atendimento 24 horas pelo telefone 192. ⇒ Emergências – As emergências dos hospitais regionais, as unidades de pronto atendimento (UPAs) e a Casa de Parto de São Sebastião atendem de forma ininterrupta, em plantão 24h. ⇒ Saúde bucal – Não haverá atendimento odontológico nas UBSs nem nos centros de especialidades odontológicas (CEOs) no feriado e no domingo (13). Três prontos-socorros odontológicos funcionam normalmente: no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), 24 horas; e nos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e do Gama (HRG), das 7h às 19h.  ⇒ UBSs – As unidades básicas de saúde não abrem no feriado de sábado nem no domingo. O atendimento retorna na segunda-feira (14).  ⇒ Vacinação – A lista dos locais de vacinação para o fim de semana está disponível no site da Secretaria de Saúde. ⇒ Caps – As unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do tipo III e do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas III (Caps AD III) funcionam normalmente, com acolhimento 24 horas, durante o feriado e o domingo (13). Já os Caps tipos I e II e o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) não abrem no fim de semana. ⇒ Farmácias de alto custo – As unidades do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), mais conhecidas como Farmácias de Alto Custo, fecham no sábado e no domingo, retornando às atividades na segunda-feira (14). ⇒ Ambulatórios e policlínicas – Os ambulatórios e as policlínicas fecham no sábado e no domingo, retornando às atividades na segunda-feira. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Há 18 anos, oficina de mosaico beneficia comunidade do Caps II do Riacho Fundo

O preconceito e a exclusão social são os maiores problemas encontrados por um paciente em tratamento de saúde mental. Isso é o que afirma Emanuel Oliveira, 66, que há seis meses é acolhido pela equipe multiprofissional do Centro de Atenção Psicossocial II (Caps II) do Riacho Fundo. Emanuel Oliveira frequenta o Caps II do Riacho Fundo: “A verdadeira melhora está nisso aqui: em mostrar para si mesmo que você é capaz de criar alguma coisa” | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Acolhimento também é a palavra que ele utiliza para definir a relação construída com os amigos que encontra na unidade destinada ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial.  “Só em pensar que eu posso vir para cá, participar das atividades, encontrar com essas pessoas… isso já me transforma”, relata. “Tem vezes em que a gente vem mais para receber um abraço, um carinho. Aqui a gente se sente em família.” Ele e cerca de outros 30 pacientes participam da oficina de mosaico oferecida há 18 anos no Caps II de Riacho Fundo. São dois encontros semanais – às terças-feiras, de 14h às 17h, e às sextas-feiras, de 9h às 11h30. Ao longo de todo esse período, já foram mais de dois mil beneficiados pela atividade. A arte decorativa, que consiste em criar figuras com pequenos fragmentos de materiais, além de oferecer benefícios terapêuticos, favorece também a geração de renda e o incentivo ao mercado de trabalho. Recomeço “Às vezes você se sente como um lixo. A oficina de mosaico começou dessa raiz: daquilo que parecia lixo, a transformação em arte” Cássia Maria Garcia, técnica em enfermagem do Caps II do Riacho Fundo As atividades tiveram início em maio de 2006, em meio ao clamor da reforma psiquiátrica e da subsequente criação de unidades do Caps em todo o país. A técnica em enfermagem Cássia Maria Garcia, que atua há 22 anos no Caps II do Riacho Fundo e coordena as atividades do grupo de artesanato desde a sua proposição, lembra que o projeto levou mais de um ano para ser implementado. A busca por materiais e ferramentas que pudessem ser adquiridos e manuseados pelos pacientes da unidade foi cuidadosa. O grupo encontrou no lixo e em restos de construção a matéria-prima para o exercício artístico e a inspiração para o bem-estar psicossocial. “Quando vem o transtorno mental, um dos primeiros sinais é o isolamento”, pontua a profissional. “Às vezes você se sente como um lixo. A oficina de mosaico começou dessa raiz: daquilo que parecia lixo, a transformação em arte”. Confeccionadas a partir de pedaços de madeira, cacos de azulejo, cola e rejunte, as peças expostas em eventos e feiras de artesanato do DF se destacam pela riqueza de detalhes. Dezenas de unidades são adquiridas ou encomendadas por apreciadores em cada uma das ocasiões. Muitos dos pacientes ingressaram no grupo sem perspectiva de emprego e hoje obtêm renda do artesanato que aprenderam a produzir na oficina. Protagonismo Após determinado estágio da formação, os participantes são orientados à obtenção da Carteira Nacional do Artesão, concedida pela Secretaria de Turismo do DF (Setur). O protagonismo vislumbrado da produção da própria arte e da obtenção do retorno financeiro também serve de combustível para a terapia. Cacos de azulejo, pedaços de madeira, cola e rejunte se transformam em peças que resultam da criatividade das pessoas atendidas “O tratamento não é só resultado de remédio”, assegura Emanuel Oliveira, autor de obras e sempre disposto a ajudar os colegas a comercializarem seus trabalhos. “A verdadeira melhora está nisso aqui: em mostrar para si mesmo que você é capaz de criar alguma coisa.” O Caps é um serviço especializado de saúde mental de caráter aberto e comunitário, ou seja, inserido na comunidade e funcionando em regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento para ser acolhido. As atividades podem ser coletivas ou individuais. Após acolhimento inicial e avaliação da equipe, o cuidado nesses espaços é desenvolvido por meio de um projeto terapêutico singular (PTS) que envolve equipe, usuário e família. O cidadão deve procurar, prioritariamente, o Caps de sua região. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Rede pública tem centro de referência para o tratamento de síndrome de Down

Com 2.312 pacientes cadastrados, o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) é exemplo não apenas no Distrito Federal e região do Entorno, mas para outros estados do país no atendimento a pessoas com síndrome de Down, contemplando desde gestantes que recebem o diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 a todas as faixas etárias da vida. Bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos encontram atendimento humanizado e interdisciplinar no local, que atualmente funciona nas dependências do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “A cada 700 nascimentos, ocorre um com essa alteração, por isso estamos fortalecendo cada vez mais as políticas públicas nessa área. Em breve, estaremos celebrando a inauguração desse novo centro” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, as tratativas para a implementação da sede do centro de referência estão em fase final de licitação. “O novo local está previsto para funcionar na Quadra 612 da Asa Sul, com um amplo espaço para o CrisDown, CAPS e um Centro de Especialidade e Reabilitação, em 2025”, adiantou durante cerimônia de homenagem ao Dia da Síndrome de Down, realizada na sede da Associação DFdown. “A cada 700 nascimentos, ocorre um com essa alteração, por isso estamos fortalecendo cada vez mais as políticas públicas nessa área. Em breve, estaremos celebrando a inauguração desse novo centro”, afirmou a gestora da pasta. A fisioterapeuta e responsável pelo Centro CrisDown, Carolina Vale, destaca a relevância do projeto da nova sede para que a Secretaria de Saúde (SES-DF) expanda o número de atendimentos. “A cada 700 nascimentos, ocorre um com essa alteração, por isso estamos fortalecendo cada vez mais as políticas públicas nessa área. Em breve, estaremos celebrando a inauguração da nova sede do CrisDown”, afirma a gestora da Saúde no DF | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Quando a sede estiver pronta poderemos oferecer um número maior de atendimentos, com maior variedade de estímulos. Teremos mais salas, ginásio, jardim e auditório. Além disso, poderemos contar com a parceria de universidades para a realização de residência e estágio, o que faz com que o conhecimento que temos possa ser expandido para futuras gerações, fazendo com que o serviço nunca pare”, explicou. Dia de conscientizar Juliana Carvalho, mãe de Lucas, 3 anos, afirma que o programa da Secretaria de Saúde foi fundamental para lidar com o diagnóstico e o desenvolvimento do filho com síndrome de Down O Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, foi criado para conscientizar a população e promover a inclusão. O tema deste ano para lembrar a data é Chega de estereótipos, abaixo o capacitismo. “Ao longo da vida, as pessoas com síndrome de Down muitas vezes são subestimadas, suas potencialidades ignoradas e seus futuros desconsiderados. Recentemente, me deparei com a pergunta: por que elas são vistas como eternas crianças? Essa questão me chocou profundamente. É incrível como essa percepção está tão arraigada na sociedade”, ressalta Vale. O Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) é exemplo não apenas no Distrito Federal e região do Entorno, mas para outros estados do país no atendimento a pessoas com síndrome de Down O capacitismo, que é definido como a discriminação e o preconceito direcionado a pessoas com deficiência, é justamente uma prática a ser evitada e, de acordo com a gerente do CrisDown, o centro atua nesse contexto. “Fornecemos informação para aqueles que desconhecem, oferecendo apoio às famílias com bebês recém-nascidos, e mostrando que o aprendizado e o crescimento não têm limites, mesmo na vida adulta. O serviço que oferecemos é vital para garantir que todos possam viver suas vidas com dignidade e plenitude”, concluiu. Atendimento Para oferecer um acompanhamento mais eficaz e contínuo às famílias, a SES-DF lançou, em 2013, o projeto CrisDown, que acolhe e acompanha pacientes em todas as fases da vida. Com mais de 10 anos de história, a iniciativa já apoiou cerca de 2,3 mil famílias, contando com uma equipe multidisciplinar. O trabalho não se limita apenas à pessoa com síndrome de Down, mas engloba toda a família, oferecendo orientação. Gestantes que recebem o diagnóstico da trissomia também recebem apoio durante a gravidez para se prepararem para a chegada de seus bebês. “Noventa por cento das mães descobrem a síndrome apenas após o nascimento do bebê e, por isso, não estão preparadas para lidar com a informação. Aqui, elas são acolhidas. Além disso, também atendemos gestantes que recebem o diagnóstico e buscam apoio no projeto”, esclarece Carolina Vale. A analista financeira Juliana Carvalho, 45 anos, mãe do Lucas, 3 anos, destaca a importância do projeto de uma associação sem fins lucrativos como apoio no começo da maternidade. “Quando meu filho nasceu foi um choque descobrir sobre a síndrome, mas a associação foi um apoio fundamental. Tudo o que aprendi foi através deles e do acesso ao Centro CrisDown da SES-DF”, compartilhou.

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GDF projeta mais quatro hospitais e 17 UBSs até 2026

A Secretaria de Saúde (SES-DF) planeja, para 2024, avançar na construção de novas unidades, além de investir na reforma, ampliação e melhorias na infraestrutura atual. Quatro novos hospitais, sete unidades básicas de saúde (UBSs) e cinco unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) estão entre as novidades. Maquetes do Hospital de São Sebastião: unidade terá 60 leitos de clínica médica, 30 de pediatria e dez de UTI | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “O planejamento estratégico olha para as projeções de necessidades da população do Distrito Federal e a ampliação da capacidade de atendimento, com novas unidades, contratação de mais colaboradores e incorporação de equipamentos”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Cada novo projeto, explica ela, segue um fluxo que vai desde a incorporação do terreno até a futura requisição de novos servidores. Além do Hospital Oncológico de Brasília, que começou a ser construído em 2021, já foram publicados os editais licitatórios para a construção do Hospital do Recanto das Emas e do Hospital Clínico Ortopédico do Guará. O primeiro contará com pronto-socorro de pediatria, centro cirúrgico e 100 leitos, dos quais 60 serão de clínica médica, 30 de pediatria e dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. Já o segundo hospital terá 20 leitos de UTI, 50 de clínica médica e 90 para ortopedia. Também segue em trâmites o edital do futuro Hospital de São Sebastião, que terá 60 leitos de clínica médica, 30 de pediatria e dez de UTI. Editais Em relação às UBSs, já há um edital publicado para a construção de uma unidade na Ponte Alta do Gama e duas em Santa Maria. A SES-DF também trabalha com a expectativa de que cheguem a essa fase futuras UBSs para a Estrutural, Brazlândia e Arniqueira. Mais cinco unidades no DF estão sendo planejadas. A pasta investe ainda na construção de cinco unidades do Caps – duas do tipo AD, especializadas no atendimento de pacientes em tratamento contra álcool e outras drogas, e duas voltadas ao público infantil. O Serviço de Atendimento Médico de Urgências (Samu) também ganhará mais duas bases, uma em Ceilândia e outra no Riacho Fundo II.  [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ampliação e reforma De acordo com o chefe da Assessoria de Gestão Estratégica e Projetos (Agep) da SES-DF, Vinícius Lopes de Lima, todas essas iniciativas são fruto de cooperação com outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). “Mantemos um diálogo próximo com a Novacap, Terracap, Codhab, Serinter [Secretaria de Relações Institucionais, Seduh e Segov em assuntos que vão desde a regularização dos terrenos até a parte orçamentária dos investimentos propostos”, enumera.  A Agep também acompanha, junto à Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde (Sinfra), projetos para ampliação e reforma de unidades. É o caso do Hospital de Apoio de Brasília, que terá um novo bloco voltado exclusivamente para o tratamento de pacientes com doenças raras. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), haverá reforma da ala de queimados e do setor destinado a pacientes com fissura labial ( lábio leporino). Já os prontos-socorros dos hospitais regionais de Ceilândia (HRC) e Brazlândia (HRBz) serão ampliados. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Região de Saúde Sul é referência em tratamento para tuberculose

Responsável pelo atendimento de moradores das regiões do Gama e de Santa Maria, a Região de Saúde Sul oferece serviços a uma população estimada de 268.301 pessoas. Além disso, tem a característica de absorver a demanda de pacientes originários de cidades do Entorno Sul e também da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF). Eduardo Delfino faz tratamento no HRG: “Sou muito bem-cuidado. Vi muitos casos de cura aqui, e isso me tranquilizou bastante” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Temos uma importância crucial no atendimento a essas populações, em sua maioria SUS-dependentes”, conta o superintendente de Saúde da Região Sul, Willy Pereira da Silva Filho. Para prestar os serviços essenciais à comunidade, há 21 unidades básicas de saúde (UBSs) – 13 no Gama e oito em Santa Maria. Do total, duas são prisionais e quatro, rurais. A Região de Saúde Sul inclui também os hospitais regionais do Gama (HRG) e de Santa Maria (HRSM). O HRG é referência no atendimento a pacientes com tuberculose, pois possui o ambulatório de tisiopneumologia para diagnóstico e tratamento. A parte de internação funciona ininterruptamente, e o pronto-socorro conta com leito de isolamento para pacientes com suspeita da doença. Já os serviços ambulatoriais estão disponíveis de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h e das 13h às 18h. Internação e acompanhamento Eduardo Delfino, 35, precisou de cuidados extras. Ele se tratava em casa, tomando os medicamentos diariamente, mas não conseguia fazer o repouso necessário e precisou ser internado. “Não conseguia nem ficar em pé sem [o auxílio de balão de] oxigênio”, conta. “Depois de três meses internado, comecei a ficar a maior parte do tempo sem precisar. Sou muito bem-cuidado. Vi muitos casos de cura aqui, e isso me tranquilizou bastante”. O HRG é responsável por leitos de internação e atendimento de tisiopneumologia de toda a rede pública de saúde do DF. Pacientes são encaminhados a partir das UBSs e das unidades de pronto atendimento (UPAs). De acordo com a supervisora de enfermagem do ambulatório de tisiopneumologia do hospital, Ketheny Cristina Santos, primeiramente são feitas provas de tuberculina (teste diagnóstico) com os pacientes encaminhados e agendados. Quadro de atendimento da Região Sul de Saúde | Arte: Agência Saúde Equipe multiprofissional Se o resultado for positivo, é agendada a consulta para avaliação e prescrição do tratamento. “Muitos pacientes estão em situação de rua e, geralmente, ficam internados para finalizar o tratamento, saindo curados da tuberculose”, explica. A internação varia de seis a oito meses, conforme o caso clínico. Nesse período, os pacientes recebem as refeições diárias e toda a assistência de uma equipe multiprofissional composta por pneumologistas/tisiologistas, enfermagem, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e assistente social. [Olho texto=”No Hospital Regional do Gama, ambulatório de tisiopneumologia funciona agrupado ao de pneumologia” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A maioria das internações é ocasionada por questões de vulnerabilidade social, por exemplo, condições precárias de vida, deficiência alimentar, baixa escolaridade, alcoolismo, uso de drogas, [além do] uso incorreto das medicações em domicílio”, aponta o médico Benedito Cabral Júnior, referência técnica (RT) de pneumologia do HRG. O ambulatório de tisiopneumologia é agrupado ao de pneumologia. Por isso, também atende pacientes com asma, pneumonias, doenças pulmonares obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite crônica), derrames pleurais e tumores dos pulmões, entre outras doenças pulmonares. Linha materno-infantil O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), que integra a rede pública do DF e administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), é o mais novo da rede. Com 15 anos de existência, destaca-se por ter uma linha materno-infantil robusta, com serviço de pronto-socorro em pediatria. Equipada com maternidade e UTI neonatal, a unidade é referência em partos de alto risco. Em 2022, foram registrados 3.721 partos. Já a UTI neonatal somou 24.066 procedimentos. [Olho texto=”“Muitas vezes, os pacientes têm dificuldades de vir até a unidade marcar. Quando o acesso é facilitado, por meio de uma tecnologia em que é possível agendar de casa, eles fazem e ficam satisfeitos” ” assinatura=”Inês de Almeida, gerente da UBS 7 do Gama” esquerda_direita_centro=”direita”] Outro diferencial no HSM é o laboratório de excelência, aparelhado com tecnologia de última geração, incluindo um equipamento exclusivo na América Latina. Seguindo o mesmo padrão de laboratórios particulares, os resultados dos exames ficam disponíveis no formato online, assegurando que tanto profissionais da saúde quanto pacientes tenham acesso com facilidade. O hospital é o segundo maior da rede pública do DF, com 391 leitos hospitalares ativos, sendo 13 de boxes de sala vermelha, 38 leitos de observação, 17 leitos no centro obstétrico, 263 leitos de enfermaria, 40 leitos de UTI adulto e 20 leitos de UTI neonatal. Aplicativo para consultas Uma ideia inovadora desenvolvida por servidores da UBS 7 do Gama é outro diferencial da Região Sul de Saúde para os pacientes. Eles criaram um aplicativo para facilitar o agendamento de consultas. “Muitas vezes, os pacientes têm dificuldades de vir até a unidade marcar. Quando o acesso é facilitado, por meio de uma tecnologia em que é possível agendar de casa, eles fazem e ficam satisfeitos”, compartilha a gerente da unidade, Inês de Almeida. [Numeralha titulo_grande=”14 mil ” texto=”Número aproximado de usuários atendidos na UBS 7 do Gama, em funcionamento temporário no Estádio Bezerrão” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Apesar de utilizado há pouco tempo na unidade, o aplicativo, idealizado por Inês e pelo odontólogo Cristiano Ktich, já faz sucesso entre os pacientes. “Com o agendamento online, queremos captar pacientes para fazer o exame citopatológico e as testagens de infecções sexualmente transmissíveis [ISTs]”, detalha a gerente. Hoje, a UBS 7 do Gama atende cerca de 14 mil usuários e funciona, temporariamente, dentro do Estádio Bezerrão. A unidade passa por reforma e, em breve, voltará a atender em seu local próprio, no Setor Central.  Descarte de medicamentos A demanda na UBS 1 de Santa Maria é alta. Por isso, a cidade possui 11 equipes de Saúde da Família: são para acolher cerca de 44 mil pacientes. “Em setembro, foram atendidos 39.736 usuários da região, fora os pacientes que vão à unidade para retirar ponto, tomar injeção de anticoncepcional, verificar pressão arterial e glicemia, e que não entram na contagem”, contabiliza a gerente local, Joelma Batista. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na unidade também é possível entregar medicamentos vencidos e inutilizáveis para destinação correta. Com ação inovadora, a UBS foi a primeira a lançar, na Região de Saúde Sul, a campanha de descarte consciente de medicamentos. Os usuários podem entregar os itens na farmácia do local. Para facilitar o acesso à população, tanto a UBS 1 de Santa Maria quanto a UBS 3 do Gama funcionam de segunda a sexta-feira em horário ampliado, das 7h às 22h. Nos sábados, as UBSs 1, 2 ,4, 5 e 6 do Gama e a UBS 2 de Santa Maria funcionam de 7h às 12h. Além disso, há ponto fixo de vacinação nas UBSs 1 de Santa Maria e 5 do Gama aos sábados durante todo o dia. Atenção secundária A Policlínica do Gama, que funciona no HRG, oferece uma variedade de especialidades médicas, como dermatologia, endocrinologia, otorrinolaringologia, pediatria, fonoaudiologia, radiologia, nefrologia, ginecologia especializada, pneumologia, ambulatório de pé diabético, ambulatório de fisioterapia, doenças infectoparasitárias e odontologia. O processo para acessar os serviços é feito pelas equipes de Saúde da Família (eSF). O usuário deve procurar a UBS, onde os profissionais vão avaliar as necessidades de saúde de cada paciente e, se necessário, encaminhá-lo à policlínica para consulta com especialidade específica. Na região há também equipamento de saúde para cuidados mentais. O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) AD (Álcool e Drogas) de Santa Maria atende pessoas a partir dos 16 anos em sofrimento psíquico intenso decorrente do uso dessas substâncias. A unidade funciona de segunda a sexta-feira em horário comercial em sistema porta aberta para todos os moradores da região. Segundo o superintendente da Região de Saúde Sul, para 2024 está prevista a entrega de uma nova policlínica. *Com informações da Secretaria de Saúde

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O artesanato como ferramenta para salvar vidas

Uma vez por semana, o espaço do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) do Itapoã vira um grande ateliê. Entre linhas e agulhas, profissionais de saúde e pacientes colocam as habilidades manuais em prática na confecção de cachecóis, mandalas, fuxicos e trabalhos com crochê. A sessão, que deveria durar duas horas, muitas vezes se estende até o final da tarde. “O horário de início é às 14h, mas, à medida que os pacientes vão chegando, já iniciamos os trabalhos e não percebemos o tempo passar”, detalha Vaniuza Alves de Oliveira, técnica em enfermagem e uma das organizadoras do projeto. A linhaterapia teve início em 2020 e hoje conta com a participação de cerca de 15 pessoas. Além de gerar renda, o programa funciona como terapia: “O trabalho manual está ligado ao exercício mental. O movimento proporciona momentos de concentração e de relaxamento”, explica a enfermeira Eleni Alves Sardinha. Segundo ela, mais do que uma profissão, “a sessão permite aos participantes descontrair e despertar um sentimento de pertencimento. Eles sentem que estão sendo reconhecidos pelos trabalhos. É transformador”. Vida por um fio Um dos pacientes mais ativos do projeto é Marcos Roberto Rocha da Silva. Com 44 anos e morador do Paranoá, ele conta que frequentou o Caps AD durante cinco anos e conseguiu bons resultados. Teve, contudo, uma recaída no uso de drogas ilícitas e de álcool, e, junto a isso, conheceu a depressão de perto. “Cheguei ao meu limite. Não via mais sentido em continuar vivendo, mas resolvi vir mais uma vez ao Caps e fui muito bem acolhido. Foi nesse momento que comecei a trabalhar com as mandalas e minha vida mudou”, relata, emocionado. [Olho texto=”O Caps AD do Itapoã funciona dentro da Administração do Paranoá e atende das 7h às 18h, de segunda a sexta-feira” assinatura=”” esquerda_direita_centro=””] Desde então, a caminhada dele tem sido de sucesso. Abstêmio há cinco anos, Marcos, hoje, auxilia as pessoas que chegam à oficina de linhaterapia. A especialidade dele são as mandalas, mas também se envolve com diversos tipos de trabalhos manuais (todos envolvendo linhas) e comercializa em feiras espalhadas pelo Distrito Federal. “O trabalho realizado aqui no Caps é fundamental para que a gente consiga ver uma solução para os nossos problemas. Não tenho palavras para agradecer o quanto foi significativo para mim”, enfatiza. Reuniões são tão produtivas que duram mais do que o previsto | Fotos: Illa Rachel/Agência Saúde Patrícia Araújo Alves, de 22 anos, concorda com Marcos. Durante a adolescência, ela desenvolveu depressão e passou a fazer uso abusivo de drogas ilícitas. Por orientação da mãe, decidiu frequentar o Caps AD e relata que a assistência que recebeu foi o ponto principal para que pudesse mudar os rumos de sua vida. O cachecol foi o primeiro trabalho que fez, mas atualmente seu foco está no tricô com malha. “Minha mãe sempre foi artesã e eu nunca demonstrei interesse. Quando cheguei e entendi que isso poderia fazer a diferença no meu caminho, decidi que iria me dedicar ao máximo”, explica a estudante. Patrícia pretende comercializar os produtos e conciliar a produção às aulas de pedagogia na Universidade de Brasília (UnB). Formalização O trabalho artesanal proposto pelo Caps AD foi idealizado como forma de terapia, mas também como uma opção de obtenção de  renda. “Muitos pacientes não possuem nenhuma fonte de receita. Aprender esse ofício é uma maneira deles conseguirem ganhar dinheiro para suprir suas necessidades”, explica Eleni. Para formalizar esse trabalho, o Caps AD firmou parceria com a Secretaria de Turismo do DF, que, por sua vez, disponibilizou uma equipe para ir até o centro, a fim de cadastrar os pacientes como artesãos. “Essa formalização permite o reconhecimento do profissional e abre portas para que possam participar de eventos e feiras”, destaca a coordenadora do Centro de Atendimento ao Turista da Secretaria de Turismo, Gizelma Fernandes. Ela explica que os artigos produzidos são avaliados, desde a técnica utilizada até o acabamento, seguindo as diretrizes do Programa de Artesanato Brasileiro. Os registros foram realizados em março deste ano, na sede do Caps AD. Na ocasião, estiveram presentes também pacientes dos Caps II Paranoá, cuja sede fica no Hospital da Região Leste (HRL). O CAPS AD oferta diversos tipos de trabalhos manuais O Caps AD do Itapoã funciona dentro da Administração Regional do Paranoá e atende das 7h às 18h, de segunda a sexta-feira. O Caps é um serviço público especializado em saúde mental que, por meio de diversas unidades, atende pessoas com sofrimento emocional grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O local oferece atendimento multidisciplinar, que reúne médicos, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, entre outros especialistas. Após avaliação inicial, a equipe formula um plano terapêutico com estratégias de cuidado, adequadas à necessidade de cada usuário, visando o seu processo de tratamento e reabilitação psicossocial. Os atendimentos acontecem individualmente e/ou em grupos. A linhaterapia funciona todas as quartas-feiras, das 14h às 16h. Para mais informações, acesse aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Caps do Paranoá apresenta atividades de geração de renda à Fiocruz

O Centro de Atenção Psicossocial II (Caps) do Paranoá recebeu representantes da Fiocruz do Rio de Janeiro com interesse em conhecer atividades de economia solidária desenvolvidas na região. Representantes do laboratório de estudos e pesquisas em saúde mental e atenção psicossocial da instituição buscam propor parcerias com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) visando fomentar, entre outras coisas, programas de geração de renda desenvolvidos nos Caps. Em encontro realizado no dia 5 deste mês, os profissionais da Fiocruz tiveram a oportunidade de conhecer dois dos programas desenvolvidos no Caps: a ecolavagem e a horta. De acordo com Paulo Cândido, enfermeiro e um dos coordenadores do projeto de lavagem de carros, a iniciativa trabalha em cima de três eixos: terapia, geração de renda e sustentabilidade. “Entendemos que o serviço oferecido é uma forma de darmos protagonismo para essas pessoas e também uma oportunidade de incluí-las no mercado de trabalho”, explica o profissional. A lavagem é feita com produtos naturais à base de copaíba, com a utilização de três panos: um para remover a poeira, o segundo para aplicação do produto e o terceiro para finalização. “A água utilizada está apenas na diluição do produto. Por isso, a lavagem é ecológica. O desperdício é mínimo”, detalha Antonio Carlos Nunes, psicólogo e também responsável pela iniciativa. A renda obtida é distribuída entre seis usuários que se revezam na lavagem dos carros. A lavagem de carros é feita com produtos naturais à base de copaíba | Foto: Illa Balzi/Agência Saúde A equipe carioca também conheceu a horta terapêutica do Caps. O espaço já tem mais de um ano de funcionamento e vem crescendo a cada dia. Hortaliças, frutas e ervas são cultivadas e mantidas pelos pacientes do Caps supervisionados pela equipe do centro. O psicólogo Claudio Huguet atribui a convivência mais próxima da natureza como uma forma muito positiva de tratamento. “Além do trato com a terra, também sentamos em rodas de bate-papo em que tentamos extrapolar as experiências da horta para a vida. É enriquecedor observar essa interação”, avalia o profissional. A horta é agroecológica e conta com a parceria da Emater-DF e do Ceasa, com a doação de adubo de frango e mudas, respectivamente. A produção é vendida e a renda é distribuída para os pacientes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para a diretora de serviços de saúde mental da SES, Vanessa Soublin, é importante fortalecer as parcerias entre instituições visando o bem-estar do usuário do sistema. “A presença dos parceiros da Fiocruz nos mostra que estamos caminhando juntos na melhoria dos serviços de saúde mental, com o fomento da economia solidária e geração de renda e qualificação de servidores e usuários para potencializar esses serviços”, comemora a profissional. O Caps II do Paranoá atende pacientes maiores de 18 anos, portadores de transtornos mentais. Ele fica localizado na área do Hospital da Região Leste e faz acolhimentos diários ou por indicação da equipe de Saúde da Família. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Oficinas de música resgatam cidadania de pessoas com problemas mentais

Eles chegam às portas do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de diferentes formas e carregando um mundo. Há quem relate ter ido sozinho, com familiares ou indicado por um profissional de saúde. Os motivos também são diversos. O Caps se divide em unidades que oferecem serviços comunitários voltados ao atendimento de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental. Em 2022, 178.988 pessoas foram atendidas nas instituições. Maria do Rosário dos Santos participa da oficina de percussão: “Quando cheguei, não andava de ônibus, tinha medo de tudo” | Fotos: Agência Saúde As oficinas desenvolvidas nesses ambientes são essenciais. “São o resgate da cidadania, da autoestima e da independência e o que mais contribui para a resposta ao tratamento”, afirma a diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SES), Vanessa Soublin. Por esta razão, as equipes multiprofissionais apostam em diversas formas de acolhimento e de desenvolvimento com os usuários. O Caps II Dra. Juliana Garcia Pacheco, no Paranoá, oferece grupos e oficinas de teatro, música, artesanato e bazar. As atividades têm o objetivo de promover a autonomia dos cidadãos atendidos – em 2022, foram 12.202. A Agência Saúde conversou com pessoas que apresentam histórico de depressão, esquizofrenia, tentativa de suicídio, ansiedade, bipolaridade entre outros. Para preservar a identidade dos pacientes e compromisso médico, não serão identificados os motivos que cada uma teve para buscar o apoio do Caps. Marta Sousa, familiarizada  com agulhas e linhas há quatro décadas: “Faço isso de olhos fechados” Artesanato A linha e a agulha parecem dançar nos dedos de Marta Sousa, 47 anos. Há pelo menos 40 anos ela costura. “Faço isso de olhos fechados”, conta. “Eu fiz um dos vestidos da Via Sacra e até roupa de noiva”. O conhecimento para trabalhar com as peças veio muito antes de qualquer diagnóstico. Marta revela que trabalhou para grifes brasilienses, mas atualmente fica em casa durante a maior parte dos dias. A oficina da qual ela participa com assiduidade ocorre às terças-feiras no período vespertino. “Eu gosto de ficar aqui conversando; nem sempre a família tem tempo para a gente”, comenta. O objetivo do grupo é estimular a paciência e a socialização. “A prioridade aqui é ser feliz”, explica a assistente social Nadja Coe, que é a coordenadora do projeto. É um espaço em que a pessoa se concentra na peça que está costurando e vai conversando com os outros. A profissional explica que as peças a longo prazo poderão ser vendidas para gerar renda aos artesãos, mas no momento não é esse o objetivo do grupo. Interessados em ajudar podem doar linhas, agulhas, tecidos. “Às vezes a pessoa se empolga para começar a costurar, compra um monte de coisas e depois não sabe o que fazer com o material”. Outra forma de doação pode ser com o tempo, ensinando técnicas de artesanato. Quem tiver interesse deve entrar em contato com o Caps pelo telefone (61) 99103-7790. Bazar Rejane Ramos: “Eu sei, só de olhar a pessoa, qual é a numeração que veste” Saias, calças, vestidos, sapatos, acessórios estão expostos em araras dentro do Caps do Paranoá. As peças compõem o cenário das 8h às 16h, de segunda a sexta. Entre as roupas, Rejane Ramos, 48, apresenta o mostruário e garimpa os estilos. “Eu sei, só de olhar a pessoa, qual é a numeração que veste”, vangloria-se. Ela é uma das nove frequentadoras do Caps que trabalham no Bazar da Juh. O nome é em homenagem à psicóloga Juliana Pacheco, que faleceu em 2020. “Chega uma roupa de doação, a gente passa, prega um botão, organiza e vende”, explica. A equipe também participa de feiras e eventos com a venda do mostruário. Do total arrecadado, 90% é dividido igualmente entre as usuárias. O restante é reinvestido no bazar em compra de tecidos, apoio em eventos, alimentação, transporte e outras atividades.  O espaço permite aos pacientes do Caps uma escala de trabalho mais flexível, em que cada um vai apenas um dia na semana. “Alguns usuários não estão aptos a trabalhar com uma escala rígida, mas no bazar têm a chance de exercer uma atividade e ter um complemento de renda”, afirma o profissional responsável pela atividade, o assistente social Getúlio Alves. É possível ver as peças em exposição pelo perfil no instagram @bazardajuh.paranoa. A equipe não faz entregas, mas os interessados podem reservar algum produto para buscar no local. Doações também são bem-vindas. Darlly Ferreira se encontrou na oficina de música: “Fui fazendo coisas para me inserir na sociedade” Música A mão bate no tambor, o corpo dança, a voz vibra e a pele arrepia. Maria do Rosário dos Santos, 60, canta um samba. Ela está se preparando para a apresentação no Carnaval com a banda Maluco Voador, no bloco do Rivotrio. Quem vê sua espontaneidade no palco nem imagina que o primeiro surto de Rosário ocorreu quando ela tinha 8 anos. “Naquela época não se falava sobre saúde mental, tudo era frescura”, lembra. De todas as iniciativas para acompanhamento em 52 anos, Rosário conclui  que o Caps é a melhor. Desde o início do grupo musical, em 2012, ela participa assiduamente. “Quando cheguei, não andava de ônibus, tinha medo de tudo, e em 2016 fui representar o grupo em Cuiabá [MT] para ganhar um prêmio”. Na ocasião, o projeto foi o vencedor nacional na categoria Educação Popular e Saúde. Assim como Rosário, Darlly Ferreira, 37, é vocalista da banda. Ela se empolga com o forró e conta que o pai é músico. Participar da oficina, revela, foi uma das atividades que a ajudaram a se socializar com as pessoas. “Fui fazendo coisas para me inserir na sociedade”, aponta. Com o grupo, Darlly já se apresentou em centros de convenções, teatro e festas, entre outros eventos. “Uma vez cantei numa festa aqui no Paranoá, toda minha família foi e ficavam gritando ‘gostosa!’”, diverte-se. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A atividade foi idealizada pelo psicólogo Filipe Willadino Braga, quando ainda era estagiário no Caps do Paranoá. Atualmente ele segue à frente do projeto e também é tutor do Programa de Saúde Mental do Adulto da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs). “A gente trabalha a música como ferramenta de educação popular”, explica o profissional. Ele lembra que há troca de saberes entre os integrantes. “Até ter uma crise, a pessoa é considerada ‘normal’”, ilustra. Braga conta que muitas vezes esse é o único momento de distração de muitos. O grupo musical é aberto ao público em geral. É possível acompanhar as novidades pelo instagram  @omalucovoador.  Oficinas teatrais também são ofertadas na unidade de atendimento Teatro Às sextas-feiras, Paulo César Oliveira, 57, sai da rotina dos outros dias da semana. Às 14h, ele não está em casa como de costume, mas na oficina de teatro no Caps. A atividade para ele é uma terapia e uma forma de manter contato com palco e atrações artísticas. “A arte é importante porque nela todo mundo sofre e as pessoas se distraem do sofrimento”, resume. Paulo relata que, quando jovem, foi montador de palco de shows de rock de bandas como Legião Urbana. Na companhia de teatro Atravessa a Porta, Paulo já atuou e apresentou textos autorais. As oficinas têm feito a diferença para a vida do homem, que mora com a tia. “Você se considera muito normal e de repente descobre alguma coisa; não caiu a ficha, sabe, nunca cai a ficha”, diz. Frequentador, ator e montador de palcos, ele também ajuda a elaborar roteiros. “A gente tem uma preocupação de que as coisas não sejam infantilizantes”, afirma a coordenadora do projeto, a psicóloga Amanda Oliveira. Construir roteiros e produções em que sejam os participantes os protagonistas é uma das formas de incluir uma visão e experiência únicas sobre os temas abordados. A companhia existe desde 2012 e atualmente trabalha com a edição do longa Capsianes. O objetivo é fortalecer o cuidado em saúde mental. Conheça o site do grupo.  Também é possível acompanhar as novidades da companhia pelo instagram  @atravessaaporta.  As unidades do Caps são abertas e atendem pessoas com sofrimento mental grave. Isso significa que a assistência ocorre por demanda espontânea ou via encaminhamento de outros setores da rede de saúde ou da rede intersetorial. Para ser atendido, o cidadão pode ir por conta própria a alguma das 18 unidades da rede portando documento oficial de identificação com foto, cartão do SUS e, se possível, comprovante de residência. Pessoas em situação de rua não precisam apresentar nenhum tipo de documentação. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Rede pública de saúde oferece práticas integrativas

A Secretaria de Saúde disponibiliza diversas modalidades de práticas integrativas em unidades do Distrito Federal. No Centro de Atenção Psicossocial (Caps), do Paranoá, e no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), do Itapoã, as atividades são estendidas como complemento no atendimento aos usuários, familiares e servidores. No Paranoá, o Centro de Atenção Psicossocial oferece hatha yoga e musicoterapia como atividades complementares para usuários, servidores e estagiários da unidade| Foto: Luiz Fernando Cândido/Região de Saúde Leste As Práticas Integrativas em Saúde (PIS) são atividades eficazes e seguras que têm ênfase na escuta acolhedora, no autocuidado, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. No Itapoã, por exemplo, o grupo de laya yoga se reúne toda terça-feira, às 16h. A gerente do Caps AD, Cibele Silva de Queiroz, conta que o serviço começou a funcionar recentemente e está sendo bem positivo. [Olho texto=”“A prática de ioga no SUS tem sido bastante procurada como forma de redução do estresse, ansiedade e tantos outros males que afetam o equilíbrio de corpo, mente, espírito, emoção e energia vital das pessoas”” assinatura=”Edimar Pereira Ruela, instrutor de ioga ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “São modalidades de tratamento complementar, utilizadas como grupo ou oficina terapêutica. Neste ano de 2021, foi oferecida a prática integrativa da laya yoga para pacientes e servidores. Estamos oferecendo essa oficina terapêutica como parte do plano terapêutico singular há aproximadamente um mês e está tendo bom êxito dos usuários”, frisa. Musicoterapia Já no Paranoá, o Caps oferece também a hatha yoga e a musicoterapia. A aula de ioga ocorre presencialmente toda sexta-feira, às 10h. Participam os usuários atendidos na unidade, servidores e estagiários. Por conta da pandemia, a atividade só voltou a ocorrer em agosto deste ano. Os atendimentos podem ser coletivos ou individuais. Paula de Assis Salomon, de 25 anos, participou pela primeira vez da atividade. Ela é moradora do Paranoá e começou a hatha yoga na semana passada. “Gostei bastante. Eu vou fazer novamente. É uma sensação de relaxamento e tranquilidade”, descreve. Wenderson Piassi, de 63 anos, também é morador do Paranoá. Ele participa das atividades de ioga há um mês. “Antes eu não conseguia relaxar. Com a ioga estou mais tranquilo”, observa. [Olho texto=”As práticas integrativas são oferecidas à comunidade, geralmente sem requisitos, por profissionais de saúde e voluntários cadastrados e habilitados por meio de cursos de capacitação ou formações específicas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “A prática de ioga no SUS, tanto o hatha yoga como laya yoga, tem sido bastante procurada como forma de redução do estresse, ansiedade e tantos outros males que afetam o equilíbrio de corpo, mente, espírito, emoção e energia vital das pessoas”, destaca o instrutor de ioga, Edimar Pereira Ruela. Ainda segundo o servidor, a pandemia exigiu adequações aos protocolos das atividades. “Estamos bastante cuidadosos, seguindo o protocolo de segurança, principalmente quanto às nossas práticas em grupo.” A Política Distrital de Práticas Integrativas em Saúde (PDPIS), instituída em 2014, regulamenta a oferta das PIS no SUS-DF. Outras práticas Atualmente, na Secretaria de Saúde, são instituídas, além de ioga e musicoterapia, a acupuntura, arteterapia, automassagem, fitoterapia, homeopatia, Lian Gong em 18 terapias, medicina e terapias antroposóficas, meditação, reiki, shantala, tai chi chuan, terapia comunitária integrativa, ayurveda e técnica de redução de estresse (TRE). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] As PIS são oferecidas abertamente para a comunidade, geralmente sem requisitos, por profissionais de saúde e voluntários cadastrados devidamente habilitados por meio de cursos de capacitação ou formações específicas. O serviço pode ser encontrado nas unidades básicas de saúde, policlínicas, centros de atenção psicossocial, hospitais e outras unidades. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Caps II do Riacho Fundo II ganha caixas d’água após 15 anos

O abastecimento de água no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II do Riacho Fundo II foi melhorado depois da instalação de duas caixas d’água novas, com capacidade de 1 mil litros cada uma. O reforço vem depois de mais de 15 anos que o sistema não passava pelos devidos reparos, por falta de manutenção e recursos. Antes da melhoria, a água no Caps II acabava sempre no final da manhã, obrigando os servidores a buscar em outros locais, como o Instituto de Saúde Mental (ISM), onde o centro fica localizado. Como o sistema de abastecimento era muito antigo, a água que chegava não tinha vazão suficiente para abastecer o Caps durante todo o dia. “Há muitos anos esse abastecimento era precário. Na época da seca era pior ainda, porque a água não tinha fluxo. Os pacientes e profissionais que frequentam o ambiente sempre reclamaram dessa dificuldade. Por anos foi tentada a instalação de caixas d’água novas e nunca obtiveram sucesso, até agora”, recorda a superintendente da Região de Saúde Centro-Sul, Flávia Oliveira Costa. Com o investimento de cerca de R$ 8 mil provenientes do Programa de Descentralização Progressiva de Ações de Saúde (PDPAS), foi possível que os profissionais da Superintendência da Região de Saúde Centro-Sul fizessem os reparos necessários e instalassem as caixas d’água novas, resolvendo o problema de desabastecimento no local. Além disso, uma ligação foi feita diretamente entre o sistema da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e as redes internas do Caps, para aumentar o fluxo de água em toda a parte baixa do terreno, que inclui unidades como o próprio ISM. “Com isso, estamos considerando como resolvido este problema que há anos estava sem solução”, ressalta Flávia Costa. A instalação dos equipamentos também contou com o suporte da direção administrativa e da Assistência à Saúde Especializada da Superintendência da Região Centro-Sul. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Assistência médica para pessoas com deficiência

Apenas neste ano, 1.306 cadeiras de rodas já foram distribuídas pela Saúde | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil Com uma bengala e a prótese para substituir a perna esquerda, Carlos Pereira, 47 anos, tem buscado ser cada vez mais independente. Ele teve que amputar essa parte do corpo há um ano, após uma queda de grave consequência. Os acessórios e peças que lhe servem, assim como cadeiras de roda e aparelhos auditivos, são entregues pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para garantir a inclusão das pessoas com deficiência. “Antes eu sentia muitas dores, pois tinha que fazer um esforço maior para me locomover. Acredito que aos poucos darei conta de fazer cada vez mais coisas”, comemora Carlos. [Numeralha titulo_grande=”16 mil estudantes” texto=”da educação infantil recebem atendimento especial gratuito” esquerda_direita_centro=”centro”] Uma vez por semana o morador de Vicente Pires também faz sessões de fisioterapia, no Hospital de Base, para acelerar a recuperação. “O atendimento é de outro mundo. Só tenho a agradecer a todos os profissionais que cuidam de mim lá”, elogia. Apenas neste ano foram distribuídos 655 órteses e próteses, 1.641 aparelhos de amplificação sonora individual, 17 sistemas de frequência modulada (tecnologia para pessoas com deficiência auditiva) e 1.306 cadeiras de rodas. A gerente de Serviços de Saúde Funcional da Secretaria de Saúde, Camila Medeiros, reforça que o paciente que necessita do serviço deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa. “Após a consulta, o médico fará o encaminhamento. A pessoa passará por avaliação com um fisioterapeuta”, explica gerente, lembrando que ofertar esses equipamentos significa habilitar pacientes à vida funcional e social. “É uma forma de inseri-los na sociedade, tornando-os cada vez mais independentes”, arremata. Outros serviços A porta de entrada para o atendimento de pessoas com deficiência é a UBS. É onde está o Núcleo Ampliado de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que dispõe de especialistas como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e nutricionistas. Dependendo do grau da deficiência, o paciente pode ser atendido já na UBS. Caso um cuidado maior seja necessário, há encaminhamento para os centros de atenção psicossocial (Caps), hospitais ou os centros especializados em reabilitação física e intelectual – há núcleos em Samambaia, Noroeste e Taguatinga. Nesta última unidade, por exemplo, 3.500 pacientes são atendidos por mês. O espaço oferece reabilitação neurológica acima de 14 anos, em casos de acidentes vasculares encefálicos, traumatismos, lesões de nervos periféricos e déficit cognitivo/intelectual. Também há serviços para crianças com até 13 anos e 11 meses com deficiências física e/ou intelectual, lesão encefálica, medular congênita ou síndromes raras e transtorno do espectro autista. Já para os pequenos de 0 a 2 anos e 11 meses com alguma lesão encefálica, medular no nascimento ou traumática, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor (com ou sem causa orgânica definida) e sinais de risco para o desenvolvimento infantil há um programa voltado para intervenção precoce, além de ambulatório especializado em reabilitação dos membro superiores e ambulatório de estomias. Para todas as idades, o Centro Especializado em Recuperação (CER) também oferece atendimento traumato-ortopédico para pacientes submetidos a tratamento conservador de fratura, deformidades congênitas ou adquiridas, pós-operatórios ortopédicos e neurológicos e amputados. Outro serviço oferecido pelo Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) – único no país que acolhe desde bebês a idosos. A assistência se estende às mulheres com diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 durante a gestação. Atualmente, em razão da pandemia de Covid-19, 1.093 crianças e 541 adultos recebem atendimento por meio de videochamadas. Educação O governo local investe em outras áreas para garantir a inclusão de pessoas com deficiência. Na educação, o ensino especial está espalhado pelas 683 escolas públicas da rede. O método começa desde o nascimento da criança, com o Programa de Educação Precoce. Atualmente, cerca de 3.600 bebês de 0 até 3 anos e 12 meses são atendidos pelo serviço nas 19 unidades. A ideia é trabalhar no desenvolvimento de meninas e meninos para ingressarem no ensino infantil. Na educação infantil, 16 mil estudantes contam com 595 salas de recursos. Profissionais especializados trabalham as dificuldades específicas das crianças. Porém, também há assistência individual nas 626 classes especiais. A sala de integração é outra forma de dar suporte aos alunos. Para jovens e adultos, os 13 centros de ensino especial ajudam na integração na sociedade. A secretária da Pessoa com Deficiência, Rosinha da Adefal, ressalta que educação e saúde são os dois pilares da inclusão social. “Imagine você precisar de uma cadeira de rodas para se locomover e ir à escola e não ter ou ter o equipamento, mas não ter um colégio adaptado… Por isso é imprescindível investir nessas duas áreas”, reforça Rosinha. “É dessa forma que elas se sentirão incluídas e respeitadas como cidadãs.” Estatuto O Estatuto da Pessoa com Deficiência foi sancionado nesta semana. O propósito da lei é dar diretrizes normativas que assegurem o desempenho de todos os direitos garantidos pela Lei Orgânica do DF (LODF) e por outras leis distritais para fortalecer a inclusão social e a condição de cidadania. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A norma também aborda a reserva de cargos e empregos para pessoas com deficiência (PCD). Continuam mantidos o direito de inscrição em concurso público e o processo seletivo, de qualquer natureza, em igualdade de condições acerca das exigências impostas aos demais candidatos. Com relação à saúde, o estatuto assegura atenção integral à saúde, universal e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS); transporte, sempre que indispensável; e fornecimento de medicamentos e materiais, inclusive os de uso contínuo, necessários para o tratamento e a realização de procedimentos específicos, entre outros direitos.

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Atendimentos para dependentes químicos continuam durante a pandemia

O Dia da Política Nacional de Enfrentamento às Drogas é celebrado em 26 de junho. Na Secretaria de Saúde do Distrito Federal, os casos graves e persistentes de uso abusivo e dependência química de substâncias psicoativas são assistidos nos Centros de Atenção Psicossocial para tratamento de pessoas em uso de álcool e outras drogas (Caps AD). Os Caps AD II e o Caps AD III atendem pessoas a partir dos 16 anos. Os Caps I (Infanto-Juvenil) atendem  demandas do uso abusivo e dependência química de crianças e adolescentes até 16 anos. Os casos leves são acompanhados na Atenção Primária à Saúde. A saúde mental é assistida pela Rede de Atenção Psicossocial do DF. “O objetivo dos Caps é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários”, explica a gerente de Normalização e Apoio em Saúde Mental, Priscila Estrela. Dados Em um ano regular, a média de atendimentos dos Caps AD II, que funcionam de segunda a sexta, em horário comercial, é de 6 mil atendimentos individuais e 6,5 mil atendimentos em grupo. Com relação aos Caps AD III, que tem funcionamento 24 horas, de segunda a domingo, a média de atendimentos individuais em um ano regular, é de 25 mil e 10 mil atendimentos em grupos. No entanto, o contexto de pandemia pela Covid-19 impetrou adaptações no funcionamento dos serviços, como a suspensão das atividades de grupo para evitar aglomerações. Além disso, com a orientação do Ministério da Saúde de evitar a circulação, houve inicialmente uma diminuição no número da frequência. Priscila explica que para reforçar o vínculo com o tratamento, os serviços intensificaram as buscas ativas por outros meios de comunicação, possibilitando um acompanhamento dos pacientes. Com o início da incidência dos efeitos psicológicos relacionados a pandemia e com a reabertura gradual dos estabelecimentos, o número de pacientes tem aumentado. Os Caps também estão dando suporte, atuando como serviço de retaguarda especializado em saúde mental, às Unidades de Acolhimento da Secretaria de Desenvolvimento Social. Ajuda Quem precisa de atendimento com relação ao uso de drogas pode procurar qualquer Centro de Atenção Psicossocial. O Caps é um serviço especializado de saúde mental, de caráter aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS) que, por assistir a demandas graves e persistentes, oferta um cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida. “O paciente não necessita de encaminhamento para estes equipamentos, ele é acolhido na unidade e avaliado por uma equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e terapeutas ocupacionais. Porém, somente são elegíveis para acompanhamento no serviço os pacientes com transtornos mentais graves e persistentes”, orienta. * Com informações Secretaria de Saúde

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