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Cerrado

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Ceilândia celebra Dia de Mudas com o plantio de 500 árvores nativas do Cerrado

Ceilândia amanheceu mais verde neste domingo (7). A Administração Regional, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do DF, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e Novacap, realizou o plantio de 500 mudas nativas do Cerrado na Nova Área de Eventos do P Sul — área escolhida estrategicamente por estar próxima ao Rio Melchior, contribuindo para a proteção das nascentes e para a recuperação ambiental do território. As mudas — doadas pela Novacap por meio do Programa de Arborização Urbana do Distrito Federal — foram plantadas com apoio de moradores, voluntários, servidores e lideranças comunitárias, reforçando a importância da união da comunidade em prol do meio ambiente. O administrador regional de Ceilândia, Dilson Resende, destacou a relevância do projeto para o futuro da região. Moradores também participaram do plantio voluntário | Foto: Divulgação/Administração Regional de Ceilândia “Estamos unindo esforços para fortalecer a preservação do Cerrado e construir uma Ceilândia cada vez mais verde. O plantio dessas mudas é um gesto simples, mas de grande impacto para o futuro da nossa região”, ressaltou o administrador. Moradores também participaram do plantio voluntário. Para o comerciante João Carlos Mendes, a ação fortalece o sentimento de pertencimento no P Sul. “Participar desse plantio é uma forma de devolver algo para a nossa cidade. Essas 500 mudas vão transformar a área, melhorar o ar e trazer mais qualidade de vida. É bonito ver a comunidade unida por um futuro mais verde”, disse. Além de ampliar as áreas verdes, a iniciativa contribui para a proteção do ecossistema local, reforçando a importância do Rio Melchior para Ceilândia e estimulando mais consciência ambiental na comunidade. *Com informações da Administração Regional de Ceilândia

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Ação plantará 15 mil mudas do Cerrado em várias regiões do DF

No próximo domingo (7), o Governo do Distrito Federal (GDF) realizará a maior edição do Dia de Plantar, evento anual instituído pelo Decreto nº 44.606, de 2023, que representa o compromisso contínuo do GDF com a restauração ecológica, a ampliação de áreas verdes e o engajamento da população na defesa de um dos biomas mais ricos do país. Neste ano, haverá o plantio de 15 mil mudas com ações simultâneas em várias regiões administrativas do DF. O ponto central da celebração será o Parque Ecológico do Cortado, em Taguatinga.  A edição de 2025 contará com 10 mil mudas fornecidas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e outras 5 mil vindas do Instituto Arvoredo. A ação envolve integração entre a Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF), o Instituto Brasília Ambiental, a Novacap, a Secretaria de Governo (Segov-DF), administrações regionais, comitês ambientais e da sociedade civil. "Cada uma dessas 15 mil mudas plantadas representa esperança, compromisso climático e responsabilidade com o Cerrado, que é o berço das nossas águas" Gutemberg Gomes, secretário do Meio Ambiente O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, destaca que o evento será um marco para o DF. “Cada uma dessas 15 mil mudas plantadas representa esperança, compromisso climático e responsabilidade com o Cerrado, que é o berço das nossas águas. Agradeço a cada servidor, parceiro institucional e cidadão que se somou a esta causa. Só avançamos porque trabalhamos juntos. Seguiremos ampliando nossas áreas verdes e fortalecendo a resiliência ambiental do DF, para que as próximas gerações encontrem um território mais equilibrado, saudável e resiliente", comentou o secretário. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, também reforçou a importância da união de esforços. “O Dia de Plantar mostra que, quando governo e comunidade se unem, o resultado é poderoso. Estamos aqui para reafirmar o compromisso do GDF com a proteção do Cerrado e com uma cidade mais verde para todos. Esse é um trabalho que não se faz sozinho: depende da participação de todos que acreditam em um futuro sustentável. Hoje, plantamos árvores, mas também plantamos consciência, cidadania e esperança. O Governo do Distrito Federal seguirá investindo em políticas ambientais responsáveis e na recuperação das nossas áreas naturais”, afirmou Celina. Celina Leão: "O Dia de Plantar mostra que, quando governo e comunidade se unem, o resultado é poderoso" | Foto: Divulgação/Sema-DF Desde a primeira edição, o Dia de Plantar tem expandido seu alcance e impacto ambiental. Em 2023, foram plantadas 5 mil mudas no Parque Ecológico do Guará Ezequias Heringer. No ano seguinte, mais de 10 mil mudas foram plantadas no Parque Ecológico do Riacho Fundo e em diversas regiões do DF. Serviço Dia de Plantar 2025 Data: Domingo (7), às 8h30 Local central: Parque Ecológico do Cortado, Taguatinga *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF)  

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Seminário alinha ações de reflorestamento no DF

A Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) promoveu, na manhã desta sexta-feira (28), o Seminário Dia de Plantar 2025/2026, encontro que reuniu órgãos públicos, entidades parceiras e cidadãos engajados na causa ambiental para definir o plano de plantios do próximo ciclo. A iniciativa prepara o terreno para a celebração do Dia de Plantar, instituído oficialmente pelo Decreto nº 44.606, de 7 de junho de 2023, que estabelece o segundo domingo de dezembro como data anual para o plantio coletivo de mudas nativas do Cerrado. A programação teve apresentações técnicas e rodadas de diálogo sobre os próximos passos da mobilização ambiental no DF. Foram apresentados as diretrizes e o planejamento das ações de plantio para o ciclo 2025/2026, com destaque para a organização das demandas regionais, as responsabilidades compartilhadas entre os entes envolvidos e as parcerias locais para execução das atividades. A proposta é fortalecer a integração entre governo e sociedade para garantir maior eficiência nas ações de reflorestamento e recuperação ambiental no Distrito Federal. Gutemberg Gomes: "O Dia de Plantar é muito mais do que uma ação simbólica. Trata-se de uma construção coletiva que envolve múltiplos atores em torno de um objetivo comum: preservar o Cerrado e garantir um futuro mais verde para as próximas gerações" | Foto: Divulgação/Sema-DF O seminário também reforçou o compromisso coletivo com a sustentabilidade e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Para o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, o momento foi essencial para alinhar esforços e fomentar o protagonismo de cada região na agenda ambiental.  [LEIA_TAMBEM]“O Dia de Plantar é muito mais do que uma ação simbólica. Trata-se de uma construção coletiva que envolve múltiplos atores em torno de um objetivo comum: preservar o Cerrado e garantir um futuro mais verde para as próximas gerações. O seminário é uma etapa fundamental desse processo, pois promove o alinhamento entre governo, administrações regionais, instituições ambientais e a sociedade civil organizada. É por meio dessa união que conseguimos realizar ações concretas e duradouras em todas as regiões do DF”, afirmou o secretário. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destacou o seminário como uma ferramenta estratégica para fortalecer a articulação entre Estado e sociedade civil. “Mais do que um momento de planejamento, este seminário representa a união de forças em torno de um propósito comum: o cuidado com o meio ambiente. Nossa meta não é apenas plantar mudas, mas garantir que elas floresçam, cresçam e ajudem a transformar o Distrito Federal em um território cada vez mais verde, resiliente e sustentável”, afirmou a vice-governadora. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF

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APA do Lago Paranoá é beneficiada com plantio de mudas

Na manhã desta sexta-feira (28), a Unidade de Educação Ambiental (Educ) do Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a Associação dos Chacareiros do Núcleo Rural Córrego do Urubu (Anru) e o Instituto Arvoredo, plantou 300 mudas em área rural localizada no Lago Norte, pertencente à Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago Paranoá. Estudantes participaram do plantio e depois saborearam lanches com frutos do Cerrado | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental As mudas plantadas foram doadas por meio de acordo de cooperação técnica firmado entre o Brasília Ambiental e o Instituto Arvoredo, na execução de ações de integração da sociedade com o meio ambiente, para a conscientização e a preservação do Cerrado. Mais de 200 alunos da Escola Classe Beija-Flor, da Asa Norte, participaram do projeto. Além de ajudarem no plantio, também puderam saborear frutas nativas do Cerrado, como macaúba, jatobá, acerola e manga. Concluído o trabalho, fizeram uma trilha, conduzida pelas professoras, até a área que futuramente abrigará o Parque Ecológico Pedra dos Amigos. [LEIA_TAMBEM]A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, elogiou a iniciativa: “Ações educativas como essa são fundamentais para cuidar do nosso Cerrado, reforçando a importância de poder público e sociedade caminharem juntos para cuidar do meio ambiente e garantir um futuro sustentável para todos”. Ao final da atividade, os estudantes puderam se refrescar com a água do recém- inaugurado filtro natural do Centro Comunitário Córrego do Urubu, que funciona por meio de uma tecnologia sustentável, na qual a captação e a filtragem se dão pela luz solar. A qualidade da água desse filtro foi atestada pelo projeto Jardim de Chuva, do Instituto Oca do Sol, que faz o monitoramento. O estudo revelou que a água está com ph7, de ótima qualidade para a saúde, demonstrando  o cuidado que a comunidade local tem com os recursos hídricos de uma região tão rica em nascentes.   *Com informações do Brasília Ambiental

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Pesquisa apoiada pela FAPDF ajuda na busca por espécies resilientes às mudanças climáticas

Na fronteira entre o Cerrado e a Amazônia, um dos biomas mais afetados pelo desmatamento, um grupo de pesquisadores e coletores de sementes se uniu em torno de um mesmo propósito: restaurar ecossistemas degradados de forma sustentável, combinando ciência, tecnologia e conhecimento tradicional. O estudo faz parte da iniciativa Amazônia +10, criada em 2022 para incentivar projetos interinstitucionais de pesquisa sobre sustentabilidade e adaptação climática. Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), a iniciativa reúne instituições do Distrito Federal, Mato Grosso e Rio de Janeiro em um esforço conjunto pela restauração ecológica da Amazônia mato-grossense. O projeto, intitulado Integrando conhecimentos locais e ciência em busca de soluções para a restauração ecológica frente às mudanças climáticas na Amazônia mato-grossense, é coordenado pela professora Isabel Belloni Schmidt, da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o pesquisador Daniel Luis Mascia Vieira, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, e conta ainda com a colaboração de equipes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Isabel Schmidt: "Nosso foco é encontrar espécies capazes de resistir às mudanças climáticas e fortalecer as redes comunitárias que fazem da restauração uma fonte de renda e conservação ambiental” | Fotos: Divulgação/FAPDF “A proposta nasceu da vontade de conectar o conhecimento científico com a experiência prática dos coletores de sementes da Amazônia mato-grossense. Nosso foco é encontrar espécies capazes de resistir às mudanças climáticas e fortalecer as redes comunitárias que fazem da restauração uma fonte de renda e conservação ambiental”, explica Isabel Schmidt. Investimento em ciência e sustentabilidade O projeto tem duração de 36 meses e orçamento total de R$ 830 mil, dos quais R$ 110 mil são provenientes da FAPDF. O financiamento permitiu deslocamentos da equipe do Distrito Federal para a região amazônica, aquisição de insumos laboratoriais, coleta de sementes e análise de germinação e plântulas, pequenas plantas em estágio inicial de crescimento. A linha de apoio integra os esforços da fundação para estimular a pesquisa colaborativa entre estados e consolidar o papel do Distrito Federal na agenda de inovação e sustentabilidade nacional. “O apoio da FAPDF foi fundamental para que a equipe de Brasília pudesse atuar diretamente com as comunidades, garantindo o intercâmbio entre ciência e saber tradicional”, reforça Isabel Schmidt. "Apoiar projetos como este é investir em soluções sustentáveis que unem conhecimento local, inovação e conservação — pilares essenciais para o futuro do Cerrado e dos demais biomas do país" Leonardo Reisman, presidente da FAPDF Para o presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, o projeto simboliza o compromisso da fundação com a ciência aplicada à sustentabilidade e à valorização dos povos da Amazônia: “A FAPDF acredita que a pesquisa científica deve dialogar com quem vive e protege o território. Apoiar projetos como este é investir em soluções sustentáveis que unem conhecimento local, inovação e conservação — pilares essenciais para o futuro do Cerrado e dos demais biomas do país. Cuidar da ciência é cuidar da vida: das florestas, das águas e do ar que respiramos. É pensar nas próximas gerações e na responsabilidade que temos com o futuro da humanidade”, afirmou Reisman. Sementes que guardam o futuro da floresta A pesquisa parte de uma realidade urgente: o avanço da degradação florestal no chamado Arco do Desmatamento, no norte do Mato Grosso, e a necessidade de restaurar as matas ciliares — faixas de vegetação nativa que protegem rios, lagos e nascentes — e outras áreas de preservação permanente. Para isso, o projeto investiga espécies nativas com potencial de adaptação a cenários climáticos futuros, usando abordagens científicas de ponta, como a modelagem de distribuição potencial de espécies (SDMs, do inglês Species Distribution Models), que indica as regiões onde cada espécie poderá sobreviver diante do aumento da temperatura e da redução das chuvas. As análises incluem atributos morfoanatômicos e ecofisiológicos das plantas — ou seja, características ligadas à estrutura das folhas e tecidos vegetais, à forma como realizam a fotossíntese e à capacidade de resistir à escassez de água. As sementes analisadas são coletadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia (RSPA), cooperativa de agricultores familiares e organizações locais que atua na produção e comercialização de sementes florestais nativas. Oficina de trabalho junto a Rede de Sementes Portal da Amazônia (RSPA) em setembro de 2025 Durante o estudo, foram realizados testes de germinação e quebra de dormência em diferentes condições experimentais — em laboratório e em casa de vegetação — para identificar o desempenho das espécies e aprimorar técnicas de restauração ecológica. A quebra de dormência é um processo utilizado para “despertar” sementes que permanecem em repouso natural, mesmo em condições favoráveis ao crescimento. Por meio de técnicas controladas, como variações de temperatura, escarificação da casca ou imersão em água, os pesquisadores estimulam a germinação, reproduzindo os fatores que a planta encontraria na natureza. As análises também incluíram o acompanhamento do desenvolvimento das plântulas — pequenas plantas em estágio inicial de crescimento, que surgem logo após a germinação e antecedem a formação das mudas —, permitindo avaliar o vigor e o potencial de adaptação das espécies. Daniel Vieira: "As redes de sementes têm papel essencial na restauração ecológica, pois unem geração de renda e preservação ambiental"  “As redes de sementes têm papel essencial na restauração ecológica, pois unem geração de renda e preservação ambiental. Nosso objetivo é oferecer subsídios científicos para que o trabalho dessas comunidades se torne ainda mais eficiente e sustentável”, destaca Daniel Vieira, pesquisador da Embrapa. O método de semeadura direta, que consiste em lançar as sementes diretamente no solo, é uma das principais apostas do grupo. Apesar de mais simples e de menor custo, ele exige rigor técnico para garantir a germinação e o estabelecimento das plantas, especialmente em ambientes com gramíneas exóticas invasoras, espécies de capins trazidas de outros países que se espalham rapidamente e competem com as plantas nativas por luz, água e nutrientes. Por isso, o projeto também testa novas técnicas de armazenamento, beneficiamento e germinação, buscando reduzir as perdas e aumentar a diversidade de espécies utilizadas. Restauração ecológica Além dos resultados científicos já alcançados, a pesquisa mantém foco na continuidade das ações e na disseminação do conhecimento. Com olhar voltado para o futuro, o projeto prevê a ampliação da base de dados na plataforma WebAmbiente, o maior repositório nacional de informações sobre espécies nativas mantido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pela Embrapa. O estudo também contribui para a elaboração de um catálogo de espécies comercializadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia O estudo também contribui para a elaboração de um catálogo de espécies comercializadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia, com informações técnicas, imagens e dados de germinação que auxiliam coletores, restauradores e gestores ambientais. Essas informações fortalecem debates sobre políticas públicas de adaptação climática e restauração florestal, especialmente no âmbito do Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). [LEIA_TAMBEM]Ao articular ciência, conhecimento tradicional e gestão ambiental, o projeto busca consolidar um modelo sustentável de restauração ecológica, capaz de orientar decisões futuras e inspirar novas práticas voltadas à conservação e ao uso responsável da biodiversidade amazônica. Sobre a Amazônia +10 Lançada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), a iniciativa Amazônia +10 é um programa nacional que fortalece a pesquisa científica voltada à sustentabilidade, conservação e valorização da Amazônia. O programa fomenta projetos interinstitucionais de grande escala, que unem diferentes fundações de amparo à pesquisa (FAPs) estaduais e promovem a cooperação entre universidades, centros de pesquisa e comunidades locais. Ao apoiar iniciativas integradas, a Amazônia +10 busca gerar soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável da região e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. *Com informações da FAPDF

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GDF apresenta ações de proteção do Cerrado na COP 30, em Belém

O Instituto Brasília Ambiental levou a relevância do Cerrado e as ações de preservação desenvolvidas no Distrito Federal à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), realizada em Belém (PA). O presidente da autarquia, Rôney Nemer, apresentou, na manhã desta terça-feira (11), o painel Emergências em biodiversidade e emergências climáticas no bioma Cerrado. Nemer destacou a missão, as competências e as principais atuações do Brasília Ambiental, ressaltando o papel da instituição na conservação do Cerrado e na geração de água, fatores fundamentais para o equilíbrio ambiental da região Centro-Oeste e do país. Entre os exemplos de sucesso apresentados, o presidente do instituto citou a Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae). A unidade abriga mais de 50 nascentes, monitora médios e grandes mamíferos e recebe mais de 30 pesquisas científicas. O local ainda é o único no mundo onde ocorre o fenômeno das águas emendadas, em que uma mesma nascente verte água para duas grandes bacias hidrográficas: a do Tocantins-Araguaia, que segue para a Amazônia; e a do Paraná, que flui para o Rio da Prata, passando por Bolívia, Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. A Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae) foi um dos principais temas da apresentação de Rôney Nemer no evento internacional | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental Rôney Nemer ainda ressaltou a diversidade da fauna e da flora locais e destacou os desafios impostos pelas chuvas intensas e secas prolongadas, frutos das emergências climáticas que impactam diretamente a proteção do Cerrado. Outros temas abordados na exposição foram as ações de prevenção e combate ao fogo, o acolhimento e reabilitação de animais no Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre, os programas de educação ambiental e os planos de adaptação e mitigação climática integrados desenvolvidos pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF). [LEIA_TAMBEM]O presidente encerrou a apresentação com um apelo aos participantes pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 504/2010, que visa incluir o Cerrado entre os biomas considerados patrimônio nacional. “Somente os esforços locais não são suficientes. O Cerrado representa uma contribuição essencial para todo o patrimônio natural do Brasil”, afirmou. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, aponta a mobilização contínua do GDF em cuidar do meio ambiente: “A preservação do cerrado é essencial para o equilíbrio climático e o abastecimento de todo o país. Levar essa pauta à COP 30 reforça o compromisso do DF com a sustentabilidade e com o protagonismo nas ações de conservação e adaptação às mudanças do clima”. *Com informações do Brasília Ambiental  

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Coleta de sementes auxilia na preservação do Cerrado

Uma equipe da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) acabou de retornar de uma expedição de quatro dias em Goiás (Goiânia, Anápolis, Abadiânia, Corumbá de Goiás, Pirenópolis e Jaraguá) em busca de frutos maduros para coleta de sementes. Periodicamente ocorrem expedições como essa com o intuito de resgatar as origens genéticas do bioma e semeá-las no meio urbano do Distrito Federal. O Departamento de Parques e Jardins da Diretoria das Cidades da Novacap, responsável pela coleta, enviou equipe com engenheiro florestal, técnico agrícola, encarregado de jardinagem e auxiliares de serviços gerais para percorrer a rota traçada pelos próprios funcionários da companhia há mais de 15 anos, devido à variedade de espécies. De acordo com o engenheiro florestal e assessor do Departamento de Parques e Jardins, Matheus Fuente, as expedições são importantes para o recolhimento de sementes mais sadias, ainda não expostas ao meio urbano e protegidas naturalmente contra fungos e bactérias em um ecossistema fechado. A ação auxilia na preservação do meio ambiente e na manutenção da biodiversidade do Centro-Oeste. “Acredito que sempre que fazemos essas expedições, estamos conservando e fortalecendo o bioma. E mais ainda, dando a identidade adequada para o clima e o local do meio urbano”, explica. Periodicamente ocorrem expedições como essa com o intuito de resgatar as origens genéticas do bioma e semeá-las no meio urbano do Distrito Federal | Foto: Divulgação/Novacap A expedição coletou 361,5 kg de 15 espécies: gonçalo alves, chichá-do-cerrado, palmeira guariroba, ipê amarelo, cabo de machado, banha-de-galinha, guatambu do cerrado, palmeira rabo de raposa, jenipapo, ingá colar, cagaiteira, jatobá-pitomba, jabuticabeira, amendoim do campo e cajuzinho do cerrado. Conforme explica Fuente, há diversos métodos de recolhimento, a depender da espécie em questão. Para algumas, basta apenas pegar os frutos no chão, como acontece com a cajuzinho do cerrado. No caso do ipê, as sementes são aladas, então é utilizada uma lona. Já em outras matrizes, é necessário o uso do podão, para corte de eventuais cachos. A atuação inicia-se na observação de possíveis indivíduos (árvores) com material de interesse. Em seguida, confirma-se a saúde e disponibilidade das sementes, para então afirmar o ponto de coleta. “O processo é longo e cada espécie tem sua peculiaridade. Após a coleta, elas vão para beneficiamento, armazenamento, semeadura e produção de mudas, para depois entrar no programa de arborização da Novacap”, esclarece Matheus. *Com informações Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)

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Livro sobre a loba-guará Pequi é lançado no Zoo Brasília

Além da programação especial para o Dia das Crianças, o Zoológico de Brasília celebrou o Dia Nacional do Lobo-guará, no dia 12 de outubro, com o lançamento do livro Pequi e o Cerrado Voador. A obra convida o leitor a mergulhar em uma aventura poética pelo Cerrado. No enredo, os animais do bioma enfrentam o desafio de atravessar uma imensa faixa de pedra que ameaça a sobrevivência da fauna e da flora locais: a tão temida estrada. O destaque do livro é Pequi, uma loba-guará que habita os campos de capim alto e se une a outros animais, plantas e humanos para proteger o Cerrado.  Ao longo da história, os personagens trilham uma jornada de resistência e esperança. Mais do que uma narrativa sobre superação, o livro desperta a reflexão sobre a importância da cooperação e da preservação ambiental. A publicação é fruto de uma parceria entre a associação civil A Vida no Cerrado (Avinc) e a ONG Jaguaracambé (Associação para Conservação da Biodiversidade). A personagem principal do livro foi inspirada na história real de uma loba-guará chamada Pequi, que perdeu a vida em uma rodovia após uma trajetória de resgate e superação. “A história da Pequi nos ensinou muito sobre resiliência e sobre o poder da união em torno da conservação da biodiversidade e da manutenção do Cerrado”, afirma Ana Paula Nunes de Quadros, presidente da ONG Jaguaracambé. Quem foi Pequi? Pequi foi uma loba-guará resgatada ainda filhote após perder a mãe. Ela tornou-se um símbolo dos esforços de reabilitação e de conservação da fauna do Cerrado. Depois de meses de cuidados intensivos realizados pelo Zoológico de Brasília, pela ONG Jaguaracambé e pelo Parque Vida Cerrado, Pequi foi preparada para retornar à natureza. Durante o processo de readaptação, Pequi viveu em um recinto especialmente construído, onde aprendeu a caçar, reconhecer frutos do Cerrado e se comportar como uma loba selvagem. Pequi voltou à natureza depois de passar por cuidados no Zoológico, mas acabou atropelada | Foto: Vinícius Rozendo Viana/Zoológico de Brasília “O Zoológico guarda uma história muito bonita com a Pequi. Ela chegou ao Zoo junto com os irmãos, em 2020, com menos de 20 dias de vida”, recorda Ana Raquel Gomes Faria, assessora da Superintendência de Conservação do Zoológico de Brasília. “Ela era a menor da ninhada, mas sempre respondia bem ao manejo e ao processo de reabilitação, mostrando uma grande força e vontade de viver e, principalmente, uma vontade de retornar ao ambiente natural, como foi proposto desde o início”, acrescenta Ana Raquel. A soltura de Pequi ocorreu em abril de 2023. Ela mostrou força e instinto de sobrevivência por meses, mas foi atropelada em uma rodovia, revelando a difícil realidade que as espécies do Cerrado enfrentam diante da expansão urbana. Apesar da breve vida, Pequi conseguiu reforçar a importância das ações de conservação e educação ambiental Apesar da breve vida, Pequi conseguiu reforçar a importância das ações de conservação e educação ambiental, bem como a necessidade de medidas concretas para a redução do impacto das estradas para a flora e a fauna silvestre. “A Pequi nos mostrou o quanto é possível criar alianças entre os seres humanos e outros animais. Ela foi cuidada por vários profissionais ao longo da vida e esse vínculo continua vivo no livro. É uma forma de imaginar a Pequi livre e viva, caminhando pelo Cerrado e lutando, ao lado de outras espécies, por um Cerrado contínuo e saudável para todos”, afirma Dodó Riberiana, co-coordenadora do Núcleo de Educação Socioambiental da Avinc. O livro está disponível em versão online. *Com informações do Zoológico de Brasília  

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Alunos da EC 14 do Gama se formam guardiões ambientais

Alunos da Escola Classe 14 do Gama se tornaram guardiões ambientais, nesta quinta-feira. Sob o comando do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), a turma Murici do Cerrado formou 44 estudantes do 5º ano do ensino fundamental. A iniciativa faz parte do Programa de Educação Ambiental Lobo-Guará (Prealg), desenvolvido em parceria entre o BPMA e instituições de ensino do Distrito Federal com o objetivo de formar cidadãos conscientes, multiplicadores de boas práticas e defensores do meio ambiente. O projeto forma cidadãos conscientes, multiplicadores de boas práticas e defensores do meio ambiente | Foto: Divulgação/PMDF Durante o curso, os alunos aprenderam sobre a importância da preservação ambiental e o papel de cada cidadão na proteção da fauna e da flora do Cerrado. O projeto baseia-se na Lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais) e integra as ações de prevenção primária da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) aos delitos ambientais, com ênfase na criação irregular de animais silvestres. Nesta data, também foram celebrados os 22 anos de criação do Programa Lobo-Guará, que já formou mais de 14 mil guardiões ambientais e atendeu mais de 700 mil pessoas desde a implementação, consolidando-se como uma importante iniciativa preventiva e educativa da Polícia Militar do Distrito Federal. *Com informações do IgesDF  

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Disque-Cerrado chega ao Jardim Botânico para incentivar o plantio de árvores nativas

Com o objetivo de promover a restauração ecológica e a conscientização ambiental no Mês do Cerrado, o Instituto Brasília Ambiental, em parceria com o Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB), lança o serviço Disque-Cerrado na Região Administrativa do Jardim Botânico-DF. A iniciativa integra o Projeto Ação Oikos, localizado no Centro de Práticas Sustentáveis (CPS), e visa conectar a população urbana com a preservação ativa do bioma Cerrado. O serviço permite que qualquer morador da região solicite gratuitamente o plantio de até três mudas nativas do Cerrado por CPF. As mudas são cultivadas no próprio CPS, e o plantio é realizado por uma equipe técnica capacitada, que entrega junto uma cartilha educativa com orientações sobre os cuidados necessários para o desenvolvimento saudável da planta. “Ao levar o apoio técnico e as mudas nativas gratuitamente, estamos removendo barreiras e garantindo que o interesse genuíno da população em cuidar do meio ambiente se transforme em uma ação concreta e bem-sucedida. É uma iniciativa que ensina o plantio e o cuidado", ressalta a vice-governadora Celina Leão. Como funciona o serviço A solicitação é feita por meio de um formulário eletrônico, acessível pelo link oficial do projeto: Formulário Disque-Cerrado. O requerente informa seus dados e a localização desejada para o plantio. A ação é organizada de modo a otimizar os recursos. A equipe se deslocará para a área solicitada sempre que houver um mínimo de 10 mudas a serem plantadas dentro de um raio de um hectare. A solicitação é feita por meio de um formulário eletrônico, acessível pelo link oficial do projeto: Formulário Disque-Cerrado | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O plantio segue protocolos técnicos de conservação ambiental: abertura e adubação do berço, aplicação de gel especial que permite o plantio em qualquer época do ano, cobertura com vegetação morta e irrigação inicial. Em seguida, a pessoa ou condomínio recebe a cartilha educativa com orientações sobre rega e controle de pragas, como formigas. “É importante reflorestar e mostrar a revitalização do Cerrado. Sem Cerrado não tem água, e sem água não tem vida”, enfatizou Rôney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental. Por que adotar uma muda do Cerrado? Plantar uma árvore nativa vai muito além do aspecto estético. Trata-se de uma ação concreta de impacto ambiental e comunitário. Cada árvore adulta pode absorver cerca de 25 kg de dióxido de carbono por ano, oferecendo sombra, frutos, redução de ruídos e temperatura, além de evitar erosões e enchentes por meio da absorção da água da chuva. No contexto da cidade do Jardim Botânico, essa ação ganha ainda mais relevância. A região é uma das poucas áreas urbanas com infraestrutura voltada à educação ambiental e à produção sustentável. Com sua baixa densidade populacional e vastas áreas verdes, torna-se o cenário ideal para a reconexão com a natureza e a valorização do bioma Cerrado, um dos mais ameaçados do Brasil. “Nossa meta nesta primeira fase é plantar mil árvores do Cerrado, que vão melhorar muito a qualidade de vida na nossa cidade”, destacou Rose Marques, presidente do MCJB. A coordenadora do projeto, Luana da Mata, complementa: “Já produzimos quase 10 mil mudas e agora estamos indo além. Quem quiser adotar uma árvore do Cerrado, nós plantamos para você”. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

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Guia sobre a vegetação do Cerrado no Jardim Botânico de Brasília é lançado

O Jardim Botânico de Brasília (JBB) lançou, na quinta-feira (4), o livro Flora do Jardim Botânico de Brasília Ervas e Arbustos — Guia de Campo, obra inédita que reúne informações sobre a vegetação do Cerrado encontrada na Unidade de Conservação. O evento contou também com a reinauguração do mosaico Centenário de JK e com a abertura da exposição Fragmentos de uma Visão: O Legado Musivo de Gougon. O guia traz em suas mais de 650 páginas a descrição de 548 espécies de ervas e arbustos presentes no Jardim Botânico de Brasília, com fotos detalhadas de autoria do fotógrafo Maurício Mercadante. A publicação inclui informações sobre ocorrência, endemismo, morfologia, além de períodos de floração e frutificação, resultado do trabalho das botânicas Priscila Rosa, Maria Rosa Zanatta e Daniela Ramalho. Além de trazer informações técnicas sobre a flora do Cerrado, o livro se destaca pelos imagens | Foto: Divulgação/JBB Os 2 mil exemplares da obra, destacada como objeto de consulta, serão distribuídos para instituições públicas, bibliotecas, universidades, jardins botânicos, herbários e algumas escolas públicas do Distrito Federal. De acordo com a botânica e servidora do JBB, Maria Rosa Zanatta, a obra supre uma lacuna histórica: “Difundir o conhecimento sobre a biodiversidade do Cerrado do JBB é estratégico para a valorização e proteção da Unidade de Conservação, bem como dos remanescentes de vegetação natural em seu entorno”. A exposição de mosaicos segue aberta no Centro de Visitantes do JBB até 30 de setembro, de terça a domingo, das 9h às 17h. Para acessar a versão digital do livro acesse o link da Biblioteca Digital do Cerrado do JBB. *Com informações do JJB

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Projeto Agroflorestando promove restauração produtiva e engajamento comunitário no Cerrado

Conciliar práticas agrícolas com a recuperação do solo e da vegetação nativa é o objetivo central do projeto Agroflorestando, coordenado pela professora Cristiane Gomes Barreto, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB), com apoio da FAPDF por meio do Edital Learning 2023. Bióloga formada pela UnB, Cristiane construiu uma carreira marcada pelo diálogo entre ciência e políticas públicas ambientais. Após experiências em zoologia, consultoria e licenciamento, retornou à universidade para o doutorado em Desenvolvimento Sustentável, onde investigou a história ambiental e a paisagem.  Desde 2016, como servidora, atua em projetos voltados à restauração ecológica, agricultura familiar e inovação social. O Agroflorestando foi estruturado em três eixos: o fortalecimento comunitário, a análise de recursos tangíveis como mudas e sementes nativas, e a inovação social por meio de oficinas e trocas de conhecimento. Essa abordagem integrada permitiu envolver estudantes de mestrado e doutorado, agricultores e jovens do meio rural, ampliando a circulação de saberes e práticas sustentáveis. Brigadistas e agricultores familiares durante atividade de análise de solo nas oficinas do projeto | Foto: Divulgação/Projeto Agroflorestando Entre as atividades realizadas, destacam-se as oficinas de tecnologias sociais, como a oficina com jovens do Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura Familiar (PADEF) e a oficina sobre combate ao fogo, que reuniu agricultores familiares, brigadistas e especialistas da área. Esses encontros resultaram não apenas em troca de experiências, mas também na criação de metodologias comunitárias para prevenção e enfrentamento de incêndios, um dos principais desafios ambientais do Cerrado. Os avanços já são expressivos. No campo científico, o projeto contabiliza cerca de dez trabalhos apresentados em congressos, artigos submetidos e três trabalhos acadêmicos em andamento. No aspecto social, houve a criação de uma associação de jovens agricultores no assentamento Osiel Alves, passo decisivo para a gestão coletiva de iniciativas locais. Já os impactos ambientais incluem o retorno da fauna — aves, répteis e mamíferos — às áreas em processo de restauração. O percurso também envolveu desafios. O alto custo de mudas nativas e um incêndio que destruiu parte de uma área restaurada exigiram resiliência e criatividade da equipe. Como resposta, foram desenvolvidos cinco protótipos comunitários de baixo custo para prevenção e combate ao fogo, além de equipamentos e metodologias que agora começam a ser replicados em territórios da agricultura familiar. O apoio da FAPDF foi essencial para garantir bolsas de pesquisa e a participação direta de agricultores, promovendo engajamento comunitário sem prejuízo às atividades produtivas. Agora, a iniciativa caminha para uma nova etapa: a construção de uma fábrica comunitária, que será gerida pela associação de jovens agricultores. O espaço vai abrigar tecnologias e protótipos criados nas oficinas, gerando alternativas de renda e fortalecendo a agricultura familiar no DF. “O apoio da FAPDF foi fundamental para garantir que o projeto pudesse unir ciência, comunidade e sustentabilidade, deixando um legado duradouro para o Cerrado”, destaca a professora Cristiane Barreto. *Com informações da FAPDF

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Dia Mundial da Cobra: cartaz ressalta papel ecológico dos ofídios

Nesta quarta-feira (16) é comemorado o Dia Mundial da Cobra e o Instituto Brasília Ambiental aproveita a data para ressaltar o importante papel ecológico que esses animais desempenham no meio ambiente. “Há na cultura popular um receio grande com relação às serpentes. No entanto, elas exercem um papel ecológico fundamental no controle de roedores que contribuem na disseminação de zoonoses. Além disso, colaboram no equilíbrio da cadeia ecológica quando servem de alimento para aves, mamíferos e até mesmo outras serpentes”, explica o biólogo da Gerência de Fauna Silvestre (Gfau) da autarquia, Thiago Silvestre. Ele acrescenta que as serpentes possuem também grande importância para a medicina e prevenção de acidentes ofídicos, por meio do uso do seu veneno para a produção de soros antiofídicos, que são ministrados nos principais hospitais e referências do Distrito Federal. De acordo com estudos científicos, o Cerrado possui em média 117 espécies de serpentes registradas. “Um número alto destes indivíduos configuram-se como não peçonhentos, e acabam sendo mortos por conta do pavor que as pessoas possuem pelos que possuem veneno. Neste sentido, caso encontre uma serpente em ambiente urbano, a melhor forma de lidar é manter a distância e chamar o Batalhão da Polícia Militar Ambiental por meio do telefone 190. Cabe ressaltar que matar indivíduos da fauna silvestre, incluindo as serpentes, configura crime ambiental por meio da Lei 9.605, sujeito a pena de prisão e multa”, adverte Silvestre. De acordo com estudos científicos, o Cerrado possui em média 117 espécies de serpentes registradas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Outro fator de suma importância, ressaltado pela equipe da Gfau, é a necessidade de educar as crianças, desde cedo, a evitar chegar perto de serpentes. “E também, se possível, orientá-las a identificar as principais espécies, e a chamar um adulto assim que verificar a presença do réptil nas proximidades”, completam. Conscientização Entre as iniciativas do Brasília Ambiental voltadas à conscientização da importância desse animal estão: o lançamento do Cartaz das Serpentes do Cerrado, em 3 de junho, que marcou a abertura da Semana do Meio Ambiente e o Dia Nacional da Educação Ambiental; e a sinalização da moradia de uma cobra da espécie jararaca na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), onde as cobras são muito presentes em números e espécies. A moradia fica a 90 metros da administração da Estação. O cartaz integra a coleção Eu Amo Cerrado, desenvolvido pela Unidade de Educação Ambiental (Educ) da autarquia. A coleção visa a levar informações sobre biodiversidade do bioma, despertando a curiosidade e sensibilização do público para a preservação das riquezas naturais. A educadora ambiental do Instituto, Mariana dos Anjos, destaca a importância de a população tomar consciência que as cobras têm papel fundamental para o equilíbrio ecológico do Cerrado. “De forma a mudar o pensamento de tomar esses animais como inimigos e matá-los. Qualquer ação que leve à dizimação deles é muito prejudicial ao meio ambiente”, enfatiza. No que se refere à sinalização da casa da jararaca na Esecae, a educadora ressalta que é uma atitude de valorização e proteção do animal. Ela conta que a moradia, no primeiro momento, foi entendida como a Casa do Tatú. Mas com o trabalho da também educadora ambiental, Clebiane Pereira, de observação do espaço, foi identificada a verdadeira moradora: uma jararaca. A partir daí a casa foi devidamente identificada. Entre as iniciativas do Brasília Ambiental voltadas à conscientização da importância desse animal estão o lançamento do Cartaz das Serpentes do Cerrado | Arte: Brasília Ambiental Dos Anjos explica que a identificação foi importante para o estudo dos hábitos do animal. “Como, por exemplo, se ela fica mais dentro da casa ou se sai para tomar sol, em que horários os deslocamentos dela ocorrem e a duração deles, entre outras informações. Saber esses hábitos é fundamental para orientar os visitantes locais, de forma que nem o animal, nem as pessoas sofram qualquer prejuízo e possam manter uma relação harmônica”, esclarece. Educação Ambiental A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destaca a relevância da promoção da educação ambiental, especialmente, com relação aos animais silvestres. “Ações que geram o entendimento do papel de cada animal na manutenção do equilíbrio ecológico são fundamentais para despertar a consciência da população sobre a importância de preservar o meio ambiente”, disse. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, lembrou que as ações de educação ambiental levam à transformação de hábitos. “Eu mesmo sou fruto destas ações de educação ambiental, pois eu, que sou um arquiteto urbanista e nunca imaginei que aprenderia tantas coisas relacionadas à área ambiental, após assumir a Presidência do Brasília Ambiental, tenho agora a minha visão de mundo totalmente diferente, transformada. A minha vida hoje é o meio ambiente”. Origem Apesar de a origem da atribuição do 16 de julho ao Dia Mundial das Cobras não ser muito clara, a data é celebrada em todo o mundo como uma oportunidade de se promover uma reflexão sobre a necessidade de conservação das serpentes ao redor do planeta. Cientificamente, a forma correta de nomear o animal é “serpente”. O termo “cobra” é utilizado apenas para se referir às espécies de najas. Porém, no Brasil, popularmente se fala tanto cobra quanto serpente. Algumas cobras típicas do Brasil são: cobra cascavel, coral verdadeira, jararaca-de-alcatrazes, jararaca-ilhoa, jararaca-cruzeira, cobra-verde, falsa coral, jiboia, dentre outras. Existem mais de três mil espécies de cobras espalhadas pelo mundo, sendo que um quarto delas é venenoso. Só no Brasil são cerca de 400 espécies. Apesar do importante papel ecológico delas, muitas espécies encontram-se criticamente ameaçadas de extinção, inclusive algumas brasileiras. As causas são o desmatamento e a caça, além do comércio ilegal das espécies. Por isso, é importante não matar as cobras e preservar seu habitat. *Com informações do Brasília Ambiental

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GDF e Poder Judiciário firmam parceria para o plantio de 70 mil mudas de espécies nativas do Cerrado

Nesta terça-feira (15), a Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) participou de solenidade no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tratar da implementação de um Plano de Compensação Ambiental, em cumprimento à Resolução CNJ n° 594/2024. O encontro marca o início de uma parceria estratégica entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Poder Judiciário brasileiro, que visa à promoção da descarbonização institucional e à neutralidade de carbono até 2030. "Este acordo representa mais do que o plantio de árvores, é a semeadura de um compromisso duradouro com o Cerrado, com a justiça climática e com as próximas gerações", afirma a vice-governadora Celina Leão | Foto: Divulgação/Sema-DF A parceria prevê o plantio de 70 mil mudas de espécies nativas do Cerrado, dentro de um projeto com duração de quatro anos, que incluirá implantação e manutenção dos plantios de recuperação. A ação está inserida no Plano de Logística Sustentável do TST/CSJT e será um importante passo para a recuperação ambiental de áreas degradadas, com impacto direto na conservação da biodiversidade do bioma Cerrado. A iniciativa integra o Programa Justiça Carbono Zero, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e representa um marco ambiental para o país. Em atenção às diretrizes da Resolução, o TST, o Ministério Público do Trabalho da 10ª Região e o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região formalizaram a proposta de cooperação com o GDF para viabilizar ações concretas de recomposição florestal no território do Distrito Federal. [LEIA_TAMBEM]“Firmar esta parceria é avançar com responsabilidade rumo a um futuro mais sustentável. O Governo do Distrito Federal tem compromisso com ações concretas de recomposição ambiental e se orgulha de unir esforços com o Poder Judiciário e o Ministério Público no âmbito do Programa Justiça Carbono Zero. A formalização dessa cooperação atende à Resolução CNJ nº 594/2024 e estabelece diretrizes claras para a aplicação de recursos destinados à execução do Plano de Descarbonização do Tribunal Superior do Trabalho, com foco na recuperação de áreas degradadas no território do Distrito Federal", afirma a vice-governadora Celina Leão. "Este acordo representa mais do que o plantio de árvores, é a semeadura de um compromisso duradouro com o Cerrado, com a justiça climática e com as próximas gerações. Serão 70 mil mudas nativas plantadas ao longo de quatro anos, em um projeto que alia preservação, técnica e cooperação. Proteger o Cerrado é preservar a nossa identidade. Ao lado de instituições que compartilham esse propósito, mostramos que o diálogo interinstitucional é capaz de gerar soluções reais. Brasília reafirma, assim, sua vocação como capital que integra desenvolvimento, responsabilidade ambiental e inovação no serviço público”, acrescenta Celina. O secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, reforçou o papel estratégico da ação para a agenda climática local. "A implementação do Plano de Compensação Ambiental no âmbito do Programa Justiça Carbono Zero demonstra que o meio ambiente está no centro das decisões institucionais. Com o plantio de mais de 70 mil mudas de espécies nativas do Cerrado, damos mais um passo firme rumo à restauração ecológica e à mitigação dos efeitos da mudança climática no DF", declarou. *Com informações da Sema-DF

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Projeto Raízes do Amanhã promove uso sustentável de espécies nativas do Cerrado em Brasília

O potencial econômico e ambiental da flora nativa do Cerrado ganhou destaque em uma ação do projeto Raízes do Amanhã: Espécies Nativas de Valor Econômico, nesta sexta-feira (27), na 115 Norte. A iniciativa do Instituto Desponta Brasil capacita pequenos produtores rurais, comunidades e estudantes para o manejo e cultivo dessas espécies, com o objetivo de diversificar a produção agrícola e gerar renda no Distrito Federal. O objetivo principal do Raízes do Amanhã é fomentar o uso sustentável da vasta biodiversidade brasileira como uma alternativa estratégica para a agricultura e o desenvolvimento de novos negócios. A proposta busca fortalecer a segurança alimentar e promover a resiliência do setor produtivo frente aos desafios das mudanças climáticas. Além da preservação ambiental, o Raízes do Amanhã fortalece a segurança alimentar e o setor produtivo | Foto: Divulgação/Sema-DF “O projeto Raízes do Amanhã nasceu com o objetivo de aproximar todos os estudos do Brasil de suas regiões administrativas, especialmente no Cerrado. É a divulgação de um projeto que se baseia em mais de 40 anos de pesquisas e saberes acumulados sobre nossa flora nativa”, afirmou Kadmo Côrtes, diretor responsável pelo projeto e presidente do Instituto Desponta Brasil, ressaltando a base de conhecimento que sustenta a iniciativa. O secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, destacou a importância da participação comunitária e o impacto econômico do projeto. “Este projeto é de extrema importância, mostrando a riqueza do Cerrado, com palestras e encontros com agricultores familiares. Ele vai ao encontro da agenda ambiental do Distrito Federal, gerando tanto o aproveitamento de espécies regionais quanto um ganho financeiro direto para pequenos produtores e agricultores, aumentando a renda individual e coletiva do DF”, detalhou. O projeto oferecerá uma série de oficinas de capacitação e atividades formativas com foco na agricultura sustentável A iniciativa está alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), contribuindo para o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), ODS 13 (Ação contra a Mudança Climática Global) e ODS 15 (Vida Terrestre). Essas metas globais enfatizam a promoção de práticas agrícolas sustentáveis, a adaptação climática e a conservação da vida terrestre, pilares do projeto. [LEIA_TAMBEM]Para Lídio Coradin, coordenador da iniciativa Plantas para o Futuro, o projeto Raízes do Amanhã é um passo crucial para o futuro do país. Ele defende que o verdadeiro valor das espécies nativas vai muito além da mera preservação. “Nosso país tem um tesouro ainda subutilizado em sua flora nativa, com um potencial imenso para a alimentação, saúde e economia”, afirma Coradin. “Após anos de pesquisa, reafirmo que essas espécies são uma chave estratégica para a segurança alimentar e a resiliência climática do Brasil. O grande desafio, e o que projetos como o Raízes do Amanhã e o Plantas para o Futuro buscam, é conectar todo esse conhecimento científico com as mãos de quem cultiva, para que esse legado biológico se traduza em prosperidade para todos.” Como parte das atividades, o Raízes do Amanhã oferecerá uma série de oficinas de capacitação e atividades formativas com foco na agricultura sustentável, recuperação de áreas degradadas e criação de produtos derivados das nossas plantas nativas. As aulas estão programadas para ocorrer em locais como a Embrapa Hortaliças, a Universidade do Distrito Federal (UnDF) e Fazenda Malunga, com cronograma que se estende de 2 de junho até 8 de outubro de 2025. *Com informações da Sema-DF

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Pesquisa aponta plantas do Cerrado aptas a recuperar solos contaminados

Uma pesquisa acadêmica realizada por Gabriel Gonçalves, estudante do curso de Gestão Ambiental da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF), identificou 13 espécies de plantas nativas do Cerrado com potencial para a recuperação de solos contaminados por herbicidas agrícolas na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF). O levantamento teve como foco a fitorremediação, técnica ambiental que utiliza a capacidade natural de plantas e suas microbiotas associadas para reduzir ou eliminar poluentes no solo. O estudo foi conduzido a partir de uma revisão sistemática de artigos científicos publicados nas bases de dados Scopus e Scielo, analisando os últimos dez anos de produção científica sobre o tema. A iniciativa buscou mapear as espécies nativas que poderiam ser aplicadas como solução sustentável para os impactos causados pelo uso intensivo de agrotóxicos na agricultura, principal atividade econômica de grande parte dos municípios da Ride-DF. O estudo mapeou as espécies nativas que poderiam ser aplicadas como solução sustentável para os impactos causados pelo uso intensivo de agrotóxicos na agricultura | Foto: Divulgação/Secretaria do Entorno De acordo com os resultados, entre as 13 espécies com maior potencial fitorremediador, destaca-se a predominância da família Fabaceae. Segundo a pesquisa, características morfofisiológicas dessas plantas, como o desenvolvimento radicular profundo e a capacidade de adaptação a solos pobres, favorecem mecanismos de remediação ambiental.  “A pesquisa teve como objetivo mapear, por meio de uma revisão científica dos últimos dez anos, espécies nativas do Cerrado com potencial para recuperar áreas agrícolas contaminadas por herbicidas na Ride-DF”, esclarece Silmary de Jesus, professora da UnDF e orientadora do estudante pesquisador. Ela explica ainda que foram identificadas 13 espécies de plantas capazes de atuar na fitorremediação sem causar novos impactos ambientais. “O trabalho oferece aos agricultores da região um catálogo prático de espécies aptas à recuperação do solo. As informações visam auxiliar especialmente a agricultura familiar, propondo soluções sustentáveis baseadas na flora local. A iniciativa reforça o papel da ciência aplicada à realidade regional”, completou a docente. Entre os principais contaminantes identificados nas áreas agrícolas analisadas estão os herbicidas Atrazina, 2,4-D e Sulfentrazone, amplamente utilizados em cultivos como soja, milho e cana-de-açúcar. Esses compostos, ao longo dos anos, têm provocado preocupação ambiental devido à sua persistência e aos riscos para os recursos hídricos e a saúde pública. Gabriel Gonçalves: "A pesquisa foi uma oportunidade de unir ciência e compromisso social" Gabriel Gonçalves destacou o compromisso com a sustentabilidade regional. “A pesquisa foi uma oportunidade de unir ciência e compromisso social. Investigar alternativas sustentáveis para a recuperação de solos contaminados na Ride é uma forma de retribuir à nossa região com conhecimento que transforma. Acredito no papel dos estudantes como agentes de mudança por meio da ciência aplicada”, disse.  Para o secretário do Entorno do DF, Cristian Viana, a pesquisa é um exemplo de como o conhecimento técnico-científico pode ajudar na formulação de políticas públicas mais sustentáveis para a região. “A identificação de soluções ambientais com base na flora nativa é um passo importante para conciliarmos a produtividade agrícola com a preservação ambiental no Entorno do DF”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]A pesquisa reforça o papel estratégico da ciência aplicada no enfrentamento dos desafios ambientais da Ride-DF, propondo alternativas viáveis e de baixo custo para a recuperação de áreas agrícolas degradadas. “Estimular pesquisas voltadas à realidade da Ride-DF é uma prioridade para a UnDF, pois entendemos que o conhecimento científico precisa dialogar diretamente com os desafios do nosso território. Trabalhos como esse mostram como a ciência feita na universidade pública pode gerar soluções concretas para o desenvolvimento sustentável do DF e Entorno”, afirmou a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós‑Graduação, Fabiana França.  O encontro reuniu pesquisas de diversas áreas do conhecimento — que vão desde ferramentas de inteligência artificial até estudos sobre crise climática — reforçando o compromisso da UnDF com a produção de conhecimento relevante para a sociedade. A iniciativa representa um marco institucional, ao consolidar a prática da iniciação científica como elemento central na formação de novos pesquisadores desde a graduação. *Com informações da Secretaria do Entorno

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DF registra redução histórica de 95,1% no desmatamento do Cerrado em 2024

O Distrito Federal alcançou um feito histórico no combate ao desmatamento em 2024. De acordo com o Relatório Anual de Desmatamento (RAD 2024), elaborado pela iniciativa MapBiomas, a área desmatada no DF despencou de aproximadamente 638 hectares em 2023 para apenas 31 hectares em 2024. Essa redução de 95,1% representa a maior queda proporcional entre todas as unidades da Federação. Esse resultado expressivo é reflexo direto da implementação e fortalecimento do Sistema Distrital de Informações Ambientais (SISDIA), especialmente com a entrada em operação do novo Módulo de Monitoramento e Controle. A ferramenta integra, em tempo quase real, alertas de desmatamento, focos de calor e imagens de satélite, permitindo que órgãos ambientais, forças de segurança e a Defesa Civil atuem de forma coordenada — desde o envio de equipes de campo até a lavratura de autos de infração e o acompanhamento da regeneração das áreas afetadas. A redução de 95,1% representa a maior queda proporcional entre todas as unidades da Federação | Foto: Matheus H. Souza A estrutura tecnológica do SISDIA conecta 14 órgãos do Governo do Distrito Federal e registra mais de 6 mil acessos mensais. O módulo cruza informações como limites de unidades de conservação, cadastros rurais, cicatrizes de queimadas e imagens de alta resolução do programa Brasil MAIS Imagens. Esse cruzamento reforça o monitoramento territorial e tem sido fundamental no apoio às ações de fiscalização, que são prioridade do Comitê de Governança de Controle da Grilagem. Outro avanço importante foi a integração automática dos laudos validados do MapBiomas Alerta à base de dados do SISDIA. Isso permite que as equipes de fiscalização tenham acesso imediato a informações qualificadas sobre cada alerta de desmatamento, com painéis analíticos que ajudam a priorizar as vistorias e a emitir autos de infração no mesmo dia em que o alerta é publicado, reduzindo drasticamente o tempo de resposta do Estado. [LEIA_TAMBEM]Além de monitorar o desmatamento, o sistema acompanha os focos de calor. Entre 1º de janeiro e 15 de julho de 2024, o DF registrou um aumento de 94% nos focos de calor em comparação com o mesmo período de 2023, passando de 39 para 76 registros. Essa informação tem sido essencial para a mobilização rápida de brigadistas e a atuação das salas de situação na prevenção de incêndios florestais. “Essa redução histórica no desmatamento do Cerrado é uma demonstração clara de que a integração entre tecnologia, planejamento estratégico e ação de campo dá resultado. O Governo do Distrito Federal está mostrando que é possível proteger o meio ambiente com inteligência, rapidez e colaboração entre os órgãos. Esse é um compromisso da nossa gestão: cuidar do nosso território e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações”, afirmou a vice-governadora do DF, Celina Leão. “Investimos para que a inteligência geográfica seja a espinha dorsal da fiscalização ambiental”, destaca o secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes. “Entre a modernização de licenças, os serviços avançados de geoprocessamento e o novo módulo de controle, já aplicamos R$ 2 milhões na plataforma, integrando dados estratégicos como os laudos do MapBiomas, os focos de calor do INPE e os alertas do BrasilMais. O retorno vem em agilidade, transparência e menor pressão sobre o nosso Cerrado”, concluiu o secretário O projeto agora avança para uma nova fase de refinamento funcional. As equipes da Sema-DF, Brasília Ambiental, DF-Legal, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Secretaria de Segurança Pública estão calibrando regras de disparo de alertas, trilhas de auditoria e protocolos de resposta rápida. A meta para 2025 é ampliar ainda mais a efetividade das ações de combate ao desmatamento, prevenção e controle de incêndios florestais e a proteção das áreas especialmente preservadas, evitando o avanço desordenado sobre o território do Cerrado no DF. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF)

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Primeiro a florescer no DF, ipê-roxo abre temporada de cores e encanta a população

Começou a temporada de floração dos ipês, cartões-postais do Distrito Federal que rendem inúmeros posts nas redes sociais e encantamento diário da população pelas ruas da capital. O primeiro a aparecer é o ipê-roxo, entre junho e agosto. A cor vibrante colore as ruas e avenidas das cidades, em contraste com o céu azul, outra marca registrada da capital que rende registros da população. Os próximos ipês a aparecerem são o amarelo, de julho a setembro, e o rosa e o branco, ambos de agosto a outubro. Primeiros da espécie a florescer, os ipês-roxos podem atingir 15 metros de altura e 50 anos de vida | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Os ipês-roxos são encontrados em diversos pontos do Quadradinho, como na tesourinha da SQS 114, SQS 705, SQS 910/911, SQN 206 e ao longo da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). A espécie é o xodó dos brasilienses e existe em todos os biomas brasileiros, sendo adaptável a diferentes condições de clima e altitude, fatores que influenciam no período de floração. As árvores podem chegar a 15 metros de altura e vivem até 50 anos. Mais de 93,8 mil mudas de ipês foram plantadas no DF entre 2016 e 2023, de acordo com dados da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Responsável pelo plantio e a manutenção das árvores, incluindo o desenvolvimento das mudas, a companhia mantém um programa de arborização contínuo que atende todas as regiões administrativas. O cultivo O local de cultivo das mudas e das espécies selecionadas depende da demanda e da produção dos viveiros, conforme as condições e recursos disponíveis em cada ano. O plantio costuma ocorrer no período chuvoso, entre outubro e março, para facilitar o crescimento e nutrição das raízes e prepará-las para o período da estiagem. Já o cuidado inclui roçagem da área de cultivo e manejo de pragas, permitindo o crescimento saudável das plantas. [LEIA_TAMBEM]“As espécies do Cerrado têm uma particularidade que é a acidez do solo”, explica o engenheiro florestal Leonardo Rangel da Costa, da Novacap. “O nosso solo é pobre em nutrientes, que não estão amplamente disponíveis para a planta. As espécies do Cerrado são bem-adaptadas a isso e conseguem crescer e florescer mesmo diante da seca, deixando a cidade ainda mais bonita.” Segundo ele, uma curiosidade deste ano é que o início da floração dos ipês-roxos praticamente coincidiu com o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. “A diversidade de espécies ajuda a sempre termos a cidade florida”, pontua. “O roxo é o primeiro dos ipês, com floração de junho a agosto, e posteriormente vem o amarelo, de julho a setembro. Depois é a vez do rosa e do branco, que começam a florir em agosto; e temos, ainda, o ipê-verde, pouco conhecido pelas pessoas e que floresce no meio de setembro”. Paisagem embelezada Lília Bezerra:  “Cada cor traz a sua marca, o seu brilho, a sua forma de nos traduzir um sentimento” Próximo ao Templo da Boa Vontade, na SGAS 915, uma árvore alta e exuberante encantou a aposentada Lília Regina Bezerra, 61 anos. Inicialmente, ela pensou tratar-se de uma paineira, outra espécie nativa do Cerrado que pinta as paisagens brasilienses de cor-de-rosa de dezembro a abril. Olhando com atenção, descobriu que era um ipê-roxo, devido às características das flores. A florada dos ipês-roxos tem o fundo amarelado e forma um buquê nos caules, enquanto a das paineiras fica distribuída pelas árvores, com pétalas abertas. Acácia dos Santos: “Tem um muito bonito aqui na SQS 207, perto do Eixo. Acho lindo esse tempo aqui em Brasília” Mesmo com a dúvida sobre a espécie, de uma coisa Lília tinha certeza: os ipês são muito apreciados na capital. “Cada cor traz a sua marca, o seu brilho, a sua forma de nos traduzir um sentimento”, define. “Eles alegram o dia, nos lembram de coisas boas. Às vezes na rotina, naquele estresse do dia a dia, essas árvores nos tiram daquela coisa sorumbática, nos deixam mais alegre, com o olhar mais colorido. O ipê traz um sinal de vida. Brasília foi muito bem-planejada; não é à toa que estão plantadas as árvores - acho que isso foi pensado justamente para quebrar a rigidez da construção, com a sutileza, a delicadeza da natureza”. O charme dos ipês-roxos também compõe o dia a dia da trabalhadora doméstica Acácia dos Santos, 32, que sempre aproveita para fazer fotografias das árvores. “Tem um muito bonito aqui na SQS 207, perto do Eixo”, conta. “Eu desço de manhã cedo para levar minha filha à escola e sempre o vejo. Acho lindo esse tempo aqui em Brasília. E não tenho preferência [pela cor dos ipês], gosto de todas”.  

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Estudantes comemoram Dia Mundial do Meio Ambiente plantando mudas

Nesta quinta-feira (5), em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o Batalhão de Polícia Militar Ambiental da PMDF (BPMA), promoveu ação de plantio de mudas nativas do Cerrado. A ação foi realizada no Colégio Militar Tiradentes da PMDF e faz parte do Programa de Educação Ambiental Lobo Guará. A atividade integrou a programação da Semana do Meio Ambiente e contou com a participação de 30 alunos integrantes do Grêmio Estudantil do CMT, grupo que mantém vínculo com os valores ambientais promovidos pelo BPMA. Também participaram da ação 10 policiais militares ambientais e cinco servidores da escola. Na atividade, os alunos aprenderam, entre outras coisas, sobre a importância das árvores nativas do Cerrado | Foto: Divulgação/PMDF [LEIA_TAMBEM]Durante o plantio, os estudantes refletiram sobre a importância das árvores nativas do Cerrado, da preservação do bioma e do papel ativo da juventude na construção de um futuro mais sustentável. O Cerrado é reconhecido como um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, mas também figura entre os mais ameaçados. Ações como essa ajudam a sensibilizar as novas gerações e fortalecer o senso de responsabilidade ambiental. Neste ano, o Dia Mundial do Meio Ambiente traz o tema O fim da poluição plástica global, um chamado urgente para repensar o uso do plástico e seus impactos no planeta. *Com informações da PMDF

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Escolas públicas celebram o Dia do Meio Ambiente com iniciativas inovadoras

No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quinta-feira (5), o Centro de Ensino Médio (CEM) de Taguatinga Norte celebra os 22 anos do projeto Cerrado Vivo – uma das iniciativas da rede pública do Distrito Federal voltadas à educação ambiental, tema presente no currículo da educação básica do DF. A proposta leva estudantes a áreas de preservação, como o Jardim Botânico e a Chapada dos Veadeiros, promovendo o estudo do bioma por meio de aulas teóricas e saídas de campo. Arthur Vilela, Thayanne Aparecida e Elisa Guimarães participam de atividades que estimulam a pesquisa científica, a escrita e o desenvolvimento de portfólio | Fotos: André Amendoeira/SEEDF A professora Eliana Maria da Conceição, coordenadora do projeto, destaca a importância de apresentar o Cerrado aos alunos. Segundo ela, a iniciativa tem caráter interdisciplinar e envolve disciplinas como biologia, história e geografia, além de estimular a escrita e a produção literária. “É interessante porque os estudantes vão adquirindo uma consciência muito grande em relação ao Cerrado. Nas saídas de campo, eles mesmos apresentam os conteúdos estudados previamente. Desenvolvem consciência crítica, argumentação e um interesse genuíno pelo tema”, explica a professora. [LEIA_TAMBEM]“Antes, eu achava que o Cerrado era só um monte de mato seco, mas quando visitei o Jardim Botânico, descobri espécies incríveis, como o chuveirinho e a palmeira-juçara. Me apaixonei pelo bioma”, conta Arthur Vilela Santiago, 18 anos, aluno do 3º ano e integrante do projeto desde 2023. Pesquisa e novas descobertas O Cerrado Vivo exige preparação prévia dos alunos, que são incentivados a fazer pesquisas e elaborar trabalhos aprofundados sobre as características do bioma e os impactos do desmatamento. As atividades são avaliadas pelos professores e compõem um portfólio escrito que reúne a trajetória de mais de duas décadas do projeto. A aluna do 3º ano Elisa Guimarães Freitas, 17 anos, conheceu a iniciação científica por meio do Cerrado Vivo e realizou um estudo para o Sesi Lab. “Hoje estou colhendo os frutos desse projeto. Participo de outros grupos de pesquisa científica que têm me ajudado bastante”, conta a jovem, que também produziu um cordel sobre o tema. Já a estudante Thayanne Aparecida, 17, destacou a relevância da preservação: “O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil. É extremamente importante, afinal abastece as principais bacias hidrográficas do país”. A professora Eliana trabalha os diferentes aspectos do Cerrado com os alunos Sustentabilidade na rede pública Para a diretora de Educação em Tempo Integral Érica Soares, da Secretaria de Educação (SEEDF), a educação ambiental vai além da ecologia ou da reciclagem. “É uma ferramenta transformadora, que promove o pertencimento, o cuidado com o espaço coletivo e a compreensão de que pequenas atitudes geram grandes impactos”, afirma. Além de atender aos princípios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os projetos estimulam o pensamento científico, a interdisciplinaridade e a construção de soluções sustentáveis. O aprendizado se torna mais significativo e alinhado à realidade dos alunos, promovendo uma formação mais completa. *Com informações da SEEDF  

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