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Educação de Jovens e Adultos (EJA)

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Creas Migrantes alcança mais de 1,7 mil atendimentos no primeiro ano de funcionamento com unidade própria

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para Migrantes completou um ano de funcionamento na Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF). Pioneiro no Brasil, o serviço oferecido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) já atendeu, nos últimos 12 meses, pelo menos 1.739 migrantes, refugiados e apátridas vítimas de violação de direitos. A marca coincide com o Dia Internacional dos Migrantes, celebrado em 18 de dezembro.  Equipe do Creas Migrantes atua em diversas frentes, como encaminhamento a serviços de saúde e educação | Foto: Divulgação/Sedes-DF As nacionalidades mais atendidas pelo Creas Migrantes, no período de novembro de 2024 a novembro deste ano, foram pessoas da Venezuela, com 422 atendimentos, seguidas por aquelas de Cuba (127) e do Haiti (50). Ao longo do mesmo período, foram emitidos 1.532 benefícios relacionados a nascimento, morte, situação de vulnerabilidade temporária, calamidade pública, além do benefício excepcional. Na DPDF, o Creas Migrantes está em funcionamento desde novembro do ano passado, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, oferecendo atendimento socioassistencial em português, inglês, francês e espanhol, e inclusão em programas sociais para imigrantes vítimas de xenofobia, tráfico internacional de pessoas, além de dificuldades de integração envolvendo barreiras linguísticas e culturais. Também são feitos encaminhamentos para serviços de saúde, educação, entre outros. Os interessados podem comparecer diretamente na unidade, para orientações, ou ser encaminhados formalmente por diversos órgãos. Pioneirismo “Nossa capital concentra um número significativo de órgãos públicos e oferece diversas oportunidades de acesso ao mercado de trabalho, atraindo pessoas de diferentes nacionalidades que buscam construir uma nova vida, incluindo aquelas que fogem de conflitos em seus países de origem” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social Apesar de contar com uma unidade própria, o serviço de atendimento específico para migrantes internacionais é oferecido pela Sedes-DF desde 2022. Antes, o trabalho da equipe era realizado em conjunto com Creas da Diversidade, equipamento projetado para atender a diversidade em toda a sua expressão.  “O Creas Migrantes é pioneiro no Brasil como uma unidade pública de assistência social e foi implementado há três anos em resposta ao aumento da imigração em Brasília”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.  “Nossa capital concentra um número significativo de órgãos públicos e oferece diversas oportunidades de acesso ao mercado de trabalho, atraindo pessoas de diferentes nacionalidades que buscam construir uma nova vida, incluindo aquelas que fogem de conflitos em seus países de origem. Por isso é tão importante que esse serviço conte com uma unidade própria, que agora completa um ano de funcionamento.” O gerente do Creas Migrantes, Aquiles Brayner, explica que as pessoas migrantes também podem ser atendidas pelos demais Cras e Creas da região onde residem. “No entanto, diante de situações de violação de direitos pela condição migratória dessas pessoas, elas serão atendidas pela nossa equipe, que é composta por diferentes áreas e realiza o atendimento multilíngue especializado”, enfatiza. Perfil dos imigrantes De acordo com dados da Sedes-DF, atualmente há 6.929 imigrantes inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) com endereço ativo no Distrito Federal. Desses, 3.852 são mulheres (55,59%), 3.069 são homens (44,30%) e oito são pessoas transgênero ou não binárias cadastradas (0,11%). 2.929  Número de migrantes que recebem o Bolsa Família no DF O Cadastro Único é uma plataforma que permite ao governo brasileiro identificar a realidade socioeconômica das famílias de baixa renda no país. Funciona como a porta de entrada para programas e benefícios sociais, como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a tarifa social para desconto na conta luz, entre outros. Ao todo, 2.929 imigrantes recebem o Bolsa Família no DF.  Ainda com base nos 6.929 imigrantes inscritos no Cadastro Único, entre as pessoas que já frequentaram a escola, 18 passaram por creche, classe de alfabetização ou pré-escola. Outras 901 migrantes internacionais cursaram o ensino fundamental, incluindo alfabetização para adultos e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Educação O maior contingente corresponde àquelas que cursaram o ensino médio, incluindo a EJA para nível médio, totalizando 2.508 pessoas. Além disso, 941 imigrantes declararam ter frequentado o ensino superior, incluindo pós-graduação, especialização, mestrado ou doutorado. No grupo de imigrantes que atualmente frequentam a escola, 269 estão na creche, classe de alfabetização ou pré-escola. Apenas oito frequentam o ensino fundamental até o 5º ano, incluindo alfabetização de adultos e EJA inicial. Outros 1.411 frequentam o ensino fundamental, incluindo a EJA. No ensino médio, há 309 imigrantes frequentando essa modalidade, incluindo a EJA para nível médio, enquanto 75 estão no ensino superior ou em cursos de pós-graduação. O levantamento mostra ainda que 489 imigrantes não possuem nenhum curso declarado no Cadastro Único. Suporte [LEIA_TAMBEM]Inscrita no CadÚnico, Ewa Lamina, de 30 anos, é natural da Nigéria e chegou ao Brasil em 2022. Ela relata que começou a ser atendida pelo Creas Migrantes no início deste ano, após ter sido acompanhada pela equipe do Creas de Taguatinga. Desde então, recebeu acompanhamento com especialistas da Sedes-DF e acesso ao Cartão Prato Cheio e outros programas sociais, incluindo auxílios relacionados à moradia e à situação de vulnerabilidade socioeconômica, oferecidos pela pasta. “Meu objetivo daqui para a frente é conseguir uma oportunidade de trabalho para que eu consiga cuidar do meu filho pequeno, uma oportunidade em que eu possa ter condições financeiras de manter a família”, afirma ela. Em 18 de dezembro de 1990, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou a Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e de seus Familiares. Posteriormente, em 2000, a ONU proclamou 18 de dezembro como o Dia Internacional dos Migrantes, com o objetivo de chamar a atenção para o elevado número de migrantes no mundo e a necessidade de garantir o respeito aos direitos desse público. *Com informações da Sedes-DF

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Calendário escolar de 2026 já está disponível para a rede pública do DF

Já está disponível, no site da Secretaria de Educação Federal (SEEDF), o calendário escolar de 2026, documento que orienta o planejamento das escolas da rede pública, das famílias e dos estudantes. O cronograma estabelece o início das aulas em 12 de fevereiro e o encerramento em 21 de dezembro, além de detalhar as datas específicas das instituições educacionais parceiras (IEPs), dos centros integrados de línguas (CILs), da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e da Educação Profissional e Tecnológica. Nas unidades do Centro Interescolar de Línguas (CIL), as aulas serão divididas em dois períodos durante o ano | Foto: Divulgação Nas IEPs da educação infantil, as atividades vão de 9 de fevereiro a 23 de dezembro. Nos CILs, o ano será dividido em dois semestres: de 12 de fevereiro a 10 de julho e de 28 de julho a 22 de dezembro. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) segue o mesmo formato semestral, com datas aplicadas também à Educação Profissional e Tecnológica. “A divulgação do calendário com antecedência permite que mães, pais e responsáveis programem suas rotinas e acompanhem mais de perto a trajetória escolar dos estudantes” Francis Ferreira, subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Com a chegada de um novo ano letivo, o calendário de 2026 se torna um instrumento importante de organização e planejamento para toda a rede, incluindo escolas, estudantes e familiares “A divulgação do calendário com antecedência permite que mães, pais e responsáveis programem suas rotinas e acompanhem mais de perto a trajetória escolar dos estudantes, fortalecendo a parceria entre famílias e escola e garantindo acolhimento e melhores condições de aprendizagem”, explica a subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, Francis Ferreira. Dias flexíveis [LEIA_TAMBEM]O calendário inclui quatro dias letivos móveis: 20 de abril, 5 de junho, 16 e 28 de outubro. São datas flexíveis que fazem parte da carga obrigatória, mas podem ser organizados por cada escola conforme suas necessidades, sendo usados para projetos, avaliações, formações ou reposição de atividades. As datas não se aplicam às IEPs e aos centros de educação da primeira infância (Cepis). Entre os recessos e feriados previstos estão o Carnaval, de 16 a 18 de fevereiro; Corpus Christi, em 4 de junho; e o recesso de meio de ano, de 11 a 26 de julho. Os feriados nacionais incluem Tiradentes e o Aniversário de Brasília (21 de abril), Independência (7 de setembro), Proclamação da República (15 de novembro) e o Dia da Consciência Negra (20 de novembro). *Com informações da Secretaria de Educação    

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Estudantes do sistema prisional apresentam projetos de tratamento de água no Circuito de Ciências do DF

Uma página inédita foi escrita na história da 14ª etapa regional do Circuito de Ciências da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que acabou na última sexta-feira (12). Pela primeira vez, estudantes do sistema prisional do DF participaram da competição científica. Os protagonistas dessa conquista histórica são alunos do Centro Educacional (CED) 01 de Brasília que estudam na Penitenciária IV (PDF-IV), no Complexo da Papuda. Matriculados no terceiro segmento da terceira etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA), os estudantes desenvolveram dois projetos focados no tratamento e purificação da água. Eles foram apresentados na etapa regional da Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Plano Piloto. A temática do 14º Circuito de Ciências foi a preservação da água | Fotos: Mary Leal/ SEEDF O primeiro projeto, intitulado Moringa Oleifera, uma Alternativa para o Tratamento da Água, foi desenvolvido por cinco alunos. A pesquisa explora o uso das sementes da moringa oleifera como agente natural de floculação, substituindo produtos químicos convencionais no processo de purificação da água. “A moringa oleifera tem substâncias químicas que auxiliam na floculação da água. Quando temos aquela água barrenta, adicionamos um floculante para que as partículas de sujeira se aglutinem e desçam para o fundo”, explica a professora Gabriela Cristiana Oliveira, que há sete anos leciona no CED 01 de Brasília e atua no complexo penitenciário. O segundo projeto, Ciência e Cidadania na EJA: Filtro Caseiro e SODIS para a melhoria da qualidade da água, foi desenvolvido por cinco estudantes da segunda etapa. O trabalho propõe soluções acessíveis de filtragem, utilizando materiais simples como pedra, carvão, areia e garrafas PET. Superando limitações com criatividade As restrições de segurança proibiram o uso de objetos cortantes, elementos químicos que pudessem queimar ou qualquer material perfurante. Mesmo com as limitações, os estudantes conseguiram realizar os experimentos   A realização dos experimentos dentro da unidade prisional representou um desafio único. “Tivemos que pensar numa temática sobre a água que pudesse ser realizada dentro de uma unidade prisional, cumprindo todos os requisitos de segurança”, conta a professora Luciana Moreira Braga, há 14 anos na rede de ensino. As restrições de segurança proibiram o uso de objetos cortantes, elementos químicos que pudessem queimar ou qualquer material perfurante. Mesmo com as limitações, os estudantes conseguiram realizar os experimentos. No projeto da moringa oleifera, eles utilizaram pilões tradicionais para triturar as sementes e observaram o processo de decantação após duas horas de aplicação na água turva.   Ciência como ferramenta de ressocialização As professoras Marina da Costa, Gabriela Oliveira e Luciana Braga foram as responsáveis pela orientação dos projetos A participação no circuito proporcionou aos estudantes uma experiência transformadora. “Ver o experimento acontecendo é muito gratificante”, relata a professora Marina Ribeiro da Costa, que atua no sistema desde 2019. O momento da apresentação foi especialmente marcante. “Eles ficaram superempolgados, ansiosos, nervosos. É interessante poder proporcionar todas essas emoções para nossos alunos”, destaca Gabriela Oliveira. Como os estudantes não puderam comparecer presencialmente à etapa regional, as professoras os representaram na apresentação, levando os resultados dos projetos desenvolvidos integralmente pelos alunos dentro da penitenciária. Apoio institucional  A iniciativa contou com o apoio decisivo da direção da PDF-IV e da equipe gestora do CED 01 de Brasília. A diretora da unidade escolar, Telma Cristiane de Almeida, destaca que este ano, com as devidas permissões, uma equipe avaliadora pôde visitar a escola. “A participação proporcionou aos alunos um senso de pertencimento e a compreensão de que possuem os mesmos direitos dos alunos de outras escolas. A experiência despertou o interesse dos alunos pela ciência e seu uso em benefício próprio”, complementa. "Os alunos viram que por meio da educação conseguem fazer algo para melhorar a vida das pessoas, usar o conhecimento para mudar o lugar onde vivem" Gabriela Oliveira, professora “O objetivo é fazer a ressocialização por meio da ciência com a educação. Os alunos viram que por meio da educação conseguem fazer algo para melhorar a vida das pessoas, usar o conhecimento para mudar o lugar onde vivem”, enfatiza Gabriela Oliveira.  Perspectivas futuras A iniciativa ganha ainda mais relevância considerando o cenário da educação carcerária no DF. Dos quase 17 mil presos na capital federal, mais de dez mil não concluíram a educação básica. Atualmente, entre 2.100 e 2.400 custodiados recebem atendimento educacional por meio da EJA semestralmente. O DF é destaque nacional na expansão da educação prisional. Em 2024, com a ampliação de 40% da oferta educacional, saiu do 8º para o 3º lugar no ranking nacional de ampliação de vagas para educação no sistema prisional. *Com informações da Secretaria de Educação  

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Setembro Amarelo: Unidades médicas e escolas da capital oferecem atendimento contínuo em saúde mental

Setembro Amarelo lembra: cuidar da saúde mental é um ato que deve ser praticado em cada um dos 365 dias do ano. Por isso, em vez de criar uma campanha própria, o foco tem sido fortalecer os serviços e mostrar às pessoas onde podem buscar ajuda. “O sofrimento mental é visto de forma estereotipada, mas faz parte da vida das pessoas”, lembra Fernanda Falcomer, subsecretária de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SES-DF). “Todos terão momentos de oscilação, mas isso vira um problema quando passa a afetar o sono, o trabalho, os estudos, as relações. É nesse ponto que a pessoa precisa buscar ajuda. Precisamos reforçar que é um problema de saúde, como qualquer outro.” Unidades do Caps estão espalhadas por todo o DF  | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Segundo a gestora, a intensidade do sofrimento de cada pessoa é o que determina por onde ela deve começar a procurar atendimento. “De forma geral, as 175 unidades básicas de saúde [UBSs] são a primeira porta de entrada para as pessoas que estão em sofrimento mental”, aponta. “Qualquer pessoa pode procurar a equipe de Saúde da Família e relatar alterações de sono ou aspectos emocionais. O médico da família avalia o grau de sofrimento e dá o encaminhamento para o paciente.” Além do tratamento clínico, as UBSs também oferecem práticas integrativas em saúde (PIS) como acupuntura, meditação, reiki, yoga e outras técnicas que ajudam a reduzir o estresse e promovem bem-estar. Casos mais graves “Os profissionais olham a pessoa de forma integral e trabalham a reabilitação psicossocial, para que o usuário possa retomar a vida em comunidade” Fernanda Falcomer, subsecretária de Saúde Mental Em casos de sofrimento persistente, a subsecretária esclarece que as unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) são o principal serviço. O Distrito Federal conta hoje com 18 centros dessas especialidades, onde equipes multiprofissionais oferecem atendimento interdisciplinar com psiquiatras, médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos e farmacêuticos. Os Caps funcionam em regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento. “Os Caps acolhem e acompanham de maneira contínua pessoas com sofrimento já instalado”, afirma Fernanda Falcomer. “Os profissionais olham a pessoa de forma integral e trabalham a reabilitação psicossocial, para que o usuário possa retomar a vida em comunidade”. Já nos casos de crises agudas, de urgência ou emergência, a pessoa deve ser atendida pelo Samu, em unidades de pronto atendimento (UPAs) ou hospitais. “Nesses momentos, é fundamental receber atendimento imediato”, ressalta. Saúde mental na escola Crianças e adolescentes também enfrentam desafios emocionais que podem interferir na escola e na vida pessoal, pontua Larisse Cavalcante, diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante. Para ajudar os estudantes, a Secretaria de Educação (SEEDF) mantém o Programa de Saúde Mental dos Estudantes (PSME) durante todo o ano, oferecendo apoio, orientação e atividades que incentivam o autocuidado. Atividades desenvolvidas nos centros de convivência ajudam a combater ansiedade e depressão “São promovidos bate-papos com os estudantes”, explica Larisse. “Os temas abordam a ansiedade, a depressão, violência de gênero, desenvolvimento de habilidades socioemocionais e letramento em saúde, para que os estudantes possam falar sobre si e seus próprios sentimentos.” Segundo a diretora, os estudantes também podem sugerir discussões que considerem importantes. “No início, a gente percebeu que se os temas não fossem próximos da realidade deles, o engajamento seria baixo — por isso os alunos têm liberdade para escolher os assuntos que querem discutir”, afirma. Demanda Os estudantes da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental são atendidos pela Ciranda do Coração, que trabalha as competências emocionais das crianças na sede do Espaço Saúde do Estudante, na Asa Sul, após encaminhamento das escolas. [LEIA_TAMBEM]Os demais projetos ocorrem dentro de sala de aula conforme a demanda, como o  Acolhendo Corações Jovens, destinado a alunos das séries finais do ensino fundamental e do ensino médio; Prevenção ao Uso dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar e Tabaco, para estudantes do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA); e Caminhos para uma Escola Promotora de Bem Viver, disponível para suporte de alunos em sofrimento. Segundo Larisse, as iniciativas contribuem para reduzir o bullying e tornar a escola um espaço mais acolhedor. “As ações de promoção e prevenção acontecem de janeiro a dezembro”, esclarece. “Esse cuidado contínuo garante que setembro não seja apenas um mês em que o aluno é obrigado a falar sobre saúde mental porque o tema já esteja naturalizado na rotina escolar”. Cuidar de quem cuida Antes de cuidar de outros, é preciso cuidar de si mesmo. No Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), essa é a filosofia do Programa Acolher, que oferece apoio físico e emocional aos colaboradores da instituição. Nesta semana, o programa lançou a campanha Setembro mais que Amarelo – Todas as Cores. “Essa campanha contribui para que a gente humanize os colaboradores com foco total na saúde deles”, relata Paula Paiva, chefe do Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho do instituto. “Consequentemente, a gente impacta a assistência porque quando o colaborador é cuidado, é assistido, ele também vai transferir esse cuidado para o paciente”.  Paula reforça que a campanha continua ao longo do ano inteiro: “A mensagem final é esta: que as pessoas se cuidem, que coloquem primeiro a máscara de oxigênio em si mesmas, para depois colocar em quem está ao seu lado”.    

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Inscrições para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) seguem até 8 de julho

Estão abertas as inscrições para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), segmento destinado a pessoas a partir de 15 anos que não concluíram o ensino fundamental ou o ensino médio na idade regular. O prazo iniciou nesta segunda-feira (30) e termina no dia 8 de julho. As inscrições para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) seguem até 8 de julho; segmento é voltado para pessoas a partir de 15 anos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Os interessados devem fazer o cadastro no site da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) ou pelo telefone 156. É necessário informar o endereço residencial ou do trabalho para que o candidato seja alocado na unidade de ensino mais próxima. As aulas podem ser presenciais ou online, conforme a preferência do candidato. Atualmente, o EJA está disponível em 105 unidades de ensino, localizadas em diferentes regiões administrativas. A modalidade é dividida em três segmentos. Os dois primeiros correspondem ao ensino fundamental e podem ser feitos por quem tem mais de 15 anos. Já o terceiro, equivalente ao ensino médio, é exclusivo para maiores de 18 anos. [LEIA_TAMBEM]A diretora da Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, Lilian Sena, destaca que o empenho em promover educação de qualidade para a população é constante. “Estamos em campanha permanente de busca ativa para a EJA. Nosso objetivo é transformar o Distrito Federal em território livre do analfabetismo”, ressalta. A gestora continua: “Conforme o Pdad 2024, ainda temos 1,5% da população, a partir dos 15 anos, analfabeta. Mas não podemos deixar nenhum cidadão nessa situação. Todos importam. E ainda temos que incentivar a juventude e os adultos que não concluíram a educação básica a terminarem seus estudos, o que tende a melhorar, significativamente, a sua relação com o trabalho”. O resultado das inscrições para o EJA será divulgado no dia 18 de julho, a partir das 18h, no site da SEEDF. Após a verificação da lista, o estudante deve efetivar a matrícula presencialmente de 21 a 25 de julho, nas secretarias das respectivas escolas. Quem não comparecer para a efetivação no período estipulado perderá a vaga e ficará sujeito à disponibilidade de vagas remanescentes. Estas serão ofertadas a partir do primeiro dia de aula, diretamente na secretaria das unidades escolares. É preciso levar a identidade, CPF, duas fotos 3x4 e comprovante de residência, além da Declaração Provisória de Matrícula (Deprov) ou histórico escolar, se for possível. Na ausência dos dois documentos, o aluno passa por uma avaliação para verificar o segmento no qual será inscrito e inicia as aulas normalmente. No caso de menores de 18 anos, os pais ou responsáveis também devem apresentar identidade e CPF. Para mais informações, visite o site da SEEDF. Acesse aqui o formulário de inscrição no EJA.

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Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul oferta capacitação profissional e inclusão social

Mais que uma porta de entrada, os cursos profissionalizantes podem ser uma chance para jovens e adultos no mercado de trabalho. E, quando acompanhados pela inclusão e acessibilidade, são também uma chave para a mudança de vida dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de pessoas com deficiência (PCDs). Essas possibilidades são reais no Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas), localizado na Quadra 602 Sul, que oferece capacitação profissional para a comunidade gratuitamente. Para a estudante Erika dos Santos do Carmo, de 48 anos, que cursa gastronomia, a porta se abriu para um mundo completamente novo. Aprendendo a cozinhar desde fevereiro deste ano, ela gosta de fazer os pratos mais simples e gostosos do dia a dia: de macarrão e carnes a feijão com arroz. Com perda auditiva, Erika nem imaginava adquirir tantos conhecimentos ー  mas, atualmente, ela já vislumbra um futuro promissor. Erika dos Santos do Carmo: "Vou me desenvolver cada vez mais e, no futuro, eu vou ser uma chef de cozinha" | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Quando cheguei aqui, não sabia nada. Nesse curso estou aprendendo muita coisa e é muito importante ter um intérprete, porque eu não escuto nada, então seria difícil compreender a fala da professora. Acredito que vou me desenvolver cada vez mais e, no futuro, eu vou ser uma chef de cozinha”, ressalta. São quatro alunos surdos matriculados no Cesas, sendo um pela manhã e três à noite. Ao todo, são nove turmas distribuídas nos cursos de operador de microcomputador, assistente administrativo e cozinheiro, cada turma com uma média de entre 15 e 20 alunos. As aulas são ministradas em três turnos durante três dias na semana - terças, quartas e quintas-feiras. Ao todo, compõem uma carga horária em torno de 220 horas, com a certificação e o passe estudantil que facilita o acesso à escola, além da alimentação junto aos estudantes da unidade. A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da Secretaria de Educação, Vera Barros, afirma que a pasta está em fase de fechamento de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) para o projeto Empregabilidade Inclusiva. “Paralelamente, estamos estabelecendo parcerias com empresas que disponibilizam oportunidades de trabalho, com o objetivo de preparar nossos estudantes para o mercado realizando a capacitação necessária, além de permanecermos acompanhando de perto esse processo junto às empresas. Assim, garantimos que esses estudantes possam realmente participar de planos de carreira”, completa. Visibilidade Ana Carolina Leonel Emediato destaca a importância do projeto para alunos com alguma deficiência entrarem no mercado de trabalho Em funcionamento há 11 anos, os cursos profissionalizantes do Cesas começaram com o objetivo de acolher e capacitar alunos da EJA, direcionados a um público mais interno. Com o passar do tempo e a observação das necessidades da comunidade, o projeto foi readequado para alcançar também as pessoas com deficiência, ganhando intérpretes e abrindo as portas para a comunidade externa. A supervisora pedagógica do Cesas, Ana Carolina Leonel Emediato, chama atenção para a importância do apoio na qualificação profissional ao trabalhar com educação de jovens e adultos. “É uma oportunidade para aquele estudante que já saiu retornar para fazer uma capacitação no mercado de trabalho, que hoje não está muito fácil. E não estamos falando só de PCDs, mas do estudante jovem, adulto ou aquele que está passando por um processo de envelhecimento e ainda quer se qualificar, trabalhar ou até ocupar a cabeça. Temos toda a adaptação para atender essas pessoas”. De olho numa posição melhor no trabalho, Luis Gustavo Ribeiro Almeida trabalha durante o dia e estuda administração à noite O estudante de administração Luis Gustavo Ribeiro Almeida, 47, trabalha durante o dia e estuda à noite, com o intuito de se qualificar para conseguir uma posição melhor no trabalho, em que atua em digitalização. Com um intérprete para facilitar a comunicação, a deficiência auditiva não é um obstáculo para que ele avance e consiga a tão sonhada ascensão no trabalho.  “Estou gostando muito e acho esse curso muito importante. Acredito que no futuro eu vou ter uma vida melhor por essa escolha que fiz, vai ser muito bom para mim. Eu tenho muita vontade de ter uma vida melhor e esse curso tem me ajudado, já percebo mudança na minha vida e tenho muita vontade de me formar”. Luis Claudio de Jesus: "Minha vida está mudando muito depois que eu comecei a estudar no Cesas" [LEIA_TAMBEM]Também parte da comunidade surda, o profissional em serviços gerais Luis Claudio de Jesus, 47, atualmente trabalha na unidade escolar durante o dia e faz a EJA no turno da noite. Ele concluiu a etapa do ensino fundamental I e agora cursa o ensino médio. Luis Claudio demonstra interesse em adquirir uma certificação profissional em informática como próximo passo.  “Minha vida está mudando muito depois que eu comecei a estudar no Cesas. Quero continuar me desenvolvendo profissionalmente, não quero parar de estudar e vou adquirir mais conhecimento para melhorar minha vida. Aqui eu consigo ter comunicação e pude aprender de forma mais fácil com o ensino adaptado, me desenvolver e dar continuidade aos estudos, além de ter a perspectiva de um futuro melhor e acessível para mim”. Inscrições Novas inscrições estão previstas para julho deste ano. Os interessados podem acessar o site da Secretaria de Educação ou ir pessoalmente ao Cesas localizado na 602 Sul, onde é possível tirar todas as dúvidas e colocar o nome na lista de espera, caso as vagas já estejam preenchidas.  

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Evento leva palestras e oficinas ao Centro de Educação de Jovens e Adultos

O Centro de Educação de Jovens e Adultos (Cesas) da Asa Sul promoveu de quarta (21) a sexta (23) a Semana da Educação para a Vida. A programação contou com palestras, oficinas, exibição de filmes e outras atividades. Participaram estudantes, servidores da coordenação regional de ensino do Plano Piloto, além de jornalistas e profissionais da saúde. Com o tema Fato ou Fake, a escola convidou profissionais da saúde para falar sobre vacinação e desinformação. Os estudantes participaram de oficinas sobre elaboração de currículo e entrevista de emprego, cyberbullying, gamificação do saber, grafite e busca por vagas de emprego no LinkedIn. O Cesas promoveu a Semana da Educação para a Vida com o tema Fato ou Fake | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF O evento contou com a apresentação de uma pesquisa sobre evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos (EJA), exibição do curta-metragem Vida de Maria, além de oficinas gastronômicas com preparo de sorvete, sorbet, drinques, caviar molecular e pipoca, feitos com o auxílio de nitrogênio líquido. “Para a EJA, é muito importante abordar temáticas que impactam a vida dos estudantes em algum aspecto. Neste semestre, escolhemos o tema Fato ou Fake, promovendo palestras sobre educação financeira e cyberbullying”, destaca a vice-diretora do Cesas, Rita Roriz. “Todos eles são adultos, já estão inseridos no mercado de trabalho e, hoje em dia, com a internet, é mais fácil gastar pois existe o atrativo do consumo. Então, falar sobre educação financeira é essencial, até para que eles possam organizar o orçamento.” Educação financeira Educação financeira na prática foi o tema da palestra do analista de políticas públicas e gestão educacional da SEEDF, Heleno Albuquerque  [LEIA_TAMBEM]O destaque da quinta-feira (22) foi a palestra Educação Financeira, ministrada pelos estudantes de Direito Heleno Albuquerque e Val Venâncio. Heleno é analista de políticas públicas e gestão educacional da Secretaria de Educação (SEEDF) e Val é funcionária pública do Banco do Brasil. “A ênfase de hoje é sempre a questão do consumo consciente, que você pelo menos tente gastar menos do que ganha. O importante também é tomar boas decisões, fazer pesquisa. Parte da educação financeira passa por isso também: tomar as melhores decisões para o seu bolso. Isso vai refletir no seu futuro”, disse Heleno Albuquerque.  A palestra abordou formas de conhecer e defender os próprios direitos como consumidor de serviços financeiros, como fazer reclamações por meio do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), e os canais disponíveis para contato com o banco (agências físicas, atendimento presencial, telefones, aplicativos, chats, redes sociais e e-mails). Também foram discutidos golpes virtuais e como evitá-los. A família da estudante do terceiro segmento da EJA Gabrielle Oliveira tem uma empresa: “Acho muito importante saber lidar com administração de finanças” Gabrielle Oliveira, de 20 anos, estudante do terceiro segmento da EJA, afirmou que adorou aprender mais sobre educação financeira na prática: “Minha família tem uma empresa, então acho muito importante saber lidar com administração de finanças. É algo que me faz falta”. *Com informações da Secretaria de Educação

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Programa promove busca ativa de pessoas em situação de analfabetismo de diferentes faixas etárias

Para além da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Secretaria de Educação (SEEDF) participa e promove diversos programas de alfabetização para crianças, jovens, adultos e pessoas idosas. Uma iniciativa muito importante que incentiva o aprendizado dessas pessoas é o programa DF Alfabetizado. Atualmente com 1.300 estudantes ー  em sua maioria idosos ー  matriculados, a ação conta com 40 educadores populares e 52 turmas distribuídas por vários cantos do Distrito Federal.  O programa DF Alfabetizado tem várias frentes, desde a formação do educador popular até o acompanhamento sistematizado das turmas, tanto pedagógico quanto operacional, por meio dos coordenadores locais e centrais. O objetivo é fazer com que a educação alcance lugares aos quais a escola ainda não chegou, já que muitas vezes as pessoas não têm condições de frequentar uma escola, por medo, pela distância ou por vergonha, entre outros motivos.  Servidoras acompanharam uma aula da turma do DF Alfabetizado sobre hábitos saudáveis e autocuidado físico, mental e intelectual | Foto: André Amendoeira/SEEDF A SEEDF, por meio da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos (Dieja), realiza o acompanhamento contínuo do programa. Uma das visitas foi no Serviço de Acolhimento Institucional para Pessoas Idosas (Saipi), na Casa Viva, em Taguatinga. A servidora da Dieja Marli Vieira, que auxilia pedagogicamente o DF Alfabetizado e o Programa de Formação Continuada e em Serviços da Educação de Jovens e Adultos (ProfsEJA), ressalta a importância de acompanhar essas turmas.  “Para mim, é importante estar com eles aqui, para discutirmos e vivenciarmos as práticas pedagógicas a partir das realidades deles, percebendo os avanços”, pondera Marli, que destaca os desafios da alfabetização de adultos e idosos. “O adulto vem de um dia inteiro de trabalho, de uma jornada exaustiva, às vezes mora longe. No caso das mulheres, muitas não trabalham fora, mas trabalham dentro de casa, têm filhos, netos. Em relação a pessoas idosas, um dos grandes desafios é a questão da memória. Eles vêm buscar na educação a última oportunidade de ter a vida deles transformada e de atingir seus sonhos.” A servidora da Diretoria de Jovens e Adultos (Dieja) Marli Vieira acompanha e conversa com os alfabetizandos Porta de entrada A diretora da EJA, Lilian Sena, reforça a importância dos estudantes seguirem um fluxo escolar após passarem pelo DF Alfabetizado: “Esse programa é a grande porta de entrada para o processo de ensino e aprendizagem, com o acolhimento de que essas pessoas tanto precisam para compreenderem que a educação é um direito e que, juntos, podemos transformar essa triste realidade brasileira, que ainda apresenta nove milhões de pessoas em situação de analfabetismo no Brasil, a partir dos 15 anos. Nesse sentido, estamos trabalhando muito para transformar o DF em território livre do analfabetismo, uma das grandes metas da nossa secretária, Hélvia Paranaguá”. Na visita em Taguatinga, as servidoras da SEEDF acompanharam uma aula sobre hábitos saudáveis e autocuidado físico, mental e intelectual. Foi realizada uma roda de interação entre os estudantes e a professora para tratar das diversas formas de fortalecer a saúde mental e até mesmo conhecer melhor os colegas. O momento foi celebrado com cantoria, além de poemas declamados pelos próprios idosos. Transformação pela educação A alfabetizadora Manuela Santos incentiva Marinaldo Santos, Nicodemos Araújo e Damião de Sousa a não desistirem dos estudos Há 17 anos trabalhando com alfabetização, Manuela Santos começou no Brasil Alfabetizado como coordenadora e atualmente é alfabetizadora do DF Alfabetizado. Ela trabalha com pessoas idosas nos três turnos, com turmas na Casa Viva, no Instituto Lar dos Velhinhos Maria Madalena e na Paróquia São José, todos em Taguatinga. Manuela vê de perto como a educação tem transformado a vida dos estudantes. “Tenho o caso da dona Neusa, uma idosa que não era frequente nas aulas no ano passado. Esse ano ela já está mais frequente, melhorou bastante e até ajuda outra educanda. Eu tinha uma outra aluna aqui, que depois que voltou a estudar; percebi que ela começou a passar batom, arrumar o cabelo, é outra pessoa, ajudou muito no empoderamento dela”, reflete.  [LEIA_TAMBEM]Damião de Sousa, 62, aprendeu a escrever o próprio nome no programa e é um dos orgulhos da alfabetizadora. Ele conta que já tem cinco meses que está aprendendo na Casa Viva: “Peço a Deus para que eu fique mais no acolhimento, porque ficar na rua é ruim demais, você não dorme direito. Eu cheguei aqui, nem sabia fazer a letra ‘o’, agora já escrevo meu nome. Quero aprender. Eu gosto desse lugar, porque me dão moral, você chegar e falar com a pessoa, ouvir o que ela tá falando isso é muito importante pra mim”. Nicodemos Araújo, 64, veio de Itapaci (GO). Como estava com horário vago e há muito tempo longe da escola, quis aproveitar a oportunidade para fortalecer as memórias e aprender “alguma coisinha”, como ele diz. Nicodemos engraxou sapatos quando era mais novo, trabalhou em padarias, foi jogador de futebol e até trabalhou em livrarias. “A educação fez diferença na minha vida, porque o trabalho braçal é pesado demais, e, com um pouco de estudo, você consegue pegar serviços melhores”. Para o edital que será lançado ainda este ano, a previsão é de expandir para 200 turmas, contemplando cerca de 5.000 alfabetizandos, uma vez que o processo de alfabetização, na perspectiva de letramento e leitura do mundo, é de extrema relevância. Para obter mais informações, entre em contato com a Diretoria de Educação de Jovens e Adultos pelo telefone (61) 3318-2913. *Com informações da Secretaria de Educação

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Nova portaria regulamenta atendimento educacional de estudantes do sistema penal

As secretarias de Educação (SEEDF) e de Administração Penitenciária (Seape-DF) normatizaram a atuação de educadores e policiais penais envolvidos com o atendimento educacional nas unidades penais do DF. A portaria conjunta nº 6 define as responsabilidades e os protocolos para garantir o atendimento educacional aos reeducandos de forma segura, tanto para os professores quanto para os custodiados e o sistema penal.  Nova portaria cumpre a premissa do Plano Distrital para Pessoas Privadas de Liberdade, garantindo a educação no sistema prisional | Foto: Divulgação/Seape-DF “Esse instrumento fortalece e organiza essa oferta dentro do sistema prisional, garantindo o atendimento educacional de maneira eficiente e com segurança” Lilian Sena, diretora da Educação de Jovens e Adultos (EJA) A medida atende à Meta 10 do Plano Distrital de Educação (PDE), que dispõe sobre a implementação de políticas públicas específicas para a educação nos ambientes privados de liberdade. “Esse instrumento fortalece e organiza essa oferta dentro do sistema prisional, garantindo o atendimento educacional de maneira eficiente e com segurança”, afirma Lilian Sena, diretora da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Além disso, a portaria também cumpre o disposto no Plano Distrital para Pessoas Privadas de Liberdade, que estabelece a publicação desse normativo como essencial para a estruturação e garantia da oferta educacional no sistema prisional.” Qualificação O trabalho conjunto das secretarias também é importante para fomentar ações de qualificação profissional e remição de pena pela educação, incluindo o incentivo à leitura. A Seape-DF elabora relatórios estatísticos sobre o atendimento educacional e mantém o controle das bibliotecas existentes nas unidades penais. “A educação e o trabalho são fundamentais no processo de ressocialização e na construção de um sistema penal mais eficiente” Wenderson Teles, secretário de Administração Penitenciária Em 2024, a Seape-DF ampliou significativamente o número de vagas para estudo e trabalho, com mais de 24 mil atividades educacionais  e 6.511 reeducandos matriculados na EJA. Há ainda a iniciativa da Política de Remição de Pena pela Leitura, que, em 2024, prestou 29.092 atendimentos – um aumento de 15% em relação a 2023. O trabalho levou o Distrito Federal a ser reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como a sexta unidade federativa com maior crescimento em atividades de leitura no sistema prisional. “A educação e o trabalho são fundamentais no processo de ressocialização e na construção de um sistema penal mais eficiente”, reforça o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Teles. “Com esta portaria, fortalecemos a integração entre as secretarias, garantindo diretrizes mais claras para os servidores e melhorando a oferta educacional aos reeducandos.” Resgate pela leitura 2.500 Número de reeducandos que participam da Política de Remição de Pena pela Leitura Atualmente, o Centro Educacional (CED) 01 de Brasília atende 2.111 estudantes na modalidade EJA e conta com 2.500 internos participando da Política de Remição de Pena pela Leitura. A escola é responsável pela organização pedagógica, matrículas, certificação e emissão de declarações de escolaridade, fundamentais para a remição de pena pela escolarização e pela leitura, mediante homologação da Vara de Execuções Penais.  Entre as responsabilidades dos policiais penais lotados nos núcleos de ensino (Nuens) das unidades penais, estão o levantamento da demanda educacional e laboral dos reeducandos, o acompanhamento das atividades pedagógicas e a garantia da segurança durante a execução dos programas de ensino. Também cabe à Seape-DF coordenar a documentação escolar dos reeducandos, viabilizar e monitorar a educação a distância e organizar listas para inclusão em cursos e atividades educacionais. Desde 2024, a Seape-DF promove a formação continuada dos profissionais de educação que atuam nas unidades penais. Antes de iniciarem suas atividades, os educadores passam por capacitação em doutrinas e procedimentos de segurança, preparando-se para lidar com situações de crise e outros desafios inerentes ao ambiente prisional, tanto dentro quanto fora das unidades. Ainda para fortalecer a segurança, a portaria também define critérios para facilitar a identificação e atuação dos educadores, como o uso obrigatório de identificação e controle sobre materiais pedagógicos e a proibição da entrada de celulares. Além disso, os servidores da SEEDF que trabalham com custodiados do sistema penal deverão passar por uma investigação social anual, realizada pela Seape-DF.  Com essa definição clara de competências, a portaria conjunta fortalece a organização das atividades educacionais no sistema penal, promovendo um ambiente mais estruturado, acolhedor e seguro para o ensino, contribuindo para a ressocialização dos reeducandos. *Com informações da SEEDF e da Seape-DF

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Salas de aula do sistema penal do DF são equipadas com ventiladores e bebedouros

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) recebeu, nesta sexta-feira (28), ventiladores e bebedouros para as salas de aula das unidades penais do Distrito Federal. A entrega foi realizada em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Secretaria de Educação (SEEDF). A iniciativa faz parte do projeto “Melhoria da Infraestrutura das Salas de Aula do Sistema Prisional”, do Centro Educacional 01 de Brasília, e beneficiará diretamente cerca de 2.400 reeducandos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e 200 professores que atuam nas unidades penais. O objetivo é proporcionar um ambiente mais adequado para o desenvolvimento das atividades educacionais, fortalecendo o processo de ressocialização e reintegração social dos custodiados. A Seape tem trabalhado para promover avanços e melhorias no sistema penal, com foco na ampliação da oferta de educação e de oportunidades de trabalho para os custodiados | Foto: Divulgação/Seape-DF Os recursos para a aquisição dos equipamentos são provenientes de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), que destina valores de indenizações por danos morais coletivos causados aos reeducandos para projetos que impactem diretamente a coletividade carcerária e seus familiares. A promotora de Justiça do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do MPDFT, Vanessa de Souza Farias, destacou a importância da colaboração entre as instituições: “Cada uma tem o seu papel e trabalhamos visando um objetivo em comum. Temos o compromisso de aumentar as oportunidades de capacitação e trabalho e dar condições para viabilizar uma efetiva ressocialização”. Em 2024, a iniciativa da Política de Remição de Pena pela Leitura realizou 29.092 atendimentos, um aumento de 15% em relação a 2023 A Seape trabalha para promover avanços e melhorias contínuas no sistema penal, com foco na ampliação da oferta de educação e de oportunidades de trabalho para os reeducandos. Essa busca por um sistema mais justo e ressocializador é um esforço conjunto, como destaca o titular da pasta, Wenderson Teles: “Ninguém trabalha sozinho; é uma engrenagem que depende de vários setores. Nosso foco é na melhoria do sistema prisional e entendemos o papel essencial da educação em todo esse processo”. O DF se consolidou como uma referência nacional na alfabetização de custodiados, alcançando o terceiro lugar no ranking entre as unidades federativas. O resultado destaca a educação como instrumento fundamental de ressocialização, oferecendo novas oportunidades e promovendo a reintegração social. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, reforçou a relevância da educação como ferramenta para reduzir a reincidência criminal: “Temos que trabalhar a educação para evitar a reincidência. A educação é um processo de transformação”. Avanços na educação prisional No primeiro semestre de 2024, o Centro Educacional 01 de Brasília ministrou aulas em 59 salas, totalizando 111 turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema prisional. No segundo semestre, os números cresceram para 77 salas e 148 turmas, representando um aumento de 30,5% no número de turmas e de 33,4% nas salas de aula. Ao todo, mais de 2 mil estudantes foram atendidos ao longo do ano. Em 2024, a iniciativa da Política de Remição de Pena pela Leitura realizou 29.092 atendimentos, um aumento de 15% em relação a 2023. O trabalho realizado levou o Distrito Federal a ser reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como a sexta unidade federativa com maior crescimento em atividades de leitura no sistema prisional. Outro avanço expressivo foi a melhoria nos índices de alfabetização das pessoas privadas de liberdade. Em 2023, o Distrito Federal ocupava a 8ª posição no ranking nacional. Em 2024, subiu para o 3º lugar, demonstrando o compromisso com a educação e a ressocialização. A valorização da educação no sistema penal reflete o compromisso com a transformação social, oferecendo aos reeducandos novas perspectivas e caminhos para a reintegração à sociedade. *Com informações da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF)

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Quer estagiar na Caesb? Aproveite; há vagas para os níveis médio, técnico e superior

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) abriu inscrições para um novo processo visando a selecionar estagiários de níveis médio/EJA (Educação de Jovens e Adultos), técnico e superior. A companhia oferece oportunidades em diversas áreas de atuação | Foto: Divulgação/Caesb As oportunidades são para atividades com carga horária de quatro ou seis horas, a depender do curso. As bolsas-auxílio oferecidas variam de R$ 480 (nível médio/EJA) a R$ 1.125 (nível superior). O valor do auxílio-transporte é de R$ 242, e o auxílio-alimentação, de R$ 220. As vagas de nível médio/EJA são destinadas exclusivamente a estudantes regularmente matriculados na rede pública. Já as vagas para nível técnico ou superior poderão ser ocupadas por estudantes tanto da rede pública quanto da rede privada. O processo seletivo terá validade até 31 de dezembro deste ano, podendo ser prorrogado por até igual período. O processo seletivo consta de provas online e entrevista. As provas poderão ser feitas a partir da inscrição, até as 12h de 10 de março. Para participar, o estudante deverá fazer seu cadastro no site do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE). A lista provisória com os candidatos habilitados será publicada em 20 de março, podendo a interposição de recursos contra essa lista ser feita no dia seguinte. Já o resultado final será publicado pela companhia em 28/3.  Veja, abaixo, a relação das vagas de estágio oferecidas. Nível médio ⇒ EAD – Técnico em administração integrado ao ensino médio / EAD – Técnico em administração / Técnico em administração integrado ao ensino médio – Proeja ⇒ Ensino médio regular / ensino médio – EJA ⇒ Técnico em enfermagem ⇒ Técnico em informática ⇒ Técnico em serviços públicos ⇒ Técnico em meio ambiente / Técnico em controle ambiental ⇒ Técnico em segurança do trabalho ⇒ Técnico em mecânica ⇒ Técnico em eletrônica / eletrotécnica Nível superior ⇒ Administração / Administração de empresas / Administração pública / Gestão de políticas públicas / Tecnologia em gestão pública ⇒ Arquitetura e urbanismo ⇒ Arquivologia ⇒ Biologia / Ciências biológicas ⇒ Biblioteconomia ⇒ Ciências contábeis ⇒ Ciências econômicas / Economia ⇒ Comunicação social – Publicidade e propaganda – Jornalismo ⇒ Direito ⇒ Engenharia ambiental / Engenharia ambiental e sanitária / Gestão ambiental / Tecnologia em saneamento ambiental / Ciências ambientais ⇒ Engenharia civil ⇒ Engenharia da computação / Ciência da computação / Engenharia de software / Sistemas de informação / Análise e desenvolvimento de sistemas / Processamento de dados / Ciência de dados / Gestão da tecnologia da informação / Ciência de dados e inteligência artificial ⇒ Engenharia de energia / Engenharia elétrica / Engenharia eletrônica ⇒ Engenharia florestal ⇒ Engenharia mecânica ⇒ Engenharia química ⇒ Pedagogia ⇒ Química / Química tecnológica * Com informações da Caesb

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No DF, Educação de Jovens e Adultos abre caminhos para recomeço e transformação

A dor da perda de um filho é irreparável. Para Maria Pinheiro de Oliveira, 59 anos, a partida precoce de sua única filha, Tainara, a deixou sem rumo. Enfrentar o luto foi um desafio que parecia insuperável, mas, em meio à tristeza, ela encontrou um refúgio inesperado: a educação. Foi por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que a estudante redescobriu a vontade de viver e, hoje, traça novos objetivos para seu futuro.  “Fiquei mais de 20 anos sem estudar. Minha filha estudou no CEF 09 de Taguatinga e tinha uma amiga, filha da diretora, que me convidava para retomar os estudos, mas eu sempre respondia a mesma coisa: ‘Agora não, quero acompanhar minha filha, Tainara, na faculdade’”, conta. De 2019 a 2023, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) formou 31.249 estudantes no Distrito Federal | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Os planos, porém, mudaram após o falecimento da jovem. “Deus recolheu minha filha. Perdi a minha única filha para a depressão. E foi no Centrão que encontrei uma forma de amenizar essa dor. Eu senti que precisava ocupar minha cabeça e enfrentar o luto”, prossegue a estudante. Desde então, o Centro Educacional (CED) 2 de Taguatinga, conhecido como Centrão, tem sido o porto seguro da mulher. No local, Maria recebeu o acolhimento dos professores e colegas para conseguir seguir em frente. “O Centrão é a porta do futuro. É minha segunda casa”, afirma ela, que hoje sonha em continuar os passos da filha e também cursar uma faculdade. “Não importa a idade, pretendo chegar à Faculdade de Direito”, completa. Educação descentralizada Maria não está sozinha nessa jornada. Histórias como a dela se multiplicam entre os estudantes da EJA. Bruno Ribeiro, 35, também decidiu voltar a estudar depois de anos dedicados ao trabalho como pedreiro e bombeiro hidráulico. “Nunca gostei de estudar, mas um dia bateu a curiosidade. Comecei e não parei mais. Descobri que tenho afinidade com algumas matérias e que posso ir além. Estudar é uma evolução pessoal”, diz ele. De 2019 a 2023, foram 31.249 estudantes formados na modalidade, vidas transformadas com novas possibilidades. Esses alunos estão dispostos em 103 escolas públicas, distribuídas por 14 coordenações regionais de ensino, abrangendo todas as 35 regiões administrativas da capital do país. A perda precoce da fila motivou a volta de Maria Pinheiro de Oliveira aos estudos: “Deus recolheu minha filha. E foi no Centrão que encontrei uma forma de amenizar essa dor” “Essa é uma das estratégias que adotamos para que essa população volte a estudar ou até mesmo inicie os estudos. É importante ter uma oferta descentralizada da EJA, pois, se a escola não estiver próxima da casa ou do trabalho desse estudante, há uma dificuldade em fazer com que ele mantenha sua assiduidade”, explica Lilian Sena, diretora da EJA. Matrículas A Secretaria de Educação (SEEDF) disponibiliza três segmentos para a Educação de Jovens e Adultos: anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio.  “As aulas são para pessoas a partir dos 15 anos, seja aquela que nunca frequentou uma escola, seja para quem não concluiu a educação básica”, detalha a servidora. “Além de ser um direito, é uma oportunidade que essas pessoas têm de concluir os estudos e melhorar a inserção no mercado de trabalho e em atividades laborais.” Depois de anos trabalhando como pedreiro e bombeiro hidráulico, Bruno Ribeiro decidiu voltar aos estudos: “Comecei e não parei mais. Descobri que tenho afinidade com algumas matérias e que posso ir além” Os interessados em iniciar ou retomar os estudos podem procurar uma das 103 escolas habilitadas na oferta da EJA e fazer a matrícula a qualquer momento. É preciso apresentar um documento de identidade pessoal com foto e, se possível, um histórico escolar que comprove a escolaridade – embora a ausência desse documento não impeça a inscrição.

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Projeto Saber sem Idade promove aulas do ensino básico para colaboradores da Novacap

Por trás de cada rosto marcado pelo tempo e pelas histórias de superação, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) tem revelado um novo capítulo para dezenas de colaboradores que trabalharam na construção de Brasília e ainda se dedicam aos serviços de zeladoria e manutenção da cidade. Executado pela Escola Corporativa em parceria com o Sesi-DF, o projeto Saber sem Idade abriu as portas para tirar do papel um sonho que, por muito tempo, foi deixado de lado: o de concluir a educação básica de ensino. Com 66 alunos ativos e 22 formandos no ano passado, a Escola Corporativa da Novacap dispõe de uma sala com mais de 20 computadores e uma plataforma de ensino online que permite que as aulas sejam acessadas também de forma remota. O apoio em tempo real dos professores e o formato flexível do curso têm sido fundamentais para o sucesso do projeto, que seguirá ativo para ampliar o acesso à educação dentro da empresa. Amadeu Lázaro dos Santos: “Sem estudo, a gente não é nada. Eu sempre quis terminar meu ensino médio, mas nunca tive uma oportunidade como essa de agora” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Um dos alunos é Amadeu Lázaro dos Santos, de 56 anos. Ele chegou à empresa em 1998, trazendo de Barro Alto (GO) a força de quem trabalhou no campo desde pequeno. Pedreiro por profissão, ele havia interrompido os estudos no ensino fundamental. Entre o casamento, o trabalho e a rotina, o tempo passou e a vontade de aprender foi ficando cada vez mais distante — uma realidade que mudou com o Projeto Saber sem Idade. “Sem estudo, a gente não é nada. Eu sempre quis terminar meu ensino médio, mas nunca tive uma oportunidade como essa de agora. É um sonho realizado”, afirma Amadeu. “A idade não é empecilho, a gente tem que dar o primeiro passo e continuar. O conhecimento é tudo.” Mais do que um projeto educacional, o Saber sem Idade é uma forma de retribuir o que os colaboradores da Novacap fizeram por Brasília De acordo com a chefe da Escola Corporativa, Kamilla Miguel, a iniciativa é mais do que um projeto educacional, representa uma forma de retribuir os serviços prestados: “É uma reparação histórica. Somos uma empresa criada para construir Brasília. Esses alunos que hoje estão aqui são as pessoas que participaram ativamente da história da nossa cidade e que mantêm o verde que vemos aí fora. Tínhamos colaboradores que não eram alfabetizados”. Ao todo, nove funcionários da companhia aprenderam a ler e a escrever em 2024. “Essas pessoas, por muito tempo, não conseguiam sacar o próprio salário. A gente precisava resolver isso, e resolvemos”, conclui Kamilla. Hoje, eles passam por um processo de adaptação para dar início à Educação de Jovens e Adultos (EJA), que conta, atualmente, com 66 alunos ativos. Sonho Cirilho Rodrigues: “Era um sonho concluir os estudos porque a gente precisa saber alguma coisa; ficar dependendo dos outros é ruim” Cirilho Rodrigues, 67 anos, há mais de quatro décadas na Novacap, sempre foi movido pelo trabalho. Operador de máquinas na construção das pistas de Brasília, hoje divide o tempo como motorista de caminhão e na borracharia. Mas é somente agora, ao ingressar no EJA, que ele está alcançando um desejo antigo. “Era um sonho concluir os estudos porque a gente precisa saber alguma coisa; ficar dependendo dos outros é ruim”, conta. “Eu sou nascido e criado na roça, então é tudo mais difícil, mas estou aprendendo.” A iniciativa também é destinada às pessoas com deficiência, como é o caso do colaborador Ricardo Santos, 46 anos. Técnico da Novacap e diagnosticado com doença mental leve a moderada, ele encontrou na Escola Corporativa um espaço de acolhimento e aprendizado. “Quando eu estudava na escola, eu me escondia debaixo da carteira, com vergonha. Aqui, me sinto bem à vontade, estou feliz. É a primeira vez que mexo em um computador, nunca imaginei”, diz Ricardo.

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Diário de Ideias: projeto incentiva a escrita e fortalece vínculos na EJA do DF

A escrita tornou-se um verdadeiro tesouro para os estudantes do Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas), na 602 Sul. Por meio do projeto Diário de Ideias, eles têm a oportunidade de registrar vivências e reflexões em cadernos personalizados, fortalecendo o aprendizado e a troca de experiências. Introduzido pela professora Lucinete Teixeira, o projeto oferece uma abordagem lúdica e autoral. “A iniciativa parte da ideia de uma aprendizagem criativa e compreensiva, onde o aluno constrói, de forma autoral, o seu conhecimento”, explica Lucinete. Semanalmente, as conversas promovem diálogos e compartilhamento, transformando os registros em uma rica troca de saberes. Uma das características da EJA é a diversidade. E para implementar o projeto, o Cesas promoveu oficinas de expressão oral, meditação e história da escrita, além de aulas práticas de escrita criativa | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A metodologia foi originalmente desenvolvida pela professora doutora Luciana Muniz, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), para crianças em séries iniciais. Com a autorização da criadora, Lucinete adaptou o conceito para a realidade da EJA, respeitando as particularidades geracionais e utilizando uma linguagem própria para os alunos do Cesas. O projeto se ancora na Teoria da Subjetividade, de González Rey, que valoriza as dimensões subjetivas do aprendizado. “A proposta combina muito para jovens e adultos, porque esses estudantes não vêm para a escola sem conhecimento. Eles já trazem as experiências de vida deles. Então a escola e os professores têm de aproveitar o que eles já sabem e a partir daí trabalhar o conhecimento formal”, aponta a educadora do Cesas. A Educação de Jovens e Adultos no DF é um passo importante para a inclusão social. Entre 2019 e 2024, mais de 199 mil estudantes se matricularam em turmas da EJA e atualmente, cerca de 20 mil alunos frequentam as 101 unidades escolares que oferecem o programa. Entre 2019 e 2024 a SEEDF contou com 199.475 alunos matriculados na EJA no Distrito Federal Inclusão Uma das características da EJA é a diversidade. E, para implementar o projeto, o Cesas promoveu oficinas de expressão oral, meditação e história da escrita, além de aulas práticas de escrita criativa. O objetivo foi preparar os cerca de 80 participantes para que pudessem se expressar de forma confiante e autoral. As atividades preparatórias foram essenciais para Marco Leite, 43 anos, criar confiança e estimular a criatividade: “Passei a me sentir confortável para expor ideias, tanto boas quanto ruins, e isso nos ajuda a aprender mais e a nos conectarmos uns com os outros”. O artesão aprendeu a ler e a escrever no Cesas e considera importante que as atividades, além de ensinar, desenvolvam nos alunos a oportunidade de se aproximar uns dos outros. “Gosto de estar aprendendo, me comunicando com os colegas e com os professores”, comenta. O impacto do projeto também é visível para a estudante Mônica Pereira, de 60 anos, que usa o diário para contar a própria trajetória de vida e estudo. “Voltei a estudar há oito anos. Sempre foi um sonho, mas, por ter cuidado dos meus irmãos desde muito nova, só agora pude realizar. Escrever sobre minha história me faz aprender e também fortalecer vínculos com os colegas”, compartilha a cuidadora. Dados que inspiram A Educação de Jovens e Adultos no DF é um passo importante para a inclusão social. Entre 2019 e 2024, mais de 199 mil estudantes se matricularam em turmas da EJA e atualmente, cerca de 20 mil alunos frequentam as 101 unidades escolares que oferecem o programa. Entre 2019 e 2024 a SEEDF contou com 199.475 alunos matriculados na EJA no Distrito Federal. Os dados contribuem para que o DF apresente o segundo melhor índice de alfabetização do país, com 97,2% da população sabendo ler e escrever, atrás apenas de Santa Catarina, que tem 97,3%, segundo resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Para a diretora da EJA da Subsecretaria de Educação Básica da Secretaria de Educação (SEEDF), Lilian Sena, a introdução de projetos e programas na Educação de Jovens e Adultos também é uma forma de tornar o processo de ensino e aprendizagem seja dialógico e emancipador: “Nossos professores têm autonomia pedagógica, o que garante a construção de currículos voltados para o contexto dos estudantes, seus anseios e necessidades ao retornarem para a escola ou ao iniciarem seus estudos”. O processo de aprendizagem foi importante para a haitiana Erline Jaccy, 30 anos, que atualmente estuda no Cesas. Acompanhado do marido e de três filhos, ela chegou na capital federal em busca de oportunidade de emprego e vê na educação a chance de prosperar: “Acredito que me alfabetizar no Brasil vai me ajudar a conhecer ainda mais sobre o país e sobre as pessoas. É a oportunidade de uma nova vida”, comemora.

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Dia Nacional da Alfabetização: educação transforma vidas e amplia horizontes no DF

“Toda a vida que você tiver vai ser melhor com conhecimento”, afirma Flávio Leite Sousa, diretor do Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas), ao falar sobre a importância do processo de alfabetização para alunos adultos. “A gente vê que o aprendizado dá mais autonomia aos alunos, principalmente para os adultos. É um movimento de emancipação em todos os níveis e uma abertura para sonhos e possibilidades”, descreve Sousa. O sistema EJA no DF atende 3.470 estudantes no 1º segmento, 10.445 no 2º e 11.816 no 3º, com presença em 99 unidades de ensino distribuídas nas 14 regionais; matrículas podem ser realizadas a qualquer momento | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Neste mês, em que se comemora o Dia Nacional da Alfabetização no dia 14, o Cesas se destaca como uma das escolas mais antigas e atuantes do Distrito Federal (DF) na transformação da vida de jovens e adultos. Com essa atuação, a escola contribui diretamente para os altos índices de alfabetização da capital. Segundo o último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o DF possui a segunda maior taxa de alfabetização entre as unidades da federação, com índice de 97,2%, atrás somente de Santa Catarina (97,3%). Os avanços do DF em alfabetização são confirmados por dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados em março pelo IBGE, que mostram o DF com a menor taxa de analfabetismo do país (1,7%), bem abaixo da média nacional de 5,6% Esse desempenho positivo do DF é resultado de vários fatores integrados. Além da qualificação dos professores e da flexibilidade de horários, que permite ao aluno adaptar os estudos à sua rotina, a Secretaria de Educação (SEEDF) facilita o ingresso e mantém o envolvimento da comunidade escolar com as famílias. “Na EJA, temos muitos alunos que trabalham em horários variados. Ao oferecer turmas em diferentes turnos, ampliamos as oportunidades para que esses alunos retomem os estudos,” destaca Sousa, ressaltando que essa atenção ao perfil dos estudantes permite que mais pessoas voltem às salas de aula e concluam a formação. Atualmente, o sistema EJA no DF atende 3.470 estudantes no 1º segmento, 10.445 no 2º e 11.816 no 3º, com presença em 99 unidades de ensino distribuídas nas 14 regionais. Além disso, algumas escolas polos oferecem aulas nos turnos diurno e noturno, facilitando o acesso para alunos de diferentes regiões. “A gente vê que o aprendizado dá mais autonomia aos alunos, principalmente para os adultos. É um movimento de emancipação em todos os níveis e uma abertura para sonhos e possibilidades”, destaca o diretor do Cesas, Flávio Leite Sousa As matrículas, que podem ser realizadas a qualquer momento do ano, facilita a entrada de quem deseja iniciar ou retomar os estudos, oferecendo uma oportunidade contínua de reingresso à educação. Para ampliar o alcance, a Secretaria de Educação (SEEDF) realiza campanhas de busca ativa, incentivando a matrícula e promovendo o acesso à educação para todos. Outro diferencial importante é a possibilidade de matrícula aberta durante todo o ano, o que simplifica o reingresso de alunos. A SEEDF também realiza campanhas de busca ativa, incentivando a matrícula e promovendo o acesso à educação para todos, principalmente aqueles que, por algum motivo, se distanciaram da escola. Os avanços do DF em alfabetização são confirmados por dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados em março pelo IBGE, que mostram o DF com a menor taxa de analfabetismo do país (1,7%), bem abaixo da média nacional de 5,6%. Esse resultado não é apenas um reflexo dos altos índices de alfabetização, mas também das políticas efetivas do Governo do Distrito Federal (GDF), que busca erradicar o analfabetismo tanto entre jovens quanto entre adultos. Entre 2022 e 2023, a taxa de analfabetismo caiu de 1,9% para 1,7%, evidenciando a eficácia dessas políticas. Transformação Ivanildes Francisca Tavares voltou a estudar no ano passado e celebra os novos aprendizados e amizades Aluna do Cesas desde o ano passado, Ivanildes Francisca Tavares, 67 anos, sente que a vida ganhou mais cor ao voltar a estudar. “Foi muito bom para mim, porque antes eu ficava muito só e agora além de aprender temas novos, estou conhecendo gente diferente. É muito bom você ter amizade com outras pessoas”, conta. Ela aprendeu a ler e escrever na infância, mas deixou as salas de aula no interior de Minas Gerais, para vir trabalhar na capital federal como empregada doméstica. “Aprendi o básico para me virar, saber onde ir e como voltar. Minha educação foi a vida que me ensinou, não a escola”, lembra. “É essencial ajustar o conteúdo constantemente para que o aprendizado seja prazeroso e eficaz” Maria Susley Pereira, chefe da Unidade de Gestão Estratégica da Educação Básica Depois de muitos anos trabalhando, veio a oportunidade dela voltar a estudar: “Eu moro com a família há muitos anos e a pessoa que me trouxe para o Cesas era professora daqui. Ela me incentivou muito a voltar aos estudos e ocupar mais meu tempo para fazer atividades diferentes”. Com o ensino, Ivanilde aprendeu palavras que antes falava errado e tem se dedicado a melhorar na matemática. “É muito gratificante superar minhas dificuldades”, concluiu. Ensino básico Os primeiros anos escolares até o ensino de jovens e adultos são importantes para o desenvolvimento da criança na vida adulta, segundo a chefe da Unidade de Gestão Estratégica da Educação Básica, da Subsecretaria de Educação Básica da SEEDF, Maria Susley Pereira. Para garantir um ensino de qualidade que se destaca na alfabetização do país, o GDF conta com iniciativas em diferentes áreas da educação básica para aproximadamente 60 mil estudantes matriculados nas turmas de alfabetização dos anos iniciais do Ensino Fundamental no DF, segundo a SEEDF. Entre eles está o programa Alfaletrando, lançado em 2023 para focar na alfabetização de crianças de até 7 anos e na continuidade do processo até o 2º ano do ensino fundamental. “Temos todo um trabalho articulado da rede voltado para uma gestão compartilhada, ações de formação e acompanhamento nas unidades escolares”, observa Maria Susley. O programa tem uma abordagem pedagógica com recursos e práticas educacionais para estimular o interesse e a participação dos estudantes. A SEEDF também preparou material pedagógico suplementar exclusivo do programa, específico para alunos do 1º e 2º ano. “Todo o conteúdo foi atualizado do ano passado para cá pelos professores. O foco agora é que esse material seja revisitado sempre para atender a realidade das crianças simultaneamente”. Além disso, cerca de 3,2 mil professores atuam no desenvolvimento do Alfaletrando, garantindo um acompanhamento pedagógico contínuo. “É essencial ajustar o conteúdo constantemente para que o aprendizado seja prazeroso e eficaz”, conclui Maria Susley.

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Portaria determina o registro diário da frequência de estudantes da EJA

Foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (25), a Portaria Nº 1.401/2024, que trata da obrigatoriedade do registro diário da frequência de estudantes do 3º Segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Sistema de Gestão i-Educar. O objetivo é estar em conformidade com as normas vigentes e com o Programa Pé-de-Meia do Ministério da Educação (MEC). A Portaria vem ao encontro da necessidade de garantir a regularidade e sistematicidade dos registros de frequência dos estudantes do 3º Segmento da EJA em turmas organizadas por semestralidade. A norma enfatiza a importância do monitoramento constante da frequência escolar para a implementação eficaz das políticas públicas educacionais, especialmente no que tange ao combate à evasão escolar e à promoção da permanência dos estudantes em sala de aula. A EJA é uma oportunidade para adultos concluírem os estudos e poderem lutar por uma condição melhor de vida | Fotos: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Conforme o normativo, as unidades escolares que ofertam o 3º Segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) devem realizar o registro diário da frequência dos estudantes exclusivamente no Sistema de Gestão i-Educar, de forma regular e sistemática, assegurando a inserção dos dados de frequência de cada estudante até o final de cada dia letivo. As equipes das secretarias escolares são responsáveis por garantir a atualização constante do Sistema de Gestão i-Educar. Programa Pé-de-Meia Desde o dia 25 de setembro de 2024, os estudantes do 3° segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que corresponde ao Ensino Médio, e se encaixam nos critérios do programa Pé-de-Meia, começaram a receber os pagamentos do incentivo-matrícula da iniciativa do Ministério da Educação (MEC), apoiada pela Secretaria de Educação do DF (SEEDF). O objetivo é reduzir a evasão escolar e oferecer suporte financeiro aos estudantes matriculados no ensino médio público beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Saiba mais sobre o programa Pé-de-Meia. Volte a estudar A Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede pública do DF está com inscrições abertas até 5 de novembro. As pessoas interessadas devem fazer o cadastro no site da SEEDF ou pelo telefone 156, opção 2. No momento da inscrição, o candidato informa o endereço residencial ou do trabalho, para ser alocado na unidade de ensino mais próxima, e também indica se prefere cursar a modalidade presencial ou à distância. Atualmente, a EJA é oferecida em 95 locais de diferentes regiões administrativas. *Com informações da SEEDF

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Educação de Jovens e Adultos tem inscrições abertas até 5 de novembro

Um novo ano é sempre uma nova oportunidade. Para as pessoas que precisaram interromper os estudos, essa pode ser a chance de voltar à sala de aula: estão abertas as inscrições para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), segmento destinado a pessoas que não concluíram o ensino fundamental e/ou o ensino médio na idade regular. A EJA é dividida em três segmentos, dos quais os dois primeiros correspondem ao ensino fundamental e o terceiro equivale ao ensino médio | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “O aprendizado é uma libertação” Lilian Sena, diretora da EJA da Secretaria de Educação E quando se fala em idade, não há limite máximo para a EJA – hoje, a mais velha dos 18 mil estudantes atendidos na modalidade tem 89 anos. A única restrição é mesmo a idade mínima. A EJA é dividida em três segmentos. Os dois primeiros correspondem ao ensino fundamental e só podem ser feitos por quem tem mais de 15 anos. Já o terceiro, equivalente ao ensino médio, é exclusivo para quem tem mais de 18 anos. “Essas pessoas idosas que estudam com a gente são pessoas que, geralmente, não tiveram acesso à escola. Muitas, inclusive, estão nas etapas iniciais; são pessoas que muitas vezes estão em situação de analfabetismo e a escola para elas é o exercício da cidadania que nunca conseguiram ter ao longo da vida, porque sempre viveram em função do trabalho, do cuidado dos filhos, dos netos…”, aponta a diretora da EJA da Secretaria de Educação (SEEDF), Lilian Sena. “Elas conhecem um outro mundo. Diferentemente das crianças, elas são adultas, já vivem nesse mundo letrado, só que não leem, não escrevem, é como se fossem mesmo impedidas de exercer essa cidadania. O aprendizado é uma libertação.” Inscrições O atual período de inscrições vai até 5 de novembro. Pessoas interessadas devem fazer o cadastro no site da SEEDF ou pelo telefone 156, opção 2. No momento da inscrição, o candidato informa o endereço residencial ou do trabalho, para ser alocado na unidade de ensino mais próxima, e também indica se prefere cursar a modalidade presencial ou a distância. Atualmente, a EJA é oferecida em 95 locais de diferentes regiões administrativas. O resultado será divulgado em 31 de dezembro. Depois, os selecionados deverão efetivar a matrícula presencialmente, no período de 6 a 10 de janeiro de 2025. É preciso levar identidade, CPF, duas fotos 3×4, comprovante de residência e, no caso de estudantes menores de idade, identidade e CPF do responsável. Se o candidato tiver, também deve levar a Declaração Provisória de Matrícula (Deprov) ou histórico escolar. Mas, se não tiver, isso não será impeditivo: ele passará por um diagnóstico para verificar o segmento no qual será inscrito. Lilian Sena lembra ainda que as janelas de inscrições – no meio e no fim do ano – são apenas uma maneira de divulgar a modalidade, já que as matrículas estão disponíveis sem data marcada: “Na EJA, até pelo perfil do público, os interessados podem procurar uma unidade e se matricular a qualquer momento. As portas estão sempre abertas”.

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Programa do GDF leva educadores a regiões remotas para erradicar o analfabetismo

Todos os dias, de segunda a sexta-feira, Janne Gomes e Vanessa Rufino saem cedo de casa e seguem por cerca de 15 km na BR-060 – juntas, para dividir os custos com combustível – até chegarem ao assentamento Nova Jerusalém. De lá, só sairão às 22h, voltarão para casa e, no outro dia cedo, começarão tudo de novo. Elas são movidas por uma missão: levar um dos direitos mais essenciais, o de ler e escrever, a quem precisa. Ambas são voluntárias do programa DF Alfabetizado, cujo intuito é erradicar o analfabetismo no Distrito Federal. O DF Alfabetizado foi retomado em maio deste ano, como parte do plano nacional Brasil Alfabetizado; desde então, houve a seleção dos voluntários, que realizam a busca ativa em áreas remotas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Eu vi a necessidade bater à porta. Necessidade de ajudar, de agregar valores, trazer o educar, o saber. Para mim, é muito gratificante. Todos os dias, quando você vê a carinha deles, em uma letrinha, desde a vogal, acaba que você cresce junto. Você dá e você recebe”, pontua Janne. “Além do esforço para poder vir para cá, a gente tem um esforço de manter os alunos, de fazer com que as aulas sejam dinâmicas, para que eles tenham interesse e não abandonem os estudos – e, com certeza, mais do que o retorno financeiro, é algo social mesmo”, emenda Vanessa. “Inclusive, um dos alunos falou para a gente que ele pediu para Deus que, quando mudasse para cá, conseguisse voltar aos estudos. E hoje ele agradece muito por ter essa oportunidade.” Esse deslocamento em busca das pessoas que precisam é o diferencial do DF Alfabetizado. Iniciado em 2012, o programa teve cinco edições até 2018, com um total de 30 mil pessoas atendidas. Foi retomado em maio deste ano, como parte do Plano Nacional Brasil Alfabetizado. Desde então, houve a seleção dos voluntários – alfabetizadores, tradutores-intérpretes de Libras e coordenadores -, que fazem a busca ativa em áreas remotas. No momento, estão abertas 51 turmas em dez regiões administrativas, em três turnos distintos, alcançando 750 estudantes. No momento, o programa tem 51 turmas espalhadas em dez regiões administrativas do Distrito Federal, alcançando 750 estudantes “O trabalho de busca ativa é ininterrupto. Diante das condições dessas pessoas – a maioria tem mais idade, tem muita dificuldade de aprendizagem -, é muito fácil desistirem. Por isso, a gente trabalha com a busca ativa constantemente”, explica a diretora de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação (SEEDF), Lilian Sena. “O grande diferencial do programa é esse, juntamente com a oferta de EJA [Educação de Jovens e Adultos], fortalecer essa oferta no sentido de alcançar onde a escola ainda não alcança. O alfabetizador da própria comunidade também passa maior segurança. Então, a chance de permanecerem é muito maior.” Permanecer e seguir nos estudos é a meta de Joana Batista Sousa, 54. Ela até já sabia ler e escrever, mas, ainda na infância, teve que deixar a escola após concluir o 5º ano do ensino fundamental, o que até hoje a prejudica na hora de conseguir um emprego. “Para ter ensino mais avançado, tinha que sair para a cidade, e nossos pais eram muito rígidos, não deixavam sair, e aí a gente foi ficando para trás – mas agora eu tenho uma oportunidade. Nunca é tarde para começar”, afirma. Joana Batista cursou até o 5º ano do ensino fundamental, e sentia falta de avançar nos estudos: “Agora eu tenho uma oportunidade. Nunca é tarde para começar” 97,2% Percentual da população do DF que é alfabetizada; capital federal ocupa a segunda posição no país Um novo começo é também o que busca João de Jesus Santos, 42, nome que ele fez questão de mostrar escrito com a própria letra em seu caderno: “Foi uma sensação maravilhosa poder fazer meu nome, como está escrito aqui. Eu não sabia fazer meu nome e hoje, com as professoras ajudando devagarzinho, está sendo uma experiência que não tem preço”. Alfabetizado, ele pretende concluir o ensino médio na EJA e tocar sua empresa com mais autonomia. “Eu trabalho pra mim mesmo. [Quando] preciso fazer uma nota, eu tenho que estar pedindo aos outros. E eu, com esse projeto, quero alavancar isso para minha melhoria e não precisar estar indo em uma lan house, igual essa semana, [quando] fui pagar uma nota fiscal e chorei porque eu não soube emitir minha nota”, desabafa. “É uma oportunidade de ouro”. EJA Atualmente, o DF tem o segundo melhor índice de alfabetização do país, com 97,2% da população sabendo ler e escrever, atrás apenas de Santa Catarina, que tem 97,3%. Erradicar o analfabetismo é uma das prioridades da gestão educacional do governo. Para tanto, o esforço vai além do DF Alfabetizado. Quem deseja iniciar ou retomar os estudos pode contar também com a EJA, ofertada, atualmente, em 95 escolas de diferentes regiões do DF, com quase 30 mil estudantes matriculados. A inscrição na EJA pode ser feita a qualquer tempo. Não é necessário apresentar comprovante de escolaridade. Aqueles que não possuem o documento são submetidos a um diagnóstico que indica em qual segmento a pessoa entrará. São três: os dois primeiros correspondentes ao ensino fundamental, aberto a quem tem mais de 15 anos, e o terceiro equivalente ao ensino médio, exclusivo para quem tem mais de 18 anos. Não há, contudo, limite máximo de idade. João de Jesus Santos se emocionou ao escrever o próprio nome pela primeira vez: “Foi uma sensação maravilhosa poder fazer meu nome, como está escrito aqui; está sendo uma experiência que não tem preço” Alteredo de Morais, 54, é um dos vários casos de sucesso da EJA. Ele aprendeu a ler e escrever em 2010, aos 41 anos. Depois, prosseguiu com os estudos até concluir o ensino médio, em 2020. “Tudo que a gente tinha que resolver precisava pedir aos outros, na parte de matemática, de leitura, de andar, conhecer os lugares… [E isso] incomodava. Minha família veio de gente analfabeta, pai e mãe. E, quando chegou meu tempo de estudar, tive que sair de casa, vir embora para ganhar a vida”, lembra. Mas vida mesmo ele ganhou com a educação: “É uma coisa que clareou. A gente que não sabe, que aprende depois de velho, é uma claridade. Parece que estava no escuro”.

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Novacap forma os primeiros estudantes da turma de EJA

Lançada no fim do ano passado, a Escola Corporativa da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) formou os primeiros estudantes na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os funcionários José Divino da Paixão, de 69 anos, e Alex Sanatiel Alves da Silva, 47, foram homenageados pela dedicação e esforço em concluir essa etapa educacional. O presidente da companhia, Fernando Leite, destacou: “Não há nada mais nobre na vida do que ensinar as pessoas a descobrir o mundo. A educação é isso. Cada uma dessas pessoas, a partir de agora, enxerga o mundo de uma maneira diferente e melhor” | Fotos: Marcos Paixão/Novacap Para Alex Sanatiel, a conclusão do EJA foi uma vitória pessoal e profissional. “Há muito tempo eu tentava, pois era meu grande sonho terminar os estudos. Finalmente, consegui,” disse o colaborador da Divisão de Manutenção e Conservação de Vias (Dimav) há 27 anos. José Divino, motorista da Novacap desde os anos 1980, compartilhou a emoção de realizar um sonho antigo: “Eu sempre tive uma sede enorme de estudar e, quando surgiu essa oportunidade, agarrei com tudo que pude. Estou com 69 anos e consegui vencer. Graças a Deus, hoje estou formado”. “Eu sempre tive uma sede enorme de estudar e, quando surgiu essa oportunidade, agarrei com tudo que pude. Estou com 69 anos e consegui vencer. Graças a Deus, hoje estou formado”, comemorou o motorista da Novacap, José Divino O evento também marcou um momento especial para Isabel da Cruz Santos, esposa de um dos estudantes. “Hoje foi meu primeiro dia em uma sala de aula, e foi uma experiência muito boa. Nunca tive a oportunidade de estudar antes, porque desde cedo precisei trabalhar na roça para ajudar a sustentar minha família, já que meu pai era doente. Mas agora, com o apoio do meu esposo, finalmente consegui realizar esse sonho. Gostei muito da aula e estou muito feliz por finalmente ter essa oportunidade tão importante na minha vida”, relatou emocionada. A Escola Corporativa da Novacap atua na alfabetização e formação de colaboradores da empresa que não tiveram oportunidade de estudar no momento correto, ou não concluíram seus estudos. A iniciativa é fruto de uma parceria com o Sistema Social da Indústria (Sesi), e tem como objetivo incentivar os colaboradores a iniciarem, continuarem ou retomarem os estudos. “Não há nada mais nobre na vida do que ensinar as pessoas a descobrir o mundo. A educação é isso. Cada uma dessas pessoas, a partir de agora, enxerga o mundo de uma maneira diferente e melhor”, destacou o presidente da companhia, Fernando Leite. “Nós temos o compromisso de investir na formação continuada dos nossos trabalhadores, seja na alfabetização ou na capacitação, pois isso garante uma melhor oferta dos nossos serviços para a comunidade de todo o DF”, completou. Atualmente, cerca de 40 empregados da empresa participam da iniciativa e devem ter sua formatura nos próximos meses. Internamente, as inscrições para os próximos ciclos estão abertas, o que vai elevar, cada vez mais, a quantidade de funcionários capacitados dentro da Novacap. “Estamos confiantes de que, até o fim do ano, conseguiremos formar todos os alunos da nossa turma de alfabetização,” comentou Kamilla Ferreira, responsável pela Escola Corporativa. *Com informações da Novacap

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Ex-aluna da Educação de Jovens e Adultos escreve autobiografia aos 87 anos

Persistência e força de vontade nunca faltaram na trajetória de vida de Maria de Lourdes Cortes. Mineira de Carmo do Parnaíba, ela veio para Brasília quando se casou, aos 22 anos, construiu uma família de dez filhos e dedicou a vida a proporcionar a eles a chance de estudar. No entanto, para ela, essa oportunidade só veio mais tarde, aos 70 anos, com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), via Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE). Maria de Lourdes com alguns dos filhos e netos no Centro de Ensino Fundamental 4 do Guará: “Eu sempre fiz de tudo para que meus filhos estudassem, porque o conhecimento é a única coisa que ninguém consegue tirar de você, é um presente só seu” | Fotos: Jotta Casttro/SEE Maria de Lourdes sempre gostou de estudar, mas na infância, quando morava na roça, seu pai não permitiu que ela fosse à escola. Com isso, o sonho só pôde ser realizado muitos anos depois, com os filhos já criados. “Eu sempre fiz de tudo para que meus filhos estudassem, porque o conhecimento é a única coisa que ninguém consegue tirar de você, é um presente só seu”, conta. “Para quem tem um sonho, eu aconselho ter fé e jamais desistir” Maria de Lourdes Cortes Para buscar conhecimento e com o intuito de incentivar um neto que estava pensando em interromper os estudos, Maria de Lourdes, aos 70 anos, resolveu retomar seu projeto de vida. Os dois se matricularam no programa de EJA do Centro de Ensino Fundamental 4 do Guará, onde seus dez filhos estudaram. Lá ela se destacou ao fazer o que mais amava: estudar. Biografia Assim que completou o ciclo de alfabetização, Maria de Lourdes aproveitou para escrever um livro sobre sua história “Eu não podia ir à escola, mas eu sempre corria atrás de conhecimento”, lembra. “Tentava aprender sobre as palavras e contas de matemática.” O sonho de Maria era ser diretora escolar e escritora – inspirada na poetisa Cora Coralina. “Para quem tem um sonho, eu aconselho ter fé e jamais desistir”, incentiva. O retorno aos estudos, em 2007,  trouxe muita esperança e expectativas para Maria – mas, por um problema na visão, ela precisou interromper a trajetória na escola. No entanto, conseguiu completar o primeiro segmento da EJA, que corresponde aos anos iniciais do ensino fundamental; e, já alfabetizada, começou a colocar em prática a escrita da sua biografia. Nesse processo, Maria recebeu a contribuição dos filhos e netos e conseguiu lançar o livro Lição de Vida, com uma tarde de autógrafos, aos 87 anos, para a grande família, que hoje, além dos dez filhos, é formada por 23 netos, 25 bisnetos e um trineto. “Minha avó é minha grande inspiração”, exalta a neta Cinthia Corte. “Hoje eu sou professora e sinto muito orgulho dela”. Educação de Jovens e Adultos A EJA é uma modalidade de ensino voltada para pessoas que não tiveram a oportunidade de concluir os estudos na idade regular ou que desejam retomar o aprendizado em uma fase mais avançada da vida. A SEE oferece apoio pedagógico aos professores e investe em programas e projetos que visam melhorar a qualidade da educação oferecida na EJA. Atualmente, mais de 25 mil estudantes fazem parte do programa nas 14 coordenações regionais de ensino do DF.  *Com informações da Secretaria de Educação do DF  

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