Em pesquisa apoiada pela FAPDF, vacina avança como alternativa contra câncer de mama agressivo
O dia 27 de novembro, Dia Nacional de Combate ao Câncer, além de marcar um momento de conscientização, reforça a importância de investir em ciência para ampliar as possibilidades de prevenção, diagnóstico e tratamento. Entre os estudos que avançam nesse caminho, destaca-se uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) que tem desenvolvido uma vacina terapêutica in situ — aplicada diretamente no local do tumor, sem necessidade de preparo prévio em laboratório — com potencial para fortalecer a resposta natural do organismo contra o câncer de mama. A iniciativa é apoiada pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do edital Demanda Induzida (2022), e coordenada pelo professor João Paulo Longo, do Instituto de Ciências Biológicas da UnB — reconhecido como Pesquisador Inovador do Setor Empresarial no 4º Prêmio FAPDF de Ciência, Tecnologia e Inovação, deste ano. Inovação baseada em décadas de pesquisa O projeto reúne mais de 20 anos de avanços em nanotecnologia, fototerapia e imunologia tumoral. Estudos anteriores do grupo demonstraram o controle de metástases pulmonares em modelos 4T1 — um dos mais agressivos para o estudo do câncer de mama. Momento de preparação das amostras que compõem as etapas experimentais da vacina terapêutica in situ | Foto: Arquivo Pessoal Esses resultados vêm sendo construídos por uma equipe multidisciplinar e já foram publicados em revistas científicas internacionais. Entre os autores, além do professor João Paulo Longo, estão pesquisadoras e pesquisadores como Camila Magalhães Caradador, Luana Cristina Camargo e outros integrantes do grupo de imunoterapia e nanobiotecnologia da UnB, que assinam estudos em periódicos como Current Pharmaceutical Design e Biomedicine & Pharmacotherapy. Essas pesquisas mostraram que fármacos como a doxorrubicina, uma quimioterapia capaz de destruir células tumorais, também ativam sinais que estimulam o sistema imunológico. Esse processo, chamado de morte celular imunogênica (MCI), ocorre quando as células cancerígenas liberam moléculas que atraem e ativam células de defesa, funcionando como um alerta natural do organismo. Esse entendimento abriu caminho para uma nova abordagem: transformar o próprio tumor em um ponto de ativação da resposta imune. E é esse o princípio da vacina terapêutica in situ. Aplicada diretamente no tumor ou ao redor dele, ela estimula o sistema imunológico dentro do próprio organismo, sem necessidade de preparo prévio em laboratório. Em vez de receber uma vacina pronta, o corpo reage aos sinais liberados pelo próprio tumor, tornando o processo mais direto e potencialmente mais aplicável na prática clínica. A partir desse princípio, o grupo desenvolveu um sistema emulgel nanoestruturado — um tipo de gel que combina água e óleo na mesma formulação, criando uma base estável capaz de carregar e liberar medicamentos de forma controlada no local aplicado. Nessa mistura, surfactantes permitem que o gel forme pequenas gotículas estáveis em contato com a água. Essas nanogotículas, extremamente pequenas (milhões de vezes menores que um grão de areia), atuam como veículos para transportar os fármacos. O sistema também incorpora imunoadjuvantes, substâncias que intensificam a resposta do sistema imunológico. João Paulo Longo no 4º Prêmio FAPDF de Ciência, Tecnologia e Inovação | Foto: Marck Castro Segundo o professor Longo, essa estratégia cria “um depósito artificial que libera de forma controlada as moléculas produzidas pela morte celular imunogênica”, favorecendo a ativação de células de defesa, como dendríticas, monócitos e neutrófilos, essenciais para iniciar a resposta antitumoral. Como funciona a vacina terapêutica in situ Na etapa de aplicação, o emulgel atua como um veículo que entrega aos poucos fármacos capazes de induzir a MCI — como doxorrubicina, paclitaxel ou mitoxantrona — associados a imunoadjuvantes que reforçam a ativação do sistema imunológico. Por ser termossensível, a liberação dessas moléculas se intensifica com o aumento da temperatura na região, algo comum em processos inflamatórios ao redor do tumor. A MCI envolve três sinais bioquímicos principais: exposição de calreticulina — proteína que migra para a superfície da célula e sinaliza para que seja eliminada; liberação de ATP (adenosina trifosfato) — molécula que atua como alerta químico indicando dano; liberação de HMGB1 (High Mobility Group Box 1) — proteína que atrai células do sistema imunológico ao local. Esses sinais são chamados de DAMPs (Padrões Moleculares Associados a Dano), um conjunto de mensagens químicas que avisam ao sistema de defesa que o organismo precisa reagir. Para verificar se a vacina é capaz de induzir esses sinais ao longo do tratamento, o estudo segue um cronograma específico de aplicação das doses e acompanhamento da resposta imunológica. Esse esquema mostra a rotina experimental usada na pesquisa e ajuda a visualizar como o tumor reage ao longo das semanas. Avaliação, impactos e resultados esperados Os resultados da vacinação serão medidos por indicadores como: redução do tumor primário; controle de metástases pulmonares; presença de infiltrado linfocitário, grupo de células de defesa que indica ativação do sistema imunológico. Nos modelos pré-clínicos utilizados, o tumor primário é de mama, mas a disseminação costuma atingir o pulmão — por isso, esse órgão é monitorado como o principal local de metástase durante o estudo. Imagem obtida pelo sistema IVIS (In Vivo Imaging System), que utiliza luz para acompanhar o crescimento tumoral em modelos pré-clínicos. As duas imagens superiores mostram os grupos-controle: à esquerda, animais sadios; à direita, animais com tumores em progressão, identificados pelo brilho mais intenso. As imagens inferiores correspondem aos grupos imunizados, sendo que o grupo à direita apresentou a melhor resposta ao tratamento, com menor sinal tumoral | Foto: Divulgação As análises incluem: tomografia computadorizada, bioluminescência, técnica que utiliza luz emitida por células marcadas para acompanhar a evolução tumoral; imunohistoquímica, método que revela células do sistema imune nos tecidos. “Durante o estudo pré-clínico, conseguimos rastrear em tempo real como os tumores e as metástases evoluem após a vacinação. Isso nos dá uma visão precisa da eficácia do sistema e do tipo de resposta imunológica que conseguimos induzir”, explica o professor Longo. O sistema também é altamente personalizável, permitindo ajustes nos fármacos e nos componentes conforme o tipo de tumor, ampliando seu potencial para outras neoplasias sólidas. Desafios e próximos passos O desenvolvimento de um sistema nanoestruturado eficaz envolve desafios como: garantir a estabilidade da formulação; controlar a liberação dos fármacos; preservar a capacidade imunogênica nos tecidos subcutâneos. Após os resultados pré-clínicos, uma das próximas etapas é avançar para estudos em pacientes veterinários, estratégia já adotada pelo grupo em outros projetos e que pode contribuir para validações regulatórias e aplicações clínicas futuras. “A grande esperança das imunoterapias é oferecer tratamentos personalizados, menos tóxicos e mais eficazes”, afirma Longo. “Se conseguirmos resultados semelhantes aos obtidos em laboratório, poderemos estar diante de uma inovação acessível para um grande número de pacientes.” Apoio institucional e impacto para o Distrito Federal Para o professor Longo, o apoio da FAPDF tem sido decisivo para a consolidação da pesquisa em nanobiotecnologia e imunologia tumoral no Distrito Federal. “Grande parte dos equipamentos que utilizamos hoje foi adquirida com recursos da FAPDF, incluindo sistemas de imagem e infraestrutura laboratorial. Sem esse apoio, muitos desses estudos simplesmente não existiriam”, destaca. Ele reforça ainda o papel da fundação na formação de novos pesquisadores: “Alguns estudantes recebem bolsas, e grande parte dos materiais utilizados ao longo do projeto é financiada pela FAPDF”, conta. Para o presidente da fundação, Leonardo Reisman, iniciativas como esta mostram o impacto real da ciência produzida no DF: “Apoiar pesquisas que transformam a vida das pessoas é a essência da FAPDF. Projetos como este mostram que a ciência do Distrito Federal tem capacidade de gerar soluções reais para desafios que impactam milhares de famílias. A inovação não acontece apenas nos grandes centros internacionais — ela acontece aqui, nos nossos laboratórios, pelas mãos de pesquisadores comprometidos com o futuro da saúde brasileira”, afirma. Vacinas terapêuticas baseadas em MCI representam uma das frentes mais promissoras da oncologia contemporânea. Com menor toxicidade e maior personalização, esse tipo de abordagem tem potencial para ampliar o acesso a terapias mais seguras, eficazes e humanizadas — especialmente em um país onde o câncer de mama permanece entre as principais causas de mortalidade. *Com informações da FAPDF
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Pesquisadoras que marcaram a história da ciência no Distrito Federal serão homenageadas
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) realiza, no dia 4 de novembro, às 19h, a cerimônia do 4º Prêmio FAPDF de Ciência, Tecnologia e Inovação, evento que nesta edição celebra também os 33 anos da Fundação. Neste ano, o prêmio presta uma homenagem especial a três mulheres que deixaram marcas profundas na história da pesquisa do Distrito Federal e seguem inspirando novas gerações de cientistas: Mercedes Bustamante, Maria Sueli Felipe e Rose Monnerat. A homenagem integra a série documental da FAPDF Memória Científica do DF, iniciativa que reconhece pesquisadores e pesquisadoras cuja trajetória ajudou a consolidar o ecossistema de ciência, tecnologia e inovação da capital. As três cientistas têm diferentes trajetórias, mas compartilham o mesmo legado — o de transformar o Distrito Federal em referência em pesquisa e inovação. Sobre as homenageadas Mercedes Bustamante Bióloga e professora titular do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB), Mercedes Bustamante é uma das maiores referências em ecologia e mudanças ambientais globais no Brasil. Sua trajetória, marcada por décadas de dedicação à pesquisa sobre o Cerrado e a sustentabilidade ambiental, teve impacto direto na formulação de políticas públicas e em ações de conservação em todo o país. Bióloga e professora titular do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB), Mercedes Bustamante é uma das maiores referências em ecologia e mudanças ambientais globais no Brasil | Fotos: Divulgação/FAPDF Membro da Academia Brasileira de Ciências, Mercedes é reconhecida tanto por sua excelência acadêmica quanto por seu papel institucional na consolidação da ciência no Distrito Federal. Sua carreira também reflete uma parceria histórica com a FAPDF, que apoiou diversas etapas de sua produção científica. Maria Sueli Felipe Professora da Universidade Católica de Brasília (UCB) e professora aposentada do Instituto de Biologia da UnB, Maria Sueli Felipe construiu uma trajetória sólida e inspiradora nas áreas de micologia, biotecnologia e biodiversidade. Pioneira nos estudos sobre fungos e microrganismos no Centro-Oeste, foi responsável por fortalecer a pesquisa em biologia e consolidar a UnB como referência nacional nesse campo. Professora da Universidade Católica de Brasília (UCB) e professora aposentada do Instituto de Biologia da UnB, Maria Sueli Felipe construiu uma trajetória sólida e inspiradora nas áreas de micologia, biotecnologia e biodiversidade Ao longo de sua carreira, formou gerações de cientistas e se destacou pelo compromisso ético, pela excelência acadêmica e por sua atuação incansável em incentivar a presença de mulheres na ciência, deixando um legado de conhecimento e de exemplo humano. Rose Monnerat Pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Rose Monnerat é doutora em genética e biologia molecular e uma das principais referências brasileiras em bioinsumos e controle biológico. Sua pesquisa contribuiu para o desenvolvimento de soluções sustentáveis para a agricultura, promovendo a redução do uso de agrotóxicos e a valorização da biodiversidade nacional. Pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Rose Monnerat é doutora em genética e biologia molecular e uma das principais referências brasileiras em bioinsumos e controle biológico Com uma carreira voltada à inovação e à sustentabilidade, Rose representa o compromisso da pesquisa pública com um futuro mais equilibrado, tecnológico e ambientalmente responsável. Tributo Para o diretor-presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, a homenagem reflete o compromisso da Fundação em reconhecer o papel transformador da ciência e o protagonismo das mulheres que a constroem: “Celebrar essas três pesquisadoras é reconhecer o impacto humano e social da ciência e manter viva a nossa missão”, destaca Reisman. Assista aos episódios da série Memória Científica do DF: - Mercedes Bustamante - Maria Sueli Soares Felipe - Rose Monnerat *Com informações da FAPDF
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Aplicativo Ativa Mente une tecnologia e saúde para promover qualidade de vida aos idosos
Com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) estão desenvolvendo o aplicativo Ativa Mente, uma inovação em gerontotecnologia — área que integra envelhecimento humano e tecnologia para promover qualidade de vida na terceira idade. A proposta é voltada à promoção do autocuidado, da saúde cognitiva e do bem-estar de idosos com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como diabetes e hipertensão. A iniciativa dá continuidade ao projeto Viva Bem, antes restrito ao acompanhamento de idosos com diabetes, e agora ampliado para um público mais diverso. O diferencial do Ativa Mente está na abordagem integral: além de funcionalidades já conhecidas, como lembretes de medicamentos e incentivo à prática de exercícios físicos, a nova versão incorpora estimulação cognitiva (memória, atenção e orientação), buscando preservar a autonomia do idoso e estimular corpo e mente de forma integrada. Do apoio à inovação O projeto foi contemplado pelo edital FAPDF Learning (2023), recebendo R$ 1 milhão em recursos. O investimento viabilizou a aquisição de equipamentos, o desenvolvimento tecnológico e a concessão de bolsas de pesquisa, assegurando condições para que a equipe multidisciplinar da UnB conduzisse o trabalho com rigor científico. Idoso participa das etapas de validação do aplicativo Ativa Mente, que estimula corpo e mente para promover qualidade de vida | Foto: Arquivo pessoal Participam do projeto docentes e discentes de diferentes áreas — enfermagem, ciência da computação, design, psicologia e educação física —, sob a coordenação da professora Silvana Schwerz Funghetto, especialista em envelhecimento humano e tecnologias educacionais. Segundo a pesquisadora, o aporte da FAPDF foi determinante: “O apoio da fundação permitiu estruturar todas as etapas do projeto, desde a análise inicial até a validação junto aos usuários. Trata-se de um investimento que não apenas fortalece a ciência local, mas também responde a uma demanda social urgente”. Rigor científico e validação tecnológica O desenvolvimento do aplicativo segue o método Design Instrucional Contextualizado (DIC), estruturado em cinco etapas (análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação). A validação envolve oficinas participativas e testes com idosos do Distrito Federal, assegurando que a tecnologia atenda às reais necessidades do público-alvo. Para garantir qualidade e confiabilidade, o projeto utiliza instrumentos reconhecidos internacionalmente: - SF-36, questionário de 36 itens que mede a qualidade de vida relacionada à saúde, avaliando aspectos como vitalidade, capacidade funcional, dor e saúde mental; - System Usability Scale (SUS), escala simples e consolidada que mensura a usabilidade de sistemas digitais a partir da experiência dos usuários; - Technology Acceptance Model (TAM), modelo que avalia a aceitação tecnológica considerando utilidade percebida e facilidade de uso. [LEIA_TAMBEM]O conceito de autocuidado — central no projeto — diz respeito à capacidade do idoso de gerir sua própria saúde de forma ativa, fortalecendo sua autonomia e reduzindo a dependência de serviços de alta complexidade. Impactos e relevância social A Ativa Mente deverá alcançar o nível máximo de maturidade tecnológica (TRL 9 — estágio que indica plena prontidão de uso), com registro de propriedade intelectual junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e disponibilização gratuita nas plataformas Google Play e Apple Store. Além de apoiar o autocuidado dos idosos, a ferramenta permitirá gerar relatórios analíticos que poderão subsidiar políticas públicas e estratégias de atenção primária em saúde, contribuindo para a redução de internações hospitalares e para a eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS). O reconhecimento da inovação já começou. O projeto recebeu menção honrosa em 2º lugar no II Congresso Internacional de Tecnologia, Inovação e Gerontologia e no III Seminário Internacional de Inovação e Longevidade, realizados em São Paulo. Para a professora Silvana Schwerz Funghetto, a relevância da iniciativa vai além do desenvolvimento tecnológico: “O aplicativo não é apenas uma ferramenta de monitoramento, mas um aliado direto para que o idoso seja protagonista do seu cuidado, preservando sua independência e qualidade de vida por mais tempo”. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Hormônio do estresse no cabelo: técnica com nanopartículas promete diagnóstico rápido e sem exames invasivos
Um método inovador desenvolvido na Universidade de Brasília (UnB) promete transformar a forma como avaliamos o estresse crônico. A pesquisa, coordenada pelo professor Juliano Alexandre Chaker, utiliza fios de cabelo e nanopartículas de carbono para medir o cortisol, o chamado “hormônio do estresse”, com rapidez, precisão e sem necessidade de exames invasivos. Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do Edital Learning 2023, o projeto une ciência de ponta e inovação tecnológica para oferecer diagnósticos acessíveis e confiáveis, com potencial de aplicação em saúde pública, toxicologia forense e meio ambiente. Inovação científica: como funciona o método O cortisol é um dos principais indicadores fisiológicos do estresse, mas sua medição tradicional em exames de sangue é altamente sensível a variações do momento da coleta. Situações cotidianas — como enfrentar um engarrafamento antes de ir ao laboratório — podem alterar significativamente os resultados. Além disso, os níveis de cortisol mudam ao longo do dia, acompanhando os ciclos circadianos, ou seja, o “relógio biológico” que regula nossas funções em um período de 24 horas, o que dificulta diagnósticos consistentes. A proposta da pesquisa é superar essas limitações utilizando o cabelo como matriz de análise. Trata-se de uma amostra não invasiva, que acumula não apenas cortisol, mas também outros glicocorticoides (hormônios produzidos pelas glândulas adrenais, acima dos rins), metais e poluentes. Cada centímetro de cabelo corresponde, em média, a um mês de registro biológico, permitindo que os pesquisadores realizem uma espécie de “linha do tempo” do estresse. Equipamento de espectrometria de massas MALDI-TOF, peça central do método inovador desenvolvido na UnB | Fotos: Arquivo pessoal/Juliano Alexandre Chaker Para viabilizar a análise, o grupo desenvolveu uma adaptação da técnica de espectrometria de massas MALDI-TOF (dessorção/ionização a laser assistida por matriz — tempo de voo, em inglês Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionization — Time of Flight), um equipamento de alta precisão normalmente utilizado para estudar proteínas de alto peso molecular. O diferencial está no uso de nanopartículas de carbono como matriz ionizante, o que gera espectros mais limpos e possibilita a detecção de moléculas pequenas, como o cortisol, sem interferência de sinais sobrepostos. As amostras são aplicadas em placas específicas, que funcionam como suporte dentro do equipamento durante a leitura. Cada placa comporta centenas de pontos de análise e, uma vez posicionada no MALDI-TOF, os resultados são gerados em questão de segundos. Da coleta ao resultado em segundos O processo começa com a coleta de pequenas mechas de cabelo, que servem como amostra não invasiva. Em laboratório, o cortisol é extraído com solventes específicos, misturado às nanopartículas de carbono e aplicado em placas de análise. Cada placa comporta mais de 300 amostras e o equipamento processa cada uma em apenas cinco segundos, fornecendo resultados com altíssima precisão e em grande escala. Atualmente, o projeto se prepara para a fase de validação, que depende da aprovação do comitê de ética em pesquisa. A etapa prevê a coleta de amostras de cabelo de 50 voluntários, acompanhada de questionários sobre fatores de estresse. Os resultados obtidos com a técnica inovadora serão comparados a métodos de referência, como a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas — técnica considerada padrão-ouro, que separa os componentes de uma amostra antes de analisá-los, garantindo alta precisão, embora demande mais tempo e custo. Professor Juliano Alexandre Chaker, coordenador do Laboratório de Nanotecnologia Verde (NaVe/UnB), onde desenvolve pesquisas em nanotecnologia aplicada ao diagnóstico de estresse e toxicologia Assim, o estudo busca não apenas demonstrar rapidez e acessibilidade, mas também a equivalência em relação às técnicas tradicionais já consolidadas. Impactos esperados Segundo o professor Juliano Chaker, o objetivo é oferecer uma metodologia confiável e de baixo custo, que possa futuramente ser disponibilizada como serviço técnico especializado. “O potencial é enorme. Além do estresse crônico, podemos aplicar o método na toxicologia clínica e forense, incluindo a detecção de drogas de abuso e agentes intoxicantes em exames de rotina”, explica. Com resultados rápidos e a possibilidade de análises retrospectivas — olhando para meses de acúmulo registrados no cabelo — a técnica pode apoiar desde políticas públicas de saúde mental até investigações criminais, com ganhos em tempo, custo e confiabilidade. Apoio institucional e rede de colaboração O projeto conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do Edital Learning 2023, que tem sido essencial para viabilizar bolsas, infraestrutura e atividades de pesquisa. “A FAPDF é fundamental para a vida do pesquisador no Distrito Federal. Sem esse apoio, seria inviável mantermos uma infraestrutura de ponta e formar novos talentos em áreas estratégicas como a nanotecnologia aplicada à saúde e ao meio ambiente”, afirma Juliano Chaker. A iniciativa é desenvolvida no Laboratório de Nanotecnologia Verde da Universidade de Brasília (UnB), coordenado pelos professores Juliano Alexandre Chaker e Marcelo Sousa, em parceria com programas de pós-graduação em Nanociência e Nanotecnologia da instituição. Além do fortalecimento acadêmico, o grupo mantém colaborações com órgãos como a Polícia Civil e a Polícia Federal, além de parcerias consolidadas em outros projetos com agências como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), ambas vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Essa rede de cooperação reforça o caráter multidisciplinar da pesquisa, ampliando suas perspectivas de aplicação tanto na saúde pública quanto na toxicologia forense e ambiental. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Abertas inscrições para o 6º período dos programas Participa e Publica
O Programa Difusão Científica da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) está com inscrições abertas, de 4 a 7 de agosto, para o 6º período dos editais 02/2025 (FAPDF Participa) e 03/2025 (FAPDF Publica), voltados ao fortalecimento da produção e da circulação do conhecimento científico no Distrito Federal. Arte: FAPDF O edital FAPDF Participa seleciona propostas de apoio à participação em eventos, cursos de curta duração e visitas técnicas, com atividades previstas para os meses de outubro e novembro. Já o edital FAPDF Publica tem como objetivo incentivar a publicação de artigos científicos em todas as áreas do conhecimento, com foco na ampliação da visibilidade da produção científica do Distrito Federal em periódicos qualificados. Para participar, os interessados devem acessar o site da FAPDF, ler atentamente os editais e submeter as propostas dentro do prazo previsto. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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FAPDF divulga resultado preliminar do edital de pós-graduação
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) divulgou o resultado preliminar do Edital nº 05/2025 – Programa de Desenvolvimento de Pós-Graduação (PDPG), publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de 1º de agosto. Arte: FAPDF O edital tem como objetivo apoiar programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) de instituições de ensino superior do Distrito Federal, fortalecendo a qualificação acadêmica, a produção científica e o impacto regional da pesquisa desenvolvida no DF. Prazo para recursos Conforme previsto na publicação, os interessados têm o prazo de três dias úteis, contados a partir de 1º de agosto, para apresentar recursos. O resultado preliminar está disponível no site da FAPDF. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Incêndios florestais e riscos químicos: pesquisa avalia impacto da fumaça na saúde dos bombeiros do DF
Com a intensificação e maior frequência dos incêndios florestais no Distrito Federal, um estudo fomentado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) está investigando os riscos químicos aos quais os bombeiros militares estão expostos durante o combate ao fogo. O projeto, intitulado “Avaliação de risco químico para bombeiros militares por exposição à fumaça em incêndios florestais no Distrito Federal”, é conduzido pela professora Eloísa Dutra Caldas, da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o bombeiro militar e doutorando Fausto Jaime Miranda de Araújo, e foi selecionado pelo edital Demanda Espontânea (2022). Estudo visa contribuir para protocolos de segurança e políticas públicas com foco na saúde dos bombeiros militares | Foto: Divulgação/CBMDF A pesquisa é inédita no Brasil por avaliar a exposição dos bombeiros em condições reais de combate ao fogo, um desafio que coloca esses profissionais em contato direto com substâncias tóxicas e potencialmente cancerígenas. O estudo busca gerar dados concretos para embasar protocolos de segurança e políticas públicas voltadas à saúde ocupacional desses trabalhadores. Trajetória e motivação Com uma carreira consolidada na área da toxicologia, Eloísa Dutra Caldas é professora titular do Departamento de Farmácia da UnB desde 1997 e uma das principais referências no país em toxicologia ocupacional. Formada em química e mestre em química analítica pela UnB, fez doutorado em química ambiental pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, com foco nos impactos de substâncias químicas na saúde humana. Há mais de 20 anos, coordena pesquisas que avaliam riscos e exposição a contaminantes, sempre com o objetivo de proteger a saúde de trabalhadores em situações críticas. A proposta do estudo nasceu a partir da experiência do bombeiro militar Fausto Jaime Miranda de Araújo, doutorando em ciências da saúde na UnB. Graduado em agronomia e com mestrado em toxicologia alimentar, Fausto sempre esteve envolvido em projetos de pesquisa, mas foi sua vivência no Corpo de Bombeiros que acendeu o alerta para a falta de medidas preventivas no combate a incêndios florestais. O bombeiro militar e doutorando Fausto Jaime Miranda de Araújo usa máscara respiratória e coletor de amostras para análise das partículas presentes na fumaça, logo após o combate ao incêndio | Foto: Fausto Jaime/Projeto de Avaliação de Risco Químico “Desde o início do meu trabalho na corporação, percebi que a exposição à fumaça é um problema grave, especialmente nos incêndios florestais, onde muitas vezes não usamos nem máscaras de proteção. O poder público não tem dado a atenção devida a esse risco; e, com as mudanças climáticas, os incêndios tendem a aumentar”, explica. Além da experiência prática, Fausto também se especializou em engenharia de segurança do trabalho, o que fortaleceu sua compreensão sobre os perigos invisíveis que cercam os bombeiros. Para ele, este é um problema de saúde pública global: “Somente recentemente a comunidade científica começou a dar atenção à proteção dos bombeiros florestais. O cenário mundial, com incêndios cada vez mais intensos e frequentes, reforça a urgência de pesquisas como a nossa”. O que a fumaça revela: substâncias tóxicas e desafios de análise [LEIA_TAMBEM]As primeiras análises indicam a presença de poluentes altamente tóxicos, como benzeno, tolueno, xileno, etilbenzeno, formaldeído, acroleína e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) — compostos reconhecidos por causar sérios danos ao organismo, incluindo doenças respiratórias e câncer. Em várias amostras, os níveis detectados ultrapassaram em muito os limites ocupacionais recomendados, chegando a ser centenas de vezes maiores, no caso do benzeno. Coletar essas informações em condições reais de combate ao fogo foi um desafio à parte. Para garantir dados fiéis à realidade, a equipe desenvolveu um sistema de monitoramento com bombas de coleta instaladas nos uniformes dos bombeiros, exigindo grande logística e apoio do Corpo de Bombeiros. Mais de 100 tentativas em diferentes focos de incêndio foram necessárias para obter 35 amostras válidas, revelando o quão complexa é a tarefa de mensurar a exposição a substâncias invisíveis no calor do combate. Impacto e próximos passos Mais do que um avanço científico, o estudo tem um papel social evidente: proteger a saúde dos bombeiros e, indiretamente, da população exposta à fumaça. Os resultados preliminares reforçam a necessidade urgente de medidas como o uso de equipamentos de proteção respiratória adequados, algo que ainda não é rotina na corporação. A equipe agora está na fase de análise detalhada dos dados e na preparação de artigos científicos. Também está prevista uma nova etapa com a coleta de material biológico, como amostras de urina, para avaliar de forma ainda mais precisa os impactos da exposição química no organismo dos bombeiros. Com apoio da FAPDF, a pesquisa busca transformar esses resultados em recomendações práticas e políticas públicas, contribuindo para protocolos de segurança mais rigorosos e ações de prevenção que beneficiem não apenas a corporação, mas toda a população do DF, que também sofre os efeitos da fumaça durante os períodos de queimadas. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Tecnologia leva realidade aumentada à indústria do Distrito Federal
Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), o projeto AuQUA-DF propõe soluções inovadoras que unem tecnologia de ponta à realidade produtiva do Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (Ride). O nome AuQUA é a sigla em inglês para Augmented-based Quality Assurance, que pode ser traduzido como Garantia de Qualidade Baseada em Tecnologias Aumentadas. A nomenclatura reflete o propósito do projeto de incorporar recursos avançados (como realidade imersiva, inteligência artificial e visão computacional) para otimizar processos de montagem e controle de qualidade no setor industrial. Protótipo do projeto AuQua DF em sua fase de testes | Fotos: Divulgação/FAPDF Coordenado pelo pesquisador Sanderson César Macêdo Barbalho, o projeto AuQUA-DF foi selecionado no âmbito do edital FAPDF Learning (2022). A iniciativa desenvolve um Sistema de Assistência ao Trabalhador Baseado em Inteligência Aumentada, voltado a operações manuais de montagem. A tecnologia fornece instruções dinâmicas por realidade aumentada (RA) e executa testes automatizados em tempo real, por meio de câmeras inteligentes e integração com dados CAD (modelos digitais de montagem criados por computador), experiências operacionais anteriores e conhecimento especializado. [LEIA_TAMBEM]Segundo o coordenador, o objetivo central é viabilizar esse sistema para pequenas e médias empresas, com foco em eficácia de custos e acessibilidade: “Estamos propondo um sistema baseado em câmeras e aprendizado profundo que permite fornecer instruções em tempo real e testar operações complexas de montagem, mesmo em ambientes com hardware limitado. Essa abordagem representa uma contribuição relevante para o campo da inteligência aumentada e sua aplicação prática na indústria”. O projeto conta com a participação de instituições de pesquisa renomadas, como Universidade de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de Araraquara e RWTH Aachen, da Alemanha. Também estão envolvidas empresas do setor industrial e tecnológico, como Extreme Digital Systems (EDS), Randon Implementos e Baldan Máquinas Agrícolas. Professor Sanderson César Macêdo Barbalho (à esquerda) com seus alunos do projeto AuQua DF Ao integrar tecnologias emergentes com metodologias participativas e foco na inclusão produtiva, o AuQUA-DF exemplifica como o apoio à pesquisa aplicada pode gerar soluções com impacto real no setor industrial. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Lançada segunda chamada do Start BSB, que apoiará mais 100 startups
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) lançou nessa quinta-feira (26), no último dia do Innova Summit – evento que ocorreu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães –, o segundo ciclo do programa Start BSB. Após contemplar as primeiras 100 startups na fase inicial do projeto, a FAPDF abre nova chamada pública para selecionar outras 100, do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (Ride). Arte: FAPDF Considerado um dos maiores programas de fomento ao empreendedorismo inovador da região, o Start BSB é voltado à aceleração de startups e ao fortalecimento do ecossistema de inovação do DF e da Ride. A proposta é impulsionar ideias com alto potencial de impacto, oferecendo suporte técnico, mentorias, capacitação e conexões com o mercado e investidores, desde o estágio inicial até a consolidação no mercado. A meta do programa é alcançar 300 startups ao longo de três ciclos anuais, acelerando o desenvolvimento de negócios inovadores em diferentes estágios de maturidade, desde a criação da solução até sua entrada estruturada e sustentável no mercado. Eixos de atuação O Start BSB está estruturado em três eixos complementares: · Eixo I – Ideação e Pré-incubação Desenvolve competências empreendedoras e ajuda a estruturar ideias inovadoras; [LEIA_TAMBEM]· Eixo II – Incubação e Pré-aceleração Visa validar e consolidar modelos de negócio escaláveis; · Eixo III – Aceleração Focado na consolidação das empresas e captação de investimentos. Investimento O segundo ciclo do programa conta com um investimento total de R$ 12 milhões, distribuídos da seguinte forma: · Eixo I: R$ 4,5 milhões (R$ 1,5 milhão por ano); · Eixo II: R$ 3,9 milhões (R$ 1,3 milhão por ano); · Eixo III: R$ 3,6 milhões (R$ 1,2 milhão por ano). Cada fase é conduzida por instituições gestoras e executoras especializadas, selecionadas via chamadas públicas. Entre as parceiras estão a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), a Universidade de Brasília (UnB), o Instituto Multiplicidades e o Camp – programa de aceleração promovido pela Cotidiano, responsável pela tração e desenvolvimento de startups em estágio inicial. Mais informações no site oficial do Start BSB ou na rede social do programa. Prêmio FAPDF Durante painel realizado no Auditório Master, o diretor-presidente da Fundação, Leonardo Reisman, falou sobre o 4º Prêmio FAPDF, cujas inscrições estão abertas até 15 de julho, no site da instituição, por meio do edital Prêmio FAPDF de Ciência, Tecnologia e Inovação. A premiação reconhecerá pesquisadores, startups, servidores públicos e projetos inovadores em oito categorias. A iniciativa, que oferecerá valores em dinheiro, busca valorizar ações que promovam transformação social e avanços tecnológicos. As categorias contempladas incluem Estudante Destaque, Bolsista de Iniciação, Pesquisador Destaque, Pesquisador Inovador, Profissional de Comunicação, Iniciativa GovTech, Startup Acelerada e Startup Não Acelerada, com prêmios que chegam a R$ 12 mil para o primeiro lugar. O diretor-presidente da Fundação, Leonardo Reisman, participou do podcast Inova Talks, parte da programação do Innova Summit | Foto: Divulgação/FAPDF Inova Talks O diretor-presidente da FAPDF também participou do podcast Inova Talks, parte da programação do Innova Summit. E aproveitou para incentivar os participantes a aproveitarem o evento como um ponto de partida para suas próprias jornadas empreendedoras. “Não sejam apenas um ouvinte ou espectador de tudo o que estão vivenciando. Encarem o evento como um indutor de jornada, por que não? Como empreendedor ou empreendedora, essa faísca que pode surgir numa palestra ou numa interação tem o potencial de se transformar em um projeto, em uma ideia. E, nesse caminho, você pode contar com o Governo do Distrito Federal e com a FAPDF por meio dos diversos editais de apoio à inovação.” *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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FAPDF disponibiliza Cartilha de Prestação de Contas 2025
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) disponibilizou a Cartilha de Prestação de Contas FAPDF – MROSC 2025. O material tem como objetivo instruir as organizações da sociedade civil (OSCs) parceiras sobre os procedimentos recomendados na condução de projetos e na aplicação eficiente dos recursos públicos, em conformidade com o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC). Arte: FAPDF A publicação foi elaborada com base na legislação vigente, incluindo a Lei Federal nº 13.019/2014, o Decreto Federal nº 8.726/2016, além dos decretos distritais nº 37.843/2016, nº 39.600/2018 e nº 45.755/2024. Essas normas estabelecem o conjunto de diretrizes legais que regulamentam as parcerias entre o poder público e as organizações da sociedade civil. Destinada exclusivamente às OSCs que firmam termos de colaboração ou fomento com a FAPDF, a cartilha reúne informações essenciais para assegurar a correta administração dos recursos, esclarecendo os cuidados e critérios que devem ser seguidos ao longo da execução financeira. Também reforça a importância de se cumprir o objeto pactuado, alcançar as metas previstas e realizar uma avaliação consistente dos resultados. [LEIA_TAMBEM]Mais do que atender às exigências legais, a publicação reafirma o compromisso da Fundação com a transparência institucional e a responsabilidade na gestão pública, promovendo uma relação mais clara e estruturada com as entidades parceiras. Ao longo da execução dos projetos, serão disponibilizados manuais específicos às OSCs, com foco na simplificação e padronização dos processos. A nova edição também destaca os princípios que norteiam o processo de prestação de contas: transparência, uso eficiente dos recursos, cumprimento do objeto proposto, monitoramento das ações e avaliação dos impactos gerados. A proposta é reduzir dúvidas e lacunas enfrentadas pelas organizações na condução de suas iniciativas, fortalecendo a integridade na utilização dos recursos públicos. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Com novas lideranças, GDF renova compromisso com ciência, tecnologia e inovação
Na última segunda-feira (26), a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) passaram por uma alternância de cargos conduzida com foco na integração institucional. Por decreto do governador Ibaneis Rocha, o então presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, assumiu o cargo de secretário da Secti, enquanto o ex-secretário Leonardo Reisman tornou-se o novo diretor-presidente da Fundação. A mudança reafirma o compromisso do Governo do Distrito Federal com o fortalecimento das políticas públicas voltadas à ciência, à tecnologia e à inovação. A parceria entre FAPDF e Secti, consolidada ao longo dos últimos anos, permanece como eixo estratégico para o desenvolvimento do Distrito Federal. Reunião com a equipe da FAPDF para agradecer a gestão de Marco Antônio Costa Júnior e dar boas-vindas à presidência de Leonardo Reisman | Foto: Divulgação/FAPDF Durante reunião com a equipe da Fundação, a transição foi marcada por um clima de acolhimento, emoção e reconhecimento. Marco Antônio, que esteve à frente da FAPDF por quase cinco anos, relembrou conquistas importantes e destacou que sua atuação na Secti será uma continuidade dos projetos desenvolvidos em parceria com a Fundação. “A FAPDF é uma casa que me ensinou muito. Sigo agora para a Secti com a responsabilidade de fortalecer ainda mais essa parceria que tanto contribuiu para o ecossistema de inovação do DF.” [LEIA_TAMBEM]Já o novo presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, reforçou o compromisso com a continuidade do trabalho. “Conheço de perto os desafios e as oportunidades da área. É uma honra assumir a presidência da Fundação e dar prosseguimento a uma agenda que transforma vidas por meio do conhecimento, da pesquisa e da inovação.” Com trajetórias sólidas e formações de destaque, os dois gestores simbolizam a promoção da produção científica e do desenvolvimento tecnológico regional. Leonardo Reisman é graduado em administração pública, mestre e doutor em ciência política pela Universidade de Brasília (UnB), com certificações internacionais em inovação e políticas públicas. Já Marco Antônio Costa Júnior é economista pela UnB, mestre em economia e formado pelo General Management Program da Harvard Business School. Ambos trazem consigo experiências relevantes no setor público e privado, fortalecendo a convicção de que a atuação conjunta entre FAPDF e Secti seguirá promovendo avanços consistentes para o Distrito Federal. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Exposição virtual valoriza cultura indígena do Centro-Oeste
No dia 19 de abril, é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, data fundamental para reconhecer a diversidade e a resistência dos povos originários na formação do Brasil. A exposição virtual Bororo Vive se destaca como uma importante iniciativa voltada à valorização da cultura indígena, ao promover o acesso a informações sobre um dos povos mais antigos do Cerrado. Lançada em 2017, a mostra permanece disponível gratuitamente na internet, com conteúdo acessível e bilíngue. O projeto foi desenvolvido pelo Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB), com financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), pelo Programa de Difusão Científica, e tem como foco a popularização da ciência e a educação intercultural. O termo bororo significa ‘pátio da aldeia’, o que remete à tradicional disposição circular das casas de suas aldeias, formando um espaço central usado para rituais | Fotos: Divulgação/Museu Virtual Bororo Valorização cultural Voltada especialmente para alunos da educação básica, a mostra apresenta de forma visual e interativa a história, os rituais e a organização social dos bororo ou boe – povo indígena que vive há mais de 5 mil anos no Centro-Oeste do país e atualmente está concentrado em uma reserva no estado de Minas Gerais. A proposta surge da necessidade de incluir a presença indígena no Cerrado nos materiais didáticos e promover o respeito às culturas originárias. “Nosso objetivo foi criar um espaço de aprendizagem visual, onde os alunos pudessem conhecer mais sobre um povo com forte presença histórica, mas pouca visibilidade nos currículos escolares”, explica o professor Gilberto Lacerda, coordenador do projeto. O Brasil tem ainda aproximadamente 230 povos indígenas, que falam cerca de 180 línguas; cada etnia tem sua identidade, rituais, modo de vestir e de se organizar Tecnologia e acessibilidade A plataforma foi desenvolvida em Joomla, mesma tecnologia adotada por outras iniciativas do Museu Virtual da UnB. O conteúdo está disponível em Libras e em quatro idiomas estrangeiros (inglês, francês, espanhol e alemão), ampliando o alcance da exposição dentro e fora do Brasil. A construção da narrativa visual teve como base um acervo fotográfico inédito sobre o ritual funerário bororo, registrado pelo fotógrafo Kim-Ir-Sen Pires Leal, na década de 1980. O material foi organizado com o apoio do próprio autor das imagens e validado junto à comunidade Bororo, que teve acesso ao conteúdo e ao acervo. Rituais e identidade coletiva Um dos destaques da exposição é o funeral bororo, considerado por antropólogos como um dos rituais indígenas mais importantes do Brasil. Mais do que uma cerimônia de despedida, o funeral é um processo complexo que envolve cantos, danças e práticas simbólicas que equilibram a comunidade e reafirmam sua identidade coletiva. “A preservação desses rituais é fundamental para a resistência cultural dos bororo. Nosso papel, enquanto instituição de ensino e pesquisa, é contribuir para que esses saberes sejam respeitados e valorizados”, afirma o professor Gilberto Lacerda. Reconhecimento e perspectivas O projeto representa uma experiência bem-sucedida de como a ciência, aliada à tecnologia e à sensibilidade cultural, pode promover a inclusão e o reconhecimento dos povos originários. Embora não haja planos para expandir a exposição a outras etnias no momento, a iniciativa abre caminho para futuras ações interdisciplinares com foco na educação intercultural. A FAPDF, ao apoiar a realização da mostra, reforça seu compromisso com o fortalecimento da educação e da ciência no Distrito Federal. “Investir em projetos como o Bororo Vive é essencial para ampliar o acesso ao conhecimento e incentivar a valorização da diversidade cultural brasileira”, afirma o presidente da fundação, Marco Antônio Costa Júnior. A mostra foi baseada num acervo fotográfico inédito sobre o ritual funerário bororo, registrado pelo fotógrafo Kim-Ir-Sen Pires Leal na década de 1980 Acesso permanente A exposição Bororo Vive está disponível de forma permanente no portal do Museu Virtual da UnB. Educadores, estudantes e o público em geral podem acessá-la gratuitamente, contribuindo para a construção de uma sociedade mais informada e plural. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Start BSB dá início a novo ciclo de inovação
Na noite desta quarta-feira (3), o auditório da Finatec/UnB, em Brasília, foi palco do Start BSB NOW, evento que apresentou as primeiras startups selecionadas na segunda edição do Programa Start BSB. A iniciativa da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) se consolida como um dos principais fomentos públicos para o empreendedorismo inovador no Brasil, com investimento total de R$ 41,85 milhões para apoiar 300 startups ao longo de três anos. Além de dar boas-vindas às 100 primeiras startups selecionadas, o evento reuniu autoridades como a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão; o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Reisman; o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior; e o vice-presidente da fundação, Paulo Nicholas. Em sua fala de abertura do evento, o presidente da FAPDF e anfitrião do evento, Marco Antônio Costa Júnior, reforçou a importância do programa para a inovação local: “Queremos não apenas oferecer financiamento, mas criar um ambiente propício para que as startups cresçam, validem seus modelos de negócio e conquistem novos mercados”, afirma. O evento reuniu 250 pessoas, entre profissionais do ecossistema de inovação do DF e autoridades do governo do GDF | Foto: Divulgação/FAPDF A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, reforçou a importância da tecnologia para o setor produtivo. “O governo precisa investir em alternativas para energia verde, renovável, sustentável; e a tecnologia é sim um caminho essencial para alcançar isso”, destacou. Um dos momentos mais aguardados do encontro foi a palestra de Elton Euler, referência nacional no ecossistema de inovação e empreendedorismo. Nascido em Taguatinga, Elton foi um dos empreendedores contemplados pelo edital Startups Brasília, projeto embrionário lançado em 2015, que deu vida ao Start BSB – Programa FAPDF de Startups. Na época, sua empresa Mubbit Tecnologia da Informação Ltda foi selecionada para receber R$ 200 mil em subvenção econômica para desenvolver o projeto “Mubbit Fidelidade”. Embora a startup não tenha alcançado o sucesso esperado, a experiência moldou sua trajetória empreendedora. Hoje, Elton lidera um conglomerado empresarial de grande porte e é reconhecido como um dos grandes nomes do setor de inovação no Brasil. A participação no Start BSB NOW reforçou a importância do programa na formação de empreendedores resilientes e inovadores, que transformam desafios em oportunidades. Hoje, Elton possui mais de 3 milhões de seguidores no Instagram e é referência em inovação. “Até a FAPDF entrar na minha vida eu não sabia que eu tinha, na verdade, total desconhecimento sobre o que era empreender. Eu tive mais de 16 modelos de negócios que não deram certo”, afirmou Elton durante a palestra no auditório da Finatec lotado, com capacidade para 250 pessoas. O empresário apresentou imagens que revelam o início de sua trajetória, como morador de baixa renda de Taguatinga, onde vivia com sua mãe. Atualmente, Euler reside em uma mansão na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, com mulher e filhos que usufruem de uma elevada qualidade de vida, conquistada após a persistência e determinação na carreira dos negócios. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Projeto de ciência de dados contribui para políticas públicas de migração
Seja ela motivada por conflitos armados, crises climáticas, desastres ambientais ou escassez de alimentos, a migração é conceituada como um direito básico da humanidade. As experiências, memórias e identidades envolvidas no processo de mobilidade territorial são também os principais fatores responsáveis pela evolução da espécie humana. Compreender os deslocamentos e suas implicações é essencial para a construção de políticas públicas eficazes. Nesse contexto, a ciência de dados desempenha um papel crucial. A utilização da ciência de dados para entender e auxiliar a gestão das migrações internacionais é um dos grandes desafios da atualidade. No Distrito Federal, o Núcleo DataMigra, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), tem se destacado nessa missão ao integrar diferentes bases de dados, garantir a qualidade das informações e respeitar a segurança e a privacidade dos migrantes. Estudos sobre dados migratórios com apoio da FAPDF integram dados que respeitam normas de qualidade de informações, segurança e a privacidade dos migrantes | Foto: Arquivo/DataMigra) Segundo Leonardo Cavalcanti, pesquisador responsável pelo projeto, o DataMigra enfrenta desafios como a integração de múltiplas bases de dados e a necessidade de respeitar a proteção de dados sensíveis. “Nosso trabalho busca enfrentar esses desafios com o máximo rigor científico e responsabilidade ética”, afirma Cavalcanti. Para isso, o DataMigra promove oficinas para capacitar gestores e pesquisadores no uso da ferramenta, além de organizar visitas de estudantes da rede pública do DF à sala de situação de dados, ampliando a compreensão sobre as dinâmicas migratórias. “O apoio da FAPDF a iniciativas como o DataMigra reforça nosso compromisso com pesquisas que impactam diretamente a formulação de políticas públicas e a inclusão social”, destaca Marco Antônio Costa Júnior, presidente da FAPDF. Políticas públicas Com uma interface intuitiva e visualização dinâmica, o DataMigra permite a análise detalhada de fluxos migratórios, vistos emitidos, registros fronteiriços e integração no mercado de trabalho. Essas informações são fundamentais para que gestores elaborem políticas públicas mais eficazes e baseadas em evidências. “A nova versão do DataMigra BI foi lançada com o objetivo de subsidiar decisões governamentais com dados atualizados, promovendo a inclusão e a garantia de direitos dos migrantes”, explica Cavalcanti. O projeto também colabora com o Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), que publica relatórios periódicos sobre migrantes e refugiados no Brasil, fornecendo informações essenciais para o planejamento de políticas públicas. Vice-presidente da FAPDF, Paulo Nicholas participa do painel ‘Internacionalização: Elementos de Estratégia’, durante o evento na capital da França | Foto: Arquivo/FAPDF Imigração como fator de desenvolvimento Um dos principais destaques das pesquisas conduzidas pelo DataMigra é o impacto positivo da imigração na economia do Distrito Federal. Contrariando percepções negativas, os dados mostram que a presença de migrantes e refugiados tem ajudado a suprir a carência de mão de obra em setores estratégicos, como construção civil e tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento local. “Os dados demonstram que a imigração não é um problema, mas um ativo para o crescimento econômico e social do Distrito Federal e do Brasil”, reforça Cavalcanti. Cooperação internacional e o futuro do estudo das migrações A relevância desse campo de estudo também se reflete na articulação acadêmica global. Em parceria com a Université Paris 8, o DataMigra tem promovido eventos internacionais para debater os desafios das migrações em meio a crises geopolíticas. “A cooperação entre pesquisadores de diferentes laboratórios e universidades potencializa nossos métodos e amplia o alcance das pesquisas”, conclui Cavalcanti. Um dos eventos de maior impacto nesse sentido foi o Colóquio Internacional realizado na Université Paris 8, na França, entre os dias 11 e 12 de março. O evento reuniu especialistas, acadêmicos renomados e policy makers para discutir políticas públicas sob uma perspectiva comparada entre Brasil e França. “O evento abordou diversas políticas públicas, incluindo as políticas migratórias de ambos os países e suas aplicações locais”, explica Cavalcanti. Durante o evento, o pesquisador apresentou a sala de situação de dados migratórios da UnB e o sistema DataMigra BI. “O DataMigra BI, apoiado pela FAPDF, é hoje um sistema de referência internacional na ciência de dados, principalmente pela capacidade de disponibilizar, com periodicidade, dados oficiais que passam por um rigoroso tratamento desde a coleta até a análise e divulgação”, destaca. Esteve presente no Colóquio, em Paris, o vice-presidente da FAPDF, Paulo Nicholas, o gestor destacou a importância da ciência e da tecnologia brasileira para uma noção de cidadania ampla. “Algo que me chamou atenção durante as visitas à França foi o fato de um dos cursos de engenharia, que tem sido prioridade, ser chamado de Engenharia da Soberania. Um curso que consiste em tudo que envolve ciência, tecnologia e inovação”, sua fala destaca o compromisso da gestão com a ciência vista de maneira ampla e plural. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Projeto Escolas Inovadoras implementado no CEF 11 de Taguatinga recebe selo ODS de Educação
“É muito bom saber que a inovação caminha com a educação em direção a uma educação de qualidade e inclusiva.” As palavras da chefe de Governança da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Ana Aragão, expressam a satisfação de ver um projeto apoiado pela Fundação, certificado pelo selo ODS de Educação, durante a cerimônia realizada no dia 20 deste mês, no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Conheça os ODS Os objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU formam um conjunto de 17 metas globais estabelecidas em 2015 para guiar a humanidade rumo a um futuro mais justo, sustentável e equilibrado. Eles abrangem desafios como a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades, a preservação do meio ambiente e o fomento à paz e à educação de qualidade. A proposta é que governos, empresas e a sociedade civil trabalhem juntos para atingir esses objetivos até 2030, promovendo um desenvolvimento que não comprometa os recursos das futuras gerações. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU são um conjunto de 17 metas globais estabelecidas em 2015 para guiar a humanidade rumo a um futuro mais justo, sustentável e equilibrado | Fotos: Divulgação/IPEDF Ação no DF A FAPDF esteve presente como suporte ao projeto Escolas Inovadoras, uma iniciativa da Secretaria de Educação (SEEDF), executada pela Universidade Católica de Brasília (UCB). O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11, em Taguatinga-DF, é uma das instituições de ensino contempladas pelo projeto, que consiste em melhorias tanto na estrutura de escolas da rede pública quanto em inovação pedagógica, orientando um ensino humanizado, multidisciplinar e que prepare os futuros profissionais da região não somente para o mercado de trabalho, mas também para uma sociedade mais justa e consciente. Michelle Paiva é coordenadora pedagógica e acredita que as transformações refletem diretamente na qualidade do ensino e no bem-estar da comunidade escolar. “Nossa proposta é diálogo e acolhimento. O CEF 11 é uma escola que está priorizando o aluno. Somos uma escola inclusiva, temos os alunos típicos, os alunos neurotípicos e os alunos PDC também. Então a gente tem que fazer essa mediação e essa integração”, destacou a profissional que é uma das representantes do corpo técnico da escola. Objetivos entregues Na cerimônia, 74 instituições de ensino foram certificadas com o selo ODS de Educação, um reconhecimento pelo compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Entre as contempladas, estão 26 universidades e institutos federais, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além de dez universidades estaduais, 24 instituições privadas e comunitárias e 14 centros, colégios e escolas. A certificação destaca o papel dessas entidades na promoção de iniciativas que alinham ensino, pesquisa e extensão a práticas sustentáveis e socialmente responsáveis. O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11, em Taguatinga-DF, é uma das instituições de ensino contempladas pelo projeto A premiação reforça a importância da educação como pilar para o desenvolvimento sustentável, incentivando as instituições a ampliarem projetos que impactam diretamente suas comunidades. Universidades como a Federal de Alagoas (Ufal) e a Estadual do Maranhão (Uema) já desenvolvem ações voltadas para a inclusão social, inovação e preservação ambiental, refletindo os princípios dos ODS. Ao reconhecer esses esforços, o evento no Museu do Amanhã fortalece a rede de educação sustentável no Brasil, incentivando novas iniciativas e consolidando a academia como agente transformador na busca por um futuro mais equilibrado e justo. O projeto Escolas Inovadoras, representado pela Universidade Católica de Brasília, foi certificado por cumprir três dos ODS: – ODS 4 – Educação de Qualidade: procura garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos, promovendo oportunidades de aprendizado ao longo da vida. Envolve desde o acesso universal à educação básica até a formação profissional, reduzindo desigualdades e preparando indivíduos para enfrentar desafios sociais e econômicos; – ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis: foca a criação de ambientes urbanos mais resilientes, acessíveis e sustentáveis. Isso inclui melhor planejamento urbano, moradia digna, transporte eficiente, preservação ambiental e redução do impacto das mudanças climáticas, garantindo que as cidades sejam lugares mais seguros e inclusivos para seus habitantes; – ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação: reconhece que o alcance dos ODS depende da cooperação global. Incentiva alianças entre governos, setor privado e sociedade civil para mobilizar recursos, compartilhar conhecimentos e fortalecer capacidades, garantindo que as metas sejam atingidas de forma integrada e eficaz. Meta brasileira A iniciativa de premiar instituições de ensino focadas em melhorias educacionais estimula novas práticas inovadoras que expandem o ambiente da sala de aula e exploram as capacidades educacionais. O professor Carlos Longo, reitor da UCB, acredita que o projeto Escolas Inovadoras apoia o desenvolvimento do Distrito Federal. “É um prazer enorme estar aqui na Cidade Maravilhosa para receber o selo ODS de Educação, com a Secretaria de Educação do Distrito Federal e o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal”, declarou. A implementação de projetos na SEEDF é caracterizada pela união e esforço dos envolvidos. Assim avalia o secretário-executivo da pasta, Isaías Aparecido: “É um começo que a partir de agora terá continuidade na nossa rede de ensino”. A coordenadora regional de ensino de Taguatinga, Daniela Freitas, também avalia positivamente a certificação: “Trabalhamos durante todo o período a sustentabilidade dentro da educação e valores éticos muito importantes para que o indivíduo seja reconhecido dentro da nossa sociedade”. O coordenador do projeto e professor na UCB Renato Brito também declarou a satisfação no reconhecimento dos avanços obtidos por meio do projeto. “Pode ser um modelo não somente para toda rede educacional do Distrito Federal, como também para toda educação do país”, enfatizou o professor. “Estamos vivendo um marco do Instituto Selo Social que vem atuando nos últimos dez anos no fomento à iniciativas de impacto social que estejam alinhadas às ODS. A gente faz isso a partir dos esforços de um grupo de pessoas que dedicam suas vidas para estimular que atores de diversas partes do Brasil possam atuar em iniciativas que ajudem aquele território a ser melhor pra viver”, declara Fernando Assanti, presidente do Selo Social, instituição responsável pela iniciativa do evento. Sobre o Selo Social Fundado em 2005 como Associação Fala Guri, o Instituto Selo Social atua nacionalmente com o objetivo de fomentar o Desenvolvimento Social Local, o instituto investiu na mobilização, capacitação e integração dos três setores da sociedade. Em 2014, com o crescimento do programa Selo Social, a organização passou a ser reconhecida por esse nome, consolidando-se como referência na certificação e estímulo de iniciativas sociais alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Hoje, o Instituto Selo Social impacta diretamente comunidades em diversos estados brasileiros, incluindo Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e o Distrito Federal. Com uma metodologia independente de influências políticas e econômicas, a organização já apoiou mais de 500 instituições anualmente, promovendo parcerias estratégicas e incentivando boas práticas corporativas voltadas para a construção de um mundo mais justo e sustentável, alinhado à Agenda 2030. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Dia Internacional da Mulher: O impacto do Meninas Velozes na popularização da ciência
A data de 8 de março ganha, gradativamente, maior destaque e reflexões em diferentes setores conforme os direitos e acessos das mulheres vão se ampliando ao redor do mundo. Estimular que uma nova geração de mulheres esteja consciente de sua potência é também um compromisso da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), que reforça seu compromisso com a equidade de gênero na ciência ao apoiar iniciativas como o programa Meninas Velozes. A iniciativa, coordenada pela professora Dianne Magalhães Viana, da Universidade de Brasília (UnB), visa a promover a inclusão de meninas da periferia nas engenharias e ciências exatas. “A FAPDF tem um papel essencial no desenvolvimento de pesquisas que não apenas impulsionam a inovação, mas também transformam realidades, reduzindo desigualdades históricas e fortalecendo a presença feminina nas ciências”, destaca Marco Antônio Costa Júnior, presidente da FAPDF. Estimular que uma nova geração de mulheres esteja consciente de sua potência é também um compromisso da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) | Foto: Divulgação/FAPDF Financiamento Graças ao apoio da FAPDF, o Meninas Velozes tem ampliado a compreensão sobre os desafios enfrentados por mulheres no acesso e permanência em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). O financiamento permitiu a investigação de fatores sociais que influenciam a escolha profissional das meninas, além de possibilitar a criação de metodologias inovadoras baseadas em aprendizagem ativa. A parceria internacional com a professora Valerie Ganem, da Université Sorbonne Paris Nord, viabilizada pelo financiamento, fortaleceu a internacionalização do projeto. Em 2024, a professora Ganem atuou como pesquisadora visitante, aprofundando estudos sobre a afinidade das alunas com as ciências e matemáticas desde o ensino fundamental. A pesquisadora Maura Angelica Milfont Shzu, especialista em metodologias ativas e educação STEM, reforça a importância de ampliar a presença feminina nessas áreas. “A equidade de gênero em STEM impacta diretamente a economia, o bem-estar social e a justiça. Quanto mais mulheres em carreiras científicas, maior o desenvolvimento de soluções inovadoras e inclusivas”. Ela também alerta para a necessidade de políticas públicas voltadas à formação e permanência de mulheres, especialmente negras e de baixa renda, nas engenharias e ciências exatas. “Muitas desistem por falta de suporte e por enfrentarem ambientes hostis. Projetos como o Meninas Velozes são fundamentais para mudar esse cenário”, afirma. Transformando histórias A trajetória de Andressa Fonsêca Coelho, graduanda em Comunicação Social e atual mentora do projeto, é um reflexo do impacto do Meninas Velozes. “Entrei no programa no ensino médio, cheia de incertezas. Hoje, como monitora, ajudo outras meninas a se verem como parte desse mundo. A educação transforma e abre portas”, conta. Ela enfatiza que a mudança na percepção social sobre o papel das mulheres na ciência passa pela educação e representatividade. “Precisamos ver mais mulheres nessas carreiras, tanto nas universidades quanto no mercado de trabalho. Isso encoraja novas gerações”. Expandindo horizontes Para Laura Sousa, engenheira florestal e mestranda em Botânica pela UnB, a presença feminina é essencial para um futuro inovador e inclusivo. Desde 2013, o Meninas Velozes impactou mais de 560 alunas em 150 oficinas. Agora, em nível nacional, a iniciativa se expande com parcerias com universidades como UTFPR, UFU, UFRN e UFES, ampliando seu alcance e garantindo que mais meninas tenham acesso às ciências e engenharias. “Ao ocupar espaços historicamente negados às mulheres, o Meninas Velozes transforma vidas e abre caminho para novas gerações de cientistas e engenheiras”, conclui Laura. Com o apoio da FAPDF, a ciência brasileira se fortalece e avança na construção de um futuro mais justo, diverso e inclusivo para as mulheres e meninas do Distrito Federal e do Brasil. Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Marca de cosmético brasiliense une sustentabilidade e nanotecnologia
Corredores ocupados e coloridos por jovens universitários, pesquisadores e um público ativamente interessado pela novidade que a Cooil Cosméticos oferece para o mercado. Assim foi o lançamento da coleção mais recente da marca brasiliense que recebeu fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). A partir do potencial inovador da nanotecnologia, um time de jovens pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) sob a liderança do pós-doutor Victor Carlos Mello da Silva utiliza sementes e materiais orgânicos que seriam descartados em escala industrial. “Espero que as próximas edições tenham muito mais inovação e ciência de qualidade. O crescimento de uma sociedade é medida também pela quantidade de doutores em proporção, só que eles não estão apenas na academia. Então é importante ter iniciativas como eventos, disciplinas, startups universitárias, para provar que cientistas podem trabalhar em outros setores como o setor produtivo”, pontua Victor. Na Cooil Cosméticos, a nanotecnologia é utilizada para que os produtos tenham maior durabilidade e absorção na pele | Fotos: Eliza Mendes/FAPDFFotos: Eliza Mendes/FAPDF Utilizada de forma disruptiva em setores como indústria, energia, medicina e alimentos, a nanotecnologia compreende, controla e utiliza materiais em escala muito pequenas, chamada de nanoescala. Na Cooil Cosméticos, essa tecnologia é utilizada para que os produtos tenham maior durabilidade e absorção na pele. Ao unir nanotecnologia com sustentabilidade e circularidade, a marca se estabelece como um importante ativo no ecossistema de inovação, não somente do Distrito Federal. A Cooil Cosméticos também aponta direções em perspectivas nacionais e internacionais quanto à potência do negócio, já que o material orgânico coletado para composição dos produtos possui diálogo direto, e pautado na ética, com as comunidades tradicionais com as quais interage. A empresa brasiliense aponta direções em perspectivas nacionais e internacionais quanto à potência do negócio Um exemplo disso é a parceria com a marca Amélias da Amazônia, que oferece insumos de seu óleo de andiroba 100% puro e artesanal para a Cooil Cosméticos. Trata-se de um empreendimento feminino liderado por mulheres da Flona do Tapajós, região Oeste do Pará. Ao relacionar a matéria-prima dos produtos com a população que representa o território de onde eles são retirados, a marca compreende com profissionalismo científico quais os impactos de uma indústria que não traça, esse caminho que inicia nas florestas e finaliza na pele dos consumidores finais. A marca criada na UnB busca se opor a esse ciclo. A pesquisa e o evento em torno da marca foram fomentados pelos editais Bio Heath Learning 04/2022 e Chamada – FAPDF Movimenta 01/2024, respectivamente. O resultado das iniciativas vão ao encontro com a missão da FAPDF, já que todo o processo de estudos e aplicação culminou num evento que proporcionou diálogo entre sociedade, instituição de pesquisa e setor produtivo. “É dessa forma que acreditamos na força das atividades de apoio e fomento realizadas na fundação, observando exemplos como este. O projeto, que segue inspirando novas gerações de inovadores da pesquisa e da ciência, tem entre os participantes cientistas já reconhecidos pelo Prêmio FAPDF nas últimas edições. É nessa ciência aplicada de maneira palpável e acessível que acreditamos que, oferecendo a baixo custo para população uma solução que auxilia na saúde e na autoestima das pessoas”, finaliza o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior. *Com informações da FAPDF
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FAPDF fecha parceria para aplicativo sobre cuidados da saúde do idoso no DF
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) deu um passo importante no campo da inovação tecnológica voltada para a saúde, ao aprovar uma parceria com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) para o desenvolvimento do projeto Geniio-S. A iniciativa tem como ação implementar uma plataforma digital que oferece aos idosos um ambiente virtual em que possam acessar informações sobre saúde, receber orientações personalizadas e monitorar seus dados em tempo real. A plataforma também será útil para cuidadores e familiares, que poderão acompanhar o estado de saúde dos seus idosos, promovendo um envelhecimento mais saudável e ativo. Com a expectativa de vida em alta, cresce a demanda por políticas públicas e iniciativas que garantam um envelhecimento ativo e com qualidade de vida | Foto: Divulgação/FAPDF “O projeto Geniio-S representa um importante avanço no campo da saúde e vai transformar a maneira como os idosos gerenciam suas vidas no Distrito Federal, de um modo geral. Investir em cuidados preventivos reduz a necessidade de tratamentos mais caros e complexos”, disse o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior. O DF, assim como o restante do Brasil, enfrenta um processo acelerado de envelhecimento populacional. Com a expectativa de vida em alta, cresce a demanda por políticas públicas e iniciativas que garantam um envelhecimento ativo e com qualidade de vida. Pensando nisso, a FAPDF está disponibilizando R$ 700 mil, por meio da Emenda Parlamentar, para apoiar esta iniciativa. “O projeto está alinhado com os objetivos institucionais da Fundação, que busca promover o progresso científico e tecnológico em áreas cruciais, como saúde e educação para a população idosa”, afirmou o coordenador da área de Tecnológica e de Inovação da FAPDF, Gilmar dos Santos Marques. A iniciativa é parte do plano de trabalho “Desenvolvimento de tecnologias para gestão do autocuidado”, que integra o Programa Educativo UniSER/UnB, uma colaboração entre a Universidade de Brasília (UnB) e parceiros estratégicos. O projeto começou a ser testado em 2021 na Unidade Básica de Saúde 06, em Ceilândia, envolvendo idosos da comunidade local. Os resultados iniciais foram animadores, com melhorias observadas em indicadores como índices bioquímicos, composição corporal e capacidade funcional dos participantes. O cronograma de desembolso e os procedimentos de fiscalização foram cuidadosamente analisados e considerados adequados, garantindo que os recursos sejam disponibilizados de acordo com as necessidades do projeto. A execução será monitorada por uma comissão designada, que avaliará o progresso físico e financeiro da parceria por meio de auditorias e visitas técnicas. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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FAPDF lança manual de aplicação da marca para seus parceiros
Para garantir a padronização e a correta aplicação da identidade visual em diferentes contextos, a FAPDF elaborou um Manual de Aplicação da Marca. Este documento orienta parceiros, colaboradores e instituições parceiras sobre as diretrizes de aplicação, garantindo a consistência visual em todos os materiais e plataformas. O Manual de Aplicação da Marca pode ser baixado neste link. A marca da FAPDF representa o compromisso do DF com o desenvolvimento científico e tecnológico. Composta por quatro elementos fundamentais – o símbolo, o logotipo, as cores e a assinatura completa – cada um desses componentes comunica aspectos essenciais da identidade e missão da Fundação. A marca da FAPDF representa o compromisso do DF com o desenvolvimento científico e tecnológico | Foto: Divulgação/FAPDF O símbolo em formato circular e estilizado à esquerda é uma abstração que sugere conexão, movimento e crescimento, remetendo à ciência e à inovação como processos contínuos e interligados. Essa forma circular também pode ser notada como um ícone de integração, em alusão à atuação da FAPDF como ponto de encontro entre governo, academia, setor produtivo e sociedade. Este símbolo, em amarelo, na versão original da marca, representa a letra C do conhecimento, da ciência e do compromisso. A escolha desse formato é uma referência ao caminho do desenvolvimento científico e tecnológico, inspirado nas curvas do cérebro humano, com relação ao processo contínuo de aprendizado, descoberta e inovação. Este elemento visual convida o observador a percorrer o “Caminho” da ciência, capturando a essência do apoio que a FAPDF oferece aos que buscam e apresentam soluções inovadoras em prol da melhoria da qualidade de vida, da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente da nossa região e do país. O logotipo em azul apresenta uma fonte sem serifa (não possui prolongamentos no fim das hastes das letras), com formas arredondadas e curvas suaves. Essas características representam a modernidade, o processo de continuidade do trabalho da Fundação, com foco na inovação. A perfeita legibilidade da fonte conversa com os princípios da FAPDF de integridade e transparência. As cores institucionais são representadas pelas variações das cores primárias azul e amarelo, mantendo um alinhamento com a identidade da marca do Governo do Distrito Federal (GDF). O azul da FAPDF possui uma tonalidade mais escura e acinzentada aproximando-se de um azul petróleo, que é associado à tranquilidade, à harmonia e ao estímulo do exercício intelectual. O amarelo é uma cor que também estimula o raciocínio e as atividades mentais, transmitindo inspiração, criatividade, concentração e foco. A associação do amarelo quente com o tom frio do azul, além de produzir um contraste que se complementam, é ideal para acentuar sensações de otimismo e prosperidade. A marca também é acompanhada por sua assinatura completa com o nome da Fundação por extenso abaixo do logotipo, que destaca o título desta instituição de apoio à pesquisa do Distrito Federal e reafirma seu compromisso com o desenvolvimento de um ecossistema científico e tecnológico inovador, por meio de projetos que impulsionam a sustentabilidade e as transformações positivas da capital do Brasil. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Mostra de tecnologia leva inovação para governo e empresas do Distrito Federal
O Centro de Convenções Ulysses Guimarães sedia a 6ª edição da mostra de tecnologia Brasília Mais TI, realizada pelo Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal (Sinfor-DF), com apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). O evento é um ponto de encontro de especialistas, empresários, estudantes e entusiastas da tecnologia. As atividades começaram nesta terça (26) e seguem até quinta-feira (28). O propósito do evento é incentivar debates, networking e a disseminação de conhecimento tecnológico na capital federal | Foto: Divulgação/Secti-DF A mostra traz uma programação diversificada, incluindo painéis, exposições e hackathons, além de competições de robótica e ativações interativas com o público. Dentre os temas abordados estão: meio ambiente, governança digital e sustentabilidade, transformação social por meio da computação, inteligência artificial (IA) e mercado jurídico. “Esta mostra não é apenas um ponto de encontro para empresários e especialistas, mas também um espaço de colaboração, em que novas ideias podem florescer e transformar o nosso futuro” Marco Antônio Costa Júnior, presidente da FAPDF O propósito do evento é incentivar debates, networking e a disseminação de conhecimento tecnológico na capital federal. Além do presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, estiveram presentes na cerimônia de abertura, na tarde de terça, autoridades como o presidente do Sinfor-DF, Carlos Jacobino, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman, além de representantes do setor privado do Distrito Federal. Uma das principais atrações da 6ª Brasília Mais TI é o Hackathon FAPDF. Os participantes têm a oportunidade de trabalhar em projetos que utilizam tecnologias emergentes, além de mostrar suas habilidades e inovações a um público mais amplo, incluindo representantes de empresas, investidores e autoridades governamentais. O vencedor do hackathon receberá prêmios e apoio para desenvolver ainda mais suas ideias. “Temos testemunhado como a tecnologia tem moldado nossa sociedade, gerando oportunidades e desafios. Esta mostra não é apenas um ponto de encontro para empresários e especialistas, mas também um espaço de colaboração, em que novas ideias podem florescer e transformar o nosso futuro”, disse Marco Antônio. Outro grande destaque desta edição é o lançamento do Observatório do Empreendedorismo Feminino, que atua para transformar o cenário de inovação ao discutir estratégias para fortalecer a presença das mulheres no setor tecnológico e empresarial. A mostra quer inspirar empresas de todos os portes a acelerarem seus processos de transformação digital, utilizando tecnologias emergentes como inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e análise de dados. “Vejo com alegria a quantidade de eventos de tecnologia que nossa capital recebe, como a Campus Party e o Inova Summit, entre outros. Acho que o Brasília Mais TI deixa um legado, porque é formatado pelo setor privado para o setor privado”, ressaltou Leonardo Reisman. Além da FAPDF, o evento conta ainda com a parceria do Sebrae Nacional, da Caixa Econômica Federal, e da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), entre outros. “O governo necessita de soluções para serviços aos cidadãos. A tecnologia é uma porta fantástica porque provê essas soluções para o governo, para fazer a nossa cidade cada vez mais forte e referência em tecnologia para o Brasil”, disse o presidente do Sinfor-DF, Carlos Jacobino. Para saber mais, acesse: www.brasiliamaisti.com.br. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
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