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Estudantes com deficiência auditiva visitam exposição de artista surdo 

Olhares com o brilho da representatividade pairavam no ar do Museu Nacional da República, refletidos em dezenas de alunos que visitavam a exposição de arte Estrela do Silêncio, em cartaz até domingo (16). Nesta semana, turmas de alunos surdos das escolas bilíngues de Taguatinga e da Asa Sul tiveram a oportunidade de conhecer as obras do artista plástico Marcos Anthony. Estudantes de escolas bilíngues puderam ver de perto a produção do artista | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com transporte e acesso gratuito ao equipamento público, os estudantes admiraram empolgados as obras. Diversos quadros possuíam tecnologia interativa pela câmera do celular, o que deixou tudo ainda mais dinâmico, além das interações com a escola e o artista. Já tendo marcado presença em mostras nacionais, na Espanha e nos Estados Unidos, Marcos é o primeiro artista surdo a formar-se em arquitetura no Brasil. Sofia Pontes Santos, 15, mostrou-se entusiasmada com a visita. “Estou sentindo verdadeiramente a emoção que é transmitida nessa exposição, e no futuro eu quero seguir essa área”, disse. “Acho importante ter exposições como essa para ter empatia com o outro, perceber que o surdo é capaz e que [a arte] não é só um desenho, mas transmite a história dele. Mostra essa comunicação com a arte”. Marcos Anthony interagiu com os estudantes durante a visita: “Isso para mim é muito grande, porque aqui eu falo muito sobre alcançar os sonhos e que todos somos capazes de qualquer coisa. Não há limitações” As obras retratam a história de vida do artista, que descreveu as pinturas a óleo como uma forma de expressar a importância do amor e de contar sua trajetória desde a infância. O projeto é uma realização da Tangará Desenvolvimento Social, em rede de parcerias com o Instituto Bem Cultural, a Raruti Comunicação e Design e a Oitava Casa. “É uma honra mostrar essa exposição para esse público”, afirmou Marcos Anthony. “Uma criança olhou para mim e disse: ‘quando eu crescer, quero ser igual a você’. E isso para mim é muito grande, porque aqui eu falo muito sobre alcançar os sonhos e que todos somos capazes de qualquer coisa. Não há limitações”. “Os nossos estudantes surdos verem um artista surdo e pensarem que têm essa possibilidade de um dia se tornarem um profissional que está expondo em um lugar que é de suma importância” Alliny Andrade, diretora da Escola Bilíngue do Plano Piloto A diretora da Escola Bilíngue do Plano Piloto, Alliny Andrade, reforçou a importância da visita a um dos pontos importantes da capital federal e, principalmente, do contexto da ação. “Os nossos estudantes surdos verem um artista surdo e pensarem que têm essa possibilidade de um dia se tornarem um profissional que está expondo em um lugar é de suma importância”, acentuou. “Principalmente para nós, que somos de Brasília, é algo primordial. Eles se encontram nessa questão do espelhamento.”   Mais que uma exposição Fran Favero, diretora do Museu da República: “É importante que o museu não seja visto meramente como uma galeria de arte, porque ele não é isso. É um espaço de formação, educação, criação de memória, pesquisa, encontro, e tudo isso faz o museu acontecer” O museu é um espaço acessível ao público, com a mediação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) desempenhando um papel importante incluído em ações pedagógicas – como o projeto Museu é o Mundo, que tem verba do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). O programa educativo atende escolas públicas e privadas, além de grupos comunitários para atividades que exploram diversas linguagens artísticas. “Nossas visitas abordam isso de uma forma sensível, não somente traduzindo, mas trazendo interpretação e abrangendo a visualidade nessa outra chave, que é a linguagem deles. É como se a escola virasse um mirante para a arte e para o mundo” Rebeca Borges, coordenadora do projeto Museu é o Mundo A coordenadora pedagógica do projeto, Rebeca Borges, ressaltou que essa iniciativa tem transformado a experiência dos visitantes e ampliado o alcance da arte na sociedade. “Visitas mediadas em Libras possibilitam que pessoas surdas tenham uma experiência completa e enriquecedora, permitindo a compreensão plena das exposições e da história das obras”, detalha. “Nossas visitas abordam isso de uma forma sensível, não somente traduzindo, mas trazendo interpretação e abrangendo a visualidade nessa outra chave, que é a linguagem deles. É como se a escola virasse um mirante para a arte e para o mundo.” A diretora do Museu Nacional da República, Fran Favero, também destacou que o espaço localizado no coração da capital federal tem compromisso com a democratização da cultura e o acesso à educação, desenvolvendo um programa educativo que integra a educação patrimonial, a arte-educação e o amplo acesso. “O museu é um espaço gratuito e aberto a todos, então estamos sempre criando estratégias de acessibilidade e entendendo as necessidades da população para que ela possa experimentar e se sentir bem-vinda”, frisou. “É importante que o museu não seja visto meramente como uma galeria de arte, porque ele não é isso”, pontuou a diretora. “É um espaço de formação, educação, criação de memória, pesquisa, encontro, e tudo isso faz o museu acontecer. Todos esses braços são igualmente relevantes, e a educação é peça central.” A oferta de transporte gratuito é restrita para escolas públicas e possui vagas limitadas. Para a disponibilização do transporte, é necessário que o número de alunos não seja inferior a 40 alunos. Faça aqui seu agendamento.

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GDF entrega Selo de Acessibilidade a 23 ouvidorias e reforça compromisso com inclusão

Na tarde desta terça-feira (12), o Teatro Caesb, em Águas Claras, foi palco de um marco na promoção da acessibilidade no Distrito Federal. A Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF), em parceria com a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF), realizou a cerimônia de entrega do Selo de Acessibilidade das Ouvidorias do GDF – 2024. O evento reconheceu 23 órgãos do governo que se destacaram por oferecer atendimento inclusivo e acessível às pessoas com deficiência, garantindo que suas demandas sejam ouvidas e resolvidas com respeito e eficiência. Na primeira edição 24 órgãos participaram espontaneamente e 99,9% deles pontuaram em todas as categorias. Nesta terça (12), 23 órgãos do GDF receberam o Selo de Acessibilidade, em reconhecimento a ações como capacitação de servidores em Libras, disponibilização de QR Code do DF Libras e a acessibilidade física | Foto: Divulgação/CGDF O Selo de Acessibilidade, que será disponibilizado digitalmente às ouvidorias, simboliza a adaptação desses espaços para atender a todos os cidadãos, independentemente de suas necessidades específicas. Entre os critérios avaliados estão a capacitação dos servidores em Libras, a disponibilização de ferramentas como o QR Code do DF Libras, a acessibilidade física e a adoção de práticas inclusivas no atendimento. “Com o selo, estabelecemos um padrão claro de acessibilidade. Queremos que as ouvidorias ofereçam mais do que atendimento. Queremos que ofereçam respeito e inclusão para todos” Daniela Pacheco, ouvidora-geral do DF O controlador-geral do Distrito Federal, Daniel Lima, enfatizou a importância da iniciativa: “O Selo de Acessibilidade é um passo fundamental para garantir que as ouvidorias do GDF sejam espaços verdadeiramente inclusivos. Ele não só reconhece boas práticas, mas também incentiva que todos os órgãos se adaptem para oferecer um atendimento mais humano e acessível.” Já o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos, reforçou que a iniciativa é um avanço na luta por direitos iguais. “Esta é uma iniciativa fundamental para garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso pleno aos serviços públicos, sem barreiras físicas, comunicativas ou atitudinais”, afirmou. Com essa iniciativa, o GDF avança na direção de um serviço público mais acessível e inclusivo, garantindo que todos os cidadãos, independentemente de suas limitações, tenham voz e sejam atendidos com dignidade. O Selo de Acessibilidade das Ouvidorias do GDF – 2024 é um legado que inspira outros órgãos e setores a adotarem práticas que promovam a igualdade e o respeito. Impacto Para o cidadão, ter uma ouvidoria acessível significa mais do que um local adaptado; representa a garantia de que suas demandas serão atendidas de forma digna e eficiente. Pessoas com deficiência visual, auditiva, física ou intelectual poderão contar com serviços que eliminam barreiras comunicativas e físicas, como intérpretes de Libras, rampas de acesso e atendimento especializado. Além disso, o selo permite que os cidadãos identifiquem, por meio de um mapeamento, as ouvidorias mais próximas e adequadas às suas necessidades. “Com o selo, estabelecemos um padrão claro de acessibilidade. Queremos que as ouvidorias ofereçam mais do que atendimento. Queremos que ofereçam respeito e inclusão para todos”, destacou a ouvidora-geral do DF, Daniela Pacheco. Ela ressaltou ainda que qualquer demanda pode ser registrada em qualquer ouvidoria, independentemente do órgão responsável, pois os registros são centralizados no sistema Participa DF e direcionados automaticamente ao setor competente. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em 2021, mais de 113 mil pessoas com deficiência residiam no DF, representando 3,8% da população. Desse total, 43,2% possuem deficiência visual, 22,6% múltipla, 19,8% física, 7,2% auditiva e 7,2% intelectual/mental. Além disso, o número de usuários que se declararam com deficiência no cadastro do Participa DF cresceu significativamente nos últimos anos, passando de 478 em 2019 para 2.980 em 2023. *Com informações da CGDF

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Governador inaugura segunda escola integral bilíngue em Libras-Português do DF

Brincar, aprender e conversar com os colegas na mesma língua pode parecer algo simples, mas, para Juca Polejack, 13 anos, representa inclusão e acessibilidade. Estudante da recém-inaugurada Escola Integral Bilíngue Libras-Português do Plano Piloto, Juca agora tem a oportunidade de vivenciar o ambiente escolar e a infância de forma plena e igualitária. “Eu gosto muito de estudar aqui, porque já tive contato com outras escolas e não me sentia tão bem. Aqui, todo mundo conversa em Libras, é a nossa primeira língua”, relata o aluno. “As pessoas, nas escolas inclusivas, só conversavam oralizando e eu me sentia sozinho, mas agora eu aprendo e me comunico na minha língua”, prossegue. A escola tem capacidade para atender 145 alunos em dois turnos e conta com uma estrutura de 1.624,52 m² de área construída, sendo 17 salas de aula | Foto: Renato Alves/Agência Brasília A nova unidade de ensino, que fica na 912 Sul, foi entregue nesta sexta-feira (14) pelo governador Ibaneis Rocha. Na ocasião, o chefe do Executivo destacou a importância da escola para a inclusão de estudantes surdos e reforçou o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) com a educação bilíngue. “Essa é uma obra iluminada, porque atende exatamente aqueles que mais precisam no sentido da inclusão, preparando essas crianças e esses adolescentes para o mercado de trabalho que hoje está tão aberto, tão acessível para pessoas com deficiência. Então, nós estamos muito felizes aqui nessa data e, com certeza, vai ajudar muita gente e iluminar governantes de outros estados para que sigam no mesmo caminho”, afirmou Ibaneis Rocha. Para a vice-governadora Celina Leão, “essa é uma entrega que nos dá muito orgulho, pois a melhoria e ampliação do espaço físico da Escola Pública Integral Bilíngue Libras e Português Escrito do Plano Piloto vai significar melhores condições de ensino para todos os estudantes da unidade. É inclusão e cidadania que transforma a vida dos alunos e de suas famílias.”Segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, essa é mais uma demanda da população que foi atendida: “A entrega dessa escola é uma grande conquista para a comunidade surda do DF. Eles haviam pedido por isso há muito tempo e agora pudemos concretizar esse sonho para as famílias de crianças surdas que querem e precisam desse tipo de atendimento para os seus filhos. Isso faz parte do nosso programa de inclusão. Vamos acolher alunos em todas as etapas da educação básica,  até 18 anos de idade”. Juca Polejack, 13 anos, é estudante da recém-inaugurada Escola Integral Bilíngue Libras-Português | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Investimento A escola tem capacidade para atender 145 alunos em dois turnos e conta com uma estrutura de 1.624,52 m² de área construída, sendo 17 salas de aula, incluindo espaços para aprendizado em arte, informática e um cantinho para leitura. Foram investidos quase R$ 5 milhões na construção do colégio, que está com matrículas abertas e os interessados devem procurar a secretaria da unidade. As aulas no centro de ensino já começaram e os novos alunos aprovaram a estrutura. “Eu gostei muito da escola, está muito linda”, conta a pequena Ana Clara Castro, de 8 anos. “Gosto muito de estudar, do lanche, das atividades de arte e, principalmente, das brincadeiras”, continua. Esta é a segunda escola integral bilíngue do Distrito Federal, destinada a alunos surdos e deficientes auditivos. A primeira funciona em Taguatinga e foi criada em 2013. Os dois espaços atendem crianças e adolescentes da educação infantil e anos iniciais até os anos finais do ensino fundamental e médio. “A escola bilíngue para surdos e deficientes auditivos do DF é uma realidade agora no Plano Piloto. Aqui, o estudante vai poder se comunicar na língua dele porque todos os nossos professores são bilíngues. As aulas são projetadas e planejadas pedagogicamente respeitando o aspecto visual do estudante surdo, em que todo conteúdo é passado por meio do visual e o conhecimento é trabalhado a partir da visualidade dele”, explica a diretora Alliny Matos.         Segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, essa é mais uma demanda da população que foi atendida: “A entrega dessa escola é uma grande conquista para a comunidade surda do DF. Eles haviam pedido por isso há muito tempo e agora pudemos concretizar esse sonho para as famílias de crianças surdas que querem e precisam desse tipo de atendimento para os seus filhos. Isso faz parte do nosso programa de inclusão. Vamos acolher alunos em todas as etapas da educação básica, de 0 aos 18 anos de idade”. A escola tem capacidade para atender 145 alunos em dois turnos e conta com uma estrutura de 1.624,52 m² de área construída, sendo 17 salas de aula, incluindo espaços para aprendizado em arte, informática e um cantinho para leitura. Foram investidos quase R$ 5 milhões na construção do colégio, que está com matrículas abertas e os interessados devem procurar a secretaria da unidade. Juca Polejack, 13 anos, representa inclusão e acessibilidade é estudante da recém-inaugurada Escola Integral Bilíngue Libras-Português do Plano Piloto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As aulas no centro de ensino já começaram e os novos alunos aprovaram a estrutura. “Eu gostei muito da escola, está muito linda”, conta a pequena Ana Clara Castro, de 8 anos. “Gosto muito de estudar, do lanche, das atividades de arte e, principalmente, das brincadeiras”, continua. Esta é a segunda escola integral bilíngue do Distrito Federal, destinada a alunos surdos e deficientes auditivos. A primeira funciona em Taguatinga e foi criada em 2013. Os dois espaços atendem crianças e adolescentes da educação infantil e anos iniciais até os anos finais do ensino fundamental e médio. “A escola bilíngue para surdos e deficientes auditivos do DF é uma realidade agora no Plano Piloto. Aqui, o estudante vai poder se comunicar na língua dele porque todos os nossos professores são bilíngues. As aulas são projetadas e planejadas pedagogicamente respeitando o aspecto visual do estudante surdo, em que todo conteúdo é passado por meio do visual e o conhecimento é trabalhado a partir da visualidade dele”, explica a diretora Alliny Matos.

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DF Alfabetizado amplia inclusão social e oferta ensino de qualidade para população

O sonho de concluir o ensino médio e iniciar uma formação profissional parecia inalcançável para a chef de cozinha Eline Maria da Silva, 39 anos. Casada ainda na adolescência, a moradora da Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, era impedida de estar em sala de aula pelo próprio marido, com quem ficou até 2022. Logo após a separação, munida de força de vontade e amor próprio, ela resgatou o antigo objetivo. A formatura no Ensino para Jovens e Adultos (EJA) ocorreu em 2023 e, agora, mais um sonho está em andamento: Eline está cursando técnico em enfermagem. “Precisamos reconhecer a nossa força e abraçar cada oportunidade”, diz Eline Maria da Silva, que diz ter a vida transformada pelo EJA e hoje estuda para ser técnica de enfermagem | Fotos: Arquivo pessoal “Casei com 16 anos e abandonei os estudos. Quando quis voltar, ele não deixou. Só consegui quando nos separamos, 20 anos depois”, desabafa Eline. “O EJA mudou a minha vida. Achava que não teria capacidade, duvidava de mim, mas consegui. Durante o curso conheci pessoas que desistiram dos estudos por vários motivos, mas que ganharam uma nova oportunidade graças ao GDF, que tem nos proporcionado o ensino sem importar a idade.” “O DF Alfabetizado representa a nossa crença de que a educação é a chave para a emancipação, e é um orgulho ver tantas histórias de transformação e superação ao longo de suas edições” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Histórias de superação e resiliência como a de Eline são cada vez mais comuns devido ao Programa DF Alfabetizado, promovido pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). Criada em 2012, a iniciativa foi suspensa em 2018 e retomada no ano passado, com o atendimento de cerca de 800 pessoas em 50 turmas, reafirmando o compromisso deste GDF em fortalecer o EJA, combater o analfabetismo adulto e promover a inclusão social por meio da educação. “Com a continuidade deste programa, esperamos alcançar ainda mais cidadãos, proporcionando a eles não apenas o conhecimento básico da leitura e escrita, mas também uma nova perspectiva de futuro”, enfatiza a titular de Educação, Hélvia Paranaguá. “O DF Alfabetizado representa a nossa crença de que a educação é a chave para a emancipação, e é um orgulho ver tantas histórias de transformação e superação ao longo de suas edições.” Segundo o Censo divulgado pelo IBGE em 2024, o Distrito Federal tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Mais de 97% da população brasiliense sabe ler e escrever Para o primeiro semestre deste ano, está prevista a formação de 50 turmas, com um total de 1.250 vagas, em áreas urbanas e rurais, com início em março e finalização em agosto. Os grupos de alunos são formados nas comunidades por meio da busca ativa por jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos em situação de analfabetismo, com apoio de voluntários alfabetizadores. Pessoas interessadas em fazer parte dessas turmas podem ligar no telefone 3318-2913, da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos, para que sejam encaminhadas às turmas mais próximas das suas residências. Novo edital No último dia 20, a SEEDF divulgou o edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no programa. As inscrições estarão abertas entre 1º e 15 de fevereiro e devem ser realizadas exclusivamente pelo formulário online, nesse período. A Secretaria de Educação lançou edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no DF Alfabetizado; inscrições começam no dia 1º de fevereiro | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O programa oferece 25 vagas imediatas para alfabetizadores e outras 25 para formação de cadastro reserva. Já o número de vagas para tradutores-intérpretes de Libras será definido de acordo com a demanda apresentada pelas coordenações regionais de ensino. A carga horária mínima para os dois modelos de voluntariado é de 15 horas semanais e a bolsa-auxílio mensal deste ano será de R$ 1.200. “Estamos comprometidos com a transformação educacional do Distrito Federal, e o Programa DF Alfabetizado é uma das ações mais significativas nesse processo. Nossa missão é garantir que mais pessoas tenham a oportunidade de superar a barreira do analfabetismo e, assim, conquistar uma vida mais digna”, salienta Paranaguá. Resiliência Segundo o Censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2024, o Distrito Federal tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Mais de 97% da população brasiliense sabe ler e escrever. O desempenho coloca a capital federal atrás apenas de Santa Catarina, com 97,3% de alfabetizados. “Meu sonho é que o Distrito Federal se torne um território livre do analfabetismo, e a nossa meta é clara: trabalhar incansavelmente para que isso se torne realidade. Este é o compromisso que temos com nossa população e com o futuro de nossa região”, frisa a secretária. O esforço em ampliar o acesso à educação resulta em benefícios reais na vida de cada estudante. Eline, por exemplo, antes mesmo de concluir o EJA, já notava os resultados do aprendizado no dia a dia. Ela, que nunca tinha trabalhado fora de casa, conquistou uma vaga como auxiliar de cozinha, e, em seis meses, passou para cozinheira. “Voltei à ativa e as coisas foram acontecendo. Quero continuar estudando”, comenta. Os próximos planos são concluir o curso na área de saúde e iniciar uma formação em gastronomia. A chef de cozinha também conta que sentiu medo e insegurança ao voltar a estudar, mas conseguiu superar cada obstáculo. “Na idade em que estava, sentia vergonha, achava que não teria capacidade de evoluir como as pessoas mais jovens”, diz. “Mas isso foi mudando aos poucos com o amor que recebi dos professores e diretores. Fui me adaptando, fazendo amizades, e hoje sei que somos capazes de realizar os nossos sonhos. Precisamos reconhecer a nossa força e abraçar cada oportunidade.”

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Publicado edital para contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras

A Secretaria de Educação (SEEDF) divulgou, nesta segunda-feira (20), o edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no programa DF Alfabetizado 2025. As inscrições estarão abertas entre 1º e 15 de fevereiro e devem ser realizadas exclusivamente pelo formulário online, nesse período. A busca ativa por alunos que desejam participar do programa começa na quinta-feira (23) deste mês e segue até 15 de fevereiro. O edital completo está publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Pessoas que não concluíram os estudos podem fazer parte do programa DF Alfabetizado 2025 | Foto: Mary Leal/SEEDF O programa oferece 25 vagas imediatas para alfabetizadores e outras 25 para formação de cadastro reserva. A carga horária mínima é de 15 horas semanais. O número de vagas para tradutores-intérpretes de Libras será definido de acordo com a demanda apresentada pelas coordenações regionais de ensino. É permitida a participação de professores da carreira de magistério público do DF e de professores substitutos com contrato temporário, desde que não haja sobreposição de funções ou carga horária. Requisitos para candidatos Os interessados devem atender aos seguintes critérios: → Ser brasileiro ou estrangeiro conforme legislação vigente; → Ter no mínimo 18 anos até a data de divulgação do edital; → Possuir certificado, diploma ou declaração de conclusão em licenciatura, preferencialmente em pedagogia; → Estar em dia com a Justiça Eleitoral; → Apresentar certificado de reservista ou dispensa de incorporação (para homens); → Realizar a busca ativa e formação das turmas; → Demonstrar aptidão para as atribuições previstas no edital e no manual do programa DF Alfabetizado. Inscrições Para se inscrever, o candidato deve preencher o formulário disponível aqui e anexar a lista de turma preenchida, em formato PDF. Após a inscrição, a documentação comprobatória deve ser enviada para o e-mail dfalfabetizado.subeb@se.df.gov.br. Cada candidato pode inscrever apenas uma turma por vez. A inscrição de turmas adicionais estará condicionada à disponibilidade de vagas. Após a inscrição por meio do formulário, o candidato deve enviar a documentação comprobatória dos requisitos exigidos no edital, em formato PDF e arquivos separados, para o mesmo e-mail. Cada candidato poderá inscrever apenas uma turma por vez. A inscrição de uma segunda ou terceira turma estará sujeita à existência de vagas disponíveis. Cronograma Programa DF Alfabetizado A ação traz perspectiva e otimismo para diversas pessoas que se encontram em situação de analfabetismo, sendo motivação da secretaria fortalecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA), combater o analfabetismo adulto e promover a inclusão social por meio da educação. O programa possui uma grande vantagem: chegar a áreas mais desfavorecidas, gerando pertencimento à comunidade e incentivando a continuidade dos estudos. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destaca a importância do programa: “Estamos comprometidos com a transformação educacional do Distrito Federal, e o programa DF Alfabetizado é uma das ações mais significativas nesse processo. Nossa missão é garantir que mais pessoas tenham a oportunidade de superar a barreira do analfabetismo e, assim, conquistar uma vida mais digna”. No primeiro semestre de 2025, a previsão é a formação de 50 turmas, com um total de 1.250 vagas, em áreas urbanas e rurais. As aulas têm previsão de começar em março e vão até agosto deste ano. Pessoas interessadas em fazer parte dessas turmas podem ligar no telefone 3318-2913, da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos, para que sejam encaminhadas às turmas mais próximas das suas residências. A bolsa-auxílio mensal deste ano para os alfabetizadores será de R$ 1.200. *Com informações da Secretaria (SEEDF)

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Inclusão em cena: Curso de Libras no teatro capacita intérpretes para atuação artística

No Teatro dos Ventos, em Águas Claras, a comunicação ganhou novos significados: intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) se reuniram para participar do curso Libras no Teatro, apoiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Com o objetivo de expandir as habilidades dos tradutores e de transformar a experiência artística em algo acessível para todos, 40 pessoas participam da capacitação de forma totalmente gratuita. A oficineira Jhafiny Lima (centro) veio de São Paulo para ministrar as aulas: “Minha missão é trazer a expressão artística para a atuação deles, no teatro, no canto ou na dança” | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Gessilma Dias, de 50 anos, veio de Goiânia e é uma das alunas do curso. Tradutora e intérprete de Libras com 25 anos de carreira, ela vê na capacitação uma chance para aprimorar sua atuação no cenário cultural. “Eu já tenho experiência na área artística, mas ainda pecamos na formação específica. Precisamos garantir esse espaço para os surdos, porque eles têm direito de estar em qualquer lugar, e cabe a nós assegurar esse direito a eles”, pontua. “A comunicação abrangente expande o alcance da cultura. É essencial que o intérprete domine a expressão facial e corporal para transmitir emoções como tristeza, alegria e humor”, diz Amanda de Oliveira A proposta do curso é inovadora: não ensinar a língua de sinais, mas capacitar intérpretes já fluentes a atuarem no contexto das artes cênicas, envolvendo teatro, música e dança. A oficineira Jhafiny Lima, que veio de São Paulo para ministrar as aulas, explica que o foco é o intérprete incorporar as emoções levadas pelo ator ou artista. “O perfil dos alunos é variado, mas muitos nunca tiveram contato com o palco. Minha missão é trazer a expressão artística para a atuação deles, no teatro, no canto ou na dança”, diz. A aluna e intérprete surda multicultural Amanda de Oliveira, 30, reforça a importância da formação para ampliar a acessibilidade cultural. “A arte em Libras é expansiva. Surdos e ouvintes unidos criam oportunidades incríveis. A comunicação abrangente expande o alcance da cultura. É essencial que o intérprete domine a expressão facial e corporal para transmitir emoções como tristeza, alegria e humor. Isso é o que nos conecta”, afirma. Impacto na qualificação cultural O curso Libras no Teatro teve início nesta segunda-feira (6) com 40 vagas divididas em turmas nos turnos da manhã e da noite. Totalmente gratuito, ele é viabilizado pelo FAC, com um investimento de R$ 70 mil, que cobre desde o aluguel do espaço até os honorários dos professores e oficineiros surdos. A produtora cultural e responsável pelo projeto, Hosana Seiffert, lembra que o financiamento é importante para viabilizar iniciativas como essa. “Seria inviável realizar um curso gratuito com essa dinâmica sem o apoio do FAC. Essa parceria é essencial para garantir oportunidades e fomentar a inclusão cultural”, ressalta. A capacitação ocorre nas próximas duas semanas, totalizando 40 horas/aula. A formação visa não apenas a elevar o nível técnico dos intérpretes, mas também a fortalecer a presença da comunidade surda nos espaços culturais do Distrito Federal.

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Projeto leva treinamento em Libras para profissionais da saúde

A Gerência de Gestão do Conhecimento, ligada à Diretoria de Ensino e Pesquisa (Diep) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) lançou, na terça-feira (17), o Educa em Ação, projeto voltado para a capacitação e aprimoramento contínuo dos profissionais da instituição. De acordo com a chefe do Núcleo de Educação Permanente (Nudep), Ana Paula Lustosa, “nosso objetivo é abordar temas que impactam diretamente a qualidade dos serviços oferecidos, reforçando a importância do conhecimento e da capacitação para a inclusão dentro das unidades de atendimento do IgesDF”. “É preciso desmontar alguns mitos que as pessoas têm como a de que basta colocar um aparelho de surdez e o paciente consegue ouvir. Ou que para me comunicar com eles basta eu escrever ou falar mais alto”, disse Raíssa Siqueira, professora e intérprete de Libras da Secretaria de Educação do DF | Foto: Divulgação/IgesDF A primeira etapa desse projeto deu-se com a realização do treinamento “Libras no Atendimento”, uma temática de extrema relevância que visa promover a inclusão no atendimento por meio da comunicação acessível e humanizada. Raíssa Siqueira, professora e intérprete de Libras da Secretaria de Educação do DF, realizou o treinamento para os colaboradores. “É assim que seguimos inovando, promovendo inclusão e tornando o cuidado em saúde mais humanizado e acessível para todos. Estamos muito orgulhosos de ser parte desse avanço” Camila Lombardi, superintendente de Inovação, Ensino e Pesquisa Raíssa demonstrou os desafios da comunicação e os sinais básicos para iniciar o aprendizado de Libras. “Libras é uma outra língua, não tem como aprender apenas com uma palestra. Mas o bate-papo com os colaboradores já serve como ferramenta para acender a chama para continuarem estudando e alcançarem o básico”, explicou Raíssa. O principal foco da palestra foi a necessidade da inclusão no atendimento aos pacientes surdos ou com deficiência auditiva. “É preciso desmontar alguns mitos que as pessoas têm como a de que basta colocar um aparelho de surdez e o paciente consegue ouvir. Ou que para me comunicar com eles basta eu escrever ou falar mais alto”, conta Raíssa. De acordo com ela, para a maioria das pessoas que possuem surdez profunda, somente o uso de Libras torna a comunicação eficaz. Ainda segundo Raíssa, a maioria dos pacientes que precisam utilizar Libras não possui acesso à saúde por conta da falta de comunicação. “Eles não têm acesso a nada se a gente não conseguir saber o básico de Libras, cada um na sua área”, afirma. Projeto Educa em Ação De acordo com Camilla Lombardi, superintendente de Inovação, Ensino e Pesquisa, o primeiro curso de Libras voltado para o atendimento marcou um passo importante na construção de uma comunicação mais acessível e inclusiva. “Finalizar 2024 com uma iniciativa tão significativa reforça o compromisso da Diep em transformar o SUS por meio do ensino e da educação permanente. É assim que seguimos inovando, promovendo inclusão e tornando o cuidado em saúde mais humanizado e acessível para todos. Estamos muito orgulhosos de ser parte desse avanço”, declarou. Brenner Saboia, enfermeiro do Nudep e um dos responsáveis por sugerir a criação do projeto Educa em Ação, supervisionou o treinamento de Libras. Ele, que tem Libras intermediário em seu currículo, sente necessidade de praticar e pensou que seria interessante sugerir o treinamento. “É uma grande satisfação participar desta iniciativa. Nosso objetivo é mostrar aos participantes a importância de aprender a linguagem brasileira de sinais para melhorar a comunicação e inclusão das pessoas surdas na sociedade. Este curso é apenas o começo de algo maior que virá em 2025”, disse Brenner. Raíssa Siqueira elogiou a iniciativa e ressaltou a importância do projeto e da primeira ação ser um treinamento introdutório de Libras. “São esses colaboradores que vão receber primeiro o paciente surdo. Então é essencial que essa pessoa saiba receber, cumprimentar, e acolher da forma correta para que ele seja atendido com dignidade e qualidade”, concluiu. *Com informações do IgesDF  

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Aprova DF oferece preparação gratuita para concursos neste sábado e domingo

Brasília sediará neste sábado (25) e domingo (26) mais uma edição do projeto Aprova DF, uma iniciativa gratuita da Associação Cresce-DF em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania. A ação oferece preparação gratuita por 12 meses para concursos públicos e tem como objetivo principal democratizar o acesso à capacitação especializada, por meio de aulões presenciais. O programa está em execução desde junho, mas os interessados ainda podem participar das aulas realizadas todos os sábados e domingos, das 8h às 17h, no Edifício Oscar Alvarenga, localizado no Setor Comercial Sul. Com apoio da Sejus, o projeto Aprova DF oferece aulas gratuitas aos finais de semana sobre temas como direito constitucional, informática e redação | Foto: Divulgação/Sejus-DF A estrutura do projeto conta com auditório climatizado, cadeiras confortáveis e banheiros, além de telões de LED para facilitar a visualização das aulas. Para promover mais acessibilidade, há tradutores de Libras que fazem parte do projeto, que dispõe de professores experientes e especializados em cursinhos preparatórios. Os alunos também têm acesso a um material didático completo e de apoio, café disponível o tempo todo para ajudar na concentração e lanche gratuito para manter a energia durante o dia. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, avalia que o Aprova DF tem o propósito de criar oportunidades para transformar a vida dos cidadãos. “Com os aulões que já estão em andamento há três meses, temos proporcionado a chance de realizar sonhos, contando com os melhores profissionais e horários flexíveis que permitem a participação de todos. Essa iniciativa tem demonstrado sucesso, oferecendo uma alternativa valiosa para aqueles que não têm condições de arcar com um curso preparatório. Assim, possibilitamos que mais pessoas concretizem o desejo de se tornar servidores públicos e alcancem seus objetivos”, pontua. As aulas têm 400 vagas cada e serão ministradas sempre aos sábados e domingos, das 8h às 17h, com quatro matérias por dia, entre elas: direito administrativo, direito constitucional, informática, língua portuguesa, redação, matemática/raciocínio lógico, realidade brasileira e atualidades, com intervalos estratégicos para descanso. As inscrições serão feitas de forma avulsa para cada matéria, permitindo flexibilidade aos participantes. A duração é de 12 meses, com quatro ciclos de 208 aulas cada. Ao final de cada etapa, os alunos serão submetidos a simulados e os melhores desempenhos serão premiados. Inscrições O projeto visa beneficiar adolescentes, jovens e adultos interessados em ampliar suas oportunidades de emprego público no país. Além do conteúdo educacional, o Aprova DF fornecerá aos participantes kits de lanche, apostilas impressas e materiais escolares básicos, como canetas, lápis e cadernos. As inscrições estão disponíveis por meio do site oficial, acessível pelo perfil @aprovadf no Instagram ou presencialmente, de quarta a sexta, das 7h às 13h, no local do projeto. Caso as vagas não sejam 100% preenchidas ou haja desistências, os alunos podem se inscrever diretamente no horário das aulas. Segundo Eduardo Campos, presidente da Associação Cresce DF, o Aprova DF surge como uma resposta às dificuldades enfrentadas por muitos brasileiros em concorrer a concursos públicos, especialmente devido a restrições econômicas e sociais. “Com uma metodologia inovadora, o projeto oferece aulas aos finais de semana, permitindo que participantes que trabalham durante a semana possam estudar matérias específicas ou completas sem comprometer suas obrigações diárias. Também teremos a promoção da igualdade de oportunidades, o fortalecimento da cidadania e a inclusão social de grupos vulneráveis, como negros, LGBTQIAP+, comunidades tradicionais e vítimas de violência.” *Com informações da Sejus-DF  

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Alunos das redes pública e privada do DF participam do desfile da Independência

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) participou do desfile de 7 de setembro, data em que se comemora os 202 anos de independência. A cerimônia realizada na Esplanada dos Ministérios contou com a apresentação de 500 estudantes das redes pública e privada, divididos em oito escolas, além de 50 servidores da secretaria e sete representantes das coordenações regionais de ensino (CREs). Cerca de 30 mil pessoas compareceram ao evento. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, esteve presente. A banda marcial do CEF 11 do Gama é formada desde 1999 e se apresentou no desfile deste 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios | Fotos: Felipe de Noronha/Ascom SEEDF Na festividade, as escolas presentes realizaram apresentações com temáticas envolvendo homenagens ao povo gaúcho. Para a Escola Classe 4 do Núcleo Bandeirante, por exemplo, o tema foi “Somos todos gaúchos e prendas”. Além disso, os alunos também fizeram referência à Cúpula do G20, que concentra as 19 maiores economias do mundo, União Europeia e União Africana, já que o próximo encontro será realizado em novembro, no Rio de Janeiro, e atualmente o Brasil está na presidência. O Centro Educacional 619 de Samambaia desfilou com as bandeiras representando cada estado brasileiro. Alunas da Escola Classe 4 do Núcleo Bandeirante representam as prendas, do Rio Grande do Sul Uma grande novidade este ano foi a apresentação de alunos com deficiência da Escola Classe 4 do Núcleo Bandeirante. Gustavo de Souza, aluno do 5º ano do colégio, se apresentou em Libras ao Presidente da República. “Estou nervoso, mas também estou feliz por causa da inclusão. É muito bom estar todo mundo junto e participar do desfile”. Maria Augusta Ferreira, mais conhecida como Tia Augusta, é professora há quase 30 anos da Secretaria de Educação. “O mais bacana é que o nosso programa do quinto ano envolve cidadania e casou justamente com o conteúdo do desfile. Então, a gente reforçou esses valores e levou as crianças a entenderem que era um orgulho estar na avenida. Eles vêm para representar o povo gaúcho, para mostrar a força desse povo”, destacou. Gustavo de Souza é deficiente auditivo e, pela primeira vez, participou do desfile do Dia da Independência. Ele se apresentou em Libras ao Presidente da República Também passaram pela avenida atletas olímpicos que representaram o Brasil nas Olimpíadas sediadas em Paris, como Caio Bonfim, ex-aluno do Programa Centro de Iniciação Desportiva (CID) da Secretaria de Educação do DF, além de militares das Forças Armadas, policiais militares e o Corpo de Bombeiros. A Esquadrilha da Fumaça encerrou o evento. O Centro de Ensino Fundamental 11 do Gama se apresentou com sua banda marcial. Mirela Soares, de 14 anos, confessou ter ensaiado bastante até o grande dia. “Nós vamos apresentar uma parte da nossa escola, querendo ou não, a gente vai mostrar um pouco de como a gente é, da honra que a gente tem pelo nosso país e tudo mais. Ensaiamos bastante e estamos aqui firmes e fortes. Uma pessoa que acompanhou os ensaios e preparativos do desfile foi Stefany Carvalho, irmã da aluna da EC 4 do Núcleo Bandeirante, Cristiane Carvalho. “É a primeira vez que minha irmã desfila e é o último ano dela na escola. Então, ela quer fechar esse ano com chave de ouro. Eu acho muito importante ela participar desse tipo de evento”, afirmou. *Com informações da SEEDF

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Atendimento online em Libras do GDF já atendeu mais de 4 mil pessoas

Promover autonomia e dignidade a pessoas não oralizadas, sejam surdas ou com outra deficiência, é o principal objetivo do DF Libras Cil Online. Lançada em dezembro de 2023 pela Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF), a plataforma oferece atendimento gratuito em Língua Brasileira de Sinais (Libras), garantindo a comunicação dos cidadãos com os órgãos públicos, de forma acessível e digital, em qualquer horário e em todos os dias da semana. Desde o lançamento, em 6 de dezembro de 2023, até o dia 4 de abril, o programa totalizou quase 90 horas de uso e chegou a 4.526 acessos. A central de atendimento funciona ininterruptamente, 24 horas por dia, e dispõe de 80 intérpretes de Libras O acesso à ferramenta é feito por meio de um QR Code, que conecta o usuário a uma videochamada com um intérprete de Libras. O código está disponível em diversos equipamentos do Governo do Distrito Federal (GDF), como unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de pronto atendimento (UPA), Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Núcleos de Assistência Jurídica da Defensoria Pública (DPDF). Desde o lançamento, em 6 de dezembro de 2023, até o dia 4 de abril, o programa totalizou quase 90 horas de uso e chegou a 4.526 acessos. No período, que contabiliza quatro meses, foram registradas 37 ligações diárias em média. Os maiores usuários do programa são os próprios cidadãos, seguidos por servidores da Defensoria Pública do DF e das secretarias de Saúde, Desenvolvimento Social e Segurança Pública. A central de atendimento, que fica em São Paulo e foi contratada pelo GDF, funciona ininterruptamente, 24 horas por dia, e dispõe de 80 intérpretes de Libras. Para acessar o DF Libras, é preciso ter um celular com internet em mãos. Para o digitalizador Regis Martins, a criação da plataforma demonstra preocupação em incluir, de fato, a pessoa sem audição na sociedade | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos, afirma que a meta é que o QR Code do DF Libras esteja disponível em todos os equipamentos públicos do DF, de modo a difundir os benefícios da plataforma para a população surda. “Encontrar pessoas que se comuniquem em Libras não é uma tarefa fácil para o deficiente auditivo. Então, facilitar o acesso a um intérprete é essencial para a promoção dos direitos da pessoa surda, seja para contar um problema de saúde para um médico, para solicitar um benefício social ou, ainda, para relatar uma ocorrência à polícia”, finalizou. A política pública de acessibilidade comunicacional foi desenvolvida em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti-DF), demonstrando o esforço conjunto dos órgãos de governo em prol da população. “A criação desta plataforma atende a uma demanda há muito tempo latente no segmento, fornecendo as condições necessárias para que os deficientes possam acessar serviços públicos essenciais e desfrutar de seus direitos fundamentais, como saúde, educação e segurança”, afirma o titular da pasta, Leonardo Reisman. Como funciona Para acessar o DF Libras, é preciso ter um celular com internet em mãos. Com a câmera do aparelho, leia o QR Code indicado nos cartazes ou adesivos do programa e selecione a opção “Iniciar videochamada”. Pronto, agora basta aguardar o atendimento. As videochamadas são feitas em tempo real, com intermediação de intérpretes de Libras, todos os dias da semana, em qualquer horário. Ao ser atendido, o surdo deve se comunicar normalmente, de preferência com o celular na posição horizontal. O atendente vai traduzir a mensagem em Libras para o ouvinte, de forma com que os dois – surdo e ouvinte – consigam se entender da melhor forma possível. Não há limite de tempo para a videochamada e a plataforma funciona apenas no Distrito Federal. “Com o DF Libras, a pessoa chega aqui e, logo na entrada, as recepcionistas identificam se é uma pessoa com deficiência auditiva, mostram o QR Code e a ajudam a usar a plataforma, para que a pessoa seja encaminhada para qual setor deve ir”, diz a defensora pública Amanda Fernandes | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Outra forma de acessar o DF Libras é por meio do aplicativo ICOM, desenvolvido pela empresa contratada para disponibilização dos intérpretes. Neste caso, a pessoa precisa instalar o aplicativo e, então, acionar a plataforma. A maior vantagem do uso do DF Libras pelo aplicativo é a redução do consumo no pacote de internet, já que a videochamada pelo app não utiliza os dados móveis do aparelho telefônico. Além disso, o app oferece a conversa por texto, em que o usuário pode digitar uma mensagem para que seja traduzida pelo intérprete em libras ou dita em voz alta. Após baixar o aplicativo, o usuário precisa inserir um código que é enviado por mensagem de texto. Depois, é preciso informar número de telefone, nome e e-mail, além de cadastrar uma senha e, se desejado, biometria. Também é necessário autorizar o rastreio da localização do aparelho. Os próximos passos são concordar com os termos de privacidade e assistir ao vídeo de como usar o app. Por fim, o usuário deve clicar no sinal de “+” para inserir minutos para ligação e acionar o botão “DF Libras”, que liga direto para a plataforma sem nenhum custo, ou clicar em ler QR Code. O diretor da Central de Interpretação de Libras, Alexandre Castro, destaca que a ferramenta trouxe autonomia para a população surda. “Agora o surdo não precisa mais levar um parente ou amigo para seus compromissos, ou esperar para ser atendido pelo Central de Intermediação de Libras. Ele tem o intérprete na palma da mão, no celular, e pode buscar atendimento em qualquer lugar, sem depender da disponibilidade de outras pessoas”, defende. Igualdade e agilidade Segundo o diretor de Acessibilidade Comunicacional da SEPD-DF, Waldimar Carvalho, seis intérpretes estão disponíveis para acompanhar o cidadão surdo em compromissos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O DF Libras é utilizado pela Defensoria Pública desde o lançamento: os servidores do órgão já realizaram 161 acessos à plataforma, totalizando mais de 16 horas de ligação. Segundo a defensora pública do Núcleo dos Direitos Humanos, Amanda Fernandes, a ferramenta permite que o PcD tenha suas demandas e solicitações compreendidas de forma mais ágil e correta. A ideia é que todos os Núcleos de Assistência Jurídica estejam preparados para usar o meio de comunicação. “Antes o surdo passava pelo setor psicossocial antes de ir para a área jurídica que realmente precisava, mesmo sem ter nenhuma vulnerabilidade social. Além disso, precisávamos ter dois intérpretes para fazer o atendimento, o que nem sempre ocorria e atrasava o processo do PcD”, conta. “Com o DF Libras, a pessoa chega aqui e, logo na entrada, as recepcionistas identificam se é uma pessoa com deficiência auditiva, mostram o QR Code e a ajudam a usar a plataforma, para que a pessoa seja encaminhada para qual setor deve ir”, completa a defensora pública. O digitalizador Regis Martins, 40 anos, usou a plataforma para ser atendido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nascido no DF, ele convive com a dificuldade de se comunicar com as pessoas desde os 8 anos, quando foi acometido com surdez profunda. Para ele, a criação do DF Libras demonstra preocupação em incluir, de fato, a pessoa sem audição na sociedade. “Trouxe muita acessibilidade para nós, surdos, principalmente para que consigamos nos comunicar quando precisarmos de serviços de saúde e justiça”, comentou. “Fico feliz em saber que ferramentas assim estão sendo criadas, porque mostra que as crianças surdas do futuro terão mais facilidades, mais acesso à informação”, ressaltou Regis. Acessibilidade Localizada na Praça da Cidadania, na Estação 112 Sul, a Central de Interpretação em Libras (CIL) também disponibiliza atendimento para a população brasiliense. Vinculada à Secretaria da Pessoa com Deficiência, a iniciativa oferece uma equipe de intérpretes para realizar a mediação entre o serviço público e o usuário. O serviço pode ser utilizado mediante agendamento prévio ou de forma emergencial, conforme a necessidade, junto a órgãos como hospitais, fóruns, escolas públicas, bancos e delegacias. O diretor de Acessibilidade Comunicacional da Sepd-DF, Waldimar Carvalho da Silva, afirma que seis intérpretes estão disponíveis para acompanhar o cidadão surdo em compromissos. O serviço pode ser acionado presencialmente ou por telefone, e dispõe de um carro para o transporte solicitante caso necessário. “Existem diversas situações que o surdo precisa do apoio do intérprete, como ir ao banco resolver um problema no salário ou ir a uma consulta médica. O DF Libras vem para garantir que todos os surdos tenham acesso à intermediação, é uma ferramenta muito importante”, conta. Central de Intermediação em Libras Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e de 13h às 17h Local: Praça do Cidadão (Estação do Metrô da 112 Sul). Telefones: (61) 3313-5940 e (61) 99361-3668 – WhatsApp.

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Aberta Semana Distrital da Conscientização e Promoção da Educação Inclusiva

Começa nesta terça (5) a Semana Distrital da Conscientização e Promoção da Educação Inclusiva aos Alunos com Necessidades Especiais, promovida pela Secretaria de Educação (SEEDF). As atividades serão coordenadas pelas subsecretarias de Educação Inclusiva e Integral (Subin) e de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape).   Alunos com necessidades especiais e respeito à diversidade são os temas em torno dos quais a programação se desenvolve | Foto: Divulgação/SEEDF O foco é á defesa dos direitos dos alunos com deficiência ou com necessidades educacionais especiais, com a meta de assegurar a consolidação da educação inclusiva, combater a discriminação e a intolerância e promover o respeito à diversidade. A comunidade escolar poderá participar de três cursos a serem transmitidos pelo canal da Eape no YouTube. “Com esses cursos, temos o objetivo de buscar um alinhamento da nossa comunidade escolar sobre educação especial e inclusiva”,  afirma a titular da Subin, Vera Lúcia Ribeiro de Barros. “Temas como inclusão de estudantes autistas e comunicação para surdos serão tratados com o intuito de contribuir para uma formação mais completa dos nossos professores.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Veja, abaixo, os temas e tópicos dos cursos da programação. Terça (5), das 9h às 12h Tema: Convivendo na diversidade: os vários atores no contexto da educação infantil/educação especial e seus papéis → A inclusão como um direito e um dever na escola atual → A convivência de pessoas típicas e pessoas com deficiência/TEA na educação infantil → As responsabilidades de toda a comunidade escolar, com destaque na ação docente → A função da escola no processo inclusivo das crianças com deficiência → Como assegurar os direitos das crianças com deficiência dentro da UE (adequação curricular e AEE) Quarta (6), das 14h às 17h Tema: Inclusão do estudante com transtorno do espectro autista → Estratégias de avaliação e planejamento para alunos com TEA → Protocolos e escalas  de avaliação e intervenção para alunos com TEA → Práticas baseadas em evidências → Sugestões de adaptações → Organização de sala de aula e cuidados com materiais → Rotina diária estruturada e comunicação Quinta (7), as 14h às 17h Tema: Precisamos conversar sobre a educação bilíngue de surdos → Com coordenação dos professores surdos Adriana Gomes (SEEDF) e João Paulo Miranda (UnB), esse encontro abordará os principais desafios na implementação de uma educação bilíngue e a importância da formação dos profissionais que atuam na educação de surdos. Acompanhe a programação pelo canal da Eape no YouTube. *Com informações da Secretaria de Educação  

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‘A Revoada’ será atração infantil no mês das crianças em Samambaia

No mês das crianças, Samambaia recebe o espetáculo infantil A Revoada. Direcionada ao público da primeira infância e acompanhada de um livro, a peça conta com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. O espetáculo também contará com uma mediação pedagógica guiada para facilitar a percepção e aprendizado dos pequenos espectadores. A ação será realizada com o auxílio do livro-brinquedo pedagógico da autora Flavia Louredo | Foto: Divulgação Serão oferecidos ônibus gratuitos para instituições de ensino de Samambaia, Recanto das Emas, Ceilândia e Taguatinga, facilitando o acesso de estudantes de escolas públicas do DF. As 20 sessões gratuitas contarão com o auxílio de intérpretes de Libras. O espetáculo surgiu do intercâmbio dos grupos Nutra Teatro (DF), Nuviar (RJ) e da diretora Fabianna de Mello, da Cia Bondrès (RJ). As apresentações, que estrearam nesta sexta-feira (6) no Espaço Galpão do Riso, no Centro Comunitário Samambaia Norte, serão realizadas ainda nos dias 6, 10, 11, 16, 17, 18 e 19 de outubro, às 9h e às 15h. Nas sessões dos dias 11 e 20 de outubro, às 9h e às 15h serão disponibilizadas audiodescrição para público com deficiência visual. Para mais informações de horários e ingressos, é só acessar o site da Nutra Teatro. [Olho texto=”“O espetáculo ‘A Revoada’ faz uma metáfora entre os pássaros e os seres humanos se descobrindo como seres individuais e em grupo. E é justamente na infância que as crianças vão começar a se descobrir como indivíduos. Muitas dessas crianças nunca tiveram contato com o teatro, então está sendo uma experiência linda”” assinatura=”Paula Sallas, atriz do coletivo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Livro-brinquedo O espetáculo também contará com uma mediação pedagógica guiada para facilitar a percepção e aprendizado dos pequenos espectadores. A ação será realizada com o auxílio do livro-brinquedo pedagógico da autora Flavia Louredo. Cada turma participante receberá um exemplar do livro para continuar desenvolvendo as possibilidades pedagógicas na escola e o professor receberá, além do livro, um material-tutorial online que ensina como utilizar a ferramenta na sala de aula. De acordo com a atriz e integrante do coletivo, Paula Sallas, a ideia de criar um livro baseado no espetáculo foi para estimular a imaginação das crianças e para que elas pudessem lembrar da história da peça, além de construir novas histórias. Autodescoberta [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A peça é inspirada na obra persa do século XII A Conferência dos Pássaros, de Farid ud-Din Attar, e narra a história de quatro pássaros: um pato, um papagaio, um rouxinol e um pardal, que realizam uma migração juntos para sobreviverem ao frio. Durante o caminho, as aves descobrem seus medos e fragilidades e, a partir do convívio em grupo, começam a colaborar entre si para realizarem a grande revoada – que é quando a ave voa de volta ao local de partida. “O espetáculo A Revoada faz uma metáfora entre os pássaros e os seres humanos se descobrindo como seres individuais e em grupo. E é justamente na infância que as crianças vão começar a se descobrir como indivíduos. Muitas dessas crianças nunca tiveram contato com o teatro, então está sendo uma experiência linda”, declara Sallas.

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Hospital da Criança oferece curso de Libras aos funcionários

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizou, de maio a agosto, a segunda edição de seu curso básico de Língua Brasileira de Sinais (Libras) voltado aos funcionários. Profissionais da enfermagem, do atendimento e da segurança participaram das aulas, aprendendo, principalmente, o vocabulário referente à rotina hospitalar. Essa é a segunda turma com funcionários. Na primeira edição do curso, o professor foi o auxiliar administrativo do HCB Renato Falcão Júnior. Surdo, ele expressou seu orgulho pela evolução da turma e ressaltou a necessidade de mais pessoas conhecerem Libras. “É preciso aprender a se comunicar com os surdos, porque é importante para os pacientes poder dialogar com médicos, enfermeiros, vigilantes durante o atendimento”, afirmou. Profissionais da enfermagem, do atendimento e da segurança participaram das aulas, aprendendo, principalmente, o vocabulário referente à rotina hospitalar | Foto: Divulgação/HCB A técnica de enfermagem Leila Veras sempre quis aprender a nova língua e logo se inscreveu no curso. “Na internação, recebemos um casal de acompanhantes surdos. Estávamos nos comunicando e eles ficaram felizes em saber que tinha alguém aprendendo. Eu falava o básico, um ‘bom dia’, e já era uma felicidade”, contou Veras. O vigilante Jerry Adriano está acostumado a orientar as famílias que vêm ao Hospital pela primeira vez. Com o curso, ele sente que pode ajudar crianças e acompanhantes surdos: “Consigo tirar uma dúvida, encaminhar para o local certo, para os procedimentos”. A primeira turma do curso de Libras do HCB foi realizada em 2022, com participação apenas dos funcionários da equipe de atendimento nos guichês de entrada do Hospital. A partir de 2023, as vagas se ampliaram para outros funcionários que desejassem participar. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)

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Curso de Libras é oferecido a servidores da Segurança Pública

Até o dia 10 deste mês, servidores da área de Segurança Pública poderão se inscrever para a terceira edição do curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras). A capacitação será realizada até dezembro deste ano, no formato online. Ao  todo, foram disponibilizadas 50 vagas para as secretarias do DF de Segurança Pública (SSP) e de Administração Penitenciária (Seape) e das forças de segurança – polícias Civil (PCDF) e Militar (PMDF), Corpo de Bombeiros (CBMDF) e Departamento de Trânsito (Detran). Curso visa facilitar abordagens policiais e atendimento emergencial pelos bombeiros, por exemplo | Foto: Divulgação/SSP Resultado de uma cooperação técnica entre a SSP e o Instituto Federal de Brasília (IFB), o curso tem a meta de proporcionar melhor qualificação dos agentes da segurança pública na prestação do serviço à sociedade, com foco na inclusão e aceitação da pessoa com deficiência (PcD).  Esta é a terceira edição do curso de Libras destinado à Segurança Pública. A primeira ocorreu em 2022. “O objetivo é facilitar abordagens policiais, registros de ocorrências em delegacias, atendimento emergencial pelos bombeiros e solicitação de documentos durante uma blitz feita pelo agente de trânsito, por exemplo”, ressalta o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O curso ocorrerá de forma online e ao vivo, pela plataforma Google Meet, com carga horária de 120 horas. Com início no dia 21, as aulas serão ministradas duas vezes por semana, com uma turma às segundas e sextas-feiras, de 9h às 11h. “Estamos trabalhando em um protocolo para atendimento em delegacias e abordagens da Polícia Civil”, explica o coordenador de ensino da Subsecretaria de Ensino e Gestão de Pessoas (Suegep) da SSP, André Telles. As inscrições podem ser feitas por meio deste link. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública do DF

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Escola de Governo abre inscrições para cursos presenciais e EAD de Libras 

A Escola de Governo do DF (Egov), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento, e Administração (Seplad), anunciou a abertura das inscrições para cursos de Libras. O objetivo é garantir que o atendimento presencial à população seja cada vez mais qualificado e inclusivo. Além dos cursos básicos de níveis 1 e 2 nas modalidades presencial e Educação a Distância (EAD), foi lançado o novo curso de nível intermediário (apenas presencial, por enquanto), para que os servidores que já passaram pelos cursos iniciais possam desenvolver ainda mais a habilidade no idioma. Formatura da Turma de Libras em 22 de maio, na Egov | Foto: Simone Avancini/Egov O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, apontou no DF cerca de 97,7 mil pessoas com algum tipo de deficiência auditiva, das quais 25 mil delas se comunicam por Libras. Muitas vezes com dificuldade de acesso aos serviços públicos. A capacitação dos servidores visa facilitar essa dificuldade. “Inclusão. Quanto mais pessoas aptas a se comunicar em Libras, melhor. A expectativa da Egov é que em todos os órgãos do GDF haja servidores com domínio do idioma, favorecendo inclusão da população surda com acesso imediato aos serviços públicos presenciais”, enfatizou a diretora-executiva da Egov, Juliana Tolentino. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A Libras é necessária em todas as áreas e em todos os lugares públicos. As professoras são muito dinâmicas, o que torna o aprendizado mais fluido e me fez amar estudar”, afirma a diretora de Contratos da Seplad, Maria Alves de Souza Mito, integrante da última turma de formandos. Outro servidor que participou do curso presencial, o assessor jurídico da Administração Regional de Santa Maria, Lucas Marques de Souza, elogiou a metodologia utilizadas nas aulas. “Aqui foi plantada a sementinha e daqui precisamos dar continuidade à prática, à interação com os surdos e aos estudos em outros níveis, como intermediário e avançado, e assim cuidar da inclusão das pessoas surdas, principalmente em nosso ambiente de trabalho”, afirmou. Serviço Cursos presenciais  – inscrições neste link até 9 de agosto 1. Libras – Módulo Básico I Período: 14 de agosto a 18 de outubro Horário: das 8h às 11h ou das 14h às 17h Carga horária: 60 horas 2. Libras – Módulo Básico II Período: 14 de agosto a 18 de outubro Horário: das 14h às 17h Carga horária: 60 horas 3. Libras – Módulo Intermediário I Período: 14 de agosto a 18 de outubro Horário: das 8h às 11h Carga horária: 60 horas Curso em EAD Comunicando em Libras – inscrições neste link até 21 de agosto Período: 28 de agosto a 28 de setembro Horário: livre Carga horária: 40 horas. *Com informações da Egov    

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Curso de medicina da Escs passa a contar com Libras na grade curricular

Alunos do 4º ano de medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) estão vivenciando uma experiência inovadora para aprimorar o atendimento a pacientes com deficiência auditiva em ambiente acadêmico. Por meio de uma nova diretriz curricular, o projeto de extensão do curso passou a oferecer a Língua Brasileira de Sinais (Libras) aplicada à saúde, dentro do eixo Habilidades e Atitudes – uma forma de conscientizar futuros médicos a terem um olhar voltado às necessidades de minorias. Aula de Linguagem Brasileira de Sinais expande a capacidade de interação dos futuros profissionais de saúde com os pacientes | Foto: Divulgação/Fepecs [Olho texto=”“O objetivo é ter profissionais que entendam melhor esses pacientes, os acolham de forma mais efetiva e humanizada quando estiverem à frente do atendimento e, além de tudo, que se tornem pessoas melhores” ” assinatura=”Adriana Graziano, coordenadora das turma do 4º ano de medicina da Escs” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em parceria com o Instituto Federal de Brasília (IFB) e um docente especializado em Libras, a Escs formou dois grupos de 42 estudantes cada. Ao longo do primeiro semestre, os alunos se dedicaram a 60 horas de atividades teórico-práticas, divididas entre vídeos explicativos e teatralização – momento em que puderam simular e treinar o atendimento ao paciente com deficiência auditiva. Para finalizar a primeira etapa do projeto antes do recesso, no início desta semana, as turmas tiveram aulas práticas e teóricas no auditório e no laboratório morfofuncional da Escs, onde aprenderam novas maneiras de lidar com os pacientes e abordar as dificuldades enfrentadas por eles ao chegarem a um ambiente em que não são entendidos. Escuta ativa [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Acolhimento de minoria deve ser para todos que estão em alguma situação de minoria, e o paciente que tem deficiência auditiva está inserido nesses grupos”, ressalta a coordenadora da turma do quarto ano do curso, Adriana Graziano. “É cada vez maior a necessidade de voltar o olhar para o paciente com deficiência e acolhê-lo, pois o paciente que não é entendido não tem o tratamento adequado.” Como instituição de ensino e de saúde, a escola atua para adequar a formação de futuros médicos às necessidades gerais da comunidade, investindo no aprendizado da escuta ativa, tanto no formato tradicional quanto por meio da linguagem de sinais, como uma das maneiras mais eficazes de oferecer um tratamento digno ao paciente. A conclusão das aulas será marcada pela troca de experiências, que contribui para a entrega de melhores profissionais à população do DF. “O objetivo é ter profissionais que entendam melhor esses pacientes, os acolham de forma mais efetiva e humanizada quando estiverem à frente do atendimento e, além de tudo, que se tornem pessoas melhores”, resume a coordenadora do curso de medicina da Escs. *Com informações da Fepecs

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Novo ciclo do QualificaDF terá cursos com acessibilidade em Libras

O QualificaDF, programa de qualificação profissional promovido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), vem com novidades no 2º Ciclo de 2023, que está com inscrições abertas até 13 de julho. A nova edição proporcionará ainda mais acessibilidade aos candidatos. Serão cinco cursos com a presença de intérpretes em Libras (Língua Brasileira dos Sinais), permitindo o acesso às pessoas surdas, totalizando 250 vagas. Com inscrições abertas, o 2º Ciclo de 2023 do programa QualificaDF terá presença de intérpretes em Libras | Foto: Renato Alves/Agência Brasília “O QualificaDF tem 50 cursos distintos e a grande novidade é que os candidatos já saberão de antemão quais terão intérpretes em Libras. Essa é uma forma de garantir a inclusão dessa comunidade”, explica a gerente de Qualificação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), Karina Leite. [Olho texto=”“Foi muito bom, porque tinha vários surdos e também os ouvintes interagiram bastante. Eles tiveram bastante respeito com a gente. Gostei demais da inclusão. Recomendamos que outras pessoas com deficiência estudem, porque somos vencedores”” assinatura=”Jhonathan Santos, participante do QualificaDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os cursos que contarão com o recurso de acessibilidade são: assistente administrativo – carreiras públicas (noturno – Asa Sul), estética facial e corporal – massagem terapêutica (vespertino – Asa Sul), auxiliar de recursos humanos (vespertino – Paranoá), maquiagem e design de sobrancelhas (noturno – Planaltina) e assistente administrativo (noturno – Taguatinga). Nos ciclos anteriores, os intérpretes eram designados aos cursos de acordo com a demanda dos inscritos. “Uma das dificuldades que a gente tinha era a indicação dos intérpretes por curso. Com a divulgação no edital de convocação de quais cursos contarão com a acessibilidade, isso facilita para o aluno, porque ele já vai saber que terá o intérprete, e também para nós, para sabermos quantos profissionais vamos precisar em cada unidade”, revela a coordenadora geral do QualificaDF, Priscila Silva. Ampliação do público Entre o primeiro e o segundo ano do QualificaDF, 34 surdos participaram dos cursos do programa. Assistente administrativo – carreiras públicas e recursos humanos foram os mais cursados pelo público. “Ao darmos acessibilidade aos cursos, daremos ao mercado de trabalho também”, destaca a voluntária e intérprete de Libras do QualificaDF, Elaine Campelo | Foto: Divulgação O jovem Jhonathan Santos foi um deles. Ele participou do 1º Ciclo de 2023, quando se qualificou em recursos humanos. “Entrei no curso de RH porque percebi que ele poderia me ajudar bastante e a melhorar o meu conhecimento. Agora tenho um diploma e pretendo trabalhar com isso”, conta. O estudante acredita que a experiência no QualificaDF foi um divisor de águas. “Foi muito bom porque tinha vários surdos e também os ouvintes interagiram bastante. Eles tiveram bastante respeito com a gente. Gostei demais da inclusão. Recomendamos que outras pessoas com deficiência estudem, porque somos vencedores”, afirma. Para ampliar a participação de surdos e surdas, o 2º Ciclo de 2023 terá um trabalho de divulgação com a comunidade surda, buscando as associações e publicando nas redes sociais materiais acessíveis. “Queremos entender e atender essa comunidade. Ao darmos acessibilidade aos cursos, daremos ao mercado de trabalho também”, destaca a voluntária e intérprete de Libras do QualificaDF, Elaine Campelo. Ela atua como intérprete desde o primeiro ciclo de 2022 e já esteve nos cursos de assistente administrativo, recursos humanos e maquiagem, todos administrados na unidade de Planaltina. “Não trabalhamos com vídeos gravados, então tudo vai sendo interpretado em sala de aula. Serve para levarmos o conhecimento até o aluno surdo e também para darmos voz a ele, sendo ponte com os professores e com os colegas de classe. Permitindo a interação, a colocação de opinião e sugestões. Essa participação torna o ambiente enriquecedor”, classifica Elaine. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além da acessibilidade em Libras nas aulas, os workshops e a formatura do QualificaDF também contam com intérpretes. Como participar Os registros de interesse devem ser feitos até 13 de julho pelo site da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet). A formação é gratuita e tem duração de 240 horas. Quem participa do programa tem direito a um kit educando, com caderno, apostila, caneta, borracha, lápis e pasta; dois uniformes; auxílio-transporte (por meio de emissão de cartão vale-transporte); lanche diário; seguro contra acidentes pessoais; e certificado autenticado. Podem participar brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros em situação regular a partir de 16 anos, que comprovem residência no Distrito Federal e a escolaridade mínima exigida para cada curso. Caso seja do interesse do candidato, este poderá optar por até duas qualificações. O resultado final das inscrições e convocação dos candidatos para início das atividades será divulgado a partir de 14 de julho. A confirmação de matrícula deverá ser feita entre 17 e 21 de julho. As aulas estão previstas para começar em 31 de julho.  

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Centrais de emergência 190 e 193 iniciam atendimento em Libras

Para garantir acessibilidade nos serviços públicos, o Governo do Distrito Federal (GDF) incluiu nas centrais de atendimento de emergência 190, da Polícia Militar, e 193, do Corpo de Bombeiros Militar, o atendimento na Língua Brasileira de Sinais (Libras) para as pessoas com deficiência auditiva e ou/de fala. Centro de Operações do Corpo de Bombeiros Militar atua integrado com atendimento inclusivo | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Para o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, a medida está promovendo a inclusão: “A acessibilidade em Libras nos canais de atendimento de emergência é essencial para a inclusão da população. Essa era uma demanda, e nos debruçamos em busca do melhor caminho para acesso do cidadão a esses serviços públicos”. [Olho texto=”“Estamos nos adequando a esse processo, que vai facilitar o acesso aos serviços dos bombeiros para esse público” ” assinatura=”Capitão Reginaldo Machado, do CBMDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o subchefe do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), major Márcio Silva, o serviço é acessado por meio dos sites institucionais das corporações e totalmente integrado com a Central 156. “Foi feito um fluxo ajustado e acertado entre as duas centrais”, conta. “Os atendentes do 156 agem como intérpretes nesse atendimento, são a nossa ponte entre o cidadão e os operadores da PMDF”. Os atendentes intérpretes da Central de Atendimento ao Cidadão participaram de um treinamento com a equipe da PMDF. “Eles presenciaram a complexidade e importância das informações que precisam coletar das pessoas”, explica o coordenador da Central de Relacionamento do GDF, Joran Freire. “Além disso, sabem que, como são serviços de urgência, requerem mais atenção, empatia, pois a pessoa pode estar em situação de risco”. Como funciona  O serviço pode ser acessado no site da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros – ambos possuem o ícone do atendimento em Libras. Basta clicar na imagem: após um cadastro rápido, começa a videochamada. Um profissional da Central de Atendimento ao Cidadão do DF (156) aciona o 190 ou 193 e fala com um atendente das corporações ao mesmo tempo em que registra a ocorrência, intermediando a chamada. O atendimento funciona 24h, todos os dias da semana. Para acessar os serviços do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), o processo e a integração entre as equipes funcionam da mesma forma. “Estamos nos adequando a esse processo, que vai facilitar o acesso aos serviços dos bombeiros para esse público”, enfatiza o capitão do CBMDF, Reginaldo Machado. “O nosso protocolo de atendimento se manterá o mesmo, padronizado internacionalmente. Temos oito minutos para atender as ocorrências, desde o momento do registro dela em sistema na Central até a chegada dos socorristas no local demandado”.  [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Atendimento em Libras De acordo com Joran Freire, o suporte já está disponível em outros quatro canais de atendimento do Governo: Central do Cidadão (156), Ouvidoria (162), Disque Saúde (160) e Procon (151). A assistência às pessoas com deficiência é feita por meio dos sites desses órgãos.  “Hoje, recebemos entre 400 a 500 chamadas por mês para esses serviços”, aponta o coordenador da Central de Relacionamento do GDF. “Em breve, vamos oferecer o atendimento em Libras nas centrais do Detran e incluir novos serviços para ampliar ainda mais a acessibilidade e a inclusão nos canais de atendimento do governo.” Arte: Agência Brasília

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Servidores do GDF terão primeiro curso de Libras em EaD

A Escola de Governo do Distrito Federal (Egov) segue investindo na capacitação de servidores públicos para serem agentes de inclusão social. Nesta segunda-feira (22), a instituição – que é parte da estrutura da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Distrito Federal (Seplad) – vai lançar o primeiro curso de Libras pela plataforma virtual de Educação a Distância (EaD). O evento ocorrerá às 9h30, no auditório da instituição. Arte: Ascom/Egov-DF Segundo a diretora-executiva da Egov, Juliana Tolentino, desde o final de 2018, a escola oferece o curso na modalidade presencial, formando mais de 250 alunos. “Nosso objetivo, com a plataforma virtual para o ensino da Libras, é ampliar consideravelmente o número de servidores preparados para atender a população de uma maneira mais digna e inclusiva”, explica ela. “A Escola de Governo entende a fundamental importância da capacitação em Libras porque permite a acessibilidade e a inclusão da comunidade surda aos serviços oferecidos pelo GDF, além de ser um cumprimento legal”, completa Tolentino. O objetivo do conteúdo é capacitar para os diálogos do dia a dia, possibilitando aos cursistas uma grande afinidade com o idioma | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O secretário-executivo de Gestão de Pessoas, Ângelo Roncalli, destaca a importância da formação inclusive para ampliar o diálogo entre servidores. “É uma formação para além das atividades como servidores. É uma capacitação que estimula a prática da solidariedade, do amor ao próximo, do cuidado e carinho”, avalia. A iniciativa tem amparo na Lei nº 10.436/2002, que reconheceu a Libras como meio legal de comunicação e de expressão dos surdos. A legislação prevê que o poder público institucionalize formas de apoio ao uso e à difusão da Língua Brasileira de Sinais, especialmente nos setores e serviços destinados ao atendimento dos cidadãos surdos e deficientes auditivos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A duração do curso é de 40 horas e o conteúdo abrange a legislação, formas de cumprimentos e saudações, o calendário, as cores, as relações de parentesco, os verbos e as profissões. “O objetivo do conteúdo é capacitar para os diálogos do dia a dia, possibilitando aos cursistas uma grande afinidade com o idioma”, explica a superintendente de Desenvolvimento e Formação da Egov, Fabíola Salomon. De acordo com ela, que é egressa do curso de Libras, “a comunicação na Língua Brasileira de Sinais é mais uma política de inclusão, com reflexos diretos no serviço público. Esperamos que o conhecimento e a prática dessa língua tão importante chegue aos servidores de vários órgãos do GDF, para que possam atender a comunidade surda com a excelência que todo cidadão merece. Esse curso é mais do que uma capacitação, porque acredito que aprender Libras é um ato de amor”, completa Fabíola. As inscrições poderão ser feitas de 22 de maio a 12 de junho, pela página da Egov. *Com informações da Egov

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Conheça colégio especializado em ensino para surdos no DF

No dia 23 de abril, é comemorado o Dia Nacional da Educação de Surdos. A data foi criada para lembrar as lutas e conquistas a respeito da escolarização de estudantes surdos e a integração no ensino regular. Na capital, existe uma escola especializada em ensino de surdos que funciona há quase dez anos. A Escola Bilíngue de Taguatinga atende a esse público desde 5 de agosto de 2013 e conta com 73 alunos matriculados. A instituição de ensino é referência na educação de surdos do DF e, por enquanto, é a única com esse perfil entre as regiões administrativas. Para ampliar o atendimento, o Governo do Distrito Federal (GDF) está construindo a segunda escola pública integral bilíngue Libras e português do DF, no antigo clube da Associação de Assistência aos Trabalhadores em Educação do DF (Asefe), na 912 Sul. O local terá seis salas de aula com capacidade para 59 alunos. O investimento é de R$ 4,3 milhões. Atualmente, a Escola Bilíngue de Taguatinga é uma das poucas escolas públicas bilíngues para surdos no Brasil. Os professores utilizam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e lecionam para surdos ou Codas – um acrônimo em inglês para Child of Deaf Adults (filho de adultos surdos, em tradução livre), termo que ganhou popularidade nos anos 80, sobretudo pela criação da organização internacional Children of Deaf Adults Inc (Coda), fundada nos Estados Unidos por Millie Brother. Adriana Batista Reis de Mello: “Os estudantes surdos não são atrasados pedagogicamente por incapacidade, mas pela demora dos pais de investirem nesse ensino adaptado” | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília Os pedagogos trazem pessoas de fora para palestras sobre saúde, segurança e assuntos importantes, imergindo os alunos no ensino e em atualidades, tirando os surdos da invisibilidade e quebrando a barreira da comunicação. Comunicação e compreensão Supervisora pedagógica na escola bilíngue, Adriana Batista Reis de Mello, 49 anos, conta que a instituição, por meio de cursos e palestras, possibilita que as famílias aprendam a se comunicar com os alunos. De acordo com ela, as crianças se deslumbram com todas as pessoas usando a língua de sinais. “Os pais ficam desesperados quando descobrem que os filhos são surdos e perdem tempo tentando outras coisas em vez de inseri-los na instituição. Tentam transplantes auditivos e diversos métodos. Quando descobrem que os filhos não vão falar, procuram um ensino especializado. Os estudantes surdos não são atrasados pedagogicamente por incapacidade, mas pela demora dos pais de investirem nesse ensino adaptado”, defende. Adriana também destaca que o conteúdo lecionado na escola é o comum, de acordo com a grade curricular do Ministério da Educação. “Os alunos aprendem Libras porque estão imersos em um ambiente onde todos falam, então o ensino fica muito mais fácil e natural”, explica a supervisora. Maria Alice diz que não se sente sozinha na Escola Bilíngue de Taguatinga Maria Alice, 9 anos, está há um ano na escola especializada. Ela tem pessoas com deficiência auditiva na família e uma irmã ouvinte, que também frequenta a escola. Usando Libras para se comunicar, ela observou que, por ter muitos colegas surdos, a adaptação foi mais tranquila. “É muito bom. Já consigo ler muitas coisas. Aqui é melhor. Foi fácil me adaptar e gosto muito da minha professora. A escola bilíngue é bem melhor porque não fico sozinha”, comemora a menina. Jamile De Sousa Araújo, 14 anos, explica o motivo da solidão da pessoa surda em meio às escolas comuns. Ela estuda na escola especializada há sete anos e conta que, no antigo colégio, sofria muito por causa do bullying. “Eu não tinha como me comunicar com os outros alunos. Então, ficava muito sozinha, além de não me tratarem (de forma) igual. Aqui é normal. Acho a escola boa. Tem brincadeiras, conheci os outros alunos e me adaptei muito bem”, esclarece. Uma linguagem apaixonante O professor Ícaro Fonseca Dias define a Libras como apaixonante Ícaro Fonseca Dias, 32 anos, é professor de História e trabalha com a Língua Brasileira de Sinais há 14 anos. Ele se inspirou na tia, que também é intérprete, interessando-se pelo mundo da Libras. Ele leciona na Escola Bilíngue de Taguatinga e ressalta a importância dela para o ensino da pessoa surda, por ser ministrada na primeira língua dela, assim como os ouvintes são educados na primeira língua deles, que é o português. “Quando comecei o curso, eu me apaixonei. É uma língua muito visual, muito bonita. É importante saber que a Libras é uma língua de fato. Às vezes, as pessoas não entendem, por exemplo, quando eles vão fazer uma prova de concurso ou vestibular, por que precisa do intérprete. Não significa que eles não saibam o conteúdo, mas que eles não conhecem ou não dominam a outra língua, portuguesa, que é a segunda língua deles. A Libras proporciona isso pra eles, que eles consigam desenvolver e produzir conhecimento na própria língua deles. A Libras é uma língua linda, completa, como qualquer outra língua do mundo, você consegue produzir, filosofar, fazer poesia”, destaca. [Olho texto=”A Libras é uma língua linda, completa, como qualquer outra língua do mundo, você consegue produzir, filosofar, fazer poesia”” assinatura=”Ícaro Fonseca Dias, professor de História” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Gabriel Vicente tem 17 anos e estuda na Escola Bilíngue de Taguatinga. Para ele, Libras é melhor porque o oralismo é mais difícil de aprender. Ele se diz esforçado, sabendo utilizar a escrita para se comunicar com ouvintes que não falam a língua de sinais. O jovem já pensa nas profissões que quer no futuro: “Quero ser cabeleireiro. Mas estou vendo outras opções ainda. Faculdade de engenharia, construção. Tenho uma boa comunicação, me sinto capaz e consigo entender que sou capaz”. Cauã de Sousa Pereira, 19, explica que o aprendizado da Libras é muito mais rápido quando ela está em todo seu redor. Ele chegou sem saber nada, com 11 anos, aprendeu tudo em um mês e meio. “Eu não sabia os sinais. Quando conheci a escola, gostei muito e comecei a aprender rápido. Todos ao meu redor falavam igual, todos os meus amigos, foi muito mais fácil. Eu estudava em inclusão antes, mas não era a mesma coisa. Entendia mais ou menos, era muito difícil, eu não tinha comunicação com os outros alunos. Pela primeira vez que tive contato eu já gostei da Libras. É igual o português, que é a primeira língua dos ouvintes”, acentua. Está na Lei Os alunos se sentem inseridos quando estudam na escola especializada No dia 24 de abril, é comemorado o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais. A lei traz o reconhecimento da Libras como meio legal de comunicação e expressão (Lei nº 10.436/2002). A coordenadora pedagógica Adriana Gomes Batista, 48 anos, estava presente na Câmara dos Deputados no dia em que a lei foi criada, tendo inclusive participado da sessão. Lecionando em Libras há 22 anos, ela conta que o início da carreira não foi fácil. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “De primeira, foi muito difícil, porque eu passei num concurso e fui trabalhar com os ouvintes. Aí pensei ‘como vou fazer?’. Porque sou surda e precisava falar. Antigamente era mais difícil a comunicação porque, no geral, as pessoas só falavam. Então, eu fazia a leitura labial. Mas tinha palavras que eu não conhecia, as pessoas falam rápido, cada pessoa fala de um jeito diferente, então se torna difícil. Fiquei dois anos trabalhando assim e depois me colocaram numa turma de surdos. Aí foi mais fácil, porque usei a minha primeira língua”, pontua a pedagoga. Ela ressalta a importância da educação própria para as pessoas surdas, com foco em Libras. “O dia 23 de abril é o Dia Nacional da Educação de Surdos e é muito importante, porque o aluno surdo precisa ser incentivado a aprender a própria língua dele, Libras. E (ter) o português como língua dois, que é a escrita. Aqui tem o espaço visual, recursos, materiais, conteúdos livros, tudo próprio para o surdo. É muito importante incentivar e aumentar a quantidade de alunos dentro da escola bilíngue porque aqui o conteúdo é o mesmo do ouvinte, mas de maneira que o surdo possa entender sem dificuldades”, conclui. Na escola, também há uma aluna com deficiência auditiva e visual. Ela estuda lá há cinco anos e tudo é adaptado para as necessidades dela. As professoras trabalham com Braile e Libras táticas.

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