DF apresenta avanços no processo de habilitação de serviços de saúde
Entre maio e agosto deste ano, o processo de habilitação dos serviços de saúde do Distrito Federal avançou significativamente. O reconhecimento materializa-se em incremento de recursos financeiros aos cofres públicos. Essas conquistas foram apresentadas na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nessa quinta-feira (4), como parte do Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) do 2º Quadrimestre de 2025. A habilitação de serviços de saúde é um procedimento conduzido pelo gestor federal, por intermédio do Ministério da Saúde (MS), com objetivo de reconhecer oficialmente o funcionamento de serviços inerentes a um estabelecimento de saúde. A solicitação é resultado de um esforço técnico conjunto e altamente especializado, envolvendo várias áreas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Após a publicação, o órgão distrital passa a ter o direito ao repasse financeiro correspondente e fica condicionado à comprovação da produção referente ao serviço habilitado. Conforme explica o subsecretário de Planejamento em Saúde (Suplans), Rodrigo Vidal, essas habilitações representam o reconhecimento do MS de que os serviços especializados da SES-DF atendem plenamente os padrões de qualidade exigidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Habilitar não é apenas solicitar recurso: é demonstrar capacidade técnica, conformidade normativa e qualidade assistencial comprovada”, resume. Ganhos para a população A habilitação de serviços de saúde é um procedimento conduzido pelo gestor federal, por intermédio do Ministério da Saúde (MS), com objetivo de reconhecer oficialmente o funcionamento de serviços inerentes a um estabelecimento de saúde | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF No segundo quadrimestre de 2025, quatro equipamentos tiveram leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) habilitados: Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e dois hospitais particulares contratados para complementar os serviços da Rede SES-DF, ampliando a oferta de atendimento aos usuários da rede pública de saúde. Ganha destaque a publicação da habilitação da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia com Serviço de Radioterapia do HRT, aguardada desde 2022, quando o serviço de radioterapia foi inaugurado. Essa habilitação resultou em um incremento de mais de R$ 2,26 milhões no Teto de Média e Alta Complexidade (MAC), elevando o total de aumento acumulado no período para próximo dos R$ 9 milhões.[LEIA_TAMBEM] Mais recurso, mais oferta Em comparação com o segundo quadrimestre de 2024, observa-se um acréscimo de pouco mais de R$ 3,75 milhões. “Cada habilitação publicada significa mais recursos federais entrando no DF para custear serviços que hoje já funcionam e são mantidos quase integralmente com recursos próprios”, explica Rodrigo Vidal. “Quando essas habilitações são publicadas, o resultado é direto: alívio para os cofres do DF e maior capacidade de ampliar a oferta para a população”, completa. Além dos serviços habilitados entre maio e agosto, há 14 propostas de serviços de média e alta complexidade já aprovadas pelo Ministério da Saúde, aguardando apenas disponibilidade orçamentária para publicação. A efetivação dessas propostas poderá resultar em um acréscimo estimado de mais de R$ 18 milhões ao orçamento distrital. *Com informações da SES-DF
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Médico de Família e Comunidade é o especialista do cuidado e parte fundamental na Atenção Primária à Saúde
Há uma definição utilizada pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) que afirma: "Médico de família e comunidade é o especialista em cuidar das pessoas." Esse atendimento abrangente e baseado nos moradores é uma característica inerente à Atenção Primária à Saúde (APS), que, além disso, é reconhecidamente a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O Distrito Federal conta com 172 Unidades Básicas de Saúde (UBS), compostas por equipes de Saúde da Família (eSF). Ao todo, a população dispõe de 645 grupos formados por ao menos um médico, um enfermeiro, dois técnicos em enfermagem e um agente Comunitário de Saúde (ACS), preferencialmente, especialistas em Medicina de Família e Comunidade (MFC). Calcula-se que esse setor possa atender de 80% a 90% das necessidades de saúde de uma pessoa ao longo de sua vida. Nesse contexto, o médico de família e comunidade é o coordenador do cuidado. "Esse é o melhor especialista para estar na APS", sugere o assessor da Coordenação Atenção Primária à Saúde (Coaps), Fernando Henrique de Souza. "Ele é quem vai organizar o cuidado do paciente dentro da rede pública. Não se trata de impor barreiras de acesso a outros especialistas; mas de disponibilizar o recurso necessário no momento oportuno", explica. Construção de vínculo A territorialização e a longitudinalidade do cuidado estão prescritas na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Essas diretrizes permitem o desenvolvimento de ações com foco em um território específico, com impacto na situação, nos condicionantes e determinantes da saúde das pessoas e coletividades que constituem aquele espaço. Além disso, pressupõem a continuidade da relação de cuidado, com construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente e consistente. “Quando me tornei médico, voltei aqui para servir àquelas pessoas com quem convivi durante toda a minha vida. Sei as necessidades que elas têm”, afirma o médico de Família e Comunidade da SES-DF Marcus Salazar | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Na UBS 5 do Gama, o médico de família e comunidade Marcus Salazar atua em um território que ele conhece intimamente. Após graduar-se fora, retornou ao local onde nasceu. Hoje, grande parte dos pacientes que atende conhece desde a infância. “Quando me tornei médico, voltei aqui para servir àquelas pessoas com quem convivi durante toda a minha vida. Então, eu sei, realmente, das necessidades que elas têm. Posso tratá-las como pessoas; e não apenas verificar as suas doenças”, afirma. Quem corrobora esse "cuidado especial" é o morador da região Murillo Garcez, 42. O administrador e o médico conhecem um ao outro desde quando eram crianças. "A atenção dele [Marcus] é totalmente diferente. Ele conversa com as pessoas. A gente fica até animado em ir para a consulta. Saber que estamos sendo atendidos por quem nos conhece, dá a certeza de que tem alguém fazendo o melhor por nós", acrescenta o paciente. Fortalecimento da APS A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) possui o segundo maior programa de residência em Medicina da Família e Comunidade (MFC), tendo em conta o número de vagas ocupadas. Além deste, instituído em 2021, o serviço público distrital também acolhe os estudantes de pós-graduação da especialidade provenientes da Universidade de Brasília (UnB) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Brasília). Cada UBS atende um território definido, e as eSF são responsáveis pela assistência à saúde da população daquele espaço. Para saber qual é a unidade de referência, basta verificar, com CEP, no Busca Saúde UBS. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Excelência científica marca o encerramento do V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa do IgesDF
O último dia do V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa (Ciep) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) foi dedicado ao reconhecimento dos estudos que se destacaram pela qualidade e pelo potencial de impacto na saúde pública. Entre oito pesquisas na categoria Apresentação Oral e 37 pôsteres avaliados pela comissão científica, os vencedores reafirmam o papel da produção científica na melhoria contínua do Sistema Único de Saúde (SUS). Categoria – Apresentação Oral 1º lugar • Beatriz de Sousa Gonçalves e equipe • Avaliação do perfil de uso de medicamentos imunomoduladores em um hospital terciário do DF • Autores: Beatriz de Sousa Gonçalves, Nidah Fawzi Said Nimer e Náthalie Jhéssie Rocha da Silva 2º lugar • Pedro Juan Ribeiro Calisto dos Santos e equipe • Construção de uma cartilha educativa sobre fibrose cística para familiares e cuidadores • Autores: Pedro Juan Ribeiro Calisto dos Santos, Bruna Morais Vieira de Lima, Camila Vitoria de Carvalho Brito, Cássia Nogueira Barros, Marcelo Azevedo Coutinho, Polyanna de Freitas Silva, Viviane Corrêa de Almeida Fernandes, Dayde Lane Mendonça da Silva e Débora Santos Lula Barros 3º lugar • Bruna Carolina Neves Ferreira e equipe • Ação lúdica sobre a higienização correta das mãos: relato de experiência de uma enfermeira obstetra no CO do HRSM • Autores: Bruna C. N. Ferreira, Brenda B. de Oliveira, Maria V. M. Almondes, Hillary L. S. Carvalho e Hellen S. C. Neves A entrega das premiações encerra três dias de intercâmbio científico, apresentações e discussões técnicas que reforçaram a cultura de ensino, inovação e pesquisa no IgesDF | Foto: Divulgação/IgesDF Categoria – Pôster 1º lugar • Talita Fernandes Nunes, Brenno Vinius Henrique Martins, Isis Maria Magalhães Quezado, Felipe Magalhães Furtado, Agenor de Castro Moreira dos Santos Jr. e Ricardo Camargo. • Sequenciamento de nova geração no diagnóstico da leucemia mieloide aguda pediátrica: aplicações no rastreamento e no tratamento precoce 2º lugar • Gabrielly Fernanda Silva e equipe • Relações entre multimorbidades e capacidade intrínseca em pessoas idosas • Autores: Gabrielly F. Silva, Yunara F. Venturelli, Thalyta Ísis de Matos, Ana Carolina Santos Rodrigues, Lorena O. de Souza e Juliana Martins Pinto 3 lugar: • Larissa Vieira Santana, Luciana de Lima Sousa, Lucas Lima de Souza, Adriana Princhak Teixeira Pinto • A medida da panturrilha prediz a duração da internação em pacientes oncológicos: estudo longitudinal em um pronto socorro terciário Um congresso que deixa resultados A entrega das premiações encerra três dias de intercâmbio científico, apresentações e discussões técnicas que reforçaram a cultura de ensino, inovação e pesquisa no IgesDF. Para a diretora de Inovação, Ensino e Pesquisa, Emanuela Dourado, o legado do congresso se estende para além do encontro. “O que construímos aqui segue com cada participante. A transformação ocorre quando ideias se encontram, e este congresso mostra o quanto avançamos quando caminhamos juntos”, afirma.[LEIA_TAMBEM] A gerente de Pesquisa, Ana Carolina Lagôa, destaca o valor das conexões criadas. “Um evento como este nos lembra que a ciência é feita em conjunto. Quando pesquisadores, profissionais e estudantes se reúnem, surge a possibilidade de mudar realidades e melhorar vidas”, diz. O Ciep 2025 foi organizado pela Agência Sisters, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e patrocínio da Financeira BRB, além de parceiros como AstraZeneca, Noxtec, Brakko, Concimed, Alabia, B2IF e Infinity Medical. A iniciativa também contou com apoio institucional da Caesb, Hospcom, Instituto DEAF1 e Samu. *Com informações do IgesDF
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Infectologia, trauma e inovação marcam o segundo dia do Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa
O segundo dia do V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa (Ciep), do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), abordou temas como infectologia, trauma e inovação aplicada ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Centro de Convenções Brasil 21 reuniu profissionais de saúde, gestores e pesquisadores em uma programação marcada pela integração entre ciência, tecnologia e práticas assistenciais que fortalecem o sistema de saúde pública. As mesas de discussão aprofundaram assuntos como antimicrobianos, equidade no acesso a tratamentos e orientações sobre antibioticoterapia. Segundo dia do V Ciep abordou temas como infectologia, trauma e inovação aplicada ao SUS | Fotos: Divulgação/Núcleo de Tecnologias Educacionais “É fundamental discutir não só os avanços científicos, mas também como torná-los acessíveis a toda a população”, destacou o médico infectologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Hospital Moinhos de Vento, Alexandre Zavascki. Ainda durante a manhã, o eixo de gestão hospitalar apresentou soluções voltadas à eficiência e à inovação. A diretora de Operações da empresa de TI Noxtec, Louise Lyra, explicou como ecossistemas digitais aperfeiçoam processos assistenciais e administrativos. Em seguida, o diretor-executivo da empresa de gestão hospitalar Concimed, Rodrigo de Araújo Dias, discutiu o papel da automação e da inteligência financeira no fortalecimento da saúde pública. Tarde dedicada ao trauma e à prevenção de acidentes A programação da tarde iniciou com foco no atendimento pré-hospitalar e no trauma. O diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (Samu-DF), Victor Arimatea, abriu o bloco com a palestra Atendimento Pré-Hospitalar em Acidentes de Trânsito. “O treinamento em equipe é decisivo para salvar vidas”, reforçou. "Estamos construindo pontes entre ciência e prática clínica para garantir que cada avanço chegue ao paciente de forma segura e eficiente" Emanuela Dourado, diretora de Inovação, Ensino e Pesquisa do IgesDF Em seguida, a médica da Cirurgia do Trauma do Hospital de Base, Ana Cristina Neves, e a enfermeira da mesma unidade, Karina Simplício, abordaram a importância dos centros de trauma e da qualificação multiprofissional para o atendimento a vítimas de acidentes. O médico assistente da Cirurgia do Trauma da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Thiago Calderan, apresentou o Projeto P.A.R.T.Y., programa educativo que conscientiza jovens sobre riscos de acidentes por meio de simulações e vivências reais. “Quando os jovens vivenciam na prática os danos que um acidente pode causar, eles internalizam a responsabilidade de forma muito mais profunda”, ressaltou Calderan. A mesa-redonda reuniu os palestrantes sob a moderação do cirurgião do trauma do Hospital de Base, Rodrigo Caselli. “O trauma é uma das poucas doenças verdadeiramente evitáveis. Com educação, prevenção e atendimento adequado, podemos salvar muitas vidas”, apontou. Na sequência, o intensivista e presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), Rodrigo Biondi, apresentou o tema Hiperpotassemia, jornada do paciente na emergência e farmacoeconomia. “A hiperpotassemia ocorre quando o nível de potássio no sangue sobe acima do normal, podendo causar alterações cardíacas graves e exigindo intervenção rápida”, explicou. O encerramento do dia reuniu o superintendente de Qualidade e Melhoria de Processos do IgesDF, Clayton Sousa de Lima, e o cirurgião ortopedista e especialista em traumatologia, Frederico Arruda, para discutir tecnologia, inovação e transformação da saúde. “Fico honrado com o convite. Sou professor por paixão, e falar sobre inteligência artificial para um público tão diverso e multiprofissional é enriquecedor”, pontuou Arruda. Encontro reuniu profissionais de saúde, gestores e pesquisadores em uma programação focada em ciência, tecnologia e práticas assistenciais que fortalecem o SUS Intercâmbio científico e participação ativa O congresso também apresentou pesquisas sobre inteligência artificial aplicada à cirurgia pediátrica, simulações imersivas para treinamento em emergências, impactos do cigarro eletrônico, biomateriais inteligentes para feridas diabéticas, higienização das mãos, além do desenvolvimento de filmes bioadesivos para tratamento de lesões. Os participantes interagiram em tempo real por meio do painel digital, enviaram perguntas, retiraram certificados e visitaram a feira de inovação com soluções tecnológicas para gestão e assistência. “Estamos construindo pontes entre ciência e prática clínica para garantir que cada avanço chegue ao paciente de forma segura e eficiente”, afirmou a diretora de Inovação, Ensino e Pesquisa do IgesDF, Emanuela Dourado. [LEIA_TAMBEM]Programação A programação segue nessa quarta-feira (19), último dia do congresso. A agenda completa está disponível no site V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa. O Ciep 2025 é organizado pela Agência Sisters e conta com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), patrocínio da Financeira BRB e parceria de empresas como AstraZeneca, Noxtec, Brakko, Concimed, Alabia, B2IF e Infinity Medical. Também recebe apoio institucional da Caesb, Hospcom, Instituto Deaf1 e Samu. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Saúde lança cartilha e vídeos para acolhimento de migrantes, refugiados e apátridas
A Secretaria de Saúde (SES-DF) lançou vídeos e cartilhas em diferentes línguas para acolher migrantes, refugiados e apátridas nos serviços públicos de saúde. O objetivo é apresentar, direcionar e orientar essas pessoas acerca de seus direitos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O guia traz orientações de como tirar o Cartão Nacional de Saúde (CNS), onde se vacinar e fazer prevenções ou atividades que promovam o bem-estar. A versão em português pode ser lida neste link. Já os vídeos estão disponíveis em três idiomas: português, francês e língua crioula (haitiano). Clique abaixo para consultá-los: Versão em francês; Versão em língua crioula; Versão em língua portuguesa. Direito resguardado O objetivo é apresentar, direcionar e orientar migrantes, refugiados e apátridas acerca de seus direitos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A Lei de Migração garante, em condição de igualdade a brasileiros, o direito de acesso à assistência pública, nos termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória.[LEIA_TAMBEM] Segundo a norma, o atendimento deve ser prestado mesmo sem os documentos de identificação. No entanto, para esse fim, estrangeiros podem utilizar passaporte, Registro Nacional de Estrangeiros (RNE) e documento oficial de identificação emitido pelo país de origem. Dados do Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra) apontam que, até 2023, havia quase 1,7 milhão de migrantes registrados no país. Desse quantitativo, cerca de 25 mil estão no Distrito Federal, sendo de 149 nacionalidades distintas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Novos alunos da Escola de Saúde Pública do DF participam de aula magna
Com uma aula magna proferida na noite de segunda-feira (17), a Escola de Saúde Pública do Distrito Federal (ESP/DF) recepcionou os estudantes aprovados no processo seletivo para os cursos técnicos em análises clínicas, enfermagem, saúde bucal e radiologia. São 200 novos alunos que iniciam uma jornada que integra aprendizado, ética e compromisso com o Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a solenidade, a vice-governadora Celina Leão afirmou à turma: “Vocês terão a oportunidade de ter uma formação e de impactar milhares de vidas” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Do encontro, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), também participaram gestores, docentes, preceptores, tutores, coordenadores e autoridades. Na ocasião, os estudantes puderam conhecer a dinâmica da escola, além do cronograma dos cursos e atividades que serão realizadas ao longo da trajetória acadêmica. Formação de qualidade “A aula magna tem um significado muito especial, que é o significado do cuidado”, declarou a vice-governadora Celina Leão. “Vocês terão a oportunidade de ter uma formação e de impactar milhares de vidas. Tem algo mais bonito do que você chegar dentro de uma rede pública de saúde e ter um profissional com um olhar humanizado para o cuidado com o próximo? Aproveitem ao máximo essa grande chance.” “Eu tenho certeza de que cada um de vocês aqui tem uma história, fizeram a inscrição para o curso, fizeram o processo seletivo e chegaram aqui, deixando seus pais e familiares orgulhosos” Fernanda Monteiro, diretora da ESP/DF Durante a abertura, a diretora da Fepecs, Inocência Rocha Fernandes, afirmou: “Hoje vocês têm a oportunidade de ingressar em uma escola comprometida com a formação de qualidade, com um diferencial importante: iniciar um curso em novembro e, já em fevereiro do ano que vem, estar inseridos nos cenários da Secretaria de Saúde. E nada disso seria possível sem o esforço dedicado dos nossos servidores e colaboradores”. A diretora da ESP/DF, Fernanda Monteiro deu as boas-vindas aos novos estudantes e apresentou um pouco do trabalho realizado pela escola. "Eu tenho certeza de que cada um de vocês aqui tem uma história, fizeram a inscrição para o curso, fizeram o processo seletivo e chegaram aqui, deixando seus pais e familiares orgulhosos”, afirmou. “O DF é pioneiro, no Brasil, na formação integrada de técnicos, ou seja, os residentes, os preceptores de residência vão receber, nos serviços lá na ponta, os nossos técnicos, e a formação será compartilhada, pois isso faz com que a gente reduza a distância entre os níveis de formação”. História de sucesso À época de sua criação, há pouco mais de um ano, a ESP/DF incorporou a Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb), onde Maria Ivone Levay se formou, em 1999, em auxiliar de enfermagem — e, graças a isso, conquistou uma vaga no serviço público. “Já tinha curso superior, com formação em matemática, mas, como não conseguia emprego fixo, fiz o curso de auxiliar de enfermagem e prestei concurso para a Secretaria de Saúde, pois ia me garantir renda e estabilidade”, lembrou. “Por ser uma escola de excelência, praticamente todos da minha turma que fizeram o concurso conseguiram passar, tamanha era a qualificação dos profissionais”. [LEIA_TAMBEM]Maria Ivone, que também participou da aula magna, acredita que sua história pode inspirar outras pessoas, mesmo de pessoas que, como ela, já possuem nível superior. “Vocês, que estão aqui hoje, podem ter suas vidas transformadas como eu tive”, disse aos novos alunos. “Primeiro fiz o curso auxiliar, depois me qualifiquei com o curso técnico, e acredito que isso foi essencial para minha vida profissional”. Sobre os cursos Os cursos técnicos da ESP/DF integram o Programa de Ensino Técnico Associado às Residências em Saúde (Protec), instituído pela Portaria SES-DF nº 127 para apoiar o desenvolvimento de atividades formativas estruturadas para a qualificação da força de trabalho do SUS-DF. Os mais de 200 estudantes que iniciaram a nova jornada foram selecionados após processo seletivo de setembro, organizado pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades). A formação é orientada para a atuação direta na assistência, nos serviços de apoio diagnóstico e nos processos de trabalho da rede pública de saúde, contribuindo para o fortalecimento da educação permanente em saúde, ampliando competências e elevando a qualidade do cuidado prestado à população do Distrito Federal. *Com informações da Fepecs
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Servidores da rede pública de saúde são campeões em elogios na Ouvidoria
“Ela é uma excelente profissional, prestativa, dedicada e humana com todos que passam por ali em busca de atendimento. Nós, usuários do SUS [Sistema Único de Saúde], merecemos muitas ‘Merivandas’ no atendimento público.” Este foi o elogio registrado em maio deste ano, por meio da Ouvidoria da Secretaria de Saúde (SES-DF), em referência à técnica administrativa Merivanda Lima, 56 anos, que atua no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A servidora Merivanda Lima teve a atuação destacada por usuários da Secretaria de Saúde na Ouvidoria: “Na verdade, quando me elogiam, estão elogiando toda a equipe. Nossa prioridade aqui é o atendimento: é o usuário em primeiro lugar” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “É muito gratificante”, afirma ela, que há 30 anos trabalha na SES-DF. “Mostra que a gente está no caminho certo. Na verdade, quando me elogiam, estão elogiando toda a equipe. Nossa prioridade aqui é o atendimento: é o usuário em primeiro lugar.” Este é um dos 5,8 mil elogios direcionados a servidores públicos do Governo do Distrito Federal (GDF) entre janeiro e setembro deste ano. Mais da metade (51,6%) das manifestações registradas pela Ouvidoria a profissionais são elogios. Os dados estão no Painel Ouvidoria. Os registros feitos por cidadãos são classificados em elogio, reclamação, denúncia, solicitação, informação ou sugestão. As reclamações e as denúncias, somadas, não ultrapassam 47%. O assunto “servidor público” congrega mais de 40% dos elogios ao GDF registrados pela Ouvidoria. Serviços à população Com mais de 30 mil servidores, a SES-DF apresenta proporção semelhante. O conjunto de 2.721 elogios a profissionais da pasta equivalem a mais de 46% dos comentários favoráveis encaminhados aos quase 80 mil servidores públicos de órgãos do DF. “Isso reforça a compreensão de que o SUS é uma política pública viável e que funciona”, avalia o chefe da Ouvidoria da Saúde, Thyerys Almeida. “Esses servidores públicos amam o que fazem. Nosso principal recurso é o humano”. [LEIA_TAMBEM]Percorrendo os primeiros passos da carreira no serviço público, onde ingressou em 2024, o médico de família e comunidade Marcus Salazar, 34, já começa a colecionar os seus elogios. “Foi um atendimento excelente e humanizado; todos os médicos deveriam seguir o exemplo”, enuncia a manifestação registrada pela Ouvidoria em abril. “Sempre gostei de ajudar o próximo; hoje, enquanto médico, eu tenho mais ferramentas para ajudar as pessoas”, afirma Salazar, que integra a equipe de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Gama. Relacionamento com o cidadão A Ouvidoria é o canal oficial de relacionamento do cidadão com o GDF, registrando manifestações relacionadas aos serviços prestados. Por essa forma há garantia de que o usuário será ouvido. O serviço pode ser acessado pelos canais Participa DF, Central 162 e, presencialmente, nos órgãos do GDF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Telemedicina no DF ganha impulso com 38 novos computadores
Milhares de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal serão beneficiados com a ampliação das ações de telemedicina oferecidas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF). A melhoria será possível graças a 38 novos computadores cedidos pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF). O presidente do IgesDF, Cléber Monteiro, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Vitorino, com os equipamentos | Foto: Divulgação/Secti-DF “Esses equipamentos permitirão ampliar a comunicação entre especialistas e médicos das nossas unidades”, explicou a gerente de Comando Estratégico da Diretoria de Atenção à Saúde do IgesDF, Lillian Campos. “Isso se traduz em diagnósticos mais rápidos e decisões clínicas mais seguras, impactando diretamente o atendimento ao paciente.” “Nosso foco é o paciente. Essa doação representa mais um passo na construção de uma rede eficiente e humanizada” Cléber Monteiro, presidente do IgesDF Os aparelhos vão reforçar as frentes de teleconsulta e teleinterconsulta nas unidades administradas pelo instituto, contribuindo para agilizar diagnósticos, reduzir o tempo de espera e elevar a qualidade do atendimento em toda a rede pública. “A Secti-DF tem orgulho de colaborar com iniciativas que unem tecnologia e saúde”, declarou o titular da pasta, Rafael Vitorino. “Ver a inovação sendo aplicada para melhorar o cuidado à população é a prova de que estamos no caminho certo”. Durante a cerimônia de entrega, a mãe da vice-governadora Celina Leão, Maria Célia Leão Neto, que a representou, elogiou a iniciativa: “Essa doação mostra o quanto o trabalho conjunto pode transformar a vida das pessoas. É um gesto que aproxima o atendimento da população e fortalece a saúde pública. Agora temos que equipar as UPAs [unidades de pronto atendimento] também”. O presidente do instituto, Cléber Monteiro, reforçou: “Nosso foco é o paciente. Precisamos reduzir o tempo de espera, otimizar o fluxo e ampliar o acesso aos atendimentos especializados. Essa doação representa mais um passo na construção de uma rede eficiente e humanizada”. Telemedicina O IgesDF atua em duas modalidades de atendimento remoto: a teleinterconsulta e a teleconsulta, ambas voltadas a aprimorar o cuidado aos usuários do SUS, fortalecer a Atenção Primária em Saúde (APS) e melhorar os desfechos clínicos em toda a rede do DF. A teleinterconsulta é um serviço de apoio diagnóstico entre médicos, conectando especialistas e generalistas das unidades de saúde. O objetivo é agilizar a condução dos casos clínicos, evitar encaminhamentos desnecessários e aumentar a resolutividade das equipes locais. Com a nova estrutura, será possível ampliar os postos de trabalho virtuais e garantir que os pareceres médicos continuem sendo emitidos em até 48 horas, fortalecendo o cuidado integrado e centrado no paciente. [LEIA_TAMBEM]Implantada em maio deste ano, a teleconsulta oferece atendimento remoto a pacientes classificados como “verdes”, aqueles com queixas agudas de menor gravidade. Até agora, o serviço já registrou 9.618 consultas, oferecendo acolhimento, acompanhamento e orientação médica a distância. A iniciativa tem contribuído para desafogar as emergências e aprimorar o fluxo dos usuários dentro da jornada do SUS. “A teleconsulta mostra que é possível unir eficiência e acolhimento”, enfatizou o presidente do IgesDF. “Com tecnologia, conseguimos cuidar melhor, mais rápido e mais perto de quem precisa”. Projeto Reciclotech A ação faz parte do Projeto Reciclotech, programa da Secti-DF voltado à inclusão digital e sustentabilidade que promove o reaproveitamento de equipamentos eletrônicos e o fortalecimento de iniciativas tecnológicas em órgãos públicos e instituições sociais. “Com o Reciclotech, mostramos que é possível dar um novo propósito à tecnologia, conectando sustentabilidade e inovação a políticas públicas que melhoram a vida das pessoas”, lembrou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação. *Com informações do IgesDF
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Câncer bucal: Saúde alerta sobre importância do diagnóstico precoce
Pode começar com algo simples: uma ferida que não cicatriza, uma mancha discreta ou uma dor que parece inofensiva. Mas por trás desses sinais sutis pode estar uma das doenças mais comuns e perigosas da cavidade oral: o câncer bucal. Na semana nacional de prevenção desse tipo de neoplasia, a Secretaria de Saúde (SES-DF) chama a atenção para o diagnóstico precoce. O tabagismo é um dos fatores de risco que podem provocar câncer | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O alerta da pasta não vem à toa: a doença é o oitavo câncer mais frequente no país e o quinto mais comum entre os homens, podendo atingir mais de 15 mil brasileiros até o fim deste ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No Distrito Federal, a estimativa é de cerca de 50 novos casos no mesmo período. Porém, se detectado cedo, o câncer bucal tem altas chances de cura, chegando a 90%. O atraso no diagnóstico, contudo, torna o tratamento mais invasivo. O índice de óbito ainda é considerado alto — de 43% a 45%. Sinais de alerta “No início, o câncer costuma ser indolor e muitas vezes é confundido com uma afta. A diferença é que a afta dói e desaparece, enquanto a lesão cancerígena é assintomática no início” Eliziário Leitão, cirurgião-dentista A identificação do câncer é feita por exame clínico e biópsia da área suspeita. O autoexame também é importante. “Observe a boca no espelho e procure alterações na língua, gengiva, bochechas e lábios; se algo parecer diferente, é fundamental procurar um dentista”, orienta o cirurgião-dentista Eliziário Leitão. Feridas que não cicatrizam em até 21 dias, manchas brancas ou avermelhadas e alterações persistentes na mucosa bucal exigem atenção. “No início, o câncer costuma ser indolor e muitas vezes é confundido com uma afta”, detalha o especialista. “A diferença é que a afta dói e desaparece, enquanto a lesão cancerígena é assintomática no início”. Fatores de risco O tabagismo e o consumo abusivo de álcool continuam sendo os maiores vilões. Segundo Leitão, o perfil mais comum é o de fumantes crônicos. “Aproximadamente 93% dos pacientes diagnosticados são fumantes, e o risco aumenta em até 30 vezes quando o cigarro é combinado com bebidas destiladas, como a cachaça”, adverte. [LEIA_TAMBEM]A exposição solar sem proteção também representa ameaça, especialmente para quem trabalha ao ar livre. Outro fator que preocupa os especialistas é o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês). “Os mesmos subtipos do HPV que provocam câncer na região genital estão aparecendo na cavidade oral, transmitidos pelo sexo oral sem proteção, principalmente entre os mais jovens”, explica o cirurgião-dentista. Tratamento O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos. O paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência onde será avaliado. Em seguida, o usuário pode ser encaminhado para um dos 14 centros de especialidade odontológica (CEOs) do DF para diagnóstico clínico e biópsia. Se confirmada a doença, o tratamento inclui a cirurgia para retirada do tumor, normalmente seguida de radioterapia. Conscientização Criada em 2015 pela Lei nº 13.230, a Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal é celebrada anualmente na primeira semana de novembro e reforça a importância de ações profiláticas. “A prevenção é o maior desafio”, lembra Eliziário Leitão. “Muitas pessoas desconhecem a possibilidade de câncer na boca, e é fundamental informar a população sobre a existência e a agressividade dessa doença tanto no físico quanto no mental”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hospital de Santa Maria apresenta estudos no V Congresso Brasileiro de Saúde Pública
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), tem apresentado estudos inovadores no V Congresso Brasileiro de Saúde Pública (Conbrasp), em curso no formato virtual até esta quinta-feira (6). O evento é um dos principais fóruns de debate sobre os desafios e avanços da saúde pública no país, reunindo pesquisadores, gestores e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Equipe do HRSM apresentou um trabalho que tem como foco a segurança das gestantes | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Apresentado pela equipe multiprofissional do HRSM, o estudo “Implantação de uma linha de cuidados em fisioterapia obstétrica em hospital público de referência no Distrito Federal: relato de experiência” reflete o compromisso da instituição com uma assistência cada vez mais humanizada e segura às gestantes. Trabalho coletivo “Trabalhamos para oferecer conforto e humanização às gestantes, respeitando o corpo e o protagonismo da mulher em todas as fases, do pré-parto ao pós-parto” Giovanna Cassaro, fisioterapeuta e coautora do estudo apresentado A fisioterapeuta Giovanna Cassaro, coautora do estudo, lembra que o reconhecimento no congresso é resultado do empenho coletivo da equipe: “Esse estudo representa a valorização de todo o esforço e dedicação de cada fisioterapeuta que atua no centro obstétrico, na maternidade e no ambulatório. Trabalhamos para oferecer conforto e humanização às gestantes, respeitando o corpo e o protagonismo da mulher em todas as fases, do pré-parto ao pós-parto”. Segundo Giovanna, quando o corpo da mulher e sua fisiologia são respeitados, os resultados são melhores. “Há menos necessidade de intervenções, redução de lacerações e maior autonomia da parturiente”, aponta. “É gratificante ver esse empoderamento acontecer no nosso dia a dia”. Dor crônica Outros trabalhos do HRSM também foram aprovados no congresso, entre eles, o estudo sobre linha de cuidados para pacientes com dores crônicas e a implantação do primeiro fluxo digital da assistência e faturamento nutricional do SUS. De acordo com a chefe do Serviço de Psicologia do HRSM, Paola Bello, o grupo tem caráter interdisciplinar, com atuação conjunta de enfermagem, psicologia, fisioterapia, nutrição, farmácia, serviço social e terapia ocupacional, garantindo uma abordagem integral e mais efetiva aos pacientes. “A dor crônica é uma condição que exige aprendizado e estratégias de enfrentamento”, enfatiza a gestora. “Criamos uma linha de cuidados voltados à psicoeducação, à promoção da autonomia e ao manejo da dor — inclusive com métodos não farmacológicos.” [LEIA_TAMBEM]A nutricionista Patrícia dos Santos, chefe do Serviço de Nutrição Dietética do IgesDF, explica que a iniciativa trouxe mais agilidade e rastreabilidade ao trabalho entre as áreas: “Com o novo sistema, todas as etapas da prescrição e do acompanhamento nutricional ficaram integradas e automáticas. Hoje conseguimos rastrear quem solicitou, quem prescreveu e em quanto tempo o atendimento foi realizado, garantindo mais eficiência e qualidade no cuidado ao paciente”. A gerente multiprofissional do HRSM, Luciana Gomes, lembra que a participação no congresso reforça a credibilidade do hospital e sua contribuição para o fortalecimento da saúde pública no Brasil. “Cada vez que levamos nossos projetos e boas práticas a congressos como o Conbrasp, ganhamos visibilidade e inspiramos outras instituições públicas e privadas”, enfatiza. Com uma programação diversificada, o encontro reúne palestras, minicursos e apresentações científicas que incentivam a integração entre ensino, pesquisa e extensão. Para acompanhar o evento, acesse este link. *Com informações do IgesDF
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Hospital da Criança de Brasília participa de projeto nacional para controle de infecções
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) recebeu, na última terça-feira (28), visita técnica de profissionais do Hospital Moinhos de Vento, do Rio Grande do Sul, como atividade do projeto Saúde em Nossas Mãos — cujo objetivo é empregar a ciência da melhoria para o melhor controle de infecções em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O projeto é uma iniciativa conjunta do Ministério da Saúde em parceria com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), em que hospitais de referência em qualidade e sem fins lucrativos apoiam o SUS por meio de treinamentos direcionados a hospitais públicos. O HCB começou a ser acompanhado pelo Moinhos de Vento em 2024: além de visitas técnicas, o projeto inclui encontros virtuais, relatórios e testes para implementação de processos voltados ao controle das infecções. As ações contemplam a unidade de terapia intensiva Estrela-do-Mar, e serão gradualmente estendidas para as outras UTIs. Equipe do HCB se mostrou atuante e engajada em colocar em prática as orientações trazidas pela equipe do Hospital Moinhos de Vento | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB Com a implementação do Saúde em Nossas Mãos, o Hospital da Criança de Brasília apresentou bom desempenho na implementação das ações acordadas, visando à melhoria dos processos e dos controles de infecções. Os profissionais de saúde do HCB se mostraram muito atuantes e engajados em colocar em prática as orientações trazidas pela equipe do Hospital Moinhos de Vento. [LEIA_TAMBEM]O programa incluiu a realização periódica de workshops, campanhas internas e atividades técnicas que reforçam os cuidados da equipe durante os atendimentos. “Alcançamos avanços dos resultados na prevenção de infecções relacionadas à assistência à Saúde, juntamente com a conscientização e melhor adesão aos processos de melhoria, impactando diretamente a segurança na assistência à saúde do paciente”, explica a supervisora de Enfermagem da UTI Estrela-do-Mar, Fátima Ferro. Além de conferir os indicadores do HCB, a equipe do projeto visitou a estrutura física da UTI Estrela-do-Mar. “Essa é nossa segunda visita presencial. Foi um dia muito produtivo, a equipe está muito madura nos processos que vem executando; estamos muito satisfeitos. O principal cuidado, que é essa entrega para o paciente com desfechos favoráveis, está sendo bem executado”, avaliou o consultor focal do projeto pelo Hospital Moinhos de Vento, Patrick Westphal. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília
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Dia Mundial da Psoríase: o desafio de cuidar da pele e das emoções
Quando as primeiras manchas começaram a surgir em sua pele, Estael Vieira, hoje com 61 anos, ainda era uma jovem de 19. Sem acesso a informações sobre o que era a psoríase, ela passou anos tentando esconder as lesões. “No começo eu sentia vergonha”, conta. “As pessoas achavam que era contagioso, e eu evitava usar roupas curtas”. Estael Vieira teve psoríase aos 19 anos, enfrentou preconceito e baixa de autoestima, mas hoje segue o tratamento sem problemas | Foto: Alberto Ruy/IgesDF O preconceito, lembra, chegou até dentro de casa: “Meu marido tinha receio de me tocar. Precisei levá-lo a uma consulta médica para que o doutor explicasse que psoríase não pega. Hoje ele entende que é uma condição que precisa de cuidado, não de preconceito”. O Dia Mundial da Psoríase, celebrado nesta quarta-feira (29), chama atenção para a importância do diagnóstico precoce, da desmistificação da doença e do acolhimento a quem convive com ela. Segundo a National Psoriasis Foundation (EUA), assim como Estael, cerca de 125 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com essa doença inflamatória, crônica e não contagiosa, que pode ser controlada com tratamento adequado. O que é a psoríase “Muitos pacientes relatam que as lesões surgem após momentos de tensão emocional ou sobrecarga no trabalho” Danielle Aquino, dermatologista do Hospital de Base A dermatologista Danielle Aquino, do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), explica que a psoríase é uma doença autoinflamatória, resultado de uma disfunção do sistema imunológico que acelera o ciclo de renovação das células da pele. O processo gera o acúmulo dessas células, formando lesões avermelhadas e descamativas. “A pessoa já possui a carga genética, ou seja, a predisposição, e algum fator ambiental pode atuar como gatilho — por isso ela não é contagiosa”, detalha. As placas da psoríase são geralmente secas e esbranquiçadas, podendo aparecer nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, abdômen e lombar. Em alguns casos, a inflamação também atinge as unhas e articulações, provocando dor e rigidez, um quadro conhecido como artrite psoriásica. A propensão genética é o principal fator, mas situações de estresse, infecções, ferimentos na pele e o uso de certos medicamentos podem desencadear crises. “Muitos pacientes relatam que as lesões surgem após momentos de tensão emocional ou sobrecarga no trabalho”, observa Danielle Aquino. Impacto emocional Mais do que uma condição dermatológica, a psoríase tem forte impacto psicológico. O psiquiatra Sérgio Cabral, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), lembra que os gatilhos emocionais podem não apenas agravar as crises, mas também gerar um ciclo vicioso entre o sofrimento psíquico e o avanço da doença. “A psoríase me ensinou a ter paciência e amor-próprio. Quando me aceitei, a pele também melhorou” Estael Vieira “Quando a pessoa está sob estresse ou ansiedade, há liberação de substâncias como cortisol e adrenalina, que intensificam a resposta inflamatória”, aponta. “Ao mesmo tempo, as lesões visíveis provocam queda de autoestima e isolamento social, o que aumenta o estresse e pode agravar a psoríase.” Segundo o especialista, o estigma social ainda é um grande desafio: “A sociedade historicamente associou doenças de pele à exclusão, como acontecia com a hanseníase. O preconceito reforça o sofrimento dessas pessoas. É essencial que busquem apoio psicológico e sigam o tratamento médico. Não escolhemos ter uma doença, mas podemos escolher cuidar dela com responsabilidade e esperança”. Tratamento e controle [LEIA_TAMBEM]A dermatologista Danielle Aquino explica que o tratamento é individualizado e depende da gravidade das lesões. Entre os tratamentos disponíveis estão cremes e pomadas à base de corticoides ou vitamina D3; fitoterapia, com aplicação controlada de luz ultravioleta; medicamentos orais, para casos moderados ou graves; e terapias biológicas injetáveis, indicadas quando há resistência aos outros tratamentos. A hidratação diária da pele também é fundamental. “Produtos com ureia ajudam a suavizar a descamação e a aliviar a coceira”, reforça a médica. “A psoríase não tem cura, mas é possível viver bem com acompanhamento médico e controle do estresse”. O tratamento da psoríase está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), com acompanhamento especializado e fornecimento gratuito de medicamentos conforme prescrição médica. O encaminhamento pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Com acompanhamento médico e apoio emocional, é possível ter qualidade de vida e autoestima preservadas. Para Estael Vieira, que convive com a doença há 42 anos, o segredo está na aceitação: “A psoríase me ensinou a ter paciência e amor-próprio. Quando me aceitei, a pele também melhorou”. *Com informações do IgesDF
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Unidade de saúde mental infantil oferece cuidado e transforma vidas
Cerca de 1,2 mil crianças são atendidas por mês no Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp), órgão da Secretaria de Saúde (SES-DF) que, nesta quinta-feira (23), completa 56 anos de história. A unidade oferece atendimento ambulatorial a pacientes de até 11 anos em sofrimento psíquico moderado ou em uso eventual de substâncias psicoativas. Nesta quinta-feira (23), a equipe do Compp comemorou o aniversário de 56 anos da unidade | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF O pequeno Gael, 5 anos, é atendido no local. Ele foi diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA). A mãe, Suellen Brasil, relata que o Compp foi um divisor de águas na vida da família. “Quando eu recebi o diagnóstico de TEA do Gael, fiquei perdida, me senti desamparada, e considero que as sessões do Compp fizeram toda a diferença”, afirma. “Eu me senti mais segura nas tomadas de decisões com o Gael, pois tive a oportunidade de participar de um grupo de apoio. Lá eles fizeram todos os encaminhamentos necessários e sou muito grata por isso e por todo atendimento que recebemos”. A gerente do Compp, Simone Schwartz, ressalta: “Acredito na força desta equipe e reforço que o que sempre nos diferenciou foi a prática interdisciplinar, a escuta cuidadosa e a construção coletiva de soluções para nossas crianças e familiares. O trabalho do Compp é uma prova de que, quando o cuidado é coletivo, a vida pode seguir novos caminhos, com mais afeto, segurança e possibilidades”. [LEIA_TAMBEM]Mais do que um centro de saúde mental, o Compp é um lugar de escuta, acolhimento e construção de possibilidades, onde uma equipe multiprofissional oferece desde atendimentos individuais e grupos terapêuticos até mutirões para elaboração de laudos e realização de exames especializados. A equipe é composta por 38 profissionais de diversas áreas, incluindo pediatras, neuropediatra, psiquiatras infantis, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos e assistente social. Todos trabalham de forma integrada para oferecer um cuidado humanizado e baseado em evidências, atuando como retaguarda essencial à Atenção Primária à Saúde (APS). Formação e conhecimento O Compp também é um importante espaço de formação e conhecimento, recebendo estudantes de medicina, residentes multiprofissionais e estagiários da Escola Superior de Ciências da Saúde do Distrito Federal (Escs). As ações de matriciamento desenvolvidas pelos profissionais fortalecem a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e qualificam o cuidado em saúde mental oferecido às crianças e suas famílias. Hatha yoga, tai chi chuan e meditação estão entre as atividades oferecidas no Compp Ao longo de sua trajetória, o Compp tem levado o nome da SES-DF a eventos científicos nacionais e internacionais, com trabalhos premiados e reconhecidos pela relevância social. Seus profissionais publicam artigos e livros, contribuindo para a produção de conhecimento em saúde mental infantojuvenil, um campo fundamental para o futuro da sociedade. Outro diferencial do serviço são as Práticas Integrativas em Saúde (PIS), como hatha yoga, tai chi chuan e meditação, que promovem o bem-estar, previnem agravos e fortalecem vínculos terapêuticos. Essas atividades refletem a essência do Compp: olhar a criança em sua totalidade, corpo, mente e contexto social, e construir caminhos de cuidado em parceria com suas famílias. Atendimento O acesso ao serviço se dá por meio de regulação feita pela Atenção Primária, quando os usuários preenchem alguns critérios, como apresentar humor deprimido, ansiedade intensa, sofrimento psíquico, entre outros. Após a avaliação e estratificação do risco, os pacientes recebem um plano de cuidado e, uma vez estabilizados, são contrarreferenciados à Atenção Primária para continuidade do acompanhamento. O processo inclui ainda a articulação da rede intersetorial para o cuidado em saúde mental, garantindo uma atenção integral e contínua. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Projeto destaca o papel do cuidado farmacêutico na Atenção Primária à Saúde
Com o tema “Cuidado Farmacêutico na Atenção Primária à Saúde: Conhecer para Fortalecer”, foi iniciado, na terça-feira (21), o projeto que busca fortalecer e qualificar as práticas do cuidado farmacêutico na Atenção Primária à Saúde (APS). A iniciativa tem como foco o uso seguro e racional de medicamentos, o incentivo à adesão terapêutica e a melhoria dos desfechos em saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Autora do projeto “Cuidado Farmacêutico na Atenção Primária nas UBSs”, a farmacêutica Anna Giomo, da UBS 1 do Cruzeiro, relatou: “Em poucos atendimentos, é possível perceber mudanças significativas, como em casos de pacientes com diabetes e hipertensão que passaram a fazer o uso correto da medicação e apresentaram melhoras nas condições de sua saúde” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Realizado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o evento reuniu profissionais das diretorias e gerências regionais de APS da Região de Saúde Central, que abrange Asa Norte, Asa Sul, Cruzeiro, Lago Norte, Lago Sul, Varjão e Vila Planalto, além de representantes dos conselhos Regional (CRF-DF) e Federal de Farmácia (CFF) e do Ministério da Saúde. O encontro marcou o início de uma série de atividades voltadas ao fortalecimento do papel do farmacêutico, especialmente nas unidades básicas de saúde (UBSs). “O acompanhamento farmacoterapêutico contribui diretamente para o uso racional de medicamentos e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. O farmacêutico tem condições de identificar falhas na adesão ao tratamento e orientar o paciente para alcançar melhores resultados em saúde”, lembrou Fernanda Duarte, gerente do Componente Básico da Assistência Farmacêutica da SES-DF. Cuidado em ação [LEIA_TAMBEM]A programação inclui participação nas reuniões dos colegiados das diretorias regionais de Atenção Primária à Saúde (Diraps), com apresentações sobre os avanços das ações de cuidado farmacêutico, as contribuições do Ministério da Saúde na integração dessas práticas ao SUS e exposição das iniciativas da Diretoria de Assistência Farmacêutica (Diasf) sobre o tema. Cada encontro também contará com a apresentação de uma experiência exitosa. Na Região Central, destacou-se o projeto “Cuidado Farmacêutico na Atenção Primária nas UBSs”, da farmacêutica Anna Giomo, da UBS 1 do Cruzeiro. “Em poucos atendimentos, é possível perceber mudanças significativas, como em casos de pacientes com diabetes e hipertensão que passaram a fazer o uso correto da medicação e apresentaram melhoras nas condições de sua saúde”, exemplificou ela. Organizado pela Gerência do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, em parceria com o CRF-DF e o Ministério da Saúde, esse projeto vai contemplar todas regiões de Saúde do DF (Central, Sul, Oeste, Leste, Sudoeste, Norte e Centro-Sul) com encontros semanais até o fim de novembro. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Distrito Federal registra aumento nas doações de órgãos e córneas
O Distrito Federal tem avançado no trabalho de conscientização sobre a doação de órgãos. Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) apontam que, entre janeiro e junho deste ano, foram realizados, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), 156 transplantes de órgãos e 173 de córneas. No mesmo período de 2024, foram registrados 135 de órgãos e 157 de córneas — crescimento de 15,5% e 10,2%, respectivamente. Apesar do resultado, especialistas da Secretaria de Saúde (SES-DF) apontam que o maior gargalo é ainda a doação. “Existe uma máxima que diz 'sem doação não há transplante'. E é verdade. Temos, hoje, mais pacientes aguardando do que doações de órgãos. Portanto, autorizar tal atitude é fundamental para reduzir o tempo de espera e melhorar a qualidade de vida de quem precisa”, explica a diretora da Central Estadual de Transplantes (CET-DF), Daniela Salomão. Na mesma linha, o chefe do Núcleo de Relacionamento Inter-Hospitalar (NRIH), Sandro Rogério Gabriel dos Santos, reforça o papel da mobilização coletiva: “O trabalho em rede é fundamental. Quando a população entende a importância da doação e os hospitais atuam de forma integrada, conseguimos salvar mais vidas”. Para o especialista, contudo, é preciso equilibrar a clareza sobre a importância da doação com a sensibilidade diante da dor da perda. "Cada autorização significa uma nova chance de vida para quem está na fila, mas também indica que alguém amado se foi", acrescenta. Para que um paciente seja inscrito na lista de espera, é necessário passar por uma avaliação médica com profissionais autorizados | Foto: Jhonantan Cantarelle/Agência Saúde-DF Além das doações locais, o DF também participa de captações em outros estados, o que reforça seu papel de destaque no cenário nacional. Processo de transplantes Para que um paciente seja inscrito na lista de espera, é necessário passar por uma avaliação médica com profissionais autorizados. Após a confirmação da necessidade de um novo órgão, a pessoa será inserida na lista única do Sistema Nacional de Transplantes (STN). A posição pode ser consultada pelo site do Ministério da Saúde. Na capital federal, o CET-DF coordena todo o processo de transplantes, desde o gerenciamento do cadastro de receptores até a logística e a distribuição dos órgãos. A lista é nacional e o gerenciamento passa pelo SUS, ainda que alguns possam ser realizados na rede complementar. Atualmente, o DF realiza transplantes de coração, rim, fígado, pele, córnea, medula óssea, válvula cardíaca e músculo esquelético. A rede privada também oferece várias dessas modalidades. Na rede pública, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) realiza transplantes de pele. Outros procedimentos passam pelas equipes do Hospital de Base (HB-DF), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF). Já o Hospital da Criança de Brasília (HCB) é responsável pelo transplante de medula óssea autólogo pediátrico. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Nos 35 anos do SUS, projeto do IgesDF une humanização e atendimento seguro de pacientes
Quando criança, Djalma Araújo, 72 anos, lembra que a família precisava juntar dinheiro para cada consulta médica. “A gente tinha que escolher: ou comprava comida ou levava meu pai ao médico”, recorda. Hoje, ela celebra os 35 anos do SUS com gratidão. “Faço meus exames e consultas no hospital público sem gastar nada. É um direito que mudou a vida da minha família”, conta. Tânia Moraes, de 56 anos, sempre teve plano de saúde. Mas quando quebrou o ombro em um acidente doméstico, já não estava mais pagando as mensalidades. Sem recursos, foi levada ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde recebeu atendimento de emergência, internação e cirurgia com prótese. “Eu tinha preconceito com o SUS, achava que não funcionava. Mas tudo correu bem e o cuidado da equipe foi excelente”, elogia. Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos nesta sexta-feira (19) | Foto: Divulgação/IgesDF Nesta sexta-feira (19), o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos. Desde 1990, o serviço público garante, de forma gratuita e universal, o acesso de milhões de brasileiros a cuidados que vão da Unidade Básica de Saúde até procedimentos de alta complexidade. Há seis anos, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) assumiu a administração de várias unidades de saúde no DF que continuam 100% no SUS. “Nenhum hospital ou UPA do IgesDF exige pagamento por consultas, exames, medicamentos ou procedimentos, todos os serviços são assegurados pelo SUS”, destaca Cleber Monteiro, presidente do instituto. Responsável pelos Hospitais de Base, Regional de Santa Maria, Cidade do Sol e 13 unidades de pronto atendimento (UPAs), o IgesDF foi além. Com a implementação do programa Humanizar, idealizado pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, ainda em 2019, o Instituto coloca o paciente no centro do cuidado, inspirado na Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde. “O programa garante acolhimento em todas as unidades, valoriza a escuta qualificada e oferece suporte a usuários e acompanhantes, tornando a experiência no sistema de saúde mais respeitosa e acolhedora”, explica Anucha Soares, gerente do programa. Com a implementação do programa Humanizar, idealizado pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, ainda em 2019, o Instituto coloca o paciente no centro do cuidado, inspirado na Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde SUS e humanização O Programa Humanizar dentro do IgesDF se antecipou até mesmo ao próprio SUS. Em abril de 2025, a Lei nº 15.126 atualizou a legislação do SUS, incluindo a atenção humanizada ao lado da universalidade, integralidade e equidade. Isso significa que, além de garantir atendimento gratuito, o SUS agora tem a obrigação legal de oferecer respeito, acolhimento e comunicação clara em todas as etapas do cuidado. Antes, a humanização era tratada em programas e diretrizes do Ministério da Saúde como a Política Nacional de Humanização. Agora, torna-se uma obrigação legal, vinculando gestores, profissionais e serviços de saúde em todo o país. Com o Humanizar, o IgesDF reforçou as práticas de acolhimento, comunicação clara, respeito à individualidade e protagonismo do paciente. “Ações de humanização já acontecem dentro de várias secretarias de saúde pelo país. No Iges é diferente. Fazemos contratação direta, exclusiva para esse serviço. Nosso colaborador fica na porta acolhendo e individualizando o atendimento não só do paciente, mas dos seus familiares também”, completa Anucha. “Nós já colocamos a humanização como eixo central do cuidado. Estamos à frente das mudanças na Lei e, por isso, somos referência nessa prática”, conclui o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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DF comemora 35 anos do SUS com mais de 400 unidades para atendimento
Nesta sexta-feira (19), o Brasil comemora os 35 anos da Lei nº 8.080, que regulamentou o Sistema Único de Saúde (SUS), previsto na Constituição Federal de 1988. Com o desafio de garantir saúde para todos os cidadãos, a norma previu responsabilidades para governos municipais, estaduais e federal, além de estabelecer uma situação única para o Distrito Federal: reunir em uma só Secretaria de Saúde obrigações tanto de municípios quanto de estados. Cabe à Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) oferecer atendimento integral aos 2.996.899 habitantes da capital — de idosos a recém-nascidos. Além disso, quem for de qualquer outro estado brasileiro também tem direito a atendimento no DF. A SES-DF está estruturada com 409 unidades distribuídas por todo o território da capital. Só de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são 181, uma tarefa típica de municípios. Por outro lado, há três hospitais especializados, tal como um estado. Destaque, ainda, para 14 hospitais gerais, 18 centros de atenção psicossocial, 19 policlínicas, 35 centros de especialidades e 13 unidades de pronto atendimento. O GDF vem investindo em inovação e gestão para manter a qualidade do atendimento pelo SUS nas unidades de saúde | Foto: Ualisson Noronha/Arquivo Agência Saúde “Celebrar os 35 anos do Sistema Único de Saúde é reconhecer um dos maiores avanços sociais do Brasil. Renovamos o compromisso de fortalecer o SUS, investir em inovação e gestão, e mantê-lo como símbolo de equidade e esperança para as futuras gerações”, afirma o secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda. Atenção Primária Principal porta de entrada para a oferta de serviços do SUS, a chamada Atenção Primária à Saúde (APS) está em expansão. Até o fim de 2018, eram 173 UBSs. Agora, as 181 UBSs permitiram a ampliação do cuidado: a cobertura da APS saltou de 61,11% da população em janeiro de 2022 para 78,58% no fim de 2024. Isso se reflete nos cadastros: no mesmo período, eram 1,75 milhões de usuários cadastrados e, no fim do ano passado, o número chegou a 2,25 milhões. Entre 2022 e 2024, houve um salto de 30,5% nos atendimentos: de 3.130.332 para 4.085.135, representando maior oferta de serviços de prevenção, promoção de saúde, diagnóstico e tratamento. Mais de 80% das demandas de saúde podem ser solucionadas na APS, desde o acompanhamento de doenças crônicas ao combate à obesidade, alcoolismo e tabagismo, além de vacinação, pré-natal, consultas, coletas de exames, entrega de medicamentos, planejamento reprodutivo e outras demandas gerais. Atualmente, três UBSs estão sendo construídas e o projeto de outras duas está em fase de execução | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde A projeção é ampliar ainda mais os números de atendimento. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) trabalha na construção de três novas UBSs, duas em Brazlândia e uma na Ponte Alta do Gama. Santa Maria recebeu uma nova unidade este mês e Estrutural e Vila Rabelo estão com projetos adiantados. A estrutura modular de cada uma permitirá o atendimento de 300 pacientes por dia, em média. Integração A SES-DF também avança na oferta de serviços especializados. De 2019 a 2025, o número de leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) subiu 73%, de 386 para 668. Essa ampliação é relevante tanto para atender pacientes em quadro clínico grave quanto para permitir procedimentos cirúrgicos que exigem os chamados “leitos de retaguarda”. Na Atenção Especializada, a flexibilidade da SES-DF é destaque em termos de contratos e parcerias. Hoje, as 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o Hospital da Criança de Brasília (HCB) e o Hospital de Base (HBDF) estão sob gestão contratualizada, isso é, são unidades gerenciadas por organizações de saúde. Já com o Hospital Universitário de Brasília (HUB), unidade federal administrada pela empresa pública EBSERH, há um contrato de resultados. Outro instrumento adotado é a contratação de serviços na rede de saúde complementar. Transplantes, anestesias, radioterapias, leitos de UTI, hemodiálises, cirurgias eletivas e tratamentos cardiológicos são exemplos de atendimento do paciente do SUS por instituições privadas. Todos são encaminhados para o tratamento por meio do Complexo Regulador do DF, conforme critérios que envolvem, por exemplo, o grau de complexidade da enfermidade. A Atenção Especializada abarca, ainda, policlínicas, ambulatórios e centros especializados, incluindo os de saúde mental, como os centros de atenção psicossocial (Caps). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também é vinculado à SES-DF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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GDF participa de oficina sobre integração de dados do SUS
A integração de dados promete transformar a forma como o Sistema Único de Saúde (SUS) funciona, levando mais eficiência para gestores e mais segurança para pacientes. Com esse objetivo, Brasília sediou, de terça (16) a quinta-feira (18), oficina de alinhamentos estratégicos do projeto de federalização da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). O evento reuniu representantes de secretarias de saúde de diferentes estados e do Distrito Federal. Com a adesão, as secretarias terão acesso direto aos registros disponíveis na RNDS, que já reúne cerca de 2,4 bilhões de informações sobre atendimentos, exames, vacinas e prescrições. Oficializada em julho deste ano pelo Decreto nº 12.560, a rede é a plataforma oficial de interoperabilidade do Ministério da Saúde, criada para conectar diferentes sistemas em todo o país e aprimorar a qualidade da informação disponível para a população. Para o secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, a integração de dados "permite uma gestão mais eficiente dos recursos em saúde, reduz desperdícios e abre caminho para o uso de inteligência de dados e inteligência artificial, ferramentas que podem salvar vidas" | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF Ao longo dos três dias, os participantes discutiram aspectos técnicos e estratégicos da federalização da RNDS. A programação incluiu debates sobre oportunidades e desafios estaduais, planejamento de fluxos, expansão da rede e jornada de dados. “O DF assume papel de destaque por inaugurar e encerrar esse ciclo de oficinas. Nossa função, nessa etapa, é a coordenação geral, que inclui a organização do espaço, a logística e o apoio integral ao Ministério da Saúde em suas atividades. A previsão é que as atividades, abrangendo todos os estados, sejam concluídas até julho do próximo ano”, ressaltou o secretário-executivo de Tecnologia da Informação em Saúde, Deilton Silva. O secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, ressaltou a relevância da iniciativa para o fortalecimento da saúde pública: “A integração de dados é fundamental, primeiramente, para garantir a segurança do paciente. Mas também permite uma gestão mais eficiente dos recursos em saúde, reduz desperdícios e abre caminho para o uso de inteligência de dados e inteligência artificial, ferramentas que podem salvar vidas.” Expansão [LEIA_TAMBEM]A etapa estadual sucede o projeto piloto realizado no mês passado em oito estados (Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco, Piauí, Santa Catarina e Tocantins), que testaram soluções, validaram hipóteses e já utilizam dados para a gestão local. Nos próximos 12 meses, as demais 18 unidades da Federação e o DF integrarão o projeto, que se estrutura em quatro pilares: plano institucional, governança, dimensão da informação em informática e comunicação. A secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, ressaltou a importância do projeto. “Considero esse um dia histórico, pois marcamos um ponto de partida que impulsionará o trabalho com os dados. As equipes de todas as secretarias de saúde, a partir da RNDS, poderão ter acesso aos dados de seus respectivos estados e municípios em tempo real ou quase em tempo real. Isso possibilitará a tomada de decisões estratégicas, o monitoramento de políticas públicas e a identificação de dados relevantes, como a busca ativa de cobertura vacinal”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Com um ano de oferta no SUS, medicamento Trikafta revoluciona tratamento da fibrose cística
O efeito do medicamento Trikafta nos pacientes com fibrose cística pode ser definido como uma “ingestão de vida”. Foi assim com Sérgio Octávio Salustiano Anchieta, 9 anos, que faz acompanhamento no Hospital da Criança de Brasília (HCB). Diagnosticado com a doença desde os primeiros meses, foi apenas no último ano, quando começou o tratamento com o remédio fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que o menino passou a ter uma rotina normal para a idade. Do ano passado para cá, entrou para a escolinha de futebol, acompanhou a seleção colombiana em campo no jogo contra o Brasil em ação da Chefia-Executiva de Políticas Sociais do GDF, voltou a se alimentar de forma oral de suas comidas favoritas (arroz, feijão, carne e farinha) — antes, ele se nutria via gastrostomia, procedimento com um tubo no estômago —, parou de ter que ser internado regularmente e extinguiu os antibióticos do dia a dia. Diagnosticado com fibrose cística com 20 dias de vida, Sérgio passou a ter uma rotina normal de vida após o uso do Trikafta, no último ano | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “A rotina dele era muito pesada antes. Era muito catarro pela manhã, então ele acordava todo dia 6h para fazer nebulização, fisioterapia e tomar a dieta. Tudo isso antes de ir para escola. Depois, às 9h, ele tinha que tomar uma medicação e mais uma vitamina de suplementação. Quando chegava da escola já era almoço, vitamina, remédio… Tinha umas três horas de descanso e começava tudo de novo. Hoje não tem isso. Após a medicação, consigo acordá-lo mais tarde, fazermos a nebulização e depois uma caminhada ou andamos de bicicleta, essa é a fisioterapia dele agora”, explica animada a mãe do menino, a dona de casa Ana Cláudia Costa Salustiano, 34. O diagnóstico veio quando o menino tinha apenas 20 dias de vida. Os primeiros sinais apareceram em casa, mas foi o teste do pezinho que apontou a possibilidade da doença depois confirmada pelo teste do suor, exame considerado padrão ouro. “Nós descobrimos no teste do pezinho. Me ligaram e pediram para refazer. Três dias depois pediram para fazer o teste do suor. Ele já tinha sintomas que eu tinha reparado. Quando ele mamava, vomitava ou já fazia cocô rápido e muito fedido. Foram quatro dias chorando desesperada sem saber o que fazer. Quando foi confirmado, já fomos ao Hospital de Base e tudo estava alterado. Ele estava desidratado, desnutrido e com gordura no fígado. Fiquei morrendo de medo de perder meu filho”, lembra. Mudança de rotina Mas não foi só a vida de Sérgio que se transformou com a chegada da nova medicação, a da mãe do menino também. “Esse tratamento mudou meu psicológico, porque a cada internação a gente sofria. Eu era uma mãe muito tensa. Eu tinha despertador de 3 em 3 horas para acompanhar os horários dele. Hoje eu estou cuidando um pouco mais de mim”, admitiu. A história é semelhante na casa da família Nobre Leite. A dona de casa Leda, 34, conta que o filho William foi diagnosticado com fibrose cística aos dois meses de idade após apresentar refluxo. “Todo dia que ele comia, ele vomitava. Um dia levei ao pronto-socorro, ele foi internado e fez uma série de exames. Passou três dias no Hospital da Criança e depois foi para o Hospital de Base. Passamos um mês até descobrir a fibrose cística”. Antes da introdução da Trikafta, o menino estava a cada dois meses internado para tratar as consequências da fibrose. “Desde o começo do remédio, a evolução dele foi bem grande. Ele não teve mais nenhuma internação. Está indo muito bem. Melhorou o pulmão e o ganho de peso”, detalha a mãe. “A fibrose afetava muito o nosso dia a dia. Ele era muito secretivo, tossia muito, ficava com mal estar, atrapalhava na alimentação. Graças a Deus depois que começou a Trikafta ele teve uma melhora muito grande”, acrescenta. Trikafta age diminuindo quantidade de sintomas da doença, resultando em qualidade de vida a pacientes e seus familiares Tratamento revolucionário Integrado ao SUS no ano passado, o remédio age diminuindo a quantidade de sintomas da doença e, consequentemente, reduzindo hospitalizações e mortes e tirando os pacientes das filas de transplante, bem como dando mais qualidade de vida aos diagnosticados e seus familiares. Segundo dados de julho de 2025 do Hospital da Criança de Brasília (HCB) — instituição que integra a rede pública de saúde do Distrito Federal —, 91,9% das crianças e dos adolescentes em uso da medicação tiveram redução dos sintomas. A fibrose cística é uma doença genética hereditária que afeta, principalmente os sistemas respiratório e digestivo, ao causar o acúmulo de secreções espessas nos pulmões, pâncreas e outros órgãos, devido a uma mutação no gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator, em português regulador da condutância transmembrana na fibrose cística), que resulta no mau funcionamento do transporte de cloro e sódio nas membranas celulares. Segundo dados de julho de 2025 do Hospital da Criança de Brasília (HCB) — instituição que integra a rede pública de saúde do Distrito Federal —, 91,9% das crianças e dos adolescentes em uso da medicação tiveram redução dos sintomas Criado a partir da junção de três terapias — elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor —, o remédio atua como um modulador de CFTR, proteína defeituosa que começa a trabalhar de forma mais efetiva. O remédio diminui a inflamação dos órgãos afetados de forma progressiva. “É um medicamento disruptivo. É impressionante o resultado. Nunca vivemos isso na fibrose cística e acho que dificilmente em outras doenças. É muito revolucionário. Porque ele vai dentro da célula e corrige esse canal. Com a abertura, o defeito básico é corrigido e o paciente começa a ter as secreções menos viscosas”, destaca a pneumologista pediátrica do HCB, Luciana Monte. De uso contínuo, a medicação é indicada na rede pública brasileira a partir dos 6 anos de acordo com o tipo de mutação do paciente. Hoje, a bula brasileira já registrou 271 mutações da doença no país. Antes do fornecimento da medicação, o tratamento tinha como foco atuar nas consequências do problema no canal de cloro. “Quando não temos os moduladores de CFTR, tratamos tudo que acontece de complicação. Vamos fluidificar o muco pulmonar e respiratório, para que a pessoa consiga tirar essa secreção. Vamos fazer fisioterapia. No pâncreas, fazemos a ingestão das enzimas. Vamos correndo atrás do prejuízo. É um tratamento muito complexo e com uma carga muito grande para famílias. São mais de 10 remédios todos os dias. Sabemos que esses tratamentos são importantíssimos para manter a vida dessas pessoas e o mínimo de qualidade, mas não são suficientes”, aponta a médica. "Eles vão poder viver e realizar sonhos. Antes eles viviam para a doença, agora, estão podendo viver”, destaca a pneumologista pediátrica do HCB, Luciana Monte, sobre a mudança de vida dos diagnosticados “Quando vem o modular é que vemos a diferença. Eles têm motivação para ir atrás dos sonhos. Hoje, 25% das pessoas com fibrose são adultos e 75% são pacientes pediátricos. Isso é muito triste, porque eles estão morrendo cedo. Esse remédio está mudando esse paradigma. Eles vão poder viver e realizar sonhos. Antes eles viviam para a doença, agora, estão podendo viver”, define Luciana Monte. No Distrito Federal, o Hospital da Criança de Brasília e o Hospital de Base são as unidades de referência de tratamento, sendo a primeira voltada para pacientes infantojuvenis e a segunda para os adultos com a doença.
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UPA de Ceilândia mantém certificação inédita de qualidade e segurança
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia I acaba de manter a certificação em qualidade e segurança dos serviços prestados à população do Distrito Federal. Após passar por uma auditoria da Organização Nacional de Acreditação (ONA) neste mês, a unidade reafirma sua posição de referência em atendimento. Das mais de 700 UPAs no Brasil, apenas 23 possuem essa acreditação, e Ceilândia I é a única do Centro-Oeste com esse reconhecimento, válido em todo o território nacional e com padrões de referência internacional. A unidade é administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF). Segundo o superintendente de Qualidade e Melhoria Contínua do IgesDF, Clayton Sousa, a ONA avalia o amadurecimento institucional da unidade. “A certificação não significa que a UPA é perfeita. Ela mostra comprometimento com eficiência operacional e processos claros, garantindo atendimento seguro e gestão organizada”, explica. O selo da ONA também evidencia que a unidade está preparada para períodos de alta demanda, como surtos de doenças respiratórias, graças a planos de contingência estruturados. “As avaliações são constantes, e o processo de qualidade é contínuo. Passamos por auditorias regulares para manter os padrões de alto desempenho”, completa Sousa. Após passar por uma auditoria da Organização Nacional de Acreditação (ONA) neste mês, a unidade reafirma sua posição de referência em atendimento | Foto: Divulgação/IgesDF Para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a acreditação traz mais confiança, agilidade e segurança em cada atendimento. O presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, destaca que o selo valoriza e fortalece a imagem da rede pública. “Ele mostra à população que é possível oferecer um serviço gratuito, seguro, humanizado e com padrão de qualidade reconhecida”. “A certificação da ONA reflete nosso compromisso em prestar um atendimento seguro, eficiente e acolhedor. A UPA de Ceilândia é 100% SUS, e esse selo é uma forma concreta de mostrar à população que estamos avançando no cuidado de cada paciente”, complementa o presidente. A conquista e a manutenção da acreditação valorizam o esforço diário dos profissionais de saúde. “Esse resultado só foi possível graças ao trabalho árduo desempenhado pelos nossos colaboradores, que se dedicam intensamente ao cuidado dos usuários. O processo de atendimento evoluiu muito com a acreditação e seguimos empenhados para melhorar cada dia mais”, ressalta Graziele Faria, gerente da UPA de Ceilândia I. UPA de Ceilândia: referência em pronto atendimento Inaugurada em 2012, a UPA de Ceilândia I é a maior do DF, com média de 13 mil atendimentos por mês. Até agosto deste ano, mais de 79 mil pacientes foram assistidos em clínica médica, pediatria e odontologia. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
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