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Combate ao Aedes aegypti é intensificado com chegada das chuvas

O início do período chuvoso no Distrito Federal acendeu o alerta para o risco de aumento da população do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika. Diante do cenário, a Secretaria de Saúde (SES-DF) ampliou frentes de vigilância e controle, apostando em tecnologias e armadilhas que mapeiam áreas críticas e reduzem a circulação dessas arboviroses. Agentes de saúde inspecionam residência no Sol Nascente: temporada é de reforçar o combate ao mosquito que transmite arboviroses | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Nesta quinta-feira (27), agentes de Vigilância Ambiental em Saúde revisitaram trechos do Sol Nascente, onde profissionais checaram dispositivos já instalados nas residências para monitorar e barrar a reprodução do mosquito. No campo, são utilizados dois modelos principais: as estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), que usam o próprio inseto para levar o larvicida a outros pontos visitados por ele; e as ovitrampas, baldes preparados para coletar ovos e orientar a construção de mapas de calor, que direcionam as equipes para áreas prioritárias. Entre as ações em andamento, destacam-se a eliminação e tratamento de criadouros em áreas estratégicas com uso de larvicida e a aplicação de inseticidas residuais por borrifação intradomiciliar em imóveis de grande circulação, como escolas, e em locais com alto número de focos, como ferros-velhos. Há também o mapeamento e tratamento de pontos de difícil acesso por drones, uso de drones para identificar focos, além da soltura de mosquitos com a bactéria Wolbachia, chamados popularmente de “wolbitos", incapazes de transmitir vírus e projetados para substituir a população local de vetores ao longo do tempo.   Israel Moreira, biólogo da Secretaria de Saúde, explica o funcionamento das ovitrampas: “São medidas recentes, mas já adotadas com sucesso em outras partes do país, por isso trouxemos para cá” A pasta também destaca o caráter estratégico do Sol Nascente na vigilância epidemiológica. Segundo o biólogo Israel Moreira, da SES-DF, a região conta com 150 ovitrampas e mais de 3 mil EDLs distribuídas, em razão de taxas de infestação relevantes e histórico de alta transmissão. “Aqui temos duas estratégias: medir a infestação coletando ovos e o controle, usando o próprio mosquito para disseminar larvicida”, detalha. “São medidas recentes, mas já adotadas com sucesso em outras partes do país, por isso trouxemos para cá. Pelo tamanho da população, usamos 150 armadilhas de coleta e mais de três mil estações disseminadoras”. O biólogo reforçou que o trabalho ocorre o ano todo, sendo intensificado na estação chuvosa, quando recipientes expostos acumulam água com maior frequência. Segundo a SES-DF, em números regionais, as cidades com maior cobertura de EDLs na capital são Recanto das Emas, com 198 estações; Água Quente, com 79; e o Sol Nascente, com 2.918 unidades já instaladas. Mais agentes A ampliação da força de trabalho é outro eixo da estratégia. Em novembro do ano passado, o Governo do Distrito Federal (GDF) nomeou 800 agentes de saúde para reforçar o atendimento nos territórios: 400 agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) e 400 agentes comunitários de saúde (ACSs), que atuam diretamente nas visitas domiciliares, ações comunitárias e serviços da atenção básica. A agente de Vigilância Ambiental Tawanna Ferreira lembra a importância das visitas semanais: “Muitos moradores às vezes não sabem o que fazer ou os riscos que estão correndo, então orientamos sempre a não deixar depósitos de água, e a tapar qualquer buraco que tiver, como ralos, para evitar os escorpiões também, que nessa época chuvosa e quente começam a sair mais dos lugares”  No Sol Nascente, a aceitação do trabalho tem sido positiva. De acordo com a agente de vigilância ambiental Tawanna Ferreira, a população tem aberto as portas para a manutenção semanal das armadilhas e orientações de saúde. “Os moradores entendem que a ovitrampa ajuda a medir onde tem mais foco e que a EDL é uma estratégia nova; eles recebem a gente bem e acompanham as instruções”, afirma. De acordo com a agente, as visitas semanais também são importantes por permitirem que os profissionais orientem sobre problemas além da dengue. “Muitos moradores às vezes não sabem o que fazer ou os riscos que estão correndo, então orientamos sempre a não deixar depósitos de água, e a tapar qualquer buraco que tiver, como ralos, para evitar os escorpiões também, que nessa época chuvosa e quente começam a sair mais dos lugares”, explica. Segurança e cuidado [LEIA_TAMBEM]A realidade vivida nos lares ilustra a importância do monitoramento. Moradora do Trecho 1 do Sol Nascente, a cozinheira Rosângela Ferreira, de 41 anos, relata que o acompanhamento constante reforça os cuidados cotidianos: “Com as visitas frequentes, alerta mais a gente sobre não deixar água parada. Eu já tive dengue três vezes, em 2015, 2016 e 2020. Foi muito ruim. Mas não tive mais desde então, e acho que essas ações ajudam bastante”. No Trecho 3 do Sol Nascente, a dona de casa Regiane Lopes da Silva, 45, também ressalta o valor das orientações, especialmente em um território com forte presença de crianças: “É muito bom, porque os agentes explicam tudo direitinho. Tem que deixar a armadilha para o mosquito no cantinho, onde ninguém mexe, manter pneu sem água, garrafa virada e tampar os ralos”. Regiane conta que o filho já foi internado com dengue hemorrágica há três anos, situação que marcou a família. “Agora seguimos as orientações, e todo mundo tomou a vacina; queremos ficar seguros contra essas doenças”, assegura.      

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Armadilhas contra o Aedes aegypti ajudam equipes da Vigilância Ambiental no combate à dengue

Equipes da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde (SES-DF) percorreram, nesta quarta-feira (29), as ruas do Núcleo Bandeirante em mais uma ação de prevenção à dengue. Na ocasião, foram instaladas armadilhas contra o mosquito Aedes aegypti – vetor da doença e transmissor de zika, chikungunya e febre amarela (urbana). As armadilhas contêm um larvicida que impede o desenvolvimento das larvas, interrompendo o ciclo de reprodução do mosquito Aedes aegypti | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Ao todo, 83 armadilhas estão em operação na região administrativa. O dispositivo consiste em um pote preto contendo uma paleta de madeira, onde o mosquito deposita seus ovos, atraído por uma solução de levedo de cerveja que torna o ambiente mais propício do que outros criadouros naturais. Além disso, a armadilha contém um larvicida que impede o desenvolvimento das larvas, interrompendo o ciclo de reprodução do vetor da dengue. Apesar do nome, a função primária dos aparatos é o recolhimento de ovos para municiar os vigilantes ambientais com informações sobre a mancha de proliferação do mosquito ao longo da cidade. “A armadilha não gera um criadouro do mosquito, ou seja, não vai atrair mais insetos, apenas aqueles que já estão no ambiente”, destaca Israel Moreira, biólogo da SES-DF “Ela não é necessariamente uma medida de controle, mas uma forma de mostrarmos a infestação de dengue”, enfatiza o biólogo Israel Moreira, da SES-DF. “Com a informação que coletamos através dela, ou seja, pela quantidade de ovos coletados em cada ponto, é possível fazer um mapa com a mancha de ovos;  assim, a gente sabe onde tem a maior infestação, conseguindo direcionar nossos agentes para as ações de prevenção e controle”, prossegue. Moreira explica que as armadilhas são instaladas em imóveis a 300 metros de distância, seja uma residência, comércio ou sedes de órgãos públicos. “É importante deixar claro ao morador ou comerciante que a armadilha não gera um criadouro do mosquito, ou seja, não vai atrair mais insetos, apenas aqueles que já estão no ambiente”. “Hoje a gente se sente mais seguro”, diz Mateus Gameleira, chefe administrativo do Conselho Tutelar do Núcleo Bandeirante Um dos locais onde a Vigilância Ambiental instalou o dispositivo é a sede do Conselho Tutelar do Núcleo Bandeirante. “Duas ou três vezes na semana o pessoal vem aqui dar uma olhada nas armadilhas, fazer a limpeza. Eles estão sempre falando da importância das armadilhas e medidas de prevenção”, relata Mateus Gameleira, chefe administrativo do órgão. Segundo o servidor, a armadilha, aliada ao trabalho de conscientização, tem trazido resultados para a região, no controle epidemiológico da doença. “Antes dessas ações tivemos vários casos de dengue, teve gente pegando duas vezes a doença em coisa de dois meses. Hoje a gente se sente mais seguro”, afirma. Dengue em números Nas quatro primeiras semanas epidemiológicas de 2025, a Secretaria de Saúde registrou 1.424 notificações de dengue, sendo 1.323 prováveis da doença e dois óbitos em investigação. Trata-se de uma redução de 97,3% nos casos prováveis no comparativo com o mesmo período do ano passado, quando a pasta contabilizou 54.851 casos, sendo 48.411 prováveis. Para que os casos continuem em queda, a população deve manter o hábito de eliminar criadouros do Aedes aegypti, evitando o acúmulo de água parada em vasos de plantas, garrafas, calhas, pneus e outros recipientes. Medidas simples, como tampar caixas-d’água, limpar ralos e manter lixeiras bem fechadas, são essenciais para impedir a proliferação do mosquito. Além disso, o uso de telas em janelas, mosquiteiros e repelentes contribui para reduzir o risco de picadas. A colaboração da comunidade também faz a diferença, denunciando focos do mosquito ou permitindo a entrada de agentes de saúde para vistorias e orientações.

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Rodoviária do Plano Piloto recebe ação de combate à dengue com borrifação de veneno e distribuição de materiais educativos

Local por onde circulam cerca de 650 mil pessoas por dia, a Rodoviária do Plano Piloto recebeu uma ação de combate à dengue neste domingo (22). A medida promovida pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) reforçou a importância da prevenção contra o Aedes aegypti, mosquito que também transmite a zika e a chikungunya. Houve entrega de panfletos educativos para os cidadãos e pulverização de inseticida com a técnica de Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) em paredes e superfícies do terminal. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promoveu ação de combate à dengue na Rodoviária do Plano Piloto neste domingo (22), com borrifação de inseticida e distribuição de materiais informativos à população | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Segundo o agente de Vigilância Ambiental em Saúde Anderson Leocádio, o BRI é uma estratégia da SES-DF para minimizar o contato das pessoas com vetores da dengue. “A Rodoviária do Plano Piloto é uma área estratégica para a aplicação desse produto, que tem poder residual alto, fixando na parede por um longo período. Ao repousar em locais que tiveram a aplicação do veneno, os vetores serão contaminados com o inseticida, indo a óbito”, explica. A substância foi pulverizada em todo o terminal, sobretudo em áreas próximas a banheiros, de convivência e colunas de espera de ônibus. As equipes da pasta também conversaram com a população sobre a importância de estar de olho nos focos dos mosquitos. “Aqui passam pessoas de todas as regiões administrativas e do Entorno. Com dez minutos, cada um pode dar uma olhada dentro de casa, ver se tem água parada, se tem algum mosquito escondido”, complementa Leocádio. A vendedora ambulante Maria de Fátima Mesquita diz que está alerta a cuidados em casa para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue Assim que a vendedora ambulante Maria de Fátima Mesquita, 62 anos, recebeu o panfleto, já começou a leitura, verificando que está no caminho certo. Em casa, ela aplica as técnicas de combate: “Não tem água parada e estou sempre de olho no vaso das minhas plantas, não deixo acumular nada.” A diarista Maria da Conceição Freire, 54, também busca evitar qualquer possibilidade de dengue. “A pessoa tem que tomar atitude e vigiar a casa. É a ação mais importante que tem. Não tenho planta e meu quintal fica sempre limpo. O meu lixo é colocado na rua só no dia da coleta e não tem nada que possa acumular água, porque eu nunca peguei dengue, mas sei o quanto é ruim, então me cuido. Todos deveriam fazer isso”, frisa. “A Rodoviária do Plano Piloto é uma área estratégica para a aplicação desse produto”, afirma o agente de Vigilância Ambiental em Saúde Anderson Leocádio O trabalho de combate ao Aedes aegypti é contínuo. Em 2024, até a Semana Epidemiológica 50, foram realizadas 1.408.484 inspeções em imóveis, sendo 1.341.815 realizadas pelos agentes de vigilância ambiental, 25.957 pelos bombeiros e 40.712 pelo exército. Neste mesmo período foram realizados 268.896 tratamentos focais de imóveis. Medidas preventivas O Aedes aegypti é um mosquito pequeno, de cor escura e com listras brancas no corpo e nas pernas. Ele se reproduz em água parada, o que significa que qualquer recipiente, por menor que seja, pode se tornar um criadouro. Vasos de plantas, pneus, garrafas e até mesmo tampinhas de garrafas são locais ideais para o inseto depositar seus ovos. A diarista Maria da Conceição Freire destacou que a população precisa se comprometer com medidas preventivas contra o Aedes aegypti Confira as principais ações de cuidados que se deve ter para evitar a proliferação do mosquito. → Elimine focos de água parada. Verifique semanalmente sua casa e quintal para eliminar qualquer recipiente que possa acumular água. Mantenha caixas d’água, tonéis e barris bem tampados. → Use repelentes. Aplicar repelente nas partes expostas do corpo ajuda a evitar picadas. Reaplique conforme as instruções do fabricante, especialmente se estiver ao ar livre. → Proteja a casa. Instale telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos. Mosquiteiros sobre as camas também são uma boa opção. → Mantenha-se informado. Acompanhe as campanhas de conscientização e siga as orientações das autoridades de saúde.

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DF tem queda de 81% no número de casos de dengue frente a 2023

O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%. Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF “Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF) mostra que, até o fim da semana epidemiológica (SE) 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana. Ações educativas em escolas fazem parte do esforço do GDF para combater a dengue | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica. Visando à prevenção da dengue, a SES-DF ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas. Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida. Outros órgãos do Governo do Distrito Federal, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a SES-DF, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar. *Com informações da SES-DF  

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GDF intensifica instalação de estações disseminadoras de larvicida contra a dengue

Com a chegada do período chuvoso, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde, tem reforçado a instalação de estações disseminadoras de larvicidas (EDLs) nas residências para prevenir os vetores de transmissão da dengue, doença transmitida pelo Aedes Aegypti. O trabalho de prevenção é feito de maneira contínua, mas está sendo reforçado com o fim da estiagem. O agente André Gomes Pereira pede apoio da população para a instalação de armadilhas com larvicida nas residências, reforçando a proteção de todos contra a dengue | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Atualmente, equipes da Vigilância Ambiental da Subsecretaria de Vigilância à Saúde estão fazendo o trabalho de instalação nos Trechos 2 e 3 do Sol Nascente. Em novembro, a estrutura será oferecida aos moradores do Trecho 1. Segundo o Núcleo de Vigilância Ambiental de Ceilândia, mais de 720 armadilhas já foram instaladas desde setembro. Ao todo, cerca de 4 mil armadilhas contra a dengue estão aptas para serem usadas. Cabe ao morador aceitar a instalação. “Os moradores, às vezes, têm resistência de receber o agente de vigilância ambiental por não conhecer o trabalho ou por medo de assalto, medo de ter uma pessoa estranha entrando na sua residência. Nós, da Vigilância Ambiental, sempre estamos devidamente uniformizados e identificados”, ressalta André Gomes Pereira, agente da Vigilância Ambiental da Subsecretaria de Vigilância à Saúde. Segundo ele, os maiores depósitos com foco do mosquito ainda são encontrados dentro das residências. “Se o morador não der esse apoio para nós, não conseguimos combater o mosquito de forma eficaz. Nós precisamos e pedimos ao morador, encarecidamente, para que nos auxilie nesse sentido.” Como funciona a armadilha O sistema é uma armadilha de mosquito composta de um pote plástico com tecido preto impregnado com larvicida em pó e um espaço para colocar água para atrair e matar o mosquito e suas larvas O sistema é uma armadilha de mosquito composta de um pote plástico com tecido preto impregnado com larvicida em pó, chamada Pyripraxyfen, e um espaço para colocar água para atrair e matar o mosquito e suas larvas. Quando o mosquito transmissor da dengue, atraído pela água para depositar os seus ovos, entra na armadilha, ele entra em contato com o produto e, ao voar para outros criadouros, contamina esses locais, disseminando o larvicida e impedindo que as larvas se desenvolvam. A instalação é feita por um agente de combate às endemias (ACE), que visita a residência e solicita a instalação da armadilha. O profissional avalia o ambiente e identifica o melhor local. O ideal é que a armadilha fique nas áreas externas da residência como quintais, lavanderias, áreas de serviço, garagens e varandas. “É uma iniciativa boa para combater o mosquito da dengue. Eu não estou protegendo só a minha família, mas todo mundo”, diz o comerciário Ênio Rocha A equipe de saúde local é responsável pelos cuidados e pelo manejo adequado durante a instalação e manutenção das armadilhas. Uma vez por mês o ACE visita o imóvel para verificar o nível de água e aplicar mais larvicida no tecido ou fazer a limpeza da tela impregnada, caso seja necessário. População deve eliminar focos de água parada no combate ao Aedes aegypti. É necessário verificar semanalmente a casa e o quintal para eliminar qualquer recipiente que possa acumular água Quem recebeu um equipamento de combate à dengue foi o aposentado Daniel Barbosa de Oliveira, de 66 anos. Ele, que já teve dengue, conta que recebeu todas as orientações sobre a armadilha, como repor a água sempre que necessário. Nesse caso, é recomendado que a água seja colocada no centro do pote, e não no tecido, até a marcação interior do vasilhame. “Eu acho que é importante não só para mim e minha família, mas para toda a vizinhança. É um trabalho coletivo. É muito importante ajudar, colaborar”, ressalta Daniel. O comerciário Ênio Rocha, de 54 anos, também abriu as portas de casa para receber os agentes. “É uma iniciativa boa para combater o mosquito da dengue, uma vez que tivemos muitos casos e óbitos recentes. Se combatermos ao máximo, melhor será para a população. É bom para todos. Eu não estou protegendo só a minha família, mas todo mundo”, afirma. Como se proteger O Aedes aegypti é um mosquito pequeno, de cor escura e com listras brancas no corpo e nas pernas. Ele se reproduz em água parada, o que significa que qualquer recipiente, por menor que seja, pode se tornar um criadouro. Vasos de plantas, pneus, garrafas e até mesmo tampinhas de garrafas são locais ideais para o inseto depositar seus ovos. Para se proteger, siga algumas dicas: → Elimine focos de água parada. Verifique semanalmente sua casa e quintal para eliminar qualquer recipiente que possa acumular água. Mantenha caixas d’água, tonéis e barris bem tampados. → Use repelentes. Aplicar repelente nas partes expostas do corpo ajuda a evitar picadas. Reaplique conforme as instruções do fabricante, especialmente se estiver ao ar livre. → Proteja a casa. Instale telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos. Mosquiteiros sobre as camas também são uma boa opção. → Mantenha-se informado. Acompanhe as campanhas de conscientização e siga as orientações das autoridades de saúde.

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Com novas tecnologias, equipes de saúde testam armadilhas contra a dengue

Após reduzir em 65,6% os casos prováveis de dengue no Distrito Federal, o trabalho de prevenção e enfrentamento da doença feito pela Secretaria de Saúde (SES-DF) continua durante o período da seca. Atento às novas tecnologias como ferramenta de combate ao mosquito, o Grupo Executivo Intersetorial de Gestão do Plano de Prevenção e Controle da Dengue (Geiplandengue) da Região de Saúde Sul testou, nos últimos meses, novas armadilhas para o Aedes aegypti adulto em residências do Setor Sul do Gama e Cidade Nova, e das quadras 416, 201 e 301 de Santa Maria. Os locais foram escolhidos por apresentarem casos recorrentes ao longo dos últimos cinco anos. Após reduzir em 65,6% os casos prováveis de dengue no Distrito Federal, o trabalho da Secretaria de Saúde (SES-DF) de prevenção e enfrentamento da doença continua durante o período da seca | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF As armadilhas contribuem para o monitoramento e o controle do mosquito. “Com a captura definitiva, é possível evitar a prole de mais de 50 novos mosquitos por cada fêmea capturada”, explica a chefe do Geiplandengue da Região de Saúde Sul, Maria Aparecida Gama. Ela reforça que o trabalho focou em regiões que contam com maior número de terrenos baldios e de acúmulos, e com populações vulneráveis, que costumam estocar água. “Segundo o perfil de cada local, são traçadas ações mais específicas, como recolhimento de inservíveis, limpeza de terrenos públicos, visitas e conversas com moradores sobre a prevenção ao mosquito”, complementa. Com menor impacto ambiental, as novas armadilhas utilizam tecnologia física, como placa, cola e água, livre de inseticidas ou atrativos. Ao todo, foram instaladas 153 armadilhas em residências do Gama. Destas, 4,5% foram positivas para o Aedes aegypti, isto é, indicaram presença do mosquito nas áreas. Em Santa Maria, foram 136, com 2,9% positivas. Os dados demonstram que mesmo em períodos de baixa sazonalidade, as larvas e os mosquitos adultos continuam circulando. [Olho texto=”“A saúde pública tem que ser feita por todos dentro de uma visão multidisciplinar, pedagógica e participativa. A receita que gerou esse resultado no DF foi a união de todos, inclusive dos moradores, porque não existe nenhuma tecnologia por si só capaz de acabar com o mosquito”” assinatura=”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Maria Aparecida aponta que o teste das armadilhas mais tecnológicas possibilita um parâmetro para novas formas de combate. “A SES-DF é a nossa estrutura. Todo esse movimento é para que, enquanto produto de cuidar da vida das pessoas, nós tenhamos êxito. É um pequeno movimento partindo para as tecnologias. O estudo é positivo e nos aponta também meios de interagir melhor com a comunidade”. Mão contrária Na contramão do país, que ultrapassou a marca de um milhão de casos prováveis de dengue e 635 óbitos confirmados, segundo dados do Ministério da Saúde, o DF se destaca por indicar um cenário contrário. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), a capital contabiliza 21.255 possíveis episódios de dengue. No mesmo período do ano passado, foram registrados 58.618 casos. O subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Divino Valero, destaca que é preciso um trabalho conjunto e contínuo com toda a população: “A saúde pública tem que ser feita por todos dentro de uma visão multidisciplinar, pedagógica e participativa. A receita que gerou esse resultado no DF foi a união de todos, inclusive dos moradores, porque não existe nenhuma tecnologia por si só capaz de acabar com o mosquito.” De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), a capital contabiliza 21.255 possíveis episódios de dengue. No mesmo período do ano passado, foram registrados 58.618 casos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Como reforço, a chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias, Cristina Soares de Moura de Jesus Campelo, lembra que o Aedes aegypti também é responsável por outras doenças, como chikungunya e zika. “Precisamos manter as nossas ações o ano todo e nos manter sempre atentos, mês após mês. Com essa nova tecnologia, quando se combate o mosquito fazendo com que ele não nasça, estamos deixando de ter o risco de três possíveis doenças’, cita. Diversos órgãos públicos fazem parte do Geiplandengue e colaboram com as ações locais, como a Secretaria de Governo do DF (Segov), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o DF Legal, o Corpo de Bombeiros, as administrações regionais, além da áreas da SVS e da Atenção Primária e Vigilância Ambiental. Dengue A dengue é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, para a maior disseminação da doença. Logo, a prevenção é a melhor forma de combater a doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A população também deve comunicar à Vigilância Ambiental sobre focos no entorno de suas casas por meio do telefone 160. Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém, idosos e portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações fatais. Os principais sintomas da dengue são: – Febre alta – maior que 38°C – Dor no corpo e articulações – Dor atrás dos olhos – Mal-estar – Falta de apetite – Dor de cabeça – Manchas vermelhas pelo corpo *Com informações da SES-DF

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