Separação correta de lixo reciclável tem efeito positivo até na saúde de catadores
Separar o lixo seco — aquele que pode ser reciclado — do orgânico é uma tarefa simples do dia a dia. Tão simples que pouca gente se dá conta do quão prejudicial pode ser não fazê-la. E os prejuízos não são apenas ao meio ambiente, mas a outras pessoas que trabalham na coleta de resíduos. Atualmente, o SLU tem 42 contratos com cooperativas ou associações de catadores, sendo 22 para coleta seletiva e 20 para separação de materiais, um investimento de R$ 215 milhões | Fotos: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília O lixo identificado como reciclável é coletado pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e por entidades contratadas. Depois, 100% do material é encaminhado para a triagem. Atualmente, são 42 contratos com cooperativas ou associações de catadores, sendo 22 para coleta seletiva e 20 para separação de materiais. De 2019 até o começo deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do SLU, investiu R$ 215 milhões nesses contratos. Tainara Oliveira Silva, gestora administrativa da Recicla Mais Brasil, no Paranoá, diz que, das 100 toneladas de resíduos que a cooperativa recebe por mês, cerca de 20% vira rejeito, entre outras coisas, pela separação incorreta Gestora administrativa de uma dessas cooperativas, a Recicla Mais Brasil, no Paranoá, Tainara Oliveira Silva aponta que o descarte de material orgânico como seco pode prejudicar o maquinário da entidade, além de reduzir o percentual de lixo que poderia ser reciclado. “Pegar resíduo orgânico estraga a nossa esteira, nosso equipamento, porque eles não foram feitos para esse tipo de resíduos. O material mal separado também dificulta o trabalho dos coletores, muito material fica para trás porque a gente não recolhe se ele estiver misturado com outros tipos de resíduos. Acaba que o reciclável que estiver misturado com o orgânico vai para o aterro, não vai para a reciclagem”, aponta. Ainda segundo ela, das 100 toneladas de resíduos que a cooperativa recebe por mês, cerca de 20% vira rejeito, entre outras coisas, pela separação incorreta. É assim que uma garrafa pet — material que poderia facilmente ser reciclado — acaba descartada se estiver em meio a restos de comida, por exemplo. Cícera Mayara Jesus, trabalhadora de uma cooperativa, já chegou a levar três pontos na mão após um corte provocado por um vidro descartado de maneira incorreta Mas o problema mais imediato é a saúde dos catadores. Com a separação inadequada, eles são expostos a riscos diversos. A gestora lembra de casos de agulhas encontradas em meio ao lixo seco e de um episódio de um animal morto descartado como reciclável, o que acabou levando a um surto de pulgas na cooperativa. “Coloca um monte de gente em risco, porque você está expondo o catador a um resíduo que pode estar contaminado. O trabalho em si já é um risco, mas a gente tenta ao máximo diminuir”. Cícera Mayara Jesus, uma das trabalhadoras da cooperativa, já chegou a levar três pontos na mão após um corte provocado por um vidro descartado de maneira incorreta. “É importante (fazer o descarte correto), porque acaba que os vidros vêm soltos, a gente pode acabar machucando. Também facilita muito o nosso trabalho, na rapidez da separação.” O apelo pela separação correta é reforçado pela colega Rosinete Silva: “Muitas vezes, vem tudo misturado, não tem nem como a gente separar, porque como vai meter a mão ali? Mesmo com a luva — porque a gente usa luva, usa máscara, usa óculos aqui — não tem como. Então, tudo separadinho é muito bacana”. Descarte correto Não há necessidade de lavar embalagens (como de refrigerante ou leite longa vida) antes do descarte, uma vez que, no processo de reciclagem, os resíduos passam por um processo de trituração e higienização. Mas os cacos de vidro devem ser acondicionados em caixas de papelão ou em embalagens de refrigerante, devidamente identificados O lixo convencional deve ser separado entre recicláveis (plástico, isopor, papel, papelão, metal, embalagem longa vida…) e não recicláveis (restos de comida, filtro de café, lixo de banheiro, pequenas quantidades de poda…). Há dias específicos para a coleta de cada um deles. O calendário pode ser consultado no site do SLU ou pelo aplicativo SLU Coleta DF. Segundo o SLU, não há necessidade de lavar embalagens (como de refrigerante ou leite longa vida) antes do descarte, uma vez que, no processo de reciclagem, os resíduos passam por um processo de trituração e higienização. Mas é importante ter cuidado ao descartar vidro — a fim de evitar acidentes como o de Cícera. Os cacos devem ser acondicionados em caixas de papelão ou em embalagens de refrigerante, devidamente identificados. Resíduos de construção civil e pequenas reformas, com volumes até 1 m³, assim como grande volumes (sofás, roupeiros…) e podas, devem ser direcionados para os Pontos de Entrega Voluntários (PEV). No site do SLU, há a localização de todos os equipamentos para recebimento dos resíduos que não podem ser destinados para a coleta porta a porta, assim como de todos os Papa Recicláveis — equipamentos de apoio para a correta destinação de recicláveis. “Você tem uma cadeia de benefícios ao realizar a separação dos resíduos na origem. Pela perspectiva ambiental, você contribui significativamente para a mitigação da exploração dos recursos naturais. Também contribui significativamente na inclusão socioprodutiva dos catadores em todo o país, gerando renda pelo trabalho de reciclagem”, explica o chefe da unidade de Sustentabilidade e Mobilização Social do SLU, Francisco Mendes. “Outro fator a ser observado é quanto à saúde pública: a separação e o descarte corretos contribuirão para que os resíduos não venham a entupir bueiros que potencializam alagamentos. O descarte incorreto ainda pode gerar proliferação de vetores nocivos à saúde como escorpiões, mosquitos e roedores, entre outros”, arremata.
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Adolescentes filhos de catadores serão incluídos no programa Jovem Candango
Mais uma vez, o programa de formação técnico profissional de adolescentes do Distrito Federal, Jovem Candango, abre espaço para novos beneficiários. Depois de destinar vagas aos órfãos de vítimas de feminicídio e aos adolescentes em situação de rua, a iniciativa reservará 10% das oportunidades para os filhos dos catadores de recicláveis do DF com idade entre 14 e 18 anos. A decisão foi publicada em portaria desta quarta-feira (16) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Jovens selecionados vão atuar em órgãos do GDF, com todos os direitos garantidos | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A proposta surgiu em meio ao grupo de trabalho criado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em julho deste ano para atender demandas do segmento, entre elas, o apoio em projetos sociais. Os jovens que poderão participar do segundo processo seletivo do ano serão aqueles que constam na lista enviada pela Rede de Cooperativa dos Catadores à Secretaria da Família e Juventude do DF (SFJ), responsável pela gestão do programa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Entendemos que a população jovem mais vulnerável do DF precisa ser atendida com programas como esse, então vamos priorizá-la na seleção do Jovem Candango”, afirma o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso. “Além disso, essa foi uma solicitação feita pelas próprias cooperativas durante uma reunião do grupo de trabalho criado pelo governo”. De acordo com o gestor, os jovens identificados pelas cooperativas serão convocados a partir da próxima semana para que possam adotar os procedimentos necessários para a contratação. O Jovem Candango seleciona candidatos para atuar em órgãos do GDF durante dois anos, com direito a Carteira de Trabalho assinada, um salário no valor de R$ 619 (meio salário mínimo), vale-alimentação de R$ 220, vale-transporte de R$ 173, 13º salário e férias. A segunda edição do programa, este ano, contará com 1,8 mil selecionados.
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Governo cria grupo de trabalho para atender demandas de catadores do DF
A governadora em exercício Celina Leão autorizou, no início da tarde desta sexta-feira (7), a criação de um grupo de trabalho com integrantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e representantes dos catadores da capital. O objetivo é avaliar e atender as demandas da categoria, que pede reajuste dos contratos com as cooperativas, auxílio na manutenção do Complexo Integrado de Reciclagem (CIR), apoio para a criação de projetos sociais de educação e segurança alimentar dentro do complexo e avanço nas políticas de educação ambiental. A governadora em exercício reuniu-se com representantes dos catadores na tarde desta sexta (7) no Palácio do Buriti | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Foram trazidas as demandas dos catadores, e a Casa Civil está criando um grupo de trabalho para dar uma analisada nos pleitos”, afirmou Segundo a gestora, serão envolvidas outras secretarias do governo para apreciar os pedidos dos catadores, a serem repassados por meio de quatro representantes dos profissionais. “Para ouvir e ver o que o GDF tem condições de encaminhar”, completou. A governadora em exercício lembrou que a criação do Complexo de Reciclagem pelo GDF, em 2020, foi idealizada para dar melhores condições aos catadores, que atuavam no lixão da Estrutural. “Quando foi pensado nas cooperativas, a nossa ideia era dar dignidade aos catadores e catadoras, porque a situação do lixão era muito precária”, recordou. O espaço tem a atuação de 1,2 mil catadores e representa 40% da reciclagem dos resíduos de toda a coleta seletiva do Distrito Federal. Presidente da Central das Cooperativas de Trabalho de Catadores de Materiais Recicláveis do DF, Aline Sousa destacou a ação do GDF: “Foi excelente do ponto de vista dos catadores, porque teremos esse grupo de trabalho para pautar situações emergenciais que estão acontecendo” A catadora Aline Sousa, que é presidente da Central das Cooperativas de Trabalho de Catadores de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop), classificou a ação do governo como muito importante para os cooperados. “Foi excelente do ponto de vista dos catadores, porque teremos esse grupo de trabalho para pautar situações emergenciais que estão acontecendo, como a queda da renda, os custos para viabilizar a reciclagem e os desafios, como a questão da creche e da segurança alimentar”, afirmou. Segundo o deputado distrital Gabriel Magno, o encontro no Palácio do Buriti “foi importante, assim como a sensibilidade do governo de atender os catadores e as cooperativas” O deputado distrital Gabriel Magno destacou que o grupo de trabalho será fundamental para garantir mais condições aos catadores, que são responsáveis pela triagem mais eficiente no DF. “A reunião foi importante, assim como a sensibilidade do governo de atender os catadores e as cooperativas. Temos vários desafios. O primeiro é a criação da renda mínima. Também é preciso rever alguns pontos aqui no DF, como o preço dos contratos e os custos de manutenção do complexo. Hoje foi um importante avanço”, definiu. Participação em programa Durante o encontro, a secretária-executiva adjunta da Secretaria Geral da Presidência, Tânia Oliveira, aproveitou para convidar o GDF a assinar o termo de adesão ao programa Pró-Catador, iniciativa recriada pelo governo federal em fevereiro deste ano para que sejam realizadas ações e projetos de inclusão econômica para os trabalhadores da categoria. A secretária-executiva adjunta da Secretaria Geral da Presidência, Tânia Oliveira, convidou o GDF a assinar o termo de adesão ao programa Pró-Catador “Temos acompanhado de perto a problemática, que não é só no Distrito Federal, das grandes dificuldades que os trabalhadores estão encontrando para realizar as suas atividades. Criamos no governo federal um grupo técnico de trabalho para discutir a importância dos resíduos e a tributação sobre os produtos recicláveis para tentar uma solução. Pretendemos que o GDF, no momento próprio, assine conosco o termo de adesão ao programa Pró-Catador”, disse. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A governadora em exercício pediu que o documento seja enviado oficialmente ao GDF para que possa ser analisado pela Consultoria Jurídica e encaminhado ao governador Ibaneis Rocha. Também participaram da a reunião os secretários da Casa Civil, Gustavo Rocha; de Planejamento, Orçamento e Administração, Ney Ferraz, e de Comunicação, Weligton Moraes, além do deputado distrital Gabriel Magno, representantes dos catadores e integrantes da Defensoria Pública.
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Mais de 37 mil toneladas de lixo processadas no DF desde 2020
Inaugurado em dezembro de 2020, o Complexo Integrado de Reciclagem do Distrito Federal (CIR/DF) é um dos mais modernos equipamentos públicos para reaproveitamento de resíduos do país. Em 28 meses de funcionamento do local, o número de materiais processados chegou a 37.574,82 toneladas – das quais até 46% geraram renda aos catadores e cooperativas envolvidos no serviço. Com área de 80 mil m², o espaço abriga 11 cooperativas e gera emprego para cerca de 460 catadores – número flutuante, tendo em vista a rotatividade dos postos de trabalho. A gestão é compartilhada entre o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), a Central de Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop) e as associações de catadores que atuam na região. No DF, 46% das mais de 37 mil toneladas de lixo processadas desde 2020 geraram renda aos catadores e cooperativas envolvidos no serviço | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A escolha das entidades foi feita por meio de seleção baseada nos critérios de manifestação de interesse, existência de contrato de triagem com o SLU, por fazer parte da Centcoop e, preferencialmente, ser originária do antigo Lixão da Estrutural, local que atualmente sedia a Unidade de Recebimento de Entulho (URE) do SLU. O complexo é formado por duas centrais de triagem e reciclagem (CTRs) e uma central de comercialização (CC). Os pontos de triagem têm 2,8 mil m² cada e recebem os resíduos que vêm da coleta seletiva. O material é separado, classificado, pesado, prensado e, então, transportado pelos catadores para a área de comercialização, onde ocorrem o beneficiamento, a estocagem e a venda dos itens. “Esse lugar é um dos mais inovadores que temos no país para o trabalho dos catadores. Foi pensado e projetado com as condições ideais, de segurança, saúde e conforto, com estrutura coberta, piso adequado, iluminação, banheiros, refeitórios, sala de descanso e escritórios. É o modelo mais próximo do que acreditamos ser ideal”, explica o chefe da Unidade de Sustentabilidade e Mobilização Social do SLU, Francisco Mendes. Chefe da Unidade de Sustentabilidade e Mobilização Social do SLU, Francisco Mendes: “Esse lugar é um dos mais inovadores que temos no país para o trabalho dos catadores. Foi pensado e projetado com as condições ideais, de segurança, saúde e conforto” A estrutura foi construída pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), com investimentos de R$ 21 milhões feitos por meio de contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por intermédio da Sema. ?Impacto socioeconômico No complexo, os catadores atuam em conjunto: o que é coletado por cada cooperativa é vendido pela Centcoop, e o lucro é rateado entre os trabalhadores envolvidos. Por meio dos contratos com o SLU, as cooperativas conseguem arcar com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dos catadores e custear as despesas do centro de reciclagem. De acordo com a presidente da Cooperativa de Trabalho de Reciclagem Ambiental da Cidade Estrutural (Coorace), Lúcia Fernandes, os contratos com o órgão são fundamentais para o modelo de trabalho. A entidade é responsável por 40 catadores que fazem a triagem dos materiais. “Estamos aqui há dois anos, éramos uma cooperativa do antigo Lixão da Estrutural. O complexo nos ajudou, porque aqui é um local definitivo”, conta ela, que também está à frente da Associação Vencendo Obstáculos. O grupo faz a coleta seletiva porta a porta no Cruzeiro e leva ao complexo, para triagem. Atualmente, são 25 associados. Presidente da Coorace, Lúcia Fernandes: “O complexo nos ajudou, porque aqui é um local definitivo” O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do SLU, mantém 42 contratos firmados com organizações de catadores, atendendo a 32 cooperativas e associações – tendo em vista que algumas entidades possuem mais de um contrato – que empregam mais de 1,3 mil catadores de recicláveis. Do total de contratos, 22 são para o serviço de coleta seletiva e 20 para o serviço de triagem dos materiais. Na época da inauguração do CIR, em dezembro de 2020, eram mantidos 29 contratos com 22 cooperativas e associações, envolvendo 908 trabalhadores. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema, Glauco Amorim, afirma que o complexo trabalha as vertentes econômica, social e ambiental. “Do ponto de vista ambiental, o Complexo Integrado de Reciclagem tem um efeito muito importante, pois consegue exonerar o aterro sanitário, com a redução do que é mandado para lá, e consequentemente aterrado, e ainda amplificando a reciclagem de resíduos”, observa. ?“Além disso, gera trabalho e renda, em segurança, para as pessoas que atuam na catação, que são importantes agentes ambientais e, em geral, estão em situação de vulnerabilidade social”, explica. “Já do ponto de vista econômico, auxilia na reintrodução do material na cadeia produtiva, reduzindo a extração de matéria-prima virgem e os impactos da produção. Ou seja, quanto mais a gente recicla, menos a gente extrai da natureza.” Arte: Agência Brasília ?Reciclagem Vidro, plástico, papel, sucata e isopor são os materiais que podem ser reciclados pelo complexo atualmente. Todos são separados por cor, descaracterizados, descontaminados e triturados ou prensados para comercialização. Desde a abertura do espaço, foram processadas, em média, 1,3 mil toneladas de resíduos por mês. O termo processamento se refere a tudo o que é recebido. Isso porque, mesmo que o material não seja reciclado, passou por triagem dos catadores. O complexo trata de materiais recolhidos pela coleta seletiva do SLU e pelas cooperativas instaladas no local. Diretor da Centcoop, Sinomar dos Santos: “A qualidade dos materiais influencia muito o valor pago por eles, e esse valor é repassado para as pessoas que, de fato, fazem acontecer, que é quem está na linha de triagem” O diretor comercial da Centcoop, Sinomar Alves dos Santos, explica que, quanto melhor o nível de separação do lixo, maior o valor obtido com a comercialização. “Separar entre secos e molhados e não colocar os recicláveis com os orgânicos já nos ajuda muito a dar a destinação correta aos resíduos. Ainda há muito material reciclável indo para a coleta convencional”, pontua. “A qualidade dos materiais influencia muito o valor pago por eles, e esse valor é repassado para as pessoas que, de fato, fazem acontecer, que é quem está na linha de triagem”, afirma. Cada um dos dois centros de triagem comporta cinco esteiras – que têm espaço para 34 pessoas trabalharem concomitantemente. O catador Paulo Cezar Lobo diz: “Estou aqui há quase um ano, e já me perguntaram se quero sair, mas não. Aqui me sinto bem, as condições de trabalho são boas e a gente está ajudando o meio ambiente” Um dos catadores envolvidos na separação é o fluminense Paulo Cezar Lobo, 63 anos. Morador da Estrutural, ele saiu do Rio de Janeiro no começo de 2022 e, no fim daquele ano, conseguiu o emprego no segmento de recicláveis por indicação de um sobrinho. “Estou aqui há quase um ano e já me perguntaram se quero sair, mas não. Aqui me sinto bem, as condições de trabalho são boas e a gente está ajudando o meio ambiente”, afirma. “Trabalhamos com todos os EPIs [equipamentos de proteção individual]: máscara, luva, óculos”, acrescenta.
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Sistema de logística reversa do GDF vai remunerar catadores e cooperativas
Nesta quarta-feira (7), o Distrito Federal passa a ter um sistema de logística reversa de embalagens em geral. Na prática, isso significa que o governo vai adotar medidas para que materiais sejam reciclados, reaproveitados ou tenham uma destinação final adequada ao meio ambiente. O decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha no Palácio do Buriti traz uma série de medidas para gestão desse sistema, entre elas uma compensação financeira a catadores e cooperativas pelo reaproveitamento de materiais. “Temos hoje uma cidade com uma pegada ambiental muito forte, com o apoio dos catadores que fazem um trabalho belíssimo nas usinas de reciclagem. Que a gente mantenha o diálogo constante com eles para buscar a melhoria do trabalho, para termos no DF uma coleta cada vez mais seletiva, evitando entupir nossos depósitos de lixo, para termos o aterro cada vez mais limpo e as cidades também”, destacou o governador. O governador Ibaneis Rocha lembrou: “Temos hoje uma cidade com uma pegada ambiental muito forte, com o apoio dos catadores que fazem um trabalho belíssimo nas usinas de reciclagem” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O sistema de logística reversa de embalagens em geral será gerido pela Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema). A partir dele, as empresas fabricantes e distribuidoras das embalagens poderão obter o Certificado de Crédito de Reciclagem, batizado como Recicla DF – um título que será usado na comercialização de embalagens entre recicladores e entidades gestoras. Junto a isso, as empresas poderão remunerar os catadores e as cooperativas que realizarem a reciclagem dos materiais. “Ao comprovar a venda das embalagens, os catadores e as cooperativas vão garantir um crédito de reciclagem que será compensado pelas empresas, compondo o ciclo de logística reversa”, explica o subsecretário de Gestão de Resíduos Sólidos e das Águas da Sema, Glauco Amorim. “O benefício para os fabricantes, distribuidores, comerciantes está na comprovação da realização da logística reversa, já que existe a meta de que 22% do total de embalagens comercializadas sejam restituídas ao sistema produtivo.” Todo o funcionamento do sistema será definido pela Sema, em parceria com uma entidade gestora, por meio de termo de compromisso. “No caso de vidro e plástico, nós teremos articulação com a entidade gestora que vai pagar um bônus para as cooperativas e catadores, e com isso a gente tira muito dos resíduos sólidos que estão nas ruas impactando o meio ambiente, gerando dignidade para os catadores, porque eles vão receber pelo material reciclado e também um bônus pelo serviço ambiental prestado”, complementa o secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes. Com o decreto, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes deverão informar e orientar os consumidores sobre as atribuições relacionadas ao ciclo de vida dos produtos. Para isso, poderão implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usadas e disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis, além de atuar em parceria com cooperativas e outros modelos de associação de catadores de materiais. Desta forma, o DF poderá rastrear as embalagens que são comercializadas e também toda a massa que é reciclada, além de medir o índice de reciclagem de embalagens de todo o sistema.
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Semana Lixo Zero chega à quinta edição com programação até sábado (15)
Teve início nesta terça-feira (11) a 5ª edição da Semana Lixo Zero. O evento conta com palestras, oficinas e cursos gratuitos sobre o tema “Humanizar e dignificar os serviços de reciclagem” que ocorrerão até sábado (15), com programação na Associação e Cooperativa Recicle a Vida (Ceilândia) e no Complexo Cultural de Samambaia (Samambaia Sul). As inscrições podem ser feitas via formulário. A iniciativa é apoiada e fomentada pela Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Ambiental (Sema), por meio de emenda parlamentar, e promovida pelo Instituto Desponta Brasil em parceria com a Cooperativa de Catadoras e Catadores de Materiais Recicláveis Recicle a Vida. Também são parceiros o Instituto Lixo Zero Brasil e o Instituto Federal de Brasília. O evento pretende sensibilizar a comunidade sobre a importância da separação dos resíduos gerados no dia a dia, para que os materiais cheguem até as cooperativas de recicláveis limpos e classificados. Os eventos continuam com temas como sustentabilidade e compostagem doméstica. Foto: Arquivo pessoal “O tema escolhido para o projeto foi justamente o de humanizar e dignificar os serviços de reciclagem dos catadores, algo que a gente vem trabalhando fortemente para que a população entenda o papel que cada um tem e faça a sua parte na separação dos resíduos”, afirma a gerente de Implantação da Política de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), Maria Fernanda Teixeira. A responsável pelos projetos sociais da Recicle a Vida, Mirian Mendes, conta que a programação busca contemplar diversos assuntos que conversam com o tema da nova edição. “Construímos um projeto consistente, com uma programação multidisciplinar capaz de incentivar e promover debates em torno de uma cultura de consumo e empreendedorismo sustentável, alimentação saudável, políticas públicas, sociedade civil participativa e negócios gerados a partir do lixo zero”, revela. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A programação teve início às 10h com a abertura na sede da Cooperativa Recicle a Vida. Ao longo do dia, foram realizadas a oficina de materiais recicláveis e a palestra Cidades e Escolas Sustentáveis. Entre os dias 12 e 14, os eventos continuam na unidade da associação com temas como eventos sustentáveis, compostagem doméstica, reaproveitamento de alimentos e manutenção de computadores. No dia 15, a programação segue para o Complexo Cultural de Samambaia. Na agenda, ações como mobilização porta a porta com distribuição de panfletos sobre a coletiva seletiva, oficina de compostagem doméstica e atendimento de empoderamento e embelezamento com corte de cabelo e design de sobrancelha. Confira a programação 5ª Semana Lixo Zero 12/4 (quarta-feira) Das 13h às 14h30 – Eventos sustentáveis Das 13h às 14h30 – Reaproveitamento de alimentos Local: Cooperativa Recicle a Vida (QNM 28, de Ceilândia) 13/4 (quinta-feira) Das 14h30 às 16h – Oficinas de compostagem doméstica Das 14h30 às 16h – Oficina Manutenção de computadores: Montagem e componentes do gabinete Local: Cooperativa Recicle a Vida (QNM 28, de Ceilândia) 14/4 (sexta-feira) Das 13h às 14h30 – Oficina de construção de objetos com madeira plástica Das 14h30 às 16h – O que é biodigestor? Conheça a tecnologia de biodigestão Local: Cooperativa Recicle a Vida (QNM 28, de Ceilândia) 15/4 (sábado) Das 10h às 12h – Oficinas de compostagem doméstica Das 10h às 12h – Atendimento de empoderamento e embelezamento: corte de cabelo e design de sobrancelhas Local: Complexo Cultural de Samambaia (Samambaia Sul)
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Complexo de Reciclagem do DF também beneficiará vidro e plástico
O Complexo Integrado de Reciclagem (CIR) receberá investimentos para a implantação de sistemas de beneficiamento de vidro, plástico e tratamento de efluentes. As iniciativas foram discutidas entre o secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, e a presidente da Central das Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal e Entorno (Centcoop/DF), Aline Sousa, nesta segunda-feira (27). Reunião entre a Secretaria de Meio Ambiente e a Centcoop/DF nesta segunda (27) | Foto: Sema “Os novos equipamentos, que serão instalados até agosto, representam um marco na implementação das políticas de reciclagem de resíduos do Distrito Federal, com o fechamento do ciclo em se tratando do vidro e do plástico”, afirmou o secretário. De acordo com o subsecretário substituto de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos, Glauco Amorim, “a verticalização da reciclagem representará ganhos ambientais, econômicos e sociais ao Distrito Federal, proporcionando agregação de valor aos resíduos processados [beneficiados], qualificação profissional dos catadores e das cooperativas, acesso a novos mercados e incremento da renda dos catadores”. Parceria Aline Sousa destacou a importância da parceria com a Secretaria de Meio Ambiente para gerir o Complexo Integrado de Reciclagem, cuja operação é compartilhada ainda com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU). A presidente da cooperativa aproveitou para fazer um balanço do trabalho da central. “Desde 2020, a Centcoop atua no CIR com cerca de 480 catadores em duas linhas de produção e dois turnos. Mensalmente, recebemos do SLU cerca de mil toneladas de resíduos”, detalhou. Ela também solicitou apoio para desafios como os custos mensais com segurança, água e energia, que terminam por diminuir a renda mensal dos catadores. “Nosso trabalho também sofre repercussões com a sazonalidade do mercado e instabilidades climáticas, como o período de chuvas”, explicou. O secretário se comprometeu em apoiar a Centcoop a partir de um trabalho conjunto entre o Governo do Distrito Federal e o Governo Federal. “Ao final da gestão, desejamos ter dado um salto de qualidade nesta área”, diz. *Com informações da Secretaria de Meio Ambiente
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Saiba os dias e horários da coleta seletiva na sua rua
Separar os resíduos orgânicos dos recicláveis é uma tarefa simples que impacta positivamente o meio ambiente e a vida de quem se sustenta pela indústria da reciclagem. O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), realiza em 32 regiões administrativas a coleta seletiva, um trabalho que, para dar certo, depende da ajuda do cidadão na hora de descartar esses materiais nos dias e nos locais corretos. Na coleta seletiva, os resíduos são separados e enviados para os centros de triagem em diversos galpões de cooperativas de catadores de todo o DF | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A coleta seletiva é o recolhimento de materiais recicláveis que não devem ser misturados ao lixo comum das residências ou locais de trabalho. Ela ocorre três vezes na semana. Todos os resíduos coletados são separados e enviados para os centros de triagem em diversos galpões de cooperativas de catadores espalhados pelas cidades. “Essa coleta representa a sobrevivência das famílias dos cooperados que vivem desse trabalho. Por isso, separar corretamente os resíduos é um bem social e econômico, inclusive”, afirma o diretor-presidente do SLU, Sílvio Vieira. [Olho texto=”O app SLU Coleta DF orienta o público a não misturar embalagens com alimentos e informa dias e horários das coletas convencional e seletiva” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Se você tem dúvida sobre o que é ou não orgânico e que é passível de reaproveitamento para reciclagem, o SLU criou um aplicativo para orientá-lo a não misturar as embalagens com os alimentos: o SLU Coleta DF – disponível nas plataformas de Android e Apple. Por meio dele, também é possível, assim como no site, pesquisar os dias e horários das coletas convencional e seletiva de forma mais interativa e direta, com a localização no mapa da região e de todo o Distrito Federal. O que deve ir no lixo da coleta convencional são os descartes orgânicos e rejeitos, como restos de comida, filtro de papel, lixo de banheiro e pequenas quantidades de poda. Já no caminhão da coleta seletiva vão plásticos, isopor, papelão, metal e embalagens longa vida. Equipamentos eletrônicos, lâmpadas, pilhas e pneus, não. Além do serviço de coleta, o SLU também disponibiliza equipamentos públicos para entrega de resíduos sólidos caseiros e grandes volumes, como o Papa-lixo, o Papa-reciclável e o Papa-entulho.
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Campanha de conscientização sobre a coleta seletiva está de volta
A campanha Cartão Verde, criada pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) para incentivar a coleta seletiva no Distrito Federal, recomeça a partir da segunda-feira (16). Na nova etapa, Asa Sul, Vicente Pires e Taguatinga recebem a iniciativa. Ao longo dessa semana, equipes de orientação do SLU estão visitando residências e condomínios das regiões escolhidas para informar sobre a campanha. [Olho texto=”“Queremos conscientizar cada vez mais a população para a importância da coleta seletiva. Um dos pontos fundamentais da campanha é valorizar com cartão verde os moradores e condomínios que fazem a separação correta dos seus resíduos”” assinatura=”Efigênia Lustosa, coordenadora de Mobilização do SLU” esquerda_direita_centro=”direita”] Nas três semanas seguintes, os garis da coleta seletiva entram em ação. Eles avaliam se o conteúdo dos sacos de lixo é predominantemente de recicláveis ou se os materiais estão misturados com orgânicos. Assim, os coletores aplicam os cartões de acordo com o que observam: cartão verde, quando a separação está bem-feita; cartão amarelo, quando o material está um pouco misturado, e cartão vermelho quando os moradores não estão fazendo a separação correta. Os garis avaliam a qualidade da coleta seletiva uma vez por semana e aplicam os cartões três vezes (um cartão para cada semana da campanha). Após três semanas, quem receber três cartões vermelhos será notificado pelo DF Legal, que estipulará um prazo para o usuário praticar o acondicionamento correto do lixo. Se persistir no erro, o morador ou condomínio poderá ser multado. De acordo com a coordenadora de Mobilização do SLU, Efigênia Lustosa, a campanha tem caráter predominantemente educativo. “Queremos conscientizar cada vez mais a população para a importância da coleta seletiva. Um dos pontos fundamentais da campanha é valorizar com cartão verde os moradores e condomínios que fazem a separação correta dos seus resíduos. Quem não faz tem a oportunidade de mudar de comportamento ao longo das três semanas de adesivação”, ressalta. Condomínios que fizerem a separação correta dos resíduos receberão o adesivo com cartão verde | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Ampliação da coleta seletiva O retorno da campanha Cartão Verde na semana que vem ocorre junto à ampliação da coleta seletiva porta a porta. A partir de segunda-feira (16), serão atendidas 32 regiões administrativas subdivididas em 23 áreas. Neste momento, apenas o Sol Nascente/Pôr do Sol não terá o serviço. A extensão do trabalho ocorre em função do contrato de mais 11 cooperativas de materiais recicláveis, totalizando 22, que se somam às empresas do pregão de prestação de serviço de limpeza urbana no serviço. O investimento é de aproximadamente R$ 12,6 milhões e vai beneficiar mais de 1,4 mil catadores do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A expectativa é engajar a população na separação do lixo. “Teremos uma interação mais humana e participativa. Espero uma sensibilização porque a população vai saber que aquele resíduo vai para um catador, o que quer dizer rendimento para famílias”, avalia o assessor especial da Diretoria Técnica do SLU, Francisco Mendes. Endereços que recebem a campanha Os condomínios e moradores das regiões participantes dessa etapa da Campanha Cartão Verde (Asa Sul, Vicente Pires e Taguatinga) devem estar atentos aos endereços que serão avaliados pelos garis. Confira: Asa Sul ? SQS 202, 203, 204, 205, 206, 207, 208, 209, 402, 403, 404, 405, 406, 407, 408 e 409 Vicente Pires ? Ruas 3/3B/3C Taguatinga ? Blocos QNL 2, 4, 6, 8 e 1, 3 *Com informações do Serviço de Limpeza Urbana
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SLU amplia coleta seletiva porta a porta para 32 regiões administrativas
A partir de segunda-feira (16), praticamente todo o Distrito Federal passará a contar com a coleta seletiva porta a porta – recolhimento de materiais recicláveis (papel, plástico, metal) que não devem ser misturados ao lixo comum. De acordo com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), serão atendidas 32 regiões administrativas subdivididas em 23 áreas. Neste momento, apenas o Sol Nascente/Pôr do Sol ficará de fora do crescimento do atendimento. Um das vantagens da coleta seletiva é a geração de renda para catadores; a ampliação do serviço vai beneficiar mais de 1, 4 mil profissionais | Fotos: Divulgação/SLU A extensão do trabalho ocorre em função do contrato de mais 11 cooperativas de materiais recicláveis, totalizando 22, que se somam às empresas do pregão de prestação de serviço de limpeza urbana no serviço. O investimento é de aproximadamente R$ 12,6 milhões e vai beneficiar mais de 1,4 mil catadores do DF. [Olho texto=”“Esperamos que a comunidade participe, separando o lixo. Ainda temos um número absurdo de lixo que vai misturado com a coleta, o que reduz a vida útil do nosso aterro”” assinatura=”Francisco Mendes, assessor especial da Diretoria Técnica do SLU” esquerda_direita_centro=”direita”] A grande novidade é a inclusão de áreas que não faziam parte da coleta seletiva porta a porta. A exemplo dos condomínios horizontais no Jardim Botânico, Paranoá, Sobradinho e Park Way; e as regiões de Arniqueira, SCIA/Estrutural e Jardins Mangueiral. Também será feita a ampliação total do atendimento na Colônia Agrícola Samambaia, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), na Fercal e em Brazlândia. “Na verdade, vamos ter uma ampliação das áreas com o porta a porta. Esperamos que a comunidade participe, separando o lixo. A população tem, no mínimo, três ganhos com esse serviço: ambiental, geração de renda para catadores e mitigação do aterro sanitário”, destaca o assessor especial da Diretoria Técnica do SLU, Francisco Mendes. “Ainda temos um número absurdo de lixo que vai misturado com a coleta, o que reduz a vida útil do nosso aterro”, classifica. A grande novidade é a inclusão de áreas que não faziam parte da coleta seletiva porta a porta, a exemplo de condomínios no Jardim Botânico, Paranoá e Park Way Com a incorporação das novas cooperativas, o SLU espera ter melhores resultados. O aproveitamento do material reciclável recolhido pelas cooperativas costuma ser de 87%, frente a 42% dos recolhidos pelas empresas prestadoras de serviço. [Olho texto=”Para incentivar a separação do lixo, o SLU promove a campanha Cartão Verde, em que o órgão orienta os condôminos sobre a coleta seletiva e aplica cartões de acordo com o resultado” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A outra expectativa é engajar a população na separação do lixo. “Teremos uma interação mais humana e participativa. Espero uma sensibilização, porque a população vai saber que aquele resíduo vai para um catador, o que quer dizer rendimento para famílias”, avalia Mendes. Para incentivar a separação do lixo, o SLU promove a campanha Cartão Verde, em que o órgão orienta os condôminos sobre a coleta seletiva e aplica cartões de acordo com o resultado. Cartão vermelho define os lixos muito misturados; o cartão amarelo trata de resíduos ainda misturados, e o cartão verde é dado para condomínios onde a separação é bem-feita. Os garis avaliam a qualidade uma vez por semana e aplicam os cartões três vezes. O propósito é mostrar a importância da coleta seletiva dentro de casa. Resíduos recicláveis que devem ser separados para coleta seletiva (coloque tudo em um saco separado – verde ou azul) [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Papel e papelão – Jornais, revistas, impressos em geral; – Papel de fax; – Embalagens longa-vida. Desmanchar caixas de papelão e evitar dobrar ou amassar os papéis. Plásticos – Garrafas, embalagens de produtos de limpeza; – Potes de creme, xampu, condicionador; – Tubos e canos; – Brinquedos; – Sacos, sacolas e saquinhos de leite; – Isopor. Limpe rapidamente as embalagens de plástico. Metais – Molas e latas; – Latinhas de cerveja e refrigerante; – Esquadrias e molduras de quadros.
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Regularização da Vila dos Carroceiros será debatida com a população
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) vai ouvir as sugestões da população sobre o processo de regularização da Vila dos Carroceiros, em Santa Maria. Por isso, abriu uma consulta pública para a comunidade enviar suas contribuições, até 17 de abril, ao e-mail direg@seduh.df.gov.br. Além disso, a pasta convoca todos os moradores da região a participarem de uma audiência pública virtual no dia 27 de abril, às 19h, para debater o assunto. A Vila dos Carroceiros, com 1,4 hectare e cerca de 560 habitantes, em Santa Maria, é uma ocupação que cresceu nos últimos anos, resultado de um antigo programa de instalação de currais para os catadores deixarem seus animais | Foto: Divulgação / Seduh-DF Tanto o aviso da consulta como a convocação para a audiência públicas estão no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (29). O objetivo é apresentar e discutir a minuta do Projeto de Lei Complementar (PLC) que inclui a Vila dos Carroceiros como uma Área de Regularização de Interesse Social (Aris) na Estratégia de Regularização Fundiária do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) de 2009. Para isso, o novo texto altera o Artigo 135 e Anexo II da Lei Complementar nº 803, de 25 de abril de 2009, que aprovou a revisão do Pdot naquela época. [Olho texto=”“É uma alteração do Plano Diretor vigente. Por isso, é importante eles avaliarem o desenho da poligonal e as condicionantes do estudo” – Letícia Claro, diretora substituta de Estudos em Regularização Fundiária da Seduh” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Conforme o levantamento da Seduh, a vila possui cerca de 560 habitantes, espalhados em uma área de 1,4 hectare. É uma ocupação que cresceu nos últimos anos, resultado de um antigo programa de instalação de currais para os catadores deixarem seus animais. Contudo, as pessoas acabaram por ocupar o espaço para fins de moradia. “Por ser uma população vulnerável, em uma área sem infraestrutura básica, fizemos os estudos prioritários para a inclusão da vila na Estratégia de Regularização. A ocupação pode ser compreendida como mais uma entre tantas outras marcadas pela desigualdade e a exclusão social”, afirmou Letícia Claro, diretora substituta de Estudos em Regularização Fundiária da Seduh. Para a gestora, é essencial a população em geral participar e se inteirar do processo, para avaliarem a inclusão da Vila dos Carroceiros como uma Aris no Pdot de 2009. “É uma alteração do Plano Diretor vigente. Por isso, é importante eles avaliarem o desenho da poligonal e as condicionantes do estudo”, destacou. As informações necessárias sobre o assunto, bem como o PLC e anexos, estão disponíveis no site da Seduh, na aba Participação, em Consultas Públicas. Já os interessados na audiência pública poderão participar virtualmente pela plataforma Zoom ou pelo canal no YouTube chamado Conexão Seduh, ambos disponíveis para acesso no dia da reunião. Transparência A consulta e a audiência têm o objetivo de democratizar o acesso às discussões e garantir a transparência com a participação dos cidadãos. Por isso, os eventos serão abertos a toda sociedade e feitos de forma virtual, em respeito às medidas de segurança impostas durante a pandemia. Perguntas, sugestões ou recomendações deverão ser realizadas durante a audiência, por meio do chat de comentários, no ambiente virtual. Trâmite [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A equipe técnica da Seduh vai avaliar as propostas apresentadas na consulta pública e, depois, as da audiência pública, para acrescentar ao PLC. Assim que estiver concluído, o texto ainda precisa passar pelo aval do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). Em seguida, o projeto será encaminhado para análise da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Depois disso, deverá ser sancionado pelo governador Ibaneis Rocha. Serviço Audiência pública sobre o PLC da Vila dos Carroceiros – Data: 27 de abril – Horário: 19h – Acesso: Pela plataforma Zoom e pelo Youtube no Conexão Seduh – Informações: http://www.seduh.df.gov.br/audiencias-publicas-2022/ *Com informações da Seduh-DF
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Natal de recicláveis é atração no Museu da Limpeza Urbana
Uma decoração natalina especial, feita com materiais de reciclagem, é a atração que Museu da Limpeza Urbana oferece aos visitantes. São bonecos de neve, árvores de Natal, presépio e outros itens elaborados com todo tipo de resíduos (copos plásticos, papelão, restos de pano, garrafas pet, etc). O local é uma inspiração para quem gosta de usar a criatividade e reaproveitar materiais. Bonecos de neve e todas as outras peças natalinas foram confeccionados com material reaproveitado | Fotos: Divulgação/SLU [Olho texto=”“É um local de educação ambiental também. As peças antigas trazem uma reflexão sobre o descarte correto de resíduos e também sobre a vida útil dos produtos” ” assinatura=”Silvio Vieira, diretor-presidente do SLU” esquerda_direita_centro=”direita”] Toda a decoração foi preparada por servidores do próprio Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e por meio de doações das cooperativas de catadores. Entre os destaques, há uma árvore construída com garrafas pet, doada pela cooperativa Recicle a Vida, e as guirlandas elaboradas pelas equipes das cooperativas R3 e Recicla Mais Brasil. Desde a inauguração de seu formato itinerante, em agosto, quando foi instalado no shopping Venâncio, o Museu da Limpeza Urbana já recebeu quase 4 mil visitantes. Anteriormente, o museu funcionava de forma permanente ao lado da Usina do P Sul, em Ceilândia. Mas a distância dificultava o acesso da população ao local, que apresenta um acervo de peças encontradas no lixo. Além das peças artesanais, há quadros que documentam a história do SLU no DF “Os números mostram que essa mudança foi uma decisão acertada, pois conseguimos deixar o museu mais próximo da população”, explica o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira. “Trouxemos parte do acervo para este novo espaço, e a ideia é que ele seja apresentado de forma itinerante em outros locais. É um local de educação ambiental também. As peças antigas trazem uma reflexão sobre o descarte correto de resíduos e também sobre a vida útil dos produtos.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Memória e informação No acervo, além das peças encontradas no lixo, há espaço para apresentar novos equipamentos e tecnologias utilizados na limpeza urbana do Distrito Federal – como os papa-lixos, papa-entulhos e papa-recicláveis. Além de conhecer uniformes dos garis usados ao longo dos anos, telefones e celulares antigos, quadros e fotografias das décadas de 1980 e 1990 com vários equipamentos de limpeza da época, os visitantes terão acesso a informações e novidades sobre a gestão de resíduos sólidos. O Museu da Limpeza Urbana fica no andar térreo do Venâncio Shopping, ao lado da praça de alimentação. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, com entrada gratuita. *Com informações do SLU
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Catadores são treinados para evitar doenças no trabalho
Um projeto desenvolvido pela Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o Instituto Federal de Brasília (IFB) e com apoio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), busca analisar e melhorar as condições de segurança e saúde dos trabalhadores de materiais recicláveis do Distrito Federal, especialmente em relação à prevenção de doenças respiratórias e contagiosas. Depois de um mapeamento inicial, essas instituições iniciaram um treinamento para 500 catadores de 11 cooperativas. A iniciativa integra o projeto Pare, Pense e Descarte, desenvolvido pela UnB. “Nosso objetivo é ajudar na proteção contra contaminação biológica, proveniente de vírus e bactérias, e também a contaminação química, proveniente de metal, resíduos plásticos e produtos químicos que eles podem manusear durante a triagem”, esclarece uma das idealizadoras do projeto e professora da UnB, Vanessa Cruvinel. A formação encerra no próximo dia 26, com a entrega dos diplomas. A meta agora é garantir que os catadores formados sejam multiplicadores dessa informação e repassem o aprendizado para os demais trabalhadores | Foto: Divulgação / SLU As aulas tiveram início no dia 12 de agosto e nesta semana a formação foi para os demais trabalhadores das cooperativas que mantêm contrato com o SLU. Todo treinamento é realizado no Complexo de Reciclagem, localizado na Cidade Estrutural. Os mediadores do curso são professores e estudantes da UnB e do IFB que receberam instruções de forma remota por representantes da organização Workplace and Health Without Borders, WHWB, do Canadá. O treinamento inclui a seleção e uso adequado das máscaras de proteção e demais equipamentos de segurança. O material utilizado para o treinamento foi desenvolvido para países em desenvolvimento pela International Society for Respiratory Protection (ISRP), traduzido para o português e adaptado à realidade técnica do Brasil. Um estudo realizado pelo projeto em 2017 com catadores que atuavam no antigo Lixão da Estrutural demonstrou que 14,3% dos catadores em Brasília declaravam ter algum tipo de doença respiratória. Análises de amostras de cabelo ainda indicaram níveis de metais nos trabalhadores. Além disso, pesquisas realizadas pelos catadores, revelaram altas concentrações de partículas em suspensão e bioaerossóis (são partículas de origem biológica suspensas no ar, tendo como importantes constituintes os fungos anemófilos). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A diretora da Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis (Centcoop), Leide Laura, agradeceu a iniciativa. “Achei excelente. Aprendi muito sobre o uso correto das máscaras. Uma informação que eu não sabia, por exemplo, é que as máscaras podem ser reutilizadas após um tempo e não devem ser lavadas nem com álcool ou mesmo com água”, afirma Leide referindo-se às máscaras modelo PFF2 e N95 que receberam durante o treinamento. A formação encerra no próximo dia 26, com a entrega dos diplomas. A meta agora é garantir que os catadores formados sejam multiplicadores dessa informação e repassem o aprendizado para os demais trabalhadores. * Com informação do SLU
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Cooperativa de catadores do Paranoá agradece apoio do GDF
Durante o encontro com representantes da cooperativa e da associação, um dos temas abordados foi a coleta seletiva| Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília Em agradecimento à parceria e ao apoio recebido do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), os presidentes da Cooperativa de Catadores do Paranoá/Itapoã e da Associação de Catadores Recicla Mais Brasil receberam o vice-governador, Paco Britto, nesta terça-feira (25), na sede da cooperativa no Paranoá. Acompanhado pela presidente da associação, Cristiane Pereira, Paco conheceu as instalações do galpão e da esteira onde o material reciclado é separado. “Graças a esse apoio, busca-se a manutenção da coleta seletiva em condomínios horizontais. Com isso, a gente consegue a preservação e a manutenção dos postos de trabalho dos catadores na cooperativa, por meio da coleta seletiva”, disse. Como vários outros colegas catadores locais, Cristiane começou o ofício nas ruas. “Meu marido e eu estávamos desempregados e, por necessidade, fomos para a rua catar latas, antes de existir a cooperativa”, revelou, acrescentando que, de 2011 a 2016, esse trabalho rendia R$ 100 mensais. Resolveu, então, procurar a administração regional e foi à luta, com a criação da cooperativa, para ajudar mais pessoas. Hoje, cada catador consegue tirar cerca de um salário mínimo e meio por mês. Paco Britto agradeceu à recepção e aos trabalhadores que estão na linha de frente da reciclagem, presentes ao evento, ratificando seu apoio. “Vocês estão trabalhando com dignidade. O que pode ser feito, eu farei. Mas quando não der, eu falarei também, e a gente tenta outro caminho”, resumiu. “O lixo é luxo”. O presidente da cooperativa, William Sousa Santos, também agradeceu o apoio do vice-governador. “Você [Paco Britto] conhece a nossa história desde quando atuávamos em uma tenda, que ficava em frente ao condomínio no Novo Horizonte [próximo ao Paranoá, às margens da BR-250]; sempre nos apoiou, e sabe que a luta da reciclagem não é fácil”, observou. Morador do Itapoã há quase seis anos, Francisco Dimas da Silva, 34 anos, concorda com William. Francisco começou como catador de lixo nas ruas, quando teve a oportunidade de trabalhar na cooperativa, em 2017. “Melhorou mais”, garantiu. Hoje, ele consegue ganhar de R$ 1,3 mil a R$ 1,4 mil mensais, como catador. De acordo com Cristiane, 80% do material que chega à cooperativa vem dos condomínios horizontais, a maioria do Jardim Botânico. Segundo ela, a luta é para que o projeto de coleta seletiva torne a capital um exemplo de sustentabilidade ambiental. Comitê Ao final do evento, Paco e a equipe do Comitê Todos Contra a covid distribuíram aos catadores 200 unidades de álcool gel de 450 ml, em mais uma ação contra ao coronavírus. Recicla [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Recicla Mais Brasil é uma instituição composta pela união de famílias de catadores do Paranoá (DF). Desde 2011, contribui oficialmente, no Distrito Federal, com ações pela valorização dos profissionais catadores e no processo de separação, triagem e reciclagem dos resíduos descartados. Além do Paranoá, a instituição atua no Itapoã e em seis grandes condomínios do Jardim Botânico. O projeto de reciclagem social, que combina ação ambiental e social no Paranoá e no Itapoã, visa ao aumento real de renda para catadores da cidade e suas famílias.
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Atenção aos riscos do descarte de materiais perigosos
Um incidente ocorrido há um mês reforçou a necessidade de alertar as cooperativas e a população sobre cuidados para evitar danos aos catadores | Foto: Renato Raphael/Sedes Há menos de um mês, um incidente no galpão de triagem de materiais recicláveis do Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (Scia) quase colocou em risco a saúde dos catadores que trabalham no local. [Numeralha titulo_grande=”15 ” texto=”acidentes de trabalho foram registrados em 2020 nas instalações de recuperação de resíduos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Uma substância foi inalada por alguns trabalhadores, que começaram a passar mal, com crises de tosse e mal-estar. O Corpo de Bombeiros foi acionado. Não houve danos sérios à saúde dos atingidos, mas o incidente reforçou a necessidade de alerta à população sobre o descarte correto de determinados tipos de materiais recicláveis, especialmente medicamentos e perfurocortantes. Por isso, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) realiza um trabalho preventivo junto às cooperativas de reciclagem para evitar esse tipo de ocorrência. O engenheiro de Segurança do Trabalho do SLU, Pedro Magalhães, explica que os gestores realizam visitas regulares nas cooperativas para fiscalizar se fazem uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e orientar sobre procedimentos. Em 2020 houve 15 acidentes de trabalho nas instalações de recuperação de resíduos do SLU, porém nenhum deles incapacitou o catador ou levou a óbito. A maioria foi causada por materiais perfurocortantes. “A gente oferece treinamento para uso correto dos equipamentos e, caso a gente verifique que os equipamentos não estão sendo utilizados ou estão sendo utilizados de forma irregular, a gente se reúne com a cooperativa para orientar, informar e reforçar a importância desse tipo de procedimento. Com a pandemia, redobramos os cuidados”, explica o engenheiro. [Olho texto=”“Existe um passo a passo de como proceder em casos de incidentes, isso inclui fazer a evacuação do espaço e acionar o Corpo de Bombeiros imediatamente, como aconteceu no Scia” ” assinatura=”Pedro Magalhães, engenheiro de Segurança do Trabalho do SLU” esquerda_direita_centro=”direita”] Equipamentos Os equipamentos de segurança incluem luvas que protegem as mãos de materiais perfurocortantes, uniforme de manga comprida e calça, calçado fechado tipo bota, óculos ou face shield para proteção dos olhos, além da máscara de proteção facial. Além do uso correto dos EPIs, o SLU também apoia as cooperativas na elaboração do Plano de Contingência e Emergência, que orienta procedimentos para casos de acidentes, como o que ocorreu no galpão do SCIA. “Temos uma parceria importante com a Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde do DF, e também do Corpo de Bombeiros para elaboração desse plano, além de treinamento e orientação dos catadores. Existe um passo a passo de como proceder em casos de incidentes, isso inclui fazer a evacuação do espaço e acionar o Corpo de Bombeiros imediatamente, como aconteceu no SCIA”, explica Pedro Magalhães. Segundo o presidente da cooperativa Recicle a Vida, Cleusimar Andrade, os principais acidentes acontecem pelo acondicionamento errado de vidro, espelho, seringas e medicamentos. “Infelizmente acontece. A gente tenta tomar todo cuidado, mas nem sempre conseguimos evitar. É preciso conscientização. As pessoas devem embalar vidros em jornais ou papelão e, se possível, identificar a embalagem. Isso pode evitar muitos acidentes, não só dos catadores na triagem, mas também dos coletores que estão nas ruas”, explica. [Olho texto=”Dica: você também pode identificar no saco de lixo que ali há um resíduo cortante, assim o coletor e outras pessoas que manusearão o saco ficarão cientes dos riscos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Orientações on-line No site do SLU, é possível encontrar as principais orientações sobre descarte correto e pontos de entrega para materiais específicos. Resíduos da saúde, eletroeletrônicos e vidros fazem parte da chamada Logística Reversa, cujo descarte deve ser de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. Para saber os pontos de entrega, acesse o link. Dicas Essas são as principais dicas do SLU para o descarte correto: [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Embrulhe os pedaços de vidro, espelho, ampolas e outros perfurocortantes em jornais, papelões, caixas de sapatos, garrafas pet ou até caixas de leite; Se possível, identifique o tipo de material naquela embalagem, para o catador manusear com cuidado; Você também pode identificar no saco de lixo que ali há um resíduo cortante, assim o coletor e outras pessoas que manusearão o saco ficarão cientes dos riscos; Pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos devem ser entregues em pontos de coleta no comércio; e medicamentos vencidos e seringas, em farmácias ou postos de saúde; Coloque o lixo em sacos resistentes e bem fechados; Recicláveis podem também ser entregues nos papa-entulhos. *Com informações do Serviço de Limpeza Pública
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Projetos garantem novos equipamentos
Cerca de 500 trabalhadores já atuam no Complexo Integrado de Reciclagem desde o início de dezembro, mês em que a renda de cada um se aproximou de um salário-mínimo | Renato Alves/Agência Brasília O Governo do Distrito Federal vai executar, ao longo de 2021, três projetos para a compra de equipamentos para o trabalho realizado no Complexo Integrado de Reciclagem (CIR/DF). A Secretaria de Meio Ambiente (Sema), realiza a gestão compartilhada do Complexo, junto com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop) e associações de catadores que atuam no local. De acordo com a subsecretária substituta de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema, Elisa Meirelles, com as aquisições, o trabalho dos catadores será melhorado e incrementado, o que vai possibilitar o aumento da renda dos cerca de 500 trabalhadores que já atuam no local desde o início de dezembro, quando o complexo foi inaugurado. Este número aumentará nos próximos meses. O empreendimento engloba, em uma área de 80 mil m2, duas Centrais de Triagem e Reciclagem (CTRs) e uma Central de Comercialização (CC). Os catadores trabalham na recepção, triagem, classificação, prensagem, armazenamento e comercialização dos materiais recicláveis advindos da coleta seletiva. A projeção é que, quando a operação atingir sua capacidade máxima, sejam processadas até 5 mil toneladas de resíduos recicláveis por mês. De acordo com Elisa, no primeiro mês de atuação o Complexo reciclou cerca de 200 toneladas e a renda de cada catador se aproximou de um salário-mínimo ficando, em média, R$ 914. A expectativa com a chegada dos equipamentos é de aumento dos ganhos obtidos. “A pasta vem realizando semanalmente avaliações internas de controle das atividades do CIR. Na semana passada, fizemos uma visita técnica e conversamos com representantes da Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop) no sentido de integrar as atividades dos projetos que serão executados esse ano para aquisição de equipamentos, um deles com o BNDES, outro com o Ministério do Meio Ambiente, com recursos de emenda parlamentar da deputada Flávia Arruda, um com a Funasa – Fundação Nacional de Saúde, e outro com a emenda parlamentar da deputada Bia Kissis”, explica. Pela Sema, participaram da conversa, além de Elisa Meireles, o diretor administrativo, Carlos Magno e o coordenador de Implantação da Política de Resíduos Sólidos, Glauco Amorim e pela Centcoop, a presidente, Aline Souza e os diretores Lúcia Fernandes, que também preside a cooperativa Coorace, e Sinomar Alves. Lúcia Fernandes ressaltou que a sua expectativa é de que a renda de cada catador chegue entre R$ 1,5 e 2 mil por mês. Nós temos capacidade de ganhar esse valor e de fazer o CIR crescer cada vez mais com os equipamentos que vamos receber. Eu tenho fé que a gente vai chegar lá”, afirma. Para tanto, ela defende a participação cada vez maior da população na coleta seletiva. “Queria que as pessoas fossem mais conscientes. Às vezes a população do DF não tem noção de quantos catadores, de quantas famílias sobrevivem do material reciclado e é desse benefício, desse material, que a gente pode estar sustentando várias famílias”, diz. De acordo com Lúcia, se tiver coleta seletiva “de verdade”, a renda vai melhorar cada vez mais. “A gente recebe resíduo de tudo quanto é lugar do DF e nossa vida vai melhorar se a população tiver essa consciência de separar seu resíduo e entender que por trás desse material, que muitos continuam vendo como lixo, há um trabalho com matéria-prima e uma contribuição para o meio ambiente, gerando menos poluição”, diz. [Olho texto=”Queria que as pessoas fossem mais conscientes. Às vezes a população do DF não tem noção de quantos catadores, de quantas famílias sobrevivem do material reciclado e é desse benefício, desse material, que a gente pode estar sustentando várias famílias” assinatura=”Lucia Fernandes, diretora da Centcoop” esquerda_direita_centro=”centro”] Aline Souza, também sonha com o maior engajamento das pessoas na coleta seletiva. “Peço que a população se atente aos dias e horários de coleta e consiga dar condição digna para os catadores, por meio desse ato simples e rápido”, afirma. Ela aconselha, ainda, que cada um se importe com o resíduo que adquiriu. “O resíduo que você descarta hoje é provedor de cidadania, dignidade, trabalho e renda para várias famílias” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Complexo Integrado de Reciclagem As centrais de triagem, de 2,8 mil m² cada, recebem os resíduos que vêm da coleta seletiva. Nelas, o material é separado, classificado, pesado, prensado e então transportado para a central de comercialização, onde ocorrem o beneficiamento, estocagem e comercialização. Já a Central de Comercialização de Materiais Recicláveis recebe o material pré-selecionado para beneficiamento dos materiais advindos tanto das centrais de triagem quanto das demais cooperativas de catadores do DF ligados à rede Centcoop-DF. A obra do Complexo foi executada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), sendo o contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) administrado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Já o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) é responsável pela gestão compartilhada do CIR com a Sema e Centcoop e as associações de catadores que atuam no local. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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DF ganha um dos mais modernos centros de reciclagem do país
O Complexo Integrado de Reciclagem do Distrito Federal será capaz de processar até 5 mil toneladas de lixo por mês, com aparelhos de última geração e o trabalho de dois mil catadores | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Foi inaugurado nesta quarta-feira (2) o Complexo Integrado de Reciclagem do Distrito Federal (CIR/DF). O espaço, que ocupa uma área de 80 mil m² na Cidade Estrutural, é um dos mais modernos equipamentos públicos para reciclagem de resíduos do país. Nesse primeiro momento, cerca de 2 mil empregos para catadores estão sendo criados para trabalhar no centro de reaproveitamento, capaz de processar até 5 mil toneladas de lixo por mês. Na obra, o governo investiu R$ 21 milhões. O Complexo de Reciclagem dispõe de duas centrais de triagem e reciclagem (CTRs) e uma Central de Comercialização (CC). No primeiro ponto, os resíduos são recebidos da coleta seletiva; passam então pelo processo de separação, classificação, pesagem e prensa. Depois, o material segue para a Central de Comercialização, onde ocorre o processo de beneficiamento, estocagem e comercialização. Todo o trabalho é feito com aparelhos de última geração e instalações com acessibilidade. A obra foi executada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), sendo o contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) administrado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). No entanto, a gestão do complexo será compartilhada entre o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Sema, a Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop) e as associações de catadores, que vão atuar no local. Durante a inauguração do complexo, os gestores do DF destacaram o cunho socioambiental da grandiosa obra. “O Complexo de Reciclagem tem um apelo social forte, porque vão ser quase mil famílias trabalhando aqui. Famílias que estavam desalojadas e sem trabalhar. Essas pessoas vão ganhar dignidade com as cooperativas que vão trabalhar aqui. Este local será referência nacional como o maior centro de reciclagem do país”, destaca o governador Ibaneis Rocha. A presidente da Centcoop, Aline Sousa da Silva, ressalta que a construção do Complexo de Reciclagem sempre foi a esperança de quem trabalhava no antigo Lixão da Estrutural. “Ele vai representar dignidade, melhores condições de trabalho e de renda”, resume. “A esperança continua. Não queremos deixar ninguém de fora”. [Olho texto=”Este local será referência nacional como o maior centro de reciclagem do país” assinatura=”Ibaneis Rocha, governador” esquerda_direita_centro=”centro”] Reciclagem de vidro e plástico A inauguração do complexo representa um grande avanço no ciclo de reciclagem do DF. Com a estrutura que dispõe hoje, o centro será capaz de separar o vidro por cor, descontaminá-lo e triturá-lo para comercialização. Esta etapa não era feita até então e significa um grande passo para que o ciclo completo deste tipo de material ocorra. Com a aquisição de uma linha de reciclagem, prevista para 2021, o vidro passará por todas essas etapas citadas e ainda será transformado para virar embalagem novamente ou ser usado, por exemplo, na construção civil ou até na sinalização de trânsito. O valor de venda do produto vai aumentar e somar aos esforços das iniciativas existentes hoje no DF de empresas particulares. Também em 2021, o centro ganhará uma linha de reciclagem para o plástico. Ele poderá ser lavado, descontaminado e transformado em pequenas partículas, o que agrega valor em sua venda e pode representar um ganho de até dez vezes no valor do produto. Impacto sócio-econômico O Complexo de Reciclagem trabalha quatro vertentes fundamentais para o melhor uso dos resíduos e da coleta seletiva no DF: técnica, econômica, social e ambiental. O caráter técnico visa a recuperação desses rejeitos, de materiais que iriam para o aterro e, com a nova estrutura, voltam para a cadeia produtiva de reciclagem. A questão econômica e social diz respeito à contratação de catadores, a geração de renda e a rentabilidade no mercado de reciclagem. Não menos importante, a causa ambiental também ganha destaque. Afinal, os resíduos deixam de ser enterrados. Para o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, a obra é importante porque vai “desafogar o aterro sanitário, dando sobrevida a ele. É importante também pela questão social, dando tranquilidade a 750 famílias. Teremos maquinário para tratamento de vidro, que não tem em Brasília, e de plástico, para que eles possam vender esses produtos a um preço melhor”. “É uma obra de enorme alcance social que vai garantir o sustento de quase mil catadores, beneficiando, portanto, direta ou indiretamente, mais de três mil pessoas, além de garantir maior sobrevida do Aterro Sanitário de Brasília”, acrescenta Rômulo Barbosa, diretor-adjunto do SLU. “O Serviço de Limpeza Urbana está fazendo sua parte na organização, no acompanhamento técnico e espera que agora, com o gerenciamento direto por parte das cooperativas, que esse empreendimento seja exemplo, até porque já é, para todo o Brasil”, completa. “Muitas dessas pessoas eu vi passando fome e catando lixo para ter o que comer. Estou orgulhosa de fazer parte desse momento, da entrega deste Complexo. Isso aqui é apenas o começo de uma bela e longa trajetória”, disse a deputada federal Flávia Arruda, que colaborou com emendas parlamentares para o desenvolvimento do centro de reciclagem. [Olho texto=”É uma obra de enorme alcance social que vai garantir o sustento de quase mil catadores, beneficiando, portanto, direta ou indiretamente, mais de três mil pessoas, além de garantir maior sobrevida do Aterro Sanitário de Brasília” assinatura=”Rômulo Barbosa, diretor-adjunto do SLU” esquerda_direita_centro=”centro”] Gestão integrada O coordenador de implementação da Política de Resíduos Sólidos da Sema, Glauco Amorim, explica que a infraestrutura será fundamental para a gestão integrada de resíduos sólidos. “O Complexo de Reciclagem vai garantir a destinação correta dos materiais recicláveis, reinserindo-os na cadeia produtiva, minimizando as demandas por matérias-primas e reduzindo os impactos ambientais da produção”, afirma. Por meio do SLU, o GDF mantém 29 contratos com 22 cooperativas e associações, envolvendo 908 catadores de recicláveis que atuam na prestação de serviços de coleta seletiva e triagem. O órgão será responsável por gerir a operação do Complexo de Reciclagem junto às cooperativas e associações de catadores. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “É um avanço muito importante na gestão de resíduos sólidos do DF”, analisa o presidente do SLU, Jair Tannús. “Com o Complexo de Reciclagem, vamos fortalecer a coleta seletiva e as cooperativas de catadores na destinação correta dos recicláveis. O SLU e as cooperativas trabalharão juntos para aproveitar e gerir o novo espaço da melhor forma possível.” Inicialmente, o Complexo de Reciclagem contará com a atuação de 450 a 500 catadores de materiais recicláveis contratados, integrantes das cooperativas Ambiente, Coorace, Coopernoes, Construir e Recicla Brasília, todas elas ligadas à Centcoop-DF, que possui a cessão da área. Projeção Os profissionais serão os responsáveis pelo funcionamento do complexo, atuando na recepção, triagem, classificação, prensagem, armazenamento e comercialização dos materiais recicláveis advindos da coleta seletiva. A projeção é que, quando a operação atingir sua capacidade máxima, sejam processadas até 5 mil toneladas de resíduos recicláveis por mês. A escolha das entidades foi feita por meio de seleção baseada nos critérios de manifestação de interesse, existência de contrato de triagem com o SLU, fazer parte da Rede Centcoop-DF e, preferencialmente, ser oriunda do antigo Lixão da Estrutural, local que hoje sedia a Unidade de Recebimento de Entulho (URE) do SLU. Por meio do SLU, o GDF mantém 29 contratos com 22 cooperativas e associações, envolvendo 908 catadores de recicláveis que atuam na prestação de serviços de coleta seletiva e triagem | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Investimentos Do total de R$ 53 milhões do programa de fechamento do lixão, R$ 21 milhões foram destinados às obras físicas do complexo. O restante do valor será destinado à compra de equipamentos, materiais de operação, assessoria técnica e capacitação de catadores e aos outros centros de triagem já em operação. As unidades foram erguidas em estrutura metálica com alvenaria e contam com dois pavimentos. O superior abrigará esteiras de separação, compartimentos para lançamento dos resíduos não aproveitados e silos de armazenagem do material bruto. No térreo funcionarão as áreas de prensagem, separação secundária, armazenamento do resíduo separado e depósito de material. Além do galpão de triagem e a área de administração, os catadores contarão com refeitório, vestiário com armários, banheiros e chuveiros, sala multiuso e equipamentos de segurança individual. A obra ainda envolve 5 mil m² de calçadas e redes de captação de águas pluviais.
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Vidros podem ser reutilizados. Colabore
Diferentes locais já possuem pontos de coleta instalados: cidade cresce em sustentabilidade | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília O descarte do vidro de maneira correta e sustentável vem se tornando uma realidade no Distrito Federal. Como o material é 100% reciclável, sua reutilização vem sendo incentivada em pontos de entrega voluntária (PEVs), como aquele que, desde o início deste mês, se encontra na sede Administração Regional do Plano Piloto, no Setor Bancário Norte (SBN). Esse contêiner já recebe potes, garrafas e outras embalagens de vidro de forma segura. Foi instalado por meio de parceria com a Green Ambiental, umas das empresas que disponibilizam o equipamento e encaminham o material para reciclagem. Diversos restaurantes e supermercados também já colocaram seus PEVs. O GDF, no entanto, tem um projeto maior, que é o de reciclar todo o vidro descartado “dentro de casa”. Para isso, avançam as obras do Complexo de Reciclagem do Distrito Federal, próximo à Vila Estrutural, que terá equipamentos modernos destinados a processar vidro e plástico em larga escala, com uma previsão de até 5 mil toneladas por mês. Geração de empregos “O resíduo vítreo é um dos materiais recicláveis que serão desviados do aterro sanitário de Brasília e terão uma destinação final ambientalmente adequada, gerando trabalho, renda e benefícios ambientais”, explica o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho. [Numeralha titulo_grande=”750 ” texto=”Estimativa de postos de trabalho a serem criados a partir do Complexo de Reciclagem” esquerda_direita_centro=”direita”] Uma vez concluído, o empreendimento vai possibilitar a criação de mais de 750 postos de trabalho para catadores de materiais recicláveis. Eles poderão atuar nas duas centrais de triagem e reciclagem (CTRs) e na Central de Comercialização (CC) do complexo. É um passo largo que o DF dá para garantir o tratamento adequado ao vidro. Como ainda não há usinas para a reciclagem de vidro na capital federal, boa parte do descarte desse material ainda segue para o Aterro Sanitário de Brasília. Enquanto isso, cidadãos e empresas conscientes da importância de cuidar do meio ambiente utilizam, com frequência, os pontos de coleta. “O vidro é um dos itens que mais pesam no lixo, e não deveria ser depositado no aterro sanitário – sem contar que, se descartado de forma irregular, pode trazer problemas de saúde para quem faz a coleta e a separação do lixo”, adverte a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro. “Lixo escondido” No site da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) pode ser encontrada a relação dos pontos para depósito de materiais de logística reversa – aqueles que devem voltar à cadeia produtiva. O vidro é um desses itens. Basta clicar no mapa e selecionar o local mais próximo para o descarte. A assessora especial do SLU, Andrea Portugal, destaca que boas práticas para o descarte correto do vidro são importantes para a preservação ambiental e garantem seu retorno para a cadeia produtiva. “Se você faz a escolha do vidro ao comprar uma bebida, por exemplo, você também deve fazer o descarte correto”, orienta. “O vidro vira um pó de areia, um processo mais simples que o tratamento do plástico. Por isso, vamos colocar o vidro no lugar correto”. O vidro descartado no meio ambiente pode levar até um milhão de anos para se decompor. Passa a ocupar, na natureza, um espaço que é desperdiçado, pois poderia ser utilizado para a fabricação de outros produtos. “Uma tonelada de vidro vira novamente uma tonelada do material, mas percebemos que as pessoas não observam o que têm dentro de seu lixo, como se o volume estivesse ‘escondido’”, pontua a gerente de resíduos sólidos da Sema, Isadora Lobão. “Cada um deve fazer sua parte nesse processo.”
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Pagamento do auxílio calamidade a catadores
O Governo do Distrito Federal (GDF) pagou, nesta terça-feira (8), o benefício calamidade às cooperativas de catadores. Trinta e quatro entidades, que representam 1.156 profissionais, receberam a autorização para saque do benefício, no valor de R$ 408. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) é a responsável pela gestão do auxílio, que teve neste mês de setembro a folha de pagamento de R$ 471.648,00. Para evitar aglomeração, somente os responsáveis pelas entidades compareceram ao Anexo do Palácio do Buriti e em horários escalonados para a retirada do recurso. “O governo precisou reorganizar, junto com as cooperativas, a lista de beneficiários para que o benefício fosse pago aos catadores, já que num primeiro momento as documentações estavam incompletas”, afirma a subsecretária de Assistência Social, Kariny Alves. O cadastro dos catadores de materiais recicláveis foi feito pela Secretaria de Relações Institucionais, em parceria com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e Secretaria de Relações Institucionais, da Casa Civil, que formam o Comitê Gestor Intersetorial para a Inclusão Social e Econômica de Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis do DF (CIISC/DF). Neste mês, 36 famílias vão receber a primeira parcela do benefício; Outras 241 famílias vão receber a segunda parcela, e 879 famílias vão receber a terceira parcela, totalizando R$ 1.224 das três parcelas de R$ 408. A iniciativa adotada pelo GDF tem objetivo amenizar os impactos causados pelas medidas restritivas de combate à proliferação da Covid-19. O benefício vai atender aquele trabalhador que estava em plena atividade, porém, por conta da necessidade de isolamento social, teve de suspender seus serviços de coleta. Benefício O Auxílio Calamidade ou Auxílio em Situação de Desastre ou Calamidade Pública é uma modalidade de Benefício Eventual. Sua concessão ocorre em casos de desastre ou calamidade pública declaradas oficialmente pelo Governo do Distrito Federal, e reconhecido pelo governo federal. São três parcelas no valor de R$ 408. O benefício eventual está previsto na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), e é oferecido aos cidadãos e às suas famílias que não têm condições de arcar por conta própria com o enfrentamento de situações adversas ou que fragilize a manutenção do cidadão e sua família. Para solicitar o auxílio, o cidadão deve procurar as unidades da Assistência Social, como os Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). A oferta desses benefícios também pode ocorrer por meio de identificação de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade nos atendimentos feitos pelas equipes da Abordagem Social. *Com informações da Sedes
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Coleta seletiva retorna em mais 5 regiões nesta quarta (22)
As regiões do Cruzeiro Novo, Sudoeste/Octogonal, Lago Norte (CA), Sobradinho II e parte do Plano Piloto voltam a ter coleta seletiva a partir desta quarta-feira (22). Nessas localidades, o serviço é prestado pela empresa Valor Ambiental, que teve seu plano de segurança e prevenção de riscos aprovado pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde e pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Além das 11 cooperativas de catadores que já retornaram a coleta seletiva em outras 15 regiões, o SLU também conta com a prestação do serviço das três empresas de limpeza urbana que mantém contratos com o órgão. Todas tiveram que apresentar seu plano de segurança e prevenção de risco para retomar a coleta seletiva no DF. Por enquanto, a Valor Ambiental foi aprovada e segue gradualmente seu cronograma para garantir que as medidas de segurança sejam cumpridas corretamente. Isso inclui uma série de critérios exigidos para segurança dos trabalhadores, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento físico. O material da coleta seletiva realizada pelas empresas é entregue para as cooperativas que atuam dentro dos galpões de triagem do SLU. Portanto, com a retomada das operações da Valor Ambiental na coleta seletiva, as cooperativas de triagem Recicla Brasília, Coorace e Ambiente retornam às atividades. Para a volta da coleta seletiva, a Valor Ambiental realizou uma série de treinamentos com seus funcionários – como, por exemplo, a higienização correta das cabines, higienização das máscaras, manuseio de sacos de resíduos e higienização correta das mãos. Segundo o assessor técnico do SLU, Francisco Mendes, que coordena a avaliação dos planos de segurança para retomada da coleta seletiva, as demais empresas que prestam esse serviço no DF (Suma e Sustentare) já estão com os planos de segurança e prevenção de riscos em análise. “Tão logo sejam aprovados, será autorizada a volta das operações nas demais regiões do DF”. É bom ressaltar que, no Plano Piloto, a retomada acontece apenas nas quadras 700 e 900 da Asa Sul e 700 da Asa Norte, além das Vilas Telebrasília e Planalto, Setor Militar Urbano, SAAN, Shopping Popular e Setor Policial Sul. Para saber os dias e horários que o caminhão da coleta passa nessas e demais regiões que já retomaram a prestação desse serviço, basta entrar no www.slu.df.gov.br , na aba Dias e horários das coletas. * Com informações do SLU
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