Selo reconhece iniciativas de combate ao fumo
No Dia Nacional de Combate ao Câncer, nesta quinta-feira (27), a Secretaria de Saúde (SES-DF) entregou o Selo Equipes Inovadoras no Controle do Tabagismo, criado para reconhecer iniciativas que ajudam pessoas a largar o vício. O evento, realizado na Escola de Governo do Distrito Federal, destacou a relevância do trabalho de equipes multiprofissionais e de abordagens integradas para ampliar a efetividade dos tratamentos. “É muito difícil fazer as pessoas pararem de fumar se não usarmos ferramentas inovadoras. Essas equipes trouxeram muitas coisas novas, criativas, formas de fazer diferente. Isso faz toda a diferença na adesão ao tratamento desses pacientes”, explica a gerente de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde da SES-DF, Melquia da Cunha Lima. Cada proposta foi avaliada em 19 critérios distintos, indo desde a originalidade ao uso de canais de comunicação apropriados. A SES-DF conta hoje com mais de 84 unidades que promovem ações de combate ao tabagismo, incluindo tanto os cigarros tradicionais quanto às novas formas do vício, como os cigarros eletrônicos, os vapes e os pods. Tratamento integrado A Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 de São Sebastião foi selecionada como a experiência de maior destaque. O trabalho desenvolvido pela equipe alcançou adesão de quase 100% dos pacientes nas quatro primeiras semanas e 58% conseguiram atingir abstinência total no período. Objetivo da premiação foi reconhecer iniciativas de sucesso no tratamento do tabagismo e promover a replicação em unidades de saúde do DF | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Para isso, a equipe combina conhecimento científico, compreensão da realidade local e criatividade para ajudarem os pacientes a largarem o tabagismo. “Muitas pessoas têm o cigarro como um companheiro, por isso, não é fácil de largar”, explica a farmacêutica Fernanda França, uma das servidoras das UBS 3 de São Sebastião. O grupo de tabagismo se caracteriza por ser aberto à comunidade e misturar tanto pacientes no início de tratamento quanto aqueles que já estão em abstinência. Além de ações de educação em saúde, com explicações claras sobre os malefícios do fumo, há a escuta qualificada e atividades que dão protagonismo ao fumante. Há, por exemplo, o Diário Tabágico, em que a pessoa registra todos os seus cigarros, com detalhes sobre o que estava fazendo, qual era o horário e seus sentimentos. É promovida ainda a “cápsula do tempo”, em que o próprio paciente registra seus pensamentos no início do tratamento e os recupera na fase final. Destaque ainda para a ação em que cada um pode, livremente, registrar o que o cigarro tirou de si. “Houve o caso de uma mulher que fumava escondida dos filhos. E ela notou que o cigarro a afastava deles”, conta a farmacêutica. [LEIA_TAMBEM]A UBS 3 de São Sebastião oferta, ainda, a auriculoterapia, também chamada de terapia auricular, uma especialidade da acupuntura que faz parte do programa de Práticas Integrativas em Saúde (PIS) da SES-DF. A técnica usa pinças, sementes de mostarda, esparadrapo e placas especializadas para agrupar as sementes em pontos da orelha, com foco em proporcionar alívio de patologias físicas e emocionais. Medicamentos para o tratamento de tabagismo ou de outras doenças associadas são utilizados na UBS premiada. Também há o “kit fissura”, um conjunto de itens que podem ser usados para tentar contornar a vontade de voltar ao tabagismo. Experiências de sucesso Durante a entrega do selo, essa abordagem múltipla foi elogiada pela gerente do Componente Básico de Assistência Farmacêutica da SES-DF, Fernanda Duarte. “Não há como cessar o tabagismo sem a parte cognitiva comportamental. O paciente tem que sentir que está participando do processo”, explica. Já a coordenadora do Comitê de Enfrentamento ao Tabagismo da SES-DF, Carolina Gerald, destacou a importância do compartilhamento de experiências. “É positivo ter essa iniciativa de premiação para haver reconhecimento dos trabalhos e para que as experiências sejam replicadas”, acrescentou. Além da UBS 3 de São Sebastião, também foram reconhecidas as iniciativas da UBS 1 do Riacho Fundo, UBS 2 de Sobradinho, UBS 1 do Lago Norte, UBS 12 de Samambaia, UBS 2 de Taguatinga, UBS 2 do Guará, UBS 7 de Santa Maria e UBS 2 de Brazlândia. Foram apresentadas múltiplas estratégias, como a “farofa da fissura”, “meditação com uva passa”, dinâmica da ambivalência, troca de bebidas de associação positiva e a biodança, dentre outras. Houve ainda a premiação do programa Livres da Fumaça, desenvolvido pela Secretaria de Educação do DF em escolas, com envolvimento de alunos, famílias e servidores. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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GDF promove ciclo de debates sobre tabagismo e uso de cigarros eletrônicos
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) promoveu, nessa segunda-feira (15), o 2º Ciclo de Prevenção à Dependência Química (CPDQ). O encontro ocorreu no auditório Neusa França, na sede da pasta, e abordou os impactos do tabagismo e do uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), como os cigarros eletrônicos, na saúde física, mental e no ambiente de trabalho. O evento fez parte da programação da Semana de Prevenção ao Uso de Drogas no DF, de 15 a 19 de setembro. Enfrentamento ao tabagismo exige a união de esforços entre diferentes órgãos do governo, como a Diretoria de Qualidade de Vida da SEEDF, a Subsaúde da Secretaria de Economia e a Secretaria de Saúde | Foto: Mary Leal/Ascom SEEDF A subsecretária de Gestão de Pessoas (Sugep) da SEEDF, Ana Paula Aguiar, destacou que o enfrentamento ao tabagismo e às demais formas de dependência química exige a união de esforços entre diferentes órgãos do governo. “Hoje, temos a Diretoria de Qualidade de Vida e de Atendimento e Apoio ao Estudante, a Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde) da Secretaria de Economia e a Secretaria de Saúde trabalhando juntas. Todos nós estamos engajados para enfrentar o tabagismo e o uso de drogas”, ressaltou. Já a diretora de Assessoria de Qualidade de Vida e Bem-Estar no Trabalho (ASQVT) da SEEDF, Fernanda Patrícia Pereira, explicou que o ciclo integra o Programa de Saúde Mental no Trabalho e de Prevenção à Dependência Química (Prodeq), que tem como objetivo promover ações preventivas para profissionais da educação. “É um espaço de acolhimento e de orientação para que os servidores possam identificar riscos, conhecer estratégias de cuidado e fortalecer sua qualidade de vida no ambiente laboral”, afirmou. A diretora de Qualidade de Vida da SEEDF, Fernanda Patrícia Pereira, destacou que o ciclo integra o Programa de Saúde Mental no Trabalho e de Prevenção à Dependência Química (Prodeq) | Foto: Mary Leal/Ascom SEEDF O tabagismo e o uso de dispositivos eletrônicos ganharam relevância diante do dado do Boletim Epidemiológico de 2024 da Secretaria de Saúde do DF, que aponta a capital federal como a unidade da federação com maior consumo de cigarros eletrônicos entre adultos, com índice de 5,7%. Programa de acolhimento O psicólogo Paulo Eduardo Barcelos explicou que o Programa de Prevenção à Dependência Química é parte do Programa de Saúde Mental no Trabalho, instituído pela Portaria nº 1.120/2024, e está disponível para todos os profissionais da educação. “É um espaço para o servidor que enfrenta problemas relacionados ao uso de álcool ou outras drogas ser acolhido, orientado e, quando necessário, encaminhado para a nossa rede de apoio, que inclui a Secretaria de Saúde, clínicas-escola, Subsaúde e grupos como Alcoólicos Anônimos”, destacou Paulo. Segundo ele, o atendimento é sigiloso e pode ser solicitado de forma simples. “O servidor efetivo pode abrir o processo diretamente pelo SEI. Nosso objetivo é resgatar o papel profissional desses trabalhadores, inclusive em situações de vulnerabilidade social”, explicou o psicólogo. Ele acrescentou que os professores temporários podem entrar em contato pelo WhatsApp (61) 3318-2866 para a abertura de processo sigiloso internamente, garantindo o apoio a todos. Palestras e debates A Secretaria de Saúde do DF trouxe um panorama epidemiológico do tabagismo e as políticas públicas para conter o uso de cigarros convencionais e eletrônicos. A médica Amanda Sofia Mascarenhas, da Gerência de Promoção à Saúde do Servidor (Subsaúde), conduziu a palestra “Escolhas que Transformam”, abordando a influência do tabagismo nos hábitos de vida e na carreira profissional. Amanda Sofia reforçou que a mudança de hábitos é essencial para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida. “Quando conseguimos reduzir ou eliminar o uso de substâncias tóxicas, como cigarro e vape, impactamos positivamente todos os outros pilares do bem-estar, como sono, alimentação, relacionamentos e desempenho no trabalho”, explicou a especialista, alertando para os riscos desconhecidos e potencialmente graves do uso de cigarros eletrônicos. “Quando conseguimos reduzir ou eliminar o uso de substâncias tóxicas, como cigarro e vape, impactamos positivamente todos os outros pilares do bem-estar, como sono, alimentação, relacionamentos e desempenho no trabalho” Médica Amanda Sofia Mascarenhas, da Gerência de Promoção à Saúde do Servidor (Subsaúde) A psicóloga Anai Haeser Pena, da Diretoria de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante (Diase/SEEDF), falou sobre a prevenção ao uso de vape entre estudantes, e o impacto desse hábito no trabalho do docente. Anai chamou a atenção para o crescimento do uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes, e as implicações para a escola e para a saúde pública. “O vape já é considerado uma doença pediátrica, porque muitos jovens começam a usar esses dispositivos muito cedo e desenvolvem dependência química rapidamente. Nas escolas, usamos palestras gamificadas e o protagonismo estudantil para que os próprios alunos possam conscientizar os colegas e incentivá-los a buscar ajuda, tornando-os agentes de transformação”, explicou a psicóloga. Compromisso institucional Para a SEEDF, o evento reforça o compromisso com o bem-estar e a valorização dos servidores. “Quando cuidamos da saúde mental e prevenimos hábitos nocivos, estamos contribuindo para que o trabalho na educação seja mais saudável e produtivo”, completou a diretora da ASQVT, Fernanda Patrícia. A Subsecretaria de Gestão de Pessoas e o Comitê Permanente do Programa de Saúde Mental no Trabalho da SEEDF estão à disposição para mais esclarecimentos pelo e-mail cprosm.sugep@se.df.gov.br. *Com informações da Secretaria de Educação
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Agosto Branco conscientiza sobre o câncer de pulmão e alerta para os perigos do tabaco
Considerado a principal causa de morte evitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é responsável por aproximadamente 50 tipos de doenças, incluindo não apenas o câncer de pulmão, mas também enfisema pulmonar e bronquite crônica. O Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, estima que, entre 2023 e 2025, haverá cerca de 32.560 novos casos por ano de câncer de pulmão, brônquio e traqueia. O tabagismo é responsável por aproximadamente 50 tipos de doenças, como câncer de pulmão, enfisema pulmonar e bronquite crônica | Fotos: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF O chefe da Assessoria de Prevenção e Controle do Câncer da Secretaria de Saúde (SES-DF), Gustavo Ribas, destaca a importância da ação. “A campanha Agosto Branco visa promover a saúde, incentivando políticas de combate ao tabagismo e a conscientização sobre a prevenção dos fatores de risco para o câncer de pulmão. Cerca de 86% dos casos de câncer de pulmão estão diretamente relacionados ao tabagismo”, afirma. A SES-DF dispõe de um Programa de Controle do Tabagismo que segue as orientações da Coordenação Nacional do Programa de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Esta iniciativa inclui ações de controle do tabagismo por meio de informações e mobilização sobre seus malefícios, além de capacitar profissionais de saúde e de outros setores para o controle do tabaco. Tratamento A SES-DF conta com 80 unidades de tratamento de tabagismo distribuídas em todas as regiões de saúde. A abordagem terapêutica é realizada semanalmente de forma individual ou em grupo, com acompanhamento médico e da equipe de saúde. O Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, foi instituído com o objetivo de alertar a sociedade sobre seus malefícios Cigarro Eletrônico Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), lançados no mercado há pelo menos 20 anos, incluem cigarros eletrônicos, produtos de tabaco aquecido, e-cigs, pods e vapes. São equipamentos à bateria utilizados para fumar ou “vaporar”. Pesquisas revelaram a presença de substâncias severamente tóxicas na fumaça dos DEFs, incluindo nicotina, cuja exposição durante a adolescência pode prejudicar o cérebro em desenvolvimento e causando dependência no consumo, que caracteriza o tabagismo como doença na Classificação Internacional de Doenças (CID 10). Nos países em que esses produtos podem ser comercializados legalmente, é observado um aumento no consumo entre jovens. “O impacto do uso dos vapes é devastador. Eles contêm a nicotina, uma droga que ocasiona a dependência, e aromas atraentes para aumentar o consumo. Os cigarros eletrônicos representam um impacto na saúde e um aumento da incidência do câncer tão efetivo quanto o cigarro convencional” alerta o médico Gustavo Ribas. Dia Nacional de Combate ao Fumo O dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data instituída pela Lei nº 7.488, de 1986, e que tem como principal objetivo alertar a sociedade a respeito dos seus malefícios, fortalecer as ações de sensibilização da população em relação aos danos sociais, econômicos e ambientais causados pelo tabaco e estimular as pessoas a refletirem sobre os benefícios de abandonarem o fumo. O primeiro e fundamental passo para deixar de fumar é a vontade própria. Apesar de todas as campanhas e informações disponíveis, a decisão é individual e tem que partir do próprio fumante. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Estação Galeria tem ação pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), por meio da Subsecretaria de Vigilância Sanitária (SVS), promove evento em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, nesta terça-feira (29), na Estação do Metrô Galeria. Na ação haverá distribuição de folders, kits bucais e orientação sobre alimentação saudável. O tema da campanha deste ano é “Sabores e aromas em produtos derivados de tabaco: uma estratégia para tornar a população dependente de nicotina”, definido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). A campanha tem o objetivo de alertar a sociedade sobre o impacto causado pelo uso de aditivos na experimentação, na promoção da iniciação e na captação de crianças, adolescentes e jovens à dependência de nicotina. Conforme informe sobre o Perfil de Atendimentos no Programa de Controle do Tabagismo no Distrito Federal, em 2022, houve atendimento inicial de 1.650 tabagistas nas unidades de saúde do DF. Serviço Dia Nacional do Combate ao Fumo ? Dia: terça (29) ? Hora: 15h ? Local: Estação do Metrô Galeria, localizada no Setor Comercial Sul. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Equipe da UBS 2 de Taguatinga faz apresentação contra o tabagismo
Vera Lúcia Medanha, 74, acordou cedo nesta quarta-feira (31) e foi participar da encenação artística em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco promovida pela equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Taguatinga, na Praça do Relógio. Vera, que foi fumante por mais de 50 anos, comemora a conquista de estar há três meses sem o cigarro. Encenação contra o tabagismo com a equipe da UBS 2 de Taguatinga, no Dia Mundial sem Tabaco | Foto: Divulgação/Agência Saúde Participante dos encontros semanais promovidos pela UBS 2, Vera sofre com graves problemas de circulação e quase perdeu um dedo do pé esquerdo. “Se não fosse o apoio do grupo, acredito que não teria conseguido. As pessoas são muito unidas e o suporte psicológico é fundamental”, conta. Os encontros ocorrem na Paróquia São José, localizada na Praça do Bicalho, todas as quartas-feiras, às 8h30. Vera Lúcia Medanha participa dos encontros semanais na UBS contra o tabagismo: “Se não fosse o apoio do grupo, acredito que não teria conseguido” A apresentação busca alertar a população sobre os perigos do cigarro e incentivar a procura pelo tratamento. Além dos grupos de conversa, a UBS 2 também oferece assistência por equipe multidisciplinar. “O cigarro eletrônico, o narguilé e outros tipos de dispositivos prejudicam tanto quanto o cigarro convencional. Quem deseja parar de fumar, só precisa procurar a UBS para começar. Nós utilizamos a terapia cognitivo-comportamental. A ideia é interromper as situações que funcionam como gatilhos”, explica a psicóloga da unidade e coordenadora da ação, Jouse Glória. Durante a encenação, Iranilda Castro, 72, parou para assistir e se informar. Ela usou cigarro por 60 anos, mas agora está tentando parar. “Comecei a fumar na escola; naquela época era visto como algo charmoso, e quem não fumava ficava excluído do grupo. Hoje sabemos o quanto faz mal”, lembra. Iranilda Castro, 72 anos, parou para assistir à encenação na Praça do Relógio e elogiou a ação Qualquer pessoa que more ou trabalhe na região de Taguatinga pode acessar o serviço. Outras unidades de saúde do Distrito Federal também oferecem tratamento contra o tabagismo. A lista está disponível neste link. O corretor de imóveis Luiz Fernando Abdalla, 59, faz parte do grupo de tratamento da UBS 2 de Taguatinga. “Estou há quatro meses sem fumar. Conheci a doutora Jouse, e ela me convidou para participar do grupo e fazer o uso de adesivos de nicotina”, relata. “Participar das reuniões nos dá força para não voltar ao cigarro. Vim aqui hoje apoiar o projeto, pois ele faz a diferença”. Um cigarro a menos Para começar a parar de fumar, especialistas sugerem algumas ações: ? Defina um dia para parar de fumar. Anote e planeje-se; ? Prepare sua mente para “o primeiro dia do resto da sua vida”. Você poderá até fazer uma pequena cerimônia quando fumar o último cigarro; ? Corte o gatilho do fumo. Os gatilhos são diferentes em cada fumante. Para alguns, é o cafezinho; para outros, é o companheiro de trabalho que também fuma e convida para um intervalo. Como não cair nos gatilhos ? Se está acostumado fumar no carro, não tenha cigarros no veículo; ? Se fuma após as refeições, levante-se imediatamente após terminar e escove logo os dentes, o que ajuda a diminuir o desejo pelo cigarro; ? Chupar gelo e comer cubinhos de frutas geladas ajuda a se livrar da vontade; ? Evite espaços que tenham pessoas fumando; [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ? Evite bebida alcoólica e café, principalmente se estiverem associados ao ato de fumar; ? Beba muita água, especialmente quando tiver vontade de fumar; ? Faça algum tipo de exercício, pois ajuda a relaxar; ? Procure manter-se ocupado e fazer coisas que aumentam a sensação de bem-estar, preenchendo o espaço deixado pelo cigarro. Pense em cuidar das plantas, dos animais de estimação, ler, escrever, desenhar, assistir a um bom filme ou série, organizar um encontro virtual com amigos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Dia Mundial Sem Tabaco alerta para riscos de novas formas de fumar
Era para ter sido só uma brincadeira. Andreana de Jesus estava com 29 anos quando segurou o cigarro de uma amiga e tragou algumas vezes por pura diversão. “Eu fazia triatlo e tive que parar tudo por causa do cigarro. Fumei por mais de 20 anos e tive muitos problemas”, conta. Neste 31 de maio, Dia Mundial Sem Tabaco, ela comemora os dois anos livre do vício e deixa o alerta: “Pare de fumar! Esse hábito traz muitas doenças e problemas na vida da gente. Destrói não só você, mas a sua família também”. Paciente do Programa de Controle do Tabagismo, Andreana de Jesus está há dois anos sem fumar | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Para a médica pneumologista Nancilene Melo, histórias como a de Andreana têm se repetido diariamente, porém, com uma mudança: novas formas de fumar. “Infelizmente, um número significativo de pessoas acha que utilizar dispositivos eletrônicos não corresponde a fumar. Ledo engano. Mesmo naqueles dispositivos que se dizem sem nicotina há uma série de substâncias capazes de fazer mal ao organismo”, reforça. [Olho texto=”Quem usa o narguilé acaba exposto a substâncias como benzeno, arsênico e chumbo contidos no tabaco, além de substâncias existentes no carvão utilizado. O volume de vapor, na verdade aerossóis, de uma rodada de narguilé de cerca de uma hora é equivalente ao de 100 cigarros tradicionais” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O novo cenário do tabagismo já tem impactado os atendimentos diários da Secretaria de Saúde (SES). “Tanto mães como os próprios adolescentes têm trazido os pacientes aqui para pararem de fumar, porque sabemos que hoje há essa onda dos pods, dos vapers, e a meninada assume essa tecnologia com a maior naturalidade”, revela o médico Francisco Leal, da policlínica de Taguatinga. Do ponto de vista químico, o uso de narguilé ou de dispositivos eletrônicos é tão prejudicial quanto os cigarros tradicionais, quando não é pior. Foram identificadas substâncias como o sal de nicotina, que apresenta absorção mais rápida e quatro vezes mais potencial de causar dependência química frente à nicotina da folha do tabaco. Metais pesados, aditivos da indústria alimentícia e outros componentes cancerígenos fazem parte das misturas inaladas por meio dos dispositivos eletrônicos. Secretaria de Saúde alerta para o uso de narguilé ou dispositivos eletrônicos entre os jovens | Foto: Arquivo Agência Saúde Já quem usa o narguilé acaba exposto a substâncias como benzeno, arsênico e chumbo contidos no tabaco, além de substâncias existentes no carvão utilizado. O volume de vapor, na verdade aerossóis, de uma rodada de narguilé de cerca de uma hora é equivalente ao de 100 cigarros tradicionais. “Se formos ver do ponto de vista técnico da biologia daquele processo, o narguilé é muito mais prejudicial do que o cigarro convencional”, resume Francisco. Há a preocupação também pelo uso combinado. De acordo com Nancilene, tem se tornado comum o relato de jovens que iniciam o uso com narguilé ou dispositivos eletrônicos. Iniciada a dependência de nicotina, contudo, eles passam a utilizar o cigarro tradicional, por ser mais barato. “O indivíduo termina por manter os dois usos. É assustador”, revela. Tratamento multidisciplinar Não há medicações 100% eficazes contra o tabagismo. Ansiolíticos, antidepressivos e adesivos são considerados auxiliares, mas o processo exige uma abordagem multidisciplinar. “O tratamento do tabagismo feito na SES é voltado, principalmente, para o cognitivo comportamental. É uma questão de hábitos. Não adianta tratar somente a parte química, pois se a pessoa continuar com aquele hábito, ela vai retornar à dependência, ao vício”, explica o assistente social Saulo de Oliveira, da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde da SES. “Eu só parei quando fui internado e me falaram que estava com enfisema pulmonar”, conta José Pereira Barbosa, de 68 anos Os pacientes concordam. “Já faz 90 dias que estou sem fumar. São quatro anos tentando. Não é um vício fácil, mas a SES dá esse suporte para quem quer realmente parar de fumar. Acho que o tratamento é bem corretivo e a gente tem que querer”, opina Tânia Paula Garfez, 53 anos, fumante desde os 16 e atualmente em acompanhamento na policlínica de Taguatinga. A decisão de parar, porém, quase sempre vem em um momento de choque. “Eu só parei quando fui internado e me falaram que estava com enfisema pulmonar”, conta o paciente José Pereira Barbosa, 68. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A taxa de pacientes que realmente conseguem parar de fumar é de 30%. Geralmente, são três tentativas frustradas antes do sucesso. O primeiro passo é o Teste de Fagerström, que avalia a dependência de nicotina de cada pessoa. Depois, são iniciados os trabalhos em grupo e o acompanhamento com profissionais da SES, entre médicos, psicólogos, enfermeiros e até assistentes sociais. Somente em 2022, foram 1.467 pessoas tratadas na rede pública, sendo 636 homens e 831 mulheres. Apesar delas serem a maioria no tratamento, há cerca de três homens com o vício no Distrito Federal para cada mulher tabagista. Em números gerais, a Subsecretaria de Vigilância à Saúde estima em 11,8% da população com o hábito, classificado como uma doença. Onde procurar ajuda A porta de entrada para o tratamento é a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, conforme o endereço residencial. Nesses locais, é possível solicitar o acompanhamento multiprofissional e, se necessário, o encaminhamento a especialistas. Para saber a UBS de referência, acesse o site da SES e preencha o CEP. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Quer parar de fumar? DF tem tratamento gratuito contra o tabagismo
Precisa de ajuda para parar de fumar? O Distrito Federal conta com 65 unidades para tratamento do tabagismo, distribuídas nas sete regiões de saúde. Os centros de referência em tratamento do tabagismo funcionam em locais como unidades básicas de saúde (UBSs) e centros de atenção psicossocial (CAPs). Para participar, o interessado precisa apenas procurar uma das entidades credenciadas e se inscrever gratuitamente. A duração do tratamento é de quatro semanas, mais manutenção. O fumante pode participar de grupos abertos e fechados, sendo que nos abertos a adesão ao grupo pode se dar depois do tratamento iniciado. Já os grupos fechados não aceitam participantes depois que os trabalhos tenham começado. O tabagismo é uma doença crônica e está relacionado com o desenvolvimento de aproximadamente 50 outras enfermidades, como câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bronquite crônica e asma | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado O Programa de Controle do Tabagismo existe no DF desde 1996, mas somente a partir de 2006 tiveram início os atendimentos e pesquisas, de acordo com o Vigitel, que monitora a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Grupos abertos No DF, o combate ao tabagismo é feito pela Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde (Gvdantps), da Secretaria de Saúde (SES). Em 2022, o número de pessoas tratadas foi de 1.467, sendo 636 homens e 831 mulheres. Cada grupo tem de 10 a 20 participantes, sendo o maior número nos grupos abertos, que aceitam novos pacientes mesmo após o início do tratamento. Embora o tratamento do tabagismo siga as diretrizes e protocolos estabelecidos pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), os grupos abertos foram criados na UBS do Cruzeiro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Os grupos abertos são muito procurados e úteis. Se acontecer de a pessoa procurar ajuda e não encontrar, pode desistir de parar de fumar. Não seria bom ter que esperar a abertura de um novo grupo para iniciar o tratamento”, explicou o assistente social da Gvdantps, Saulo Viana. Segundo ele, o percentual de pessoas que conseguem parar de fumar é de 30%. “Quem deixa de fumar costuma fazer, em média, quatro tentativas”, frisou o assistente social. No início do tratamento é medido o nível de dependência à nicotina de cada pessoa por meio do Teste de Fagerström. Depois de quatro semanas participando dos grupos, o paciente inicia a manutenção. Nesta fase, a ida aos grupos pode ser quinzenal ou a cada 30 dias. Cada grupo conta com o trabalho de dois profissionais da Secretaria de Saúde, que podem ser assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos ou qualquer outro profissional de nível superior que tenha sido capacitado pelo Inca para realizar os grupos. Se for necessário, um médico da SES intervirá para prescrever medicação aos que apresentarem problemas de abstinência.
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