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GDF investirá R$ 7,2 milhões em novos sensores de monitoramento de glicose para pacientes diabéticos

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) divulgou o edital de pregão eletrônico, por meio de Sistema de Registro de Preços (SRP), para a aquisição de sensores e leitores de monitoramento contínuo de glicose intersticial. O objetivo é manter o abastecimento regular da rede pública e garantir a assistência contínua aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que dependem da tecnologia para o controle do diabetes. A publicação consta no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (10). O valor da contratação é de R$ 7.241.482,83, destinados a assegurar o monitoramento adequado de pacientes que necessitam acompanhamento glicêmico constante, incluindo crianças, gestantes e adultos. O sensor medidor contínuo de glicose é implantado na pele para o monitoramento constante dos níveis de glicose no sangue, o que elimina a necessidade de picadas diárias nos dedos e garante precisão e conforto na gestão do diabetes. O aparelho realiza de 10 a 15 medições por dia (sendo uma após cada refeição), e de 3h às 6h, durante a madrugada. As medições ocorrem a cada cinco minutos para permitir que seja traçada uma curva de tendências glicêmicas. O valor da contratação é de R$ 7.241.482,83, destinados a assegurar o monitoramento adequado de pacientes que necessitam acompanhamento glicêmico constante, incluindo crianças, gestantes e adultos | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF O cadastro das propostas está disponível a partir desta segunda-feira (10). A abertura das propostas está prevista para 24 de novembro de 2025, às 8h30, no portal Comprasnet. Diabetes O diabetes ocorre quando o pâncreas não produz insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue) ou quando não usa de forma eficaz a que produz. É uma doença caracterizada pelo comprometimento do metabolismo da glicose. O de tipo 1 ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina e, geralmente, surge na infância ou na adolescência, mas pode ser diagnosticado na fase adulta. Seu tratamento é feito com insulina, medicamentos, alimentação saudável, fracionada e adequada, regular e regrada, e com exercícios físicos para auxiliar no controle do nível da glicose. O Brasil é o sexto país com maior número de pessoas com diabetes no mundo com cerca de 21 milhões de brasileiros. E muitos ainda não sabem que têm a doença. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Domingo de dor, segunda-feira de choque: como descobri que tive um AVC aos 22 anos

Eu tinha 22 anos. Era um domingo quando tudo começou com uma dor de cabeça fora do normal e a visão escurecendo aos poucos, uma sensação que jamais havia experimentado. Pensei que fosse apenas uma enxaqueca. Dormi mal e, na manhã seguinte, acordei com o lado esquerdo dormente, o olho avermelhado e a fala enrolada. Tentei seguir o dia normalmente, fui para o trabalho e, ao tentar conversar, percebi que a língua não obedecia. As palavras saíam confusas. Procurei socorro imediatamente. O diagnóstico veio rápido: Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico, algo que jamais imaginaria viver tão jovem. Hoje, com o corpo reabilitado e a memória reconstruída pouco a pouco, entendo o quanto é importante reconhecer os sinais e agir rápido | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Nos dias seguintes, o impacto real apareceu. Perdi parte da memória, lembrava quem eu era, mas não o que havia vivido naquele período. Era como se pedaços da minha história tivessem sido apagados. Também perdi a fluência em idiomas que dominava, algo que os médicos explicaram ser possível devido à região do cérebro afetada. Fiquei com paralisia no lado esquerdo do rosto e no braço por cerca de seis meses. A fisioterapia, os exercícios diários e o apoio da família foram essenciais para a recuperação. Hoje, com o corpo reabilitado e a memória reconstruída pouco a pouco, entendo o quanto é importante reconhecer os sinais e agir rápido. Casos de AVC em jovens crescem no mundo O Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado nesta quarta-feira (29), reforça a importância da prevenção e do diagnóstico rápido dessa condição que continua entre as principais causas de morte e incapacidade no mundo. A campanha global deste ano traz o lema “Cada minuto conta”, destacando a urgência de reconhecer os sinais precoces e agir imediatamente diante de qualquer suspeita. “Hábitos de vida pouco saudáveis e condições ambientais contribuem para esse aumento. Por isso, a prevenção e o diagnóstico rápido são fundamentais” Letícia Rebello, coordenadora do programa AVC no Quadrado Segundo a neurologista Letícia Rebello, referência nacional em AVC e coordenadora do programa AVC no Quadrado, da Secretaria de Saúde (SES-DF), o aumento de casos entre jovens está relacionado principalmente ao estilo de vida e à prevenção tardia.  “O que antes representava fatores de risco típicos de idosos, como hipertensão e diabetes, está aparecendo cada vez mais cedo”, pontua a médica. “Hábitos de vida pouco saudáveis e condições ambientais contribuem para esse aumento. Por isso, a prevenção e o diagnóstico rápido são fundamentais.” Nos últimos anos, o número de AVCs entre pessoas mais jovens tem aumentado de forma preocupante. Um estudo publicado pela revista científica The Lancet Neurology, em outubro de 2024, apontou um crescimento global de 14,8% nos casos de AVC em pessoas com menos de 70 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a World Stroke Organization (WSO) alertam que o AVC já está entre as principais causas de morte e incapacidade em adultos entre 15 e 49 anos, com impacto crescente em países em desenvolvimento. O alerta é global, mas também está cada vez mais próximo de nós. No Brasil, dados da Rede Brasil AVC indicam que cerca de 18% dos casos registrados ocorrem em pessoas de 18 a 45 anos, um índice alto para uma faixa etária que tradicionalmente não se via em risco. A neurologista da SES-DF ressalta que o programa AVC no Quadrado ajuda a garantir que cada vez mais pessoas tenham acesso rápido ao diagnóstico e tratamento. “Além disso, o programa vem para organizar o atendimento intra-hospitalar para tratar mais pacientes, no menor tempo possível”, aponta. “Uma vez que o tempo é um grande inimigo do AVC, quanto mais cedo for o atendimento, e mais rápido o tratamento, maiores as chances de recuperação e menores as sequelas”. Tipos de AVC “Ser jovem não protege ninguém do AVC. A rotina sedentária, o estresse e os hábitos alimentares também têm peso importante” Carlos Uribe, neurologista do IgesDF O AVC acontece quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido ou comprometido, causando a morte de células nervosas na região afetada. Existem dois tipos principais: o AVC isquêmico, como o que tive, que ocorre quando um vaso sanguíneo é obstruído, e o AVC hemorrágico, causado pela ruptura de um vaso cerebral. Cada tipo apresenta riscos e sequelas diferentes, mas ambos exigem atenção imediata: quanto mais rápido o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação. Para o neurologista Carlos Uribe, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), é urgente desfazer a ideia de que o AVC é uma doença exclusiva da terceira idade. “Ser jovem não protege ninguém do AVC”, observa. A rotina sedentária, o estresse e os hábitos alimentares também têm peso importante”. [LEIA_TAMBEM]Veja abaixo os principais sintomas de AVC listados pelo médico. ⇒ Dormência ou fraqueza em um lado do corpo; ⇒ Boca torta; ⇒ Dificuldade para falar ou compreender; ⇒ Perda de visão, escurecimento ou visão dupla; ⇒ Tontura, perda de equilíbrio ou confusão mental; ⇒ Dor de cabeça súbita, intensa ou diferente do habitual. Por que meu alerta importa Eu vivi o que parecia improvável. Passei por meses de reabilitação, reaprendendo a movimentar o corpo e reorganizar a mente. Tive medo, dúvidas e, por um tempo, senti que havia perdido parte de quem eu era. Mas hoje, depois de 20 anos, ao contar minha história,  quero que outros reconheçam os sinais e ajam rápido. O meu AVC foi um divisor de águas. Hoje, com saúde e gratidão, transformo aquele episódio em propósito: alertar outros jovens para que reconheçam os sinais e não hesitem em buscar ajuda. Porque o AVC não tem idade, e, às vezes, o primeiro sintoma é acreditar  que ele nunca vai acontecer com você.      

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Moradores do Jardins Mangueiral se reúnem com médicos uma vez por semana para prevenir hipertensão e diabetes

Ágil, acolhedor e resolutivo. Assim funciona o Encontro HiperDIA, da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Jardins Mangueiral, criado para atender pacientes com hipertensão e diabetes de forma prática, próxima e eficiente. Entre os objetivos da iniciativa, está o de facilitar o controle das doenças crônicas, garantir o uso correto das medicações e fortalecer o vínculo entre a comunidade e a equipe de saúde. “A proposta é oferecer um encontro rápido, mas que mantenha o paciente acompanhado e seguro. Ele faz aferições, renova receitas e recebe orientações na hora. É um cuidado simples, mas essencial, que não substitui a consulta médica, e sim complementa o acompanhamento regular”, afirma o médico de família e comunidade, Sérgio Leuzzi. A cada semana os profissionais da UBS 1 do Jardins Mangueiral vão a um condomínio do bairro | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Encontros Os atendimentos do HiperDIA são realizados todas as terças-feiras, das 14h às 17h, em um condomínio por semana, nas quatro quadras da região: Quadra 1 (Jardins dos Muricis), Quadra 2 (Jardins dos Buritis), Quadra 3 (Jardins dos Ipês) e Quadra 4 (Jardins dos Jacarandás).  As datas dos encontros podem ser consultadas na UBS 1 do Jardins Mangueiral, nos grupos de WhatsApp dos condomínios ou diretamente com os síndicos de cada quadra. A ação é conduzida por uma equipe multiprofissional composta por médico, enfermeira, duas técnicas de enfermagem e dois agentes comunitários de saúde (ACS), que, juntos, realizam cerca de 100 atendimentos mensais. "Trazer o atendimento até aqui faz toda a diferença. É um gesto de acolhimento, mostra que a UBS realmente está cuidando da gente de forma próxima e atenciosa" Thaís Araújo Moradora da Quadra 1, Thais Araújo, 51 anos, participou do encontro junto com a mãe e elogia a iniciativa. “Conheci o grupo pelo WhatsApp do condomínio e achei a ideia maravilhosa. Minha mãe tem quase 80 anos e algumas limitações físicas. Trazer o atendimento até aqui faz toda a diferença. É um gesto de acolhimento, mostra que a UBS realmente está cuidando da gente de forma próxima e atenciosa”, disse. Região Localizado na Região Administrativa do Jardim Botânico, o Jardins Mangueiral é um bairro em crescimento, com população ativa e rotina acelerada. Pensando nesse perfil, a equipe Safira da UBS 1 implantou o Encontro HiperDIA com uma proposta inovadora que une educação em saúde, monitoramento clínico e aproximação comunitária.  Os resultados já são visíveis. “Temos conseguido alcançar pacientes que há tempos não procuravam o serviço de saúde, muitos com receitas vencidas ou exames atrasados. Além disso, o retorno da comunidade tem sido muito positivo, mostrando que essa estratégia realmente aproxima o cuidado da realidade dos moradores e fortalece o vínculo com a equipe”, aponta a enfermeira da equipe, Bruna Brasil.   *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Endocrinologia do HRT é representante do Centro-Oeste em estudo multinacional

A Unidade de Endocrinologia do Hospital Regional de Taguatinga (Uendo/HRT) é o novo polo de coleta de informações em pesquisa científica multinacional, no âmbito da Região Centro-Oeste. O projeto Prevalência de Retinopatia e Doença Renal do Diabetes (Retrend) no Brasil busca dimensionar as complicações em pacientes crônicos, a fim de orientar políticas públicas e estratégias que priorizem o diagnóstico e o tratamento correto.   O método propõe a realização de exames de rastreamento durante a consulta médica; resultados ficam prontos em pouco tempo | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF O método propõe a realização de exames de rastreamento durante a consulta médica. Os resultados de mapeamento da retina (fundo de olho) e os realizados com amostras de urina e de sangue, por exemplo, ficam prontos em poucos minutos. As medidas são importantes para a prevenção de complicações, explica a pesquisadora responsável pelo "Retrend Brasil" na Uendo/HRT, Flaviene Romani. "Percebemos a dificuldade dos pacientes de retornarem com os exames e de comparecerem a consultas com outros especialistas. Essas são coisas que normalmente atrasam e aumentam os custos do diagnóstico precoce", afirma a médica.  O projeto Retrend Brasil é um estudo multinacional, com o objetivo de dimensionar as complicações do diabetes e orientar políticas públicas que priorizem o diagnóstico e o tratamento correto Até o fim deste ano, apoiado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), 172 pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus serão submetidos a esses exames como parte da avaliação - sendo 80% de usuários acompanhados por equipes das unidades básicas de saúde (UBSs).  [LEIA_TAMBEM]No total, mais de 1,5 mil pessoas com diabetes mellitus de diversos estados brasileiros já participaram da avaliação. Os dados preliminares já foram apresentados no encontro anual da Endocrine Society (Endo 2024) e no Congresso Mundial de Diabetes (IDF 2025). Referência em pesquisa e assistência A unidade ambulatorial do HRT é centro de pesquisa e de residência multiprofissional. Diariamente, cerca de oito estudantes de cursos superiores da área de saúde são inseridos na dinâmica do setor, além de residentes de enfermagem, psicologia, nutrição e endocrinologia.  A indicação para o fornecimento de dados ao Retrend Brasil reforça, segundo Romani, o compromisso da Uendo-HRT com a ciência e com a busca por melhoria da assistência. "Acreditamos que o serviço público é o espaço onde pode-se transformar a realidade. Isso é extremamente relevante para nós." *Com informações da Secretaria de Saúde do DF  

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Centro especializado orienta pacientes diabéticos sobre nutrição

Controle da glicemia, boas combinações alimentares, nutrientes, importância da fibra e escolhas conscientes no dia a dia. Esses são alguns dos temas abordados no Grupo de Alimentação Saudável do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). A proposta é orientar os usuários sobre como a comida influencia no controle do diabetes e oferecer suporte contínuo ao tratamento. “O grupo acolhe pacientes diabéticos encaminhados via regulação para o Cedoh. Após a primeira consulta com o endocrinologista, eles são direcionados às palestras, conduzidas pela nutrição, já que a alimentação é um dos tripés do tratamento, junto com a medicação e a atividade física”, explica a nutricionista e gerente da unidade, Cássia Regina. A proposta do grupo, coordenado pela nutricionista Gabriela Ottolini, é orientar os pacientes sobre como a alimentação influencia no controle do diabetes e oferecer suporte contínuo ao tratamento | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF A cada 15 dias, o grupo reúne pacientes com diabetes tipo 1 e 2 para uma palestra educativa. “Mostramos como montar um prato saudável, com equilíbrio entre salada, proteínas, carboidratos e leguminosas. Também fazemos dinâmicas sobre alimentos com e sem carboidratos. Muitos saem daqui já conscientes do que precisam mudar até a consulta individual”, detalha a nutricionista e coordenadora do grupo, Gabriela Ottolini. Conscientização Celebrado nesta quinta-feira (26), o Dia Nacional do Diabetes alerta sobre a importância da prevenção e do tratamento adequados. A edição de 2025 do Atlas Global do Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF), aponta que o Brasil tem 16,6 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos com a condição - índice que coloca o País em sexto lugar no mundo em número de casos e em terceiro em ocorrências do tipo 1. Diante do cenário, a SES-DF oferta atendimento especializado por meio do Cedoh. Antes de chegar ao centro, contudo, é preciso buscar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde o paciente é avaliado e, se necessário, encaminhado ao Complexo Regulador. Ao ser acolhido pelo centro, o usuário passa a ter um acompanhamento integral por uma equipe composta por endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, entre outros. “Entendi que, se não mudar minha alimentação, posso precisar de insulina em pouco tempo. Estou aqui para aprender e controlar minha saúde com mais responsabilidade”, conta o paciente Márcio Soares Márcio Soares, 46, foi diagnosticado com diabetes tipo 2 no ano passado após passar mal e ser atendido no Hospital Regional do Gama (HRG). Encaminhado ao Cedoh, participa pela primeira vez do grupo e reconhece os desafios da mudança de hábitos. “Sempre fui apaixonado por chocolate. Às vezes, comia escondido, sem pensar nas consequências. Agora entendi que, se não mudar minha alimentação, posso precisar de insulina em pouco tempo. Estou aqui para aprender e conseguir controlar minha saúde com mais responsabilidade”, conta. Diabetes Decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, o diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla. A doença é caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente e pode levar a complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Aprenda como a boa alimentação pode ajudar no controle do diabetes

A dona de casa Maria das Dores de Siqueira vive uma rotina de cuidados desde que foi diagnosticada com diabetes tipo 2. A descoberta veio de forma inesperada: “Eu estava com tontura, náusea, visão embaçada, me sentindo muito mal. Foi minha netinha quem percebeu os sinais. Ela me disse: ‘Vó, isso parece com o que meu pai sente, e ele tem diabetes’”. Ao usar o medidor do filho, Maria das Dores se deparou com um nível de glicose tão alto que foi levada ao hospital e precisou ser internada. Desde então, a alimentação virou o maior desafio dela. “Passei fome quando era criança. Hoje que posso comprar comida não posso comer o que gosto”, desabafa, aos 56 anos. Macarronada, feijão tropeiro e salada de maionese são alguns dos sabores de que mais sente falta. Mesmo assim, tenta manter a disciplina: “Não é fácil. Tem dias que me controlo, tem dias que exagero. Mas sei que cuidar da minha saúde é o maior presente que posso me dar”. Para a dona de casa Maria das Dores de Siqueira, a alimentação é o maior desafio daqueles que convivem com a diabetes: "Não é fácil. Tem dias que me controlo, tem dias que exagero" | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Maria é acompanhada por uma unidade básica de saúde (UBS) e representa milhões de brasileiros que vivem com a doença. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 20 milhões de pessoas têm diabetes no Brasil. Durante a semana de conscientização da doença, especialistas reforçam: a alimentação é uma das principais estratégias de controle e prevenção. Controle glicêmico Mais do que uma escolha diária, o que vai ao prato influencia diretamente os níveis de açúcar no sangue. A nutricionista Talitha Elcana Florêncio, chefe do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital de Base (HBDF), alerta que os alimentos têm impacto direto no controle glicêmico. [LEIA_TAMBEM]“Uma alimentação equilibrada evita picos de açúcar no sangue e melhora a resposta do corpo à insulina”, explica. Ela destaca os vilões da dieta: alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos recheados e fast food. “Esses produtos concentram açúcar, gorduras ruins e aditivos. E o consumo excessivo de carboidratos simples, como pão branco e arroz, favorece o desenvolvimento do diabetes tipo 2.” Trocas simples Substituir arroz branco por integral, escolher pães com mais fibras ou trocar o refrigerante por água saborizada são atitudes que ajudam a manter a glicemia estável ao longo do dia. Outra dica é manter a regularidade nas refeições. “Ficar muitas horas sem comer pode causar hipoglicemia, seguida por um pico de glicose. Comer em horários definidos ajuda o corpo a se adaptar melhor”, sugere Talitha. O plano alimentar, no entanto, deve ser individualizado. “Cada pessoa responde de uma forma. Alguns se adaptam bem a refeições de 3 em 3 horas, outros preferem intervalos maiores. O importante é respeitar o ritmo e estilo de vida de cada um”, orienta a nutricionista. Prevenção com comida e movimento Talitha lembra que o pré-diabetes pode ser revertido apenas com mudanças no estilo de vida, sem medicamentos: “Alimentação saudável e prática regular de exercícios conseguem normalizar os níveis de glicose. Quanto mais cedo as mudanças, melhores os resultados”. A nutricionista também faz um alerta sobre produtos diet e light: “Nem tudo que é diet é saudável. Muitos têm excesso de gordura ou sódio. É preciso ler o rótulo e, sempre que possível, dar preferência a alimentos naturais”. Talitha Elcana Florêncio, chefe do Serviço de Nutrição e Dietética do HBDF: “Uma alimentação equilibrada evita picos de açúcar no sangue e melhora a resposta do corpo à insulina” Planejamento é a chave Para quem tem dificuldade em manter uma alimentação equilibrada, a palavra de ordem é organização. “Na hora da fome, é fácil fazer escolhas ruins. Ter lanches saudáveis por perto faz toda a diferença”, recomenda Talitha. Hoje, aplicativos e ferramentas online também ajudam no controle da glicemia. “Esses recursos são ótimos, mas devem caminhar junto com a orientação de um profissional”, conclui a nutricionista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)  

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Diabetes e coração: uma ligação perigosa e muitas vezes silenciosa

Moradora do Núcleo Bandeirante, Joana Lima da Silva, 62 anos, convive com o diabetes tipo 2 há anos. Por não ter seguido o tratamento corretamente no início, desenvolveu problemas cardíacos e hoje faz acompanhamento mensal nas especialidades de endocrinologia e cardiologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). “Cuidei mal da doença e agora também trato uma arritmia. Todo mês venho para as consultas no ambulatório”, conta. Com diabetes tipo 2, Joana Lima da Silva faz acompanhamento mensal nas especialidades de endocrinologia e cardiologia do Hospital de Base do DF  | Foto: Divulgação/IgesDF Casos como o de Joana são mais comuns do que se imagina. A semana nacional do diabetes reforça um alerta: a deonça não afeta apenas os níveis de glicose, também pode comprometer gravemente o coração e os vasos sanguíneos. “O diabetes desencadeia um processo inflamatório silencioso nas artérias, danificando seu revestimento interno e acelerando o acúmulo de placas de gordura. Isso aumenta muito o risco de infarto, AVC, insuficiência cardíaca e outras doenças cardiovasculares”, explica a médica Ruiza Gonçalves Rocha Teixeira, chefe da Cardiologia do HBDF. Segundo a cardiologista, o problema se agrava porque os sintomas costumam ser sutis. “Pacientes diabéticos, muitas vezes, não sentem dor no peito durante um infarto. Os sinais podem aparecer como cansaço excessivo, falta de ar, náusea ou desconforto abdominal. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável”, alerta. Coração em risco A chefe da Cardiologia do HBDF, Ruiza Gonçalves Rocha Teixeira, diz que pacientes diabéticos podem não sentir dor no peito durante um infarto. "Os sinais podem aparecer como cansaço excessivo, falta de ar, náusea ou desconforto abdominal. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável”, alerta | Foto: Divulgação/IgesDF A lista de complicações cardiovasculares relacionadas ao diabetes é extensa. Entre elas estão o infarto do miocárdio e a angina, causados pela obstrução das artérias coronárias; a insuficiência cardíaca, quando o coração perde a capacidade de bombear o sangue adequadamente; as arritmias, que são alterações no ritmo dos batimentos cardíacos; a doença arterial periférica, que compromete principalmente as pernas e os pés; e o AVC, geralmente associado ao mesmo processo de obstrução dos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. A boa notícia é que é possível reduzir significativamente esses riscos. “O primeiro passo é manter a glicemia controlada. Em geral, buscamos manter a hemoglobina glicada abaixo de 7% e a glicemia de jejum entre 80 e 130 mg/dL. Em idosos ou pacientes com comorbidades, os parâmetros podem ser ajustados”, aponta Ruiza. O Hospital de Base oferece uma abordagem integrada para pacientes com diabetes e doenças cardíacas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Além da glicose, é fundamental controlar a pressão arterial e o colesterol ruim (LDL), além de adotar hábitos saudáveis. “Atividade física regular, alimentação equilibrada, parar de fumar e manter o peso corporal sob controle são atitudes indispensáveis”, destaca. [LEIA_TAMBEM]Exames periódicos também ajudam a prevenir complicações. Entre os principais estão: eletrocardiograma (ECG), que deve ser feito anualmente; o ecocardiograma, indicado em caso de suspeita de insuficiência cardíaca; e testes de esforço e avaliação funcional, que ajudam a monitorar o desempenho do coração. Cuidado completo no Hospital de Base Referência em Cardiologia e Endocrinologia, o Hospital de Base, maior unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), oferece uma abordagem integrada para pacientes com diabetes e doenças cardíacas. “O paciente é acompanhado por cardiologistas, endocrinologistas, nutricionistas e equipe de enfermagem especializada. Contamos com exames de alta complexidade e tratamentos como angioplastia e implante de marca-passo, quando necessário”, afirma a médica. Para a especialista, a mensagem nesta semana nacional do diabetes é clara. “Controlar a glicose é também cuidar do coração. O diabetes pode agir em silêncio, mas seus efeitos podem ser devastadores se ignorados. Diagnóstico precoce e tratamento adequado fazem toda a diferença para uma vida mais longa e saudável”. *Com informações do IgesDF

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Especialistas alertam sobre os perigos do diabetes e a importância do diagnóstico precoce

Nesta quinta-feira (26) é celebrado o Dia Nacional do Diabetes, instituído pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é conscientizar sobre fatores de risco, diagnóstico e prevenção contra a doença, que pode acarretar  outros problemas de saúde se não for tratada corretamente. Controle de peso e das taxas de glicose deve ser feito com frequência no tratamento do diabetes | Foto: Divulgação/IgesDF  Gilda de Resende Lopes, 54 anos, moradora do Gama, convive com o diabetes tipo 2 desde 2003. Há cerca de dez anos, passou a fazer acompanhamento regular no ambulatório do Hospital de Base (HBDF), onde é atendida a cada três meses. Atualmente, a doença está sob controle, uma realidade bem diferente de quando ela chegou à unidade. “Cheguei bastante debilitada, mas recebi um excelente atendimento, e até a insulina que eu uso recebo da rede pública”, relata Gilda. “No momento, aguardo o nutricionista para somar ao tratamento que já faço regularmente”. Taxas de açúcar A endocrinologista Alessandra Martins, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), lembra que o diabetes é uma doença metabólica causada pela hiperglicemia. “O excesso de glicose no sangue ocorre devido à ausência ou deficiência da ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e isso pode provocar diversos efeitos no organismo”, explica. O aumento das taxas de açúcar pode ocasionar complicações no coração, nos rins e na retina. Segundo a médica, a doença é multifatorial e pode decorrer tanto de fatores genéticos quanto de causas externas. “Manter um peso saudável, atividade física frequente, sono adequado e uma boa alimentação, também ajudam a reduzir o risco da doença”, afirma. Existem cinco tipos de diabetes, mas três são mais frequentes. “O tipo 1 é aquele em que o corpo não produz a insulina; o tipo 2, o mais comum, ocorre devido à ação ineficiente da insulina; e o diabetes gestacional, diagnosticado durante a gravidez e que  precisa de cuidados especiais para evitar problemas sérios de saúde tanto na criança quanto na mãe”, esclarece Alessandra. Um desafio mundial O diabetes é hoje um dos maiores desafios de saúde pública no mundo, com números que crescem a cada dia. Em 2020, cerca de 463 milhões de adultos entre 20 e 79 anos viviam com a doença, segundo o Atlas do Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF). O Brasil ocupa a quinta posição no ranking global de incidência da doença, com 16,8 milhões de adultos diagnosticados. A projeção é que, até 2030, esse número salte para 21,5 milhões. No ano passado, o Hospital de Base atendeu 3,5 mil pacientes  portadores de diabetes. Em abril deste ano, houve um aumento: cerca de 400 pessoas por mês. Sintomas e tratamentos Os sintomas mais comuns do diabetes são a necessidade de urinar frequentemente e uma sede incessante. “A vontade de beber água é constante, e há uma fome excessiva”, orienta a endocrinologista. “Outros fatores que aparecem também são a perda de peso e as infecções frequentes”. Alguns pacientes com diabetes podem desenvolver uma complicação conhecida como pé diabético, caracterizada por alterações nos membros inferiores, como úlceras, calosidades e perda de sensibilidade. “A doença compromete a circulação sanguínea e os nervos da  região, provocando a chamada neuropatia periférica, o que torna o paciente mais suscetível a infecções”, explica Alessandra. A prevenção e o tratamento do pé diabético exigem cuidados intensos, principalmente com a higienização. O controle da glicemia também é muito importante para evitar infecções. Cuidado contínuo  O tratamento do diabetes começa, essencialmente, com mudanças no estilo de vida. Além do monitoramento regular da glicemia, é importante manter uma rotina de atividade física, adotar uma alimentação equilibrada e seguir corretamente a prescrição de medicamentos —  tanto os orais quanto os de aplicação subcutânea, como as insulinas. Essas insulinas, que incluem versões de longa duração e ultrarrápidas, estão disponíveis gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e na Farmácia Popular, para pacientes cadastrados. *Com informações do IgesDF  

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Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto e Infantil comemora sete anos de atuação

Há sete anos a população da Região Leste de Saúde do Distrito Federal (Paranoá, São Sebastião, Itapoã e Jardim Botânico) conta com os serviços do Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto e Infantil (Cadh/Cadhin). Profissionais e pacientes se reuniram para uma tarde de convivência fora do ambiente assistencial, na terça-feira (10), na tenda localizada ao lado do Centro de Atenção Psicossocial II, no estacionamento do Hospital da Região Leste (HRL). A comemoração de aniversário buscou oferecer o autocuidado de forma prática a crianças e adultos | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Como parte da programação, os adultos puderam usufruir de atividades de alongamento e relaxamento, receberam instruções e kits de higiene fornecidos por profissionais de saúde bucal. Para o público infantil, as orientações foram transmitidas por meio de teatro de fantoches e de oficina culinária, com o preparo de panquecas de banana levando em conta a quantidade de carboidratos. Para a endocrinologista da unidade Roberta Barros, o evento promove bem-estar. “Aproveitamos a oportunidade para oferecer uma experiência de autocuidado de forma prática, juntamente com a comemoração de aniversário do centro”, celebra. Acompanhada dos pais e dos irmãos, Thayna Nascimento da Conceição, 17, é assistida pela equipe do Cadh/Cadhin desde os 11 Thayna Nascimento da Conceição, 17, ficou contente com a ação. Desde os 11 ela é assistida pela equipe multiprofissional do Cadh/Cadhin, quando recebeu o diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1. “Para a gente, foi um divisor de águas”, assegura o pai, Jovemário da Conceição. Sua família não dispunha de recursos para pagar os exames periódicos (anuais e mensais) da filha mais velha. Hoje, os procedimentos são realizados por meio do ambulatório especializado. “Tínhamos que ir até o Plano Piloto procurar pelo serviço”, lembra a mãe, Tamires Nascimento. Atenção especializada A jovem é parte dos quase 1,3 mil usuários em atendimento ativo pela unidade. Apenas no primeiro semestre deste ano, foram inseridos 358 novos usuários. O Cadh/Cadhin é um dos três centros especializados disponíveis no DF para pacientes com diabetes mellitus (tipo 1 ou 2) e hipertensão arterial sistêmica de alto ou muito alto risco, associados ou não. As outras unidades estão localizadas no Guará, Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic); e na Asa Norte, o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh). A marcação da primeira consulta é feita pela rede de unidades básicas de saúde (UBSs). *Com informações da SES-DF  

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Unidades de conservação do DF auxiliam pesquisa para tratamento de diabetes

Um dos biomas mais ricos em biodiversidade do Brasil, o Cerrado possui entre 6 mil e 12 mil espécies de plantas nativas, ficando atrás apenas da Amazônia e da Mata Atlântica. Com uma variedade de espécies botânicas, o Distrito Federal é uma das regiões do país com o maior percentual de território protegido: mais de 90% de sua área está sob o regulamento de alguma unidade de conservação, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). Nessas unidades de conservação, mais de 30 pesquisas científicas são realizadas, contribuindo para a preservação do bioma e o desenvolvimento sustentável. Autorizada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Instituto Brasília Ambiental, uma dessas pesquisas investiga o uso ecológico da biodiversidade do Cerrado como forma de prevenção e controle do diabetes tipo 2. O processo de estudo consiste em mais de 10 etapas, que vão desde a coleta da planta até o estudo biomonitorado e o isolamento molecular para descobrir o valor científico de espécies no tratamento da doença | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília O diabetes é uma condição crônica na qual o corpo não consegue regular adequadamente os níveis de açúcar no sangue. A doença ocorre quando a produção de insulina, hormônio essencial para o processamento da glicose, é insuficiente ou inadequada. O diabetes pode levar a complicações sérias de saúde, como doenças cardíacas, danos nos rins e problemas neurológicos. A pesquisa sobre o uso de plantas na prevenção e controle do diabetes faz parte da tese de doutorado, pela Universidade de Brasília (UnB), da bióloga e química Rosângela Martines Echeverria, servidora licenciada do Brasília Ambiental. O processo de estudo consiste em mais de 10 etapas, que vão desde a coleta da planta até o estudo biomonitorado e o isolamento molecular para descobrir o valor científico de espécies no tratamento da doença. O diabetes é uma condição crônica na qual o corpo não consegue regular adequadamente os níveis de açúcar no sangue A proposta é avaliar a atividade inibidora enzimática das espécies milho-de-grilo, lobélia, amargoso, sucupira-branca, muxiba-comprida, laranjinha-do-cerrado e sangra-d’água a partir de um estudo químico biomonitorado para o controle de diabetes. O método consiste em identificar e coletar a espécie botânica; posteriormente, realizar a extração dos compostos químicos com solventes; realizar o teste de inibição de enzimas da doença; efetuar o estudo biomonitorado com os extratos que apresentarem atividade mais proeminente; e identificar os compostos químicos. A partir da pesquisa, poderá haver uma nova proposta de cuidados para o diabetes cientificamente comprovada, a partir de plantas medicinais e nativas do Cerrado. Rosângela Martines Echeverria: “Eu vejo a importância de pesquisas sobre o uso medicinal de plantas, trazendo esse olhar de sustentabilidade econômica, porque você dá valor agregado ao Cerrado” Os estudos sobre as plantas tiveram início no ano passado e devem ser concluídos em 2026. Apesar disso, os resultados já são positivos. E não apenas por ser voltado à prevenção e ao controle de uma doença, mas por focar em algumas espécies que nunca foram estudadas. “A maioria das plantas não tem estudo. Querendo ou não, é uma forma de empoderar as espécies do Cerrado, que tem um potencial enorme. Eu vejo a importância de pesquisas sobre o uso medicinal de plantas, trazendo esse olhar de sustentabilidade econômica, porque você dá valor agregado ao Cerrado”, explica Rosângela. Na mesma linha, a superintendente das Unidades de Conservação Biodiversidade e Água do Brasília Ambiental, Marcela Versiani, chama a atenção para a importância de estudos sobre o Cerrado para melhor cuidar do bioma. Segundo ela, após concluídas, as pesquisas podem ser utilizadas para ajudar na elaboração de projetos de recuperação de áreas degradadas. “A pesquisa acadêmica é um excelente aliado da preservação. Você precisa saber o que possui para saber como proteger. A gente sabe que o Cerrado é enorme, mas ainda carece de muita informação para compreender o tamanho da nossa riqueza”, detalha.

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Saúde promove treinamento em neuropatia diabética e complicações nos pés

Um treinamento em procedimentos de neuropatia diabética e complicações nos pés reúne desde quinta-feira (11), no auditório da Fiocruz, 85 profissionais de saúde, entre endocrinologistas, cirurgiões vasculares e enfermeiros. Fruto de parceria entre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, a iniciativa tem o objetivo de prevenir problemas e amputações relacionadas ao diabetes. “A pessoa pode descobrir a doença apenas quando surgem complicações, sendo a neuropatia uma das mais comuns, especialmente na fase pré-diabética”, lembra a vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes, Hermelinda Pedrosa | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde Na abertura do evento, a presidente da SBD-DF e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão arterial (Cedoh), Alexandra Rubim, ressaltou que a capacitação é fundamental para aprimorar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes da rede pública de saúde. “Segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular, entre 2012 e 2022, ocorreram 245 mil amputações no SUS, muitas delas relacionadas ao diabetes”, pontuou a médica. “Em 2022, houve 35 mil amputações, o que significa que, a cada dia, 85 brasileiros perderam o pé, a perna ou ambos. Por isso é muito importante detectar precocemente o pé em risco e tratar adequadamente as pessoas com essa patologia.” Referência técnica distrital (RTD) na área, a endocrinologista Flávia Franca enfatizou a importância do treinamento: “É fundamental capacitarmos os profissionais da Atenção Primária e Secundária no cuidado dos pacientes. Existem casos que poderiam ter tido um desfecho melhor com uma condução mais adequada. Ações de educação continuada são essenciais para disseminar esses conhecimentos entre as equipes de saúde”. Programação Dividida em dois turnos, a programação do primeiro dia contou com um ciclo de palestras e debates sobre temas relacionados à doença. Um dos tópicos abordados foi o diagnóstico da neuropatia e complicações nos pés de pessoas com diabetes, apresentado pela vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes, Hermelinda Pedrosa.  “A pessoa pode descobrir a doença apenas quando surgem complicações, sendo a neuropatia uma das mais comuns, especialmente na fase pré-diabética”, explicou a endocrinologista. “Por isso, devemos identificar esses pacientes não só para confirmar o diagnóstico, mas também para verificar se já apresentam alguma complicação ao descobrir a doença.” Para a enfermeira Amanda Rocha, residente da Fiocruz, a capacitação é essencial: “Como enfermeira na Atenção Primária, lidamos frequentemente com pacientes diabéticos e suas complicações. Debater esses temas é importante para que possamos fazer um diagnóstico precoce e um manejo adequado”.  Nesta sexta (12), quando a capacitação será encerrada, os participantes terão palestras e oficinas que envolvem temas como doença arterial periférica, cuidados com úlceras e manejo da neuropatia na prática diária. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF  

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Alimentação equilibrada previne doenças crônicas como diabetes e hipertensão

Celebrado no domingo (31/3), o Dia Nacional da Saúde e Nutrição ressalta a importância de uma alimentação equilibrada para promover a saúde, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e câncer.  Para desenvolver ações estratégicas de alimentação e de nutrição no DF, a Secretaria de Saúde (SES-DF) planeja as ações por meio dos planos distritais de Promoção da Saúde, de Segurança Alimentar e Nutricional e de Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis. Nas unidades básicas de saúde (UBSs), essas e outras ações são desenvolvidas por meio de grupos de hábitos de vida saudáveis. A Secretaria de Saúde recomenda consumir mais frutas, verduras e legumes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares | Foto: Karinne Viana/Agência Saúde-DF “No contexto das UBSs, os nutricionistas ancoram suas atividades na educação alimentar e nutricional, incluindo atendimentos coletivos e individuais”, resume a gerente de Serviços de Nutrição da secretaria, Carolina Gama. “Além disso, há ações intersetoriais desenvolvidas em parceria com outras secretarias, a exemplo do Fórum Distrital de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável nas Escolas da rede de ensino do DF.” Qualidade e quantidade são fatores que devem ser levados em consideração, atenta a nutricionista: “A nutrição é essencial para o funcionamento do corpo, e a segurança alimentar e nutricional, que envolve tanto o acesso a alimentos em quantidade suficiente quanto em qualidade adequada, é fundamental para a promoção da saúde”. “Perdi peso, me sinto mais disposta para fazer as coisas, durmo melhor e não sinto mais vontade de comer por impulso” Maysa Vieira, estudante de 15 anos, que reduziu o consumo de alimentos ultraprocessados Cuidados com a alimentação “Que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”. Essa frase, proferida por Hipócrates, considerado o pai da medicina, reflete a importância da nutrição como um dos principais pilares da saúde. Uma alimentação equilibrada desempenha um papel fundamental na prevenção e tratamento de doenças, influenciando diretamente o bem-estar físico e mental. Contudo, pesquisas têm demonstrado que a população brasileira continua a fazer escolhas alimentares inadequadas, com um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, especialmente entre os adolescentes, e uma diminuição no consumo de alimentos tradicionais da cultura alimentar do país, como arroz e feijão. “A nutrição é essencial para o funcionamento do corpo, e a segurança alimentar e nutricional, que envolve tanto o acesso a alimentos em quantidade suficiente quanto em qualidade adequada, é fundamental para a promoção da saúde”, afirma a gerente de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde (SES-DF), Carolina Gama. Carolina Gama: “A nutrição é essencial para o funcionamento do corpo e a segurança alimentar e nutricional é fundamental para a promoção da saúde” | Foto: Arquivo Pessoal Segundo o boletim informativo da SES-DF sobre o perfil nutricional e de consumo alimentar da população assistida pela Atenção Primária à Saúde (APS) do DF, em 2022, 83% dos adolescentes acompanhados consumiram alimentos ultraprocessados, enquanto 68% consumiram bebidas adoçadas. Além disso, 41% ingeriram macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados, e 55% consumiram biscoitos recheados, doces ou guloseimas. Outra observação apurada é o percentual crescente de crianças que, a partir dos 2 anos até a adolescência, apresentaram excesso de peso. Com histórico familiar de obesidade, a estudante Maysa Vieira, 15, costumava se alimentar de frituras, doces e fast food, até que, há um ano, decidiu mudar seus hábitos. A jovem recebe acompanhamento nutricional na UBS 4 da Estrutural e, desde então, tem percebido benefícios.  “⁠Comecei a comer mais salada, arroz, feijão e legumes”, conta. “Perdi peso, me sinto mais disposta para fazer as coisas, durmo melhor e não sinto mais vontade de comer por impulso. Além disso, percebi muitas mudanças positivas no meu corpo e minha autoestima está melhor.” A nutricionista da SES-DF explica que uma alimentação é considerada saudável quando é composta por alimentos naturais ou minimamente processados. “A alimentação saudável inclui frutas, legumes, verduras, carnes, ovos, grãos e castanhas, livre de alimentos ultraprocessados e industrializados, que contêm corantes, conservantes e adoçantes, além de serem ricos em sódio, gordura e açúcar”. Veja abaixo recomendações da SES-DF e do Ministério da Saúde (MS) para ter uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis: • É essencial mudar o prato: menos alimentos industrializados e mais alimentos naturais; • Evitar o consumo de alimentos ricos em calorias, gordurosos e salgados; • Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes, cereais integrais e feijões; • Beber bastante água; • Reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o uso do cigarro; • Fazer exames preventivos e consultar o médico periodicamente; • Praticar exercícios físicos regulares, diariamente ou pelo menos três vezes por semana após avaliação médica; • Dormir pelo menos 8 horas num período de 24 horas. *Com informações da SES-DF  

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Especialistas alertam sobre o uso de adoçantes em dietas

O adoçante, erroneamente visto como uma alternativa saudável ao açúcar, não deve ser usado em dietas para emagrecimento. A orientação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que publicou, em 2023, uma nova diretriz sugerindo que o produto não seja consumido com a finalidade de controle de peso e/ou redução do risco de doenças crônicas, como o diabetes. No lugar dos adoçantes, as frutas podem ser usadas para conferir um sabor mais doce a bolos e vitaminas | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Para a referência técnica distrital (RTD) de endocrinologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Flávia Franca, a recomendação da entidade busca evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e processados, que possuem alto índice de adoçantes, como acesulfame, aspartame, ciclamatos, sacarina, sucralose, estévia e seus derivados, entre outros. Ela reforça que o ideal é consumir os alimentos com seu sabor natural e utilizar frutas como uma forma de adoçar vitaminas, sucos e bolos. “Essa recomendação veio para reforçar a importância de uma vida mais saudável. De acordo com a nova diretriz, para evitar a obesidade e o diabetes, não se devem consumir alimentos processados ou ultraprocessados, mas na sua forma natural – o que não quer dizer que a pessoa deva substituir o adoçante por açúcar, que, em excesso, realmente traz riscos à saúde”, destaca a endocrinologista. “Alguns estudos em animais apontam que o aspartame teve relação com o aumento do risco de câncer. Isso mostra que esses produtos não trazem benefício nutricional nenhum à saúde” Flávia Franca, endocrinologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) Risco de câncer Outra questão também abordada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e a Associação Brasileira do Estudo da Obesidade (Abeso), foi a relação de alguns tipos de adoçante com o risco de câncer. “Alguns estudos em animais apontam que o aspartame teve relação com o aumento do risco de câncer. Isso mostra que esses produtos não trazem benefício nutricional nenhum à saúde. A recomendação é que se evite o consumo”, reforça França. Apesar de existir uma recomendação segura aceitável, a médica da SES-DF observa que, com o uso regular dessas substâncias, há prejuízo de respostas glicêmicas, maior risco de doenças metabólicas e aumento do ganho de peso. A recomendação da OMS, no entanto, não abrange as pessoas com diabetes pré-existente, que se beneficiam do uso de adoçantes porque a ingestão de açúcar pode levar ao aumento da glicose no sangue. Um estudo publicado no ano passado na revista científica Plos Medicine associou o constante consumo de aspartame, um dos adoçantes artificiais mais comuns e utilizados em bebidas zero ou diet, principalmente refrigerantes, ao aumento de 15% do risco de todos os tipos de cânceres. Outro prejuízo à saúde avaliado foi a maior incidência de tumores relacionados à obesidade. Estudos associam o constante consumo de aspartame ao aumento de 15% do risco de câncer | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Valor nutricional Nutricionista da SES-DF e consultora na área de rotulagem de alimentos, Tatiane Cortes lembra que os adoçantes dietéticos são substâncias utilizadas para conferir sabor doce. Porém, ainda que sejam considerados seguros quando consumidos dentro dos limites estabelecidos, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Instituto de Saúde (IS) de São Paulo sugere que o uso excessivo desses produtos pode gerar efeitos negativos à saúde. “Essas substâncias são formuladas para pessoas que têm alguma restrição ao consumo de açúcar, como no caso de quem tem diabetes mellitus. Atualmente, existem adoçantes artificiais e naturais, e os últimos são vistos como menos nocivos por serem extraídos da natureza, como estévia e xilitol”, aponta a especialista. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável por regulamentar e autorizar a utilização dos adoçantes. Hoje existem alguns tipos liberados, como sorbitol, manitol isomaltitol, maltitol, sacarina, ciclamato, aspartame, estévia, acessulfame K, sucralose, neotame, taumatina, lactitol, xilitol e eritritol. Segundo a nutricionista Tatiana Cortes, o melhor caminho para perder peso é a reeducação do paladar | Foto: Divulgação/ Agência Saúde Cortes ressalta que, no país, o crescimento da oferta de adoçantes, produtos diet e light com os rótulos “zero caloria” e “zero açúcar” se deve à busca por opções de alimentos ditos “mais saudáveis”. Essa procura é motivada pelo aumento da população com sobrepeso, obesidade e diabetes, bem como pela conscientização sobre os efeitos negativos do consumo excessivo de açúcar. Entretanto, algumas publicações internacionais citam potenciais malefícios associados ao consumo excessivo de adoçantes, como desregulação do apetite, alterações na microbiota intestinal, ganho de peso, intolerância gastrointestinal, desenvolvimento de preferência por sabores doces e possíveis efeitos na saúde metabólica. “Esses produtos podem afetar negativamente a composição e a função de nossa microbiota intestinal, causando um quadro de disbiose que pode trazer diarreia, prisão de ventre, distensão abdominal, náuseas e azia”, elenca a nutricionista. Uma alternativa, segundo a especialista, é a substituição dos adoçantes por mel, açúcar de coco, açúcar mascavo e melado de cana, desde que sejam consumidos em pequenas quantidades e sob orientação profissional. “O melhor caminho para perder peso é a reeducação do paladar. Precisamos aprender a saborear o alimento sem precisar adoçá-lo. Comece devagar, diminuindo aos poucos o consumo dos adoçantes e alimentos com essas substâncias. Dê ao seu corpo substratos naturais, frutas, desembalando menos e descascando mais”, recomenda. Mudança de hábitos O servidor público Renato Santos conta que, durante exames de rotina, em outubro de 2023, foi diagnosticado com um quadro de pré-diabetes. Com a notícia, resolveu optar por uma alimentação mais saudável, cortando açúcar e adoçantes. “Fiquei bastante preocupado com o diagnóstico, então resolvi não comer mais açúcar e diminuir significativamente o consumo de alimentos derivados do trigo. No começo foi difícil, pois em minha rotina comia chocolate e doces diariamente, após o almoço”, relata. “Para tentar equilibrar, comecei a consumir muitos produtos industrializados com adoçantes, mas não me adaptei. Sentia que a comida ficava amargando e que, apesar de não comer mais açúcar, continuava ingerindo bastante produtos industrializados, com alto teor calórico.” Com o corte dos adoçantes, os novos hábitos alimentares já surgiram efeito. Ele pesava 137 kg, e agora está com 123 kg. “Resolvi adoçar os alimentos que consumo com frutas. Hoje, produzo os bolos e doces usando frutas como banana e tâmara para adoçar. Foi necessário adaptar meu paladar para uma nova rotina. Em três meses, perdi mais de 10 kg de gordura, e minhas taxas melhoraram”, conclui.

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Dia Mundial da Obesidade terá evento especial neste sábado

Na busca por uma sociedade mais saudável, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em parceria com outras instituições, promoverá, neste sábado (9), uma conscientização pelo Dia Mundial da Obesidade. O encontro será no Estacionamento 13 do Parque da Cidade, ao lado da administração, a partir das 8h. A porta de entrada para os pacientes são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). De acordo com o grau da doença, a pessoa é encaminhada para atendimento endocrinológico ou para os centros especializados em obesidade | Foto: Sandro Araújo/Agência Brasília A obesidade é uma doença que pode levar a inúmeras complicações de saúde como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão. Pode também estar relacionada a alguns tipos de câncer, afetar o sono, causar problemas psicológicos, além de acarretar baixa na qualidade de vida ou, até mesmo, a morte. Relatório da Federação Mundial da Obesidade (WOF) preocupa especialistas e profissionais da saúde. A perspectiva da obesidade na população está na contramão do combate ao sedentarismo. Na atualidade, 22,4% da população brasileira adulta é obesa, mas o problema se intensifica a cada ano e a projeção é de que o Brasil terá 41% dos adultos brasileiros obesos até 2035. A perspectiva mundial é de que uma a cada 4 pessoas sofrerão com a doença, o que equivale a cerca de 2 bilhões de pessoas. “Atendemos pacientes com obesidade grau dois associado a algumas comorbidades como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. Atendemos também obesidade grau três, independentemente de comorbidades” Flávia Franca, referência técnica distrital de endocrinologia da SES-DF A porta de entrada na rede pública de saúde do DF para pessoas com obesidade e sobrepeso é o sistema de Atenção Primária, iniciado nas unidades básicas de saúde (UBS). A SES-DF acolhe a população e, de acordo com o grau da doença, encaminha para os serviços de atendimento endocrinológicos ou para os centros especializados em obesidade. A referência técnica distrital (RTD) de endocrinologia da SES-DF, Flávia Franca, explica que os casos mais graves precisam de tratamento. “Atendemos pacientes com obesidade grau dois associado a algumas comorbidades como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. Atendemos também obesidade grau três, independentemente de comorbidades”, explica. O Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) é um dos locais de atendimento médico multiprofissional da rede pública. Desde de 2017, o Cedoh atua no tratamento das comorbidades para o atendimento de pessoas que foram diagnosticadas como de risco e de alto risco. A gerente do Cedoh, Alexandra Rubim, destaca que o trabalho é feito de forma interdisciplinar. “Temos endocrinologistas adulto e pediátrico, cardiologistas, nefrologistas, equipe de enfermagem, fisioterapia, nutrição e psicologia. Os pacientes são encaminhados pelo sistema de regulação de vagas e ficam conosco por dois anos”, explica. O processo inclui acolhimento, orientação e tratamentos, com atendimentos presenciais na unidade, a cada dois meses. O sucesso terapêutico é identificado quando o paciente consegue eliminar de 5 a 15% do peso corporal. O Cedoh já atendeu cerca de 930 adultos desde sua inauguração e, a partir de 2019, recebeu 431 crianças, adolescentes e suas famílias. A obesidade pode levar a inúmeras complicações de saúde como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Superação e consistência O sobrepeso, também conhecido como pré-obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está relacionado a índices de massa corporal (IMC) maiores ou iguais a 25 kg/m2. Na população brasileira, essa doença afeta cerca de 57% dos homens. Um dos grandes problemas é o aumento da circunferência abdominal, muito comum na comunidade masculina. Mensurado pelo índice de circunferência de cintura (CC), o indicador mostra o nível de gordura intra-abdominal ou visceral. A conhecida “barriguinha de chopp” pode esconder uma série de problemas de saúde ligados à obesidade. Foi o que descobriu o estudante de psicologia, Fábio Alves, de 43 anos. “Sempre fiz atividade física, mas sem ter uma consistência. Com o passar dos anos, comecei a ganhar peso, cheguei a pesar 115 kg.” Uma inflamação do nervo ciático e problemas de locomoção levaram o futuro psicólogo a procurar ajuda profissional. Após consultas médicas e com acompanhamento de nutricionista e educador físico, Fábio passou a ter intensidade e foco na alimentação e no treino. “Hoje estou treinando todos os dias, intercalando entre corrida, natação e academia. Já perdi quase 30 kg, sem tomar nenhum tipo de medicação. Mas tudo com o acompanhamento de profissionais de saúde”, afirma. Março de ativismo e conscientização  Desde 2015, o dia 4 de março foi escolhido como o Dia Mundial da Obesidade para mobilizar a sociedade em função da prevenção e do manejo da obesidade. Este ano o tema da campanha estimula a conversa interdisciplinar. Na medida em que a maior dificuldade no controle de peso é equilibrar a balança entre o consumo e o gasto calórico, a atividade física pode ser uma solução. É o que pensa a Organização Mundial da Saúde (OMS) ao instituir também o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, celebrado no próximo dia 10 de março. Saiba mais sobre a obesidade. *Com informações da SES-DF

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Profissionais de saúde terão curso de contagem de carboidratos 

A partir do dia 27, o Ambulatório de Pé Diabético da Região de Saúde Sul, na Policlínica do Gama (Polic-Gama), promove o curso Contagem de Carboidratos – Educação em Saúde em Diabetes. Inscrições serão feitas presencialmente no Hospital Regional do Gama | Foto: Sandro Araújo/Agência Brasília A capacitação se destina a usuários e servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 ou que já estejam em acompanhamento na unidade. As inscrições são feitas presencialmente no próprio ambulatório, no Hospital Regional do Gama, localizado na Área Especial nº 1 – Setor Central. [Olho texto=”Alunos deverão fazer a contagem de carboidratos de seus alimentos por conta própria” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Serão oferecidas três turmas em 2024. O curso contará com dois encontros presenciais, uma vez ao mês. O objetivo é melhorar os desfechos dos tratamentos oferecidos no ambulatório, estimulando os usuários a aprimorarem seu autocuidado e o consumo nutricional. As inscrições são gratuitas. A primeira aula vai orientar sobre os métodos de educação alimentar, tirar dúvidas e identificar limitações dos usuários em aderir à terapêutica nutricional proposta no acompanhamento. Após o encontro, os alunos terão o prazo de um mês para colocar o aprendizado em prática, realizando a contagem de carboidratos de seus alimentos por conta própria. Na segunda aula, quando deverão ser apresentados os resultados obtidos, o grupo receberá instruções sobre a manutenção do tratamento. Acesso ao serviço O atendimento da pessoa com diabetes é iniciado na unidade básica de saúde (UBSs) de referência, de acordo com o seu endereço residencial. No InfoSaúde é possível identificar a unidade, usando o Código de Endereçamento Postal (CEP) do paciente. Aqueles que possuem diabetes tipo 2 são acompanhados por um médico de família e um enfermeiro em consultas intercaladas. Quando necessário, e de acordo com a avaliação de risco, os usuários são encaminhados para avaliação de um endocrinologista nos ambulatórios especializados, com a participação de equipe multiprofissional. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já os pacientes com diabetes tipo 1 são encaminhados, prioritariamente, à endocrinologia do ambulatório de referência da região, e seguem com toda a assistência na UBS para entrega dos insumos (tiras reagentes, lancetas, agulhas para canetas ou seringas). Diabetes mellitus O diabetes mellitus é um conjunto de alterações metabólicas que acarreta elevados níveis de glicemia no sangue, decorrentes da deficiência na produção de insulina. O quadro pode provocar complicações crônicas, como doenças cardiovasculares, oculares, renais e neurológicas. O tratamento do paciente com diabetes inclui educação e conscientização sobre a síndrome, estímulo para uma alimentação saudável, prática de atividade física regular e orientações para metas de controle adequado de pressão arterial, peso, lipídios e glicemia. Curso de Contagem de Carboidratos – Educação em Saúde em Diabetes  ? Turma 1: do dia 27 deste mês a 26/3 ? Turma 2: 21/5 a 18/6 ? Turma 3: 3/9 a 5/11 ? Local: Ambulatório de Pé Diabético no Hospital Regional do Gama (HRG) – Área Especial nº 1 – Setor Central ? Horário: das 13h às 18h. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Estatuto da Pessoa com Diabetes garante direitos no Distrito Federal

Já está em vigor no Distrito Federal o Estatuto da Pessoa com Diabetes, criado pela lei nº 7.409, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha e publicada no Diário Oficial do DF (DODF) do dia 18 deste mês. O estatuto assegura direitos aos pacientes diagnosticados com diabetes, como acesso aos serviços de saúde pública e prioridade de atendimento. Aproximadamente 115 mil pessoas fazem acompanhamento de diabetes nas unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF). “A nova lei normatiza práticas que já adotamos no âmbito da Secretaria de Saúde. Temos o orgulho de termos aqui um tratamento que é referência nacional”, afirma a subsecretária de Assistência Integral à Saúde, Lara Nunes. Ela destaca o uso do Libre, equipamento para monitorar os níveis de glicemia no sangue. Os pacientes também contam com bombas de insulina. Pacientes com diabetes no DF têm acesso a tratamentos com o Libre e com bombas de insulina | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde O uso desses equipamentos é orientado pelos profissionais da SES-DF. O acompanhamento é feito em unidades especializadas no tratamento da doença, como o Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (Cadh) e o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh). A rede de 176 unidades básicas de saúde (UBSs) funciona tanto como porta de entrada quanto para o acompanhamento de quem está com a doença crônica controlada. Em caso de necessidade, o encaminhamento a um endocrinologista é rápido. “Todo paciente com diabetes tipo 1 é prioritário. Não há atraso para consulta com o especialista”, garante a endocrinologista Flávia Melo, referência técnica distrital da área. A SES-DF conta com 73 médicos endocrinologistas, 23 deles voltados para atendimentos pediátricos. Além disso, profissionais de diversas especialidades fazem o acompanhamento geral da saúde dos pacientes, e há ambulatórios para tratamento de complicações da doença, como o “pé diabético” e a retinopatia. Também são realizadas ações educativas, inclusive em escolas, em parceria com a Secretaria de Educação. A Secretaria de Saúde conta com 73 médicos endocrinologistas | Foto: Thaís Cavalcante/ Agência Saúde Diabetes: o que é e como evitar A diabetes é caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente e pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. A doença pode ter diversas causas, que determinam o seu tipo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A diabetes tipo 1 atinge de 5% a 10% dos pacientes. Nesse caso, as células produtoras de insulina são destruídas pelo próprio corpo. Já os demais 90% são acometidos pelo tipo 2, quando há deficiência na produção de insulina ou resistência à insulina. Também há a diabetes gestacional, que pode ou não persistir após o parto. Além disso, determinados tipos de doenças, uso de medicação, drogas, produtos químicos ou problemas genéticos podem levar a um quadro de diabetes. A melhor forma de prevenir a diabetes é praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e evitar o consumo de álcool, tabaco e drogas. Além disso, é fundamental fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Retinopatia diabética: cuidados para evitar a doença

O descontrole da glicemia, elevando os níveis de açúcar no sangue, é um dos fatores causadores da retinopatia diabética, doença que afeta cerca de quatro milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A enfermidade é ocasionada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, prejudicando o tecido no fundo do olho – responsável por captar imagens interpretadas pelo cérebro. A retinopatia diabética é causada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, prejudicando o tecido no fundo do olho. As principais complicações incluem visão embaçada ou flutuante, desenvolvimento de glaucoma, descolamento de retina e, em casos extremos, cegueira | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde De acordo com o oftalmologista Fabrício Borges, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), especialista na doença, a retinopatia é a principal causa de cegueira em pessoas com diabetes. Ele alerta que essa complicação pode ser evitada ou controlada com diagnóstico precoce. “É muito importante que os pacientes diabéticos façam anualmente o exame de fundo de olho da retina para detectar precocemente a doença. Com diagnóstico e tratamento oportunos, é possível prevenir complicações que podem levar à cegueira. Ela é considerada a maior causa de cegueira na população trabalhadora, abaixo dos 50 anos de idade”, explica Borges. Como prevenir [Olho texto=”“É muito importante que os pacientes diabéticos façam anualmente o exame de fundo de olho da retina para detectar precocemente a doença”” assinatura=”Fabrício Borges, oftalmologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran)” esquerda_direita_centro=”direita”] A prevenção da retinopatia diabética envolve o controle dos níveis de açúcar no sangue e a manutenção da pressão arterial em níveis normais. Pessoas com diabetes devem realizar consultas periódicas com o oftalmologista e adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e atividades físicas regulares. O diabetes pode causar sintomas em diversas partes do corpo, não necessariamente associados à condição. As principais complicações da retinopatia diabética incluem visão embaçada ou flutuante, desenvolvimento de glaucoma, descolamento de retina e, em casos extremos, cegueira. O tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), chamado antiangiogênico, é de alto custo, mas essencial para estabilizar e tratar a doença. “Fazemos cerca de 200 procedimentos por mês na rede”, diz Borges. A porta de entrada na rede pública para o atendimento são as UBSs. Após avaliação, os profissionais encaminham os pacientes para os médicos especialistas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O Hran conta com um quadro de especialistas no uso de antiangiogênicos — medicamentos que têm a possibilidade de inibir o crescimento de vasos sanguíneos anômalos —, contribuindo significativamente para o cuidado eficaz no tratamento. Atualmente, 70 oftalmologistas fazem parte da Secretaria de Saúde (SES-DF). A porta de entrada na rede pública para o atendimento são as unidades básicas de saúde (UBSs). Após avaliação, os profissionais encaminham os pacientes para os médicos especialistas. O Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), no Hospital Regional do Guará (HRGu), ampliou seu horário de funcionamento, buscando dobrar o número de pacientes acompanhados. Os atendimentos ocorrem às terças e quintas-feiras, das 7h às 12h e das 13h às 18h. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Reconhecimento rápido de sintomas ajuda a salvar vidas em casos de AVC

A obstrução ou rompimento de vasos que impede a circulação sanguínea no cérebro é a causa do acidente vascular cerebral (AVC). Apesar de súbita, essa ocorrência é possível de ser identificada no momento em que ocorre, por meio de alguns sinais visíveis: fraqueza em metade do corpo, diminuição da sensibilidade, perda repentina da visão de um olho e alteração na fala e na face. Uma vez identificados sintomas de AVC, como fala arrastada, dificuldade de levantar o braço e sorriso torto, a orientação é ligar imediatamente para o Samu | Fotos: Matheus Oliveira/Arquivo Agência Saúde O AVC está ligado a fatores de risco das doenças vasculares, como pressão e colesterol altos e diabetes. Fatores como tabagismo, alcoolismo e sedentarismo também acarretam risco, bem como a idade. Por ser uma condição repentina, a prevenção é essencial, segundo a neurologista Adriana Barros, da Secretaria de Saúde (SES-DF).  “Caso tenha pressão alta, deve-se manter o controle regular da pressão arterial com visitas regulares ao médico de família”, orienta a médica. “É importante se atentar também à glicose controlada, parar de fumar, fazer uso moderado do álcool. Outra forma é realizar atividade física, pois ela aumenta o colesterol bom, a função cardiopulmonar e melhora a saúde vascular.” Primeiros 30 minutos A neurologista afirma que, no Brasil, o AVC é a primeira causa de incapacidade e a segunda de mortalidade. Os dados apontam para a urgência em abordar o tema. Divulgar o reconhecimento rápido dos sintomas pode refletir diretamente na extensão das sequelas e na capacidade de reabilitação. Por isso, os primeiros 30 minutos são cruciais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Se, ao sorrir, o rosto da pessoa estiver puxando apenas para um lado; se, ao levantar o braço, ela não consegue mantê-lo no alto; e se a fala sair estranha, arrastada, é preciso correr e ligar para o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, número 192] imediatamente”, alerta Adriana Barros. O Samu orienta e direciona ao hospital. Nos casos agudos, a unidade de referência é o Hospital de Base do DF. Já para a prevenção de doenças vasculares cerebrais, o primeiro caminho a seguir é buscar atendimento nas unidades básicas de saúde (UBSs). É possível encontrar a UBS de referência, de acordo com o local de moradia, clicando aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde    

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Ação de prevenção contra o diabetes nos restaurantes comunitários

Os 16 restaurantes comunitários do Distrito Federal promoveram uma ação para reforçar a prevenção contra o diabetes. As equipes produziram murais, cartazes, veicularam vídeo explicativo e distribuíram fôlderes para alertar as famílias vulneráveis que frequentam as unidades sobre os riscos do diabetes e a importância de ter um estilo de vida saudável e uma alimentação balanceada. A iniciativa ocorreu nesta terça-feira (14), data em que é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. [Olho texto=”“Muitas pessoas circulam nos restaurantes comunitários. São famílias em vulnerabilidade social que, muitas vezes, não têm acesso a essas informações. Que bom poder utilizar esse espaço dos restaurantes comunitários para reforçar a prevenção contra o diabetes e auxiliar pessoas que já têm a doença a viverem melhor!”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] Os frequentadores também contaram com a tradicional degustação das ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN). Neste mês, a atração foi bolo de banana com aveia. “Escolhemos essa receita para mostrar a importância de consumir fruta em outras preparações que não seja ela in natura. A banana também é boa para adoçar o bolo sem adicionar o açúcar, o que, para o diabético, é fundamental. E a aveia vai trazer mais fibra para essa preparação, reduzindo a glicemia no sangue. Para quem tem diabetes, aumentar o consumo de fibras é interessante”, explica a nutricionista da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) Glenia Pereira Moreira Cordeiro, que atua no Restaurante Comunitário de Brazlândia. Ação de EAN alerta sobre os riscos do diabetes e a importância de ter um estilo de vida saudável e uma alimentação balanceada | Foto: Divulgação/Sedes Glenia preparou o material de divulgação da ação de EAN deste mês, em parceria com a nutricionista Mayra de Lima Granjeiro, do Restaurante Comunitário do Paranoá. “O diabético, muitas vezes, acaba excluindo o bolo da dieta por causa do açúcar. E o bolo traz memórias afetivas. Então, é uma forma de incluir uma preparação que tem memória na alimentação de uma pessoa que tem restrição alimentar”, complementa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Muitas pessoas circulam nos restaurantes comunitários. São famílias em vulnerabilidade social que, muitas vezes, não têm acesso a essas informações. Que bom poder utilizar esse espaço dos restaurantes comunitários para reforçar a prevenção contra o diabetes e auxiliar pessoas que já têm a doença a viverem melhor”, comemora a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Sedes-DF

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DF oferece monitores de glicose e bombas de insulina a pacientes diabéticos

Com atendimento especializado em todo o território, o Distrito Federal é considerado uma referência no tratamento do diabetes. A rede pública de saúde é destaque nacional por ofertar aparelhos para que pacientes possam monitorar níveis de glicose e treinar profissionais de outras unidades da Federação, além de ter atendimento especializado nas sete Regiões de Saúde do DF. Nesta terça-feira, 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, um momento de conscientização sobre a prevenção, os riscos e os cuidados com a doença. O tema adotado para a campanha, em 2023, é Acesso aos Cuidados do Diabetes. “O DF faz um trabalho de excelência no atendimento às pessoas com diabetes. Aqui é um dos poucos lugares do Brasil que disponibiliza o Libre, que é um sensor de monitorização contínua de glicose. Também podemos oferecer, desde dezembro de 2020, bomba de insulina para as pessoas que necessitam desse suporte”, afirma a endocrinologista e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Alexandra Rubim Camara Sete. Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh) conta com uma equipe multidisciplinar e oferece consultas ambulatoriais individuais e em grupo | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF Decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, o diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla. A enfermidade é caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente e pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. [Olho texto=”“O DF faz um trabalho de excelência no atendimento às pessoas com diabetes. Aqui é um dos poucos lugares do Brasil que disponibiliza o Libre, que é um sensor de monitorização contínua de glicose. Também podemos oferecer, desde dezembro de 2020, bomba de insulina para as pessoas que necessitam desse suporte”” assinatura=”Alexandra Rubim Camara Sete, gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh)” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem, atualmente, no Brasil, mais de 15 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 7,9% da população nacional. No DF, entre os usuários cadastrados nas unidades básicas de saúde (UBSs), aproximadamente 115.382 convivem com a patologia. Tratamento integrado Diagnosticada com diabetes mellitus tipo 1 aos 6 anos de idade, a auxiliar de dentista Ana Luíza Santos, 23 anos, faz acompanhamento no Ambulatório do Pé Diabético no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). “A gente tem o atendimento completo aqui, equipe com endocrinologista, nutricionista, oftalmologista, dentista, psicólogo. Suporte com orientação e também com os materiais que a gente precisa, como o aparelho para medir a glicemia, as fitas, as seringas e a insulina, que é algo muito caro e o diabético não pode ficar sem”, relata. A paciente destaca ainda a importância do tratamento gratuito, acessível e de qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS). “Se a rede pública não disponibilizasse o tratamento e os insumos, muita gente não teria acesso. Eu mesma não teria condição de custear esse tratamento de forma particular”, pondera. Ana Luíza Santos, 23, foi diagnosticada com diabetes mellitus tipo 1 aos 6 anos e faz acompanhamento no Ambulatório do Pé Diabético no HRT: “Se a rede pública não disponibilizasse o tratamento e os insumos, muita gente não teria acesso. Eu mesma não teria condição de custear” | Foto: Arquivo Pessoal Em todas as sete Regiões de Saúde do DF, há endocrinologistas nos ambulatórios. Além disso, a população conta com centros especializados no atendimento das pessoas com a doença. É o caso do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), localizado na Asa Norte. O local é referência para atendimento da Região Central de Saúde – integrada por asas Sul e Norte, Cruzeiro, Setor Militar Urbano, Noroeste, Setor de Indústrias Gráficas, Granja do Torto, Vila Planalto, lagos Norte e Sul, Sudoeste, Octogonal e Varjão –, onde está registrada a maior incidência do diabetes no DF. Mas também recebe pacientes de outras regiões, caso haja necessidade e disponibilidade de vagas. Em média, o tempo de espera para atendimento é inferior a 20 dias. Outras duas unidades também são voltadas para o tratamento da doença: o Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), no Hospital Regional do Guará (HRGu), e o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (CADH), no Paranoá. Cada paciente é encaminhado para uma unidade, de acordo com o local onde mora. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) também oferta atendimento especializado em Ambulatórios do Pé Diabético, que ficam em Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Sobradinho, Planaltina, Guará, Gama e Plano Piloto. Acesso ao serviço O DF é referência no tratamento do diabetes, reconhecido, inclusive, pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF O atendimento da pessoa com diabetes é iniciado na UBS de referência, de acordo com o seu endereço residencial. No InfoSaúde é possível identificar a unidade, usando o CEP do paciente. Aqueles que possuem diabetes tipo 2 são acompanhados pelo médico de família e enfermeiro em consultas intercaladas. Quando necessário e de acordo com a avaliação de risco, os usuários são encaminhados para avaliação de um endocrinologista nos ambulatórios especializados com a participação de equipe multiprofissional. Já os pacientes com diabetes tipo 1 são encaminhados, prioritariamente, para endocrinologista do ambulatório de referência da região e seguem com toda a assistência na UBS para entrega dos insumos – tiras reagentes, lancetas, agulhas para canetas ou seringas. ?Tipos de diabetes ? Diabetes tipo 1: causado pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos. ? Diabetes tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na sua secreção. Ocorre em cerca de 90% dos diabéticos. ? Diabetes gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida. ? Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de medicamentos. Por exemplo, defeitos genéticos da função da célula beta ou na ação da insulina; doenças do pâncreas (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.). ?Prevenção A melhor forma de prevenir o diabetes é praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e evitar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Além disso, é fundamental estar atento aos sintomas da doença e realizar exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue. Para quem já possui a doença, é importante seguir uma dieta equilibrada e saudável, rica em alimentos in natura e minimamente processados, reduzir a quantidade de sal e consumir açúcar de forma moderada. Também deve-se manter acompanhamento médico regular para controlar a glicose no sangue e prevenir complicações. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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