Espetáculo anual de escola no Paranoá é reconhecido como prática exitosa da rede pública
Na última quinta-feira (30/10), a Escola Classe 03 do Paranoá (EC 03) apresentou a peça teatral Peter & Wendy, atividade prevista no projeto “Entre raios e trovões, eis o furacão”. Reconhecida na rede pública de ensino do Distrito Federal, a iniciativa destaca-se por integrar arte, sustentabilidade e tecnologia no processo de ensino e aprendizagem. Apresentação fez parte de um projeto que une teatro, dança e literatura | Foto: Mary Leal/SEEDF “É um projeto que vem sendo desenvolvido desde fevereiro, em que trabalhamos com diversas disciplinas, como português, matemática, geografia, ciências e artes, unindo o conteúdo pedagógico à criatividade da literatura e das artes cênicas” Iara Vidal, professora “Sentimo-nos lisonjeados em ter o nosso projeto aprovado como prática exitosa”, afirmou a vice-diretora da escola, Noelia da Silva Souza. “Essa ação, idealizada pela professora Iara Vidal, faz parte do nosso PPP [projeto político-pedagógico], construído com a participação de pais, professores e servidores. É uma alegria ver que o nosso trabalho está fazendo a diferença.” Em sua segunda edição, a iniciativa reuniu diversas áreas do conhecimento e incentivou a leitura, o teatro, as artes e a dança. “É um projeto que vem sendo desenvolvido desde fevereiro, em que trabalhamos com diversas disciplinas, como português, matemática, geografia, ciências e artes, unindo o conteúdo pedagógico à criatividade da literatura e das artes cênicas”, resume a professora Iara. “O objetivo é construir o aprendizado de forma prazerosa, significativa e integrada à realidade dos estudantes”. Nas aulas de literatura, Iara criou a roda de leitura semanal, em que as crianças exploram livros e levam para casa uma “bolsa mágica” repleta de obras, registrando suas descobertas em cadernos de meia pauta. Já em ciências, a professora abordou o sistema solar de forma lúdica, relacionando o universo fantástico de Peter Pan com conceitos astronômicos. As turmas construíram maquetes e até uma mão biônica, inspirada no personagem Capitão Gancho, unindo sustentabilidade e tecnologia. O espetáculo A parte mais aguardada pelos estudantes, a peça teatral Peter & Wendy, foi preparada durante quatro meses de ensaios e contou com a participação de 30 atores, entre alunos do 2º e do 3º anos, e professores da escola. Durante as aulas de interpretação, dança e teatro, foram abordados temas como inclusão, amizade, cooperação, apoio aos colegas mais tímidos e a valorização de todos os papéis no processo artístico e educativo. [LEIA_TAMBEM]O estudante Pedro Miguel da Silva, de 9 anos, interpretou Peter Pan. Entre cenas cheias de movimento, ele aprendeu muito mais do que atuar. “O que eu mais gostei foi da parte das lutas”, relatou. “A gente passa por muitas aventuras, dança e aprende a perder o medo e a vergonha. Eu aprendi a atuar e interpretar. Também fiz novas amizades, comecei a conversar com colegas com quem eu não falava tanto antes, e isso foi muito legal”. Aylla Ferreira, 9, interpretou Wendy e destacou o quanto a leitura a ajudou a se preparar para o espetáculo: “O que eu mais gostei foi de desenvolver a leitura. Essa foi a minha primeira apresentação grande, de uma hora. Eu gostei muito. Eu aprendi a dançar, a atuar e até a cantar um pouquinho”. Chiara Moraes, 9, interpretou a fada Sininho. “O que eu mais gostei foi de dançar”, disse. “A Aylla e eu viramos amigas. Fiquei muito feliz por ter sido escolhida para ser a Sininho, que era a personagem que eu queria”. *Com informações da Secretaria de Educação
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Espetáculo ‘Pane no Sistema!’ traz reflexões sobre os impactos da tecnologia na humanidade
Explorar os impactos das culturas digitais sobre as relações e a existência humanas de forma crítica, provocativa e bem-humorada é a proposta da peça Pane no Sistema!, produção coletiva dos estudantes do primeiro semestre do curso de tecnologia em atuação cênica da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF). O espetáculo estreará nesta quarta-feira (11), às 16h, no Anfiteatro 9 da Universidade de Brasília (UnB), no Instituto Central de Ciências (ICC). A entrada é gratuita, mediante a retirada antecipada de ingressos pelo Sympla ou diretamente no local antes do início da sessão. A história de Pane no Sistema! se passa em universo em que todos são transformados em robôs e zumbis | Foto: Divulgação/UnDF Da concepção à dramaturgia, passando pelas cenas e pela encenação, todo o processo foi desenvolvido no âmbito da disciplina Projeto Integrador em Atuação Cênica, sob a orientação do professor Jorge Marinho. “Tem sido um exercício muito rico para a formação artístico-profissional que estamos construindo”, comenta ele, que também dirige a peça. “Em seu semestre inaugural, a turma pioneira do curso de atuação cênica apresentará um espetáculo único, marcado por sua identidade. Esperamos que o público se divirta e possa refletir sobre questões urgentes da nossa contemporaneidade”. Distopia Montagem tem como foco os impactos provocados pela dependência da tecnologia A peça se passa em um universo distópico em que as tecnologias avançadas assumiram o controle, transformando seres humanos em robôs, androides e zumbis dependentes de sistemas digitais para sobreviver. O ano é 2084, e uma entidade autoritária chamada CyberTech manipula todos os aspectos da sociedade, controlando a vida e as emoções dos cidadãos. Mas, no coração desse mundo mecanizado, uma resistência de rebeldes começa a questionar essa dominação, lutando para reacender laços e sentimentos humanos como amor, alegria e liberdade. O espetáculo explora, de forma crítica, a crescente dependência da tecnologia e seus impactos na humanidade, onde pensar, sorrir, abraçar e amar se tornam atos de resistência. A montagem faz referência ao filme Blade Runner 2049, ao jogo eletrônico Cyberpunk 2077 e aos livros Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han; 1984, de George Orwell, e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. O título Pane no Sistema é uma alusão à música Admirável Chip Novo (2003), do álbum de mesmo nome da cantora Pitty. Sobre o curso de atuação cênica A abertura do curso de tecnologia em atuação cênica foi autorizada em abril deste ano, ao lado de outras quatro novas graduações: letras-português, letras-inglês, ciência da computação e dança. Divididos entre licenciaturas, bacharelado e formação tecnológica, os cursos funcionam no Campus Norte da instituição e foram ofertados no processo seletivo estudantil realizado em julho deste ano. Com duração de três anos, a graduação é estruturada em etapas temáticas semestrais, promovendo integração entre suas unidades curriculares. O curso desenvolve um olhar sensível às complexidades do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride), investigando cenas, teatralidades e potencialidades muitas vezes negligenciadas. Além disso, propicia diálogos com os cursos superiores de tecnologia em dança e em produção cultural da UnDF, por meio de unidades curriculares eletivas interdisciplinares. Serviço Pane no Sistema! ⇒ Quando: quarta-feira (11), às 16h ⇒ Onde: Anfiteatro 9 da UnB – Instituto Central de Ciências, Campus Darcy Ribeiro – Asa Norte Aberto ao público, com entrada franca. Classificação indicativa: 14 anos Ingressos pelo Sympla ou presencialmente antes do espetáculo (limitado a 30 vagas). *Com informações da UnDF
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Estudantes da rede pública encenam espetáculo sobre o racismo
Um espetáculo encenado por estudantes do Centro de Ensino Médio (CEM) 804 do Recanto das Emas emocionou o público, em apresentação na manhã desta quarta-feira (29), no teatro da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), em Águas Claras. A montagem é mais uma iniciativa de combate ao racismo nas escolas públicas do DF. Elenco de ‘Sabe por que tu não deu bola?’ atuou com interpretação de texto e também de músicas | Foto: Mary Leal/SEEDF [Olho texto=”“Esta peça é um grito de socorro, e tem que ser apresentada em todos os lugares. O preconceito dirigido a uma pessoa é um ato de agressão contra todos” ” assinatura=”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação ” esquerda_direita_centro=”direita”] Cerca de 400 pessoas assistiram à peça Sabe por que tu não deu bola?, dirigida pelo Tiago Leal. Formado por 20 estudantes, o grupo se uniu para dar voz a uma narrativa muitas vezes silenciada: o racismo vivido no dia a dia. “Esta peça é um grito de socorro, e tem que ser apresentada em todos os lugares”, elogiou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, que assistiu ao espetáculo. “Não desistam, meus alunos, a luta está agora nas mãos de vocês. O preconceito dirigido a uma pessoa é um ato de agressão contra todos.” Impacto do racismo A trama mergulha no cotidiano dos personagens, oferecendo uma perspectiva do impacto do racismo na vida de todos. O texto utilizou, entre outros elementos, trechos de falas comuns expressões preconceituosas, como “que cabelo é esse?”, “o que você tá fazendo nesse lugar a essa hora?”, “volta para senzala” e “macaco”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] São personagens de grande apelo popular, conta uma das atrizes, Sara Dourado, 16 anos. Ela interpreta uma jovem dedicada, desde cedo, a cuidar dos irmãos e da casa. “É uma personagem condenada pela sociedade e quer mostrar que consegue, que é capaz, que tem poder de ser suficiente”, avalia. “Para mim, também é libertador. Imagine a gente vir para um lugar de fala, onde as pessoas te veem. Eu sei que agora inspiro muitas meninas e mulheres, como ponto de referência e revolução, enfim, um símbolo de resistência”. Cada integrante do elenco, à sua maneira, se identificou com o personagem interpretado. “Quando eu era pequena, sofria muito racismo com os meus colegas de infância”, contou Estela Almeida Silva, 17. “Eles não tinham muito conhecimento. Na verdade, eu também não tinha. Poder hoje falar sobre o reconhecimento que as pessoas negras precisam ter no nosso país e no mundo é muito importante pra mim, e a toda a oportunidade que eu tiver para fazer isso com certeza vou dizer sim”. *Com informações da Secretaria de Educação do DF
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Projeto leva escolas públicas ao espetáculo ‘Chapeuzinho Esfarrapado’
Sete escolas públicas do Distrito Federal vão receber o espetáculo teatral Chapeuzinho Esfarrapado, uma criação premiada da dramaturga carioca Marcia Zanelatto. Dirigida por Camila de Sant’Anna e Lidia Olinto, a peça mostra a jornada da personagem em busca de uma melhor e mais corajosa versão de si mesma. [Olho texto=”“É sempre uma felicidade ter parcerias como essa e poder levar para os estudantes da rede pública de ensino do DF o acesso ao entretenimento de qualidade. Muitas vezes lições complexas têm a oportunidade de serem expostas por meio do teatro de uma maneira divertida”” assinatura=”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O projeto é desenvolvido pela Caixa Cultural Brasília e conta com recursos de R$ 70 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). As sessões gratuitas e fechadas para as escolas serão realizadas nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 deste mês, enquanto as sessões abertas ao público pagante estão programadas para os dias 8, 9, 15 e 16. Serão contempladas escolas do Guará, Estrutural, Santa Maria, Samambaia Sul, Núcleo Rural Sobradinho, Ceilândia e Asa Norte. Todas as crianças, alunas das escolas públicas, serão levadas de ônibus até a Caixa Cultural, onde o espetáculo estará sendo exibido. “É sempre uma felicidade ter parcerias como essa e poder levar para os estudantes da rede pública de ensino do DF o acesso ao entretenimento de qualidade. Muitas vezes lições complexas têm a oportunidade de serem expostas por meio do teatro de uma maneira divertida”, afirmou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Narrativa lúdica Na adaptação para o teatro, a narrativa explora o acontecimento nuclear da história, que é a invasão ao castelo de Chapeuzinho e as irmãs, e o transforma na invasão da cozinha da Chapeuzinho, que é o lugar onde ela tem sua construção emocional | Foto: Paula Carrubba/Divulgação Entre as mitologias de diferentes culturas, a história Chapeuzinho Esfarrapado veio do conto escandinavo Tatterhood and Other Tales, livro traduzido por Julia Romeu e que traz 25 contos folclóricos com uma pegada feminista. De acordo com a diretora do espetáculo, Camila de Sant’Anna, a peça é feita a partir de uma pesquisa de lendas e contos com protagonistas femininas fortes e não padronizadas, trazendo mais inclusão e empoderamento para as crianças. O principal objetivo é proporcionar às crianças um caminho de reflexão onde elas aprendem a se amar e se proteger de relações abusivas, como bullying e machismo. Segundo Sant’Anna, o teatro, por ser uma arte viva, pode trazer uma comunicação mais presente em meio ao excesso de tela que as crianças são expostas nos dias atuais. [Olho texto=”“A gente sabe das muitas situações de bullying nas escolas, além de sermos o quinto país do mundo em número de casos de violência contra a mulher. A educação da igualdade de gênero deve ser feita na infância, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). A gente precisa equilibrar isso de uma forma saudável”” assinatura=”Camila de Sant’Anna, diretora do espetáculo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A gente sabe das muitas situações de bullying nas escolas, além de sermos o quinto país do mundo em número de casos de violência contra a mulher. A educação da igualdade de gênero deve ser feita na infância, de acordo com a Organização das Nações Unidas [ONU]. A gente precisa equilibrar isso de uma forma saudável”, destaca a diretora do espetáculo. Na adaptação para o teatro, a narrativa explora o acontecimento nuclear da história, que é a invasão ao castelo de Chapeuzinho e das irmãs, e o transforma na invasão da cozinha da Chapeuzinho, que é o lugar onde ela tem sua construção emocional. A dramaturgia utilizada é não linear, por não seguir o padrão de começo, meio e fim, visto que a protagonista vive cinco situações que se repetem na vida dela. Durante a narrativa, a personagem cozinha com suas emoções, fazendo receitas com os sentimentos, usando metáforas. “É como se fosse uma alquimia dos sentimentos”, pontua Camila, lembrando que há também uma estética no cenário e nos figurinos que bebe muito da brasilidade, pensada pela cenógrafa Maria Villar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Serviço Durante a semana, as apresentações são fechadas para as escolas públicas. Já no fim de semana, a peça é apresentada para o público pagante, também no teatro da Caixa Cultural. Confira abaixo os horários. Sessões gratuitas e fechadas para escolas no mês de julho ? Quinta-feira (6): 14h30 ? Sexta feira (7): 9h30 e 14h30 ? Quarta-feira (12): 9h30 ? Quinta-feira (13): 9h30 e 14h30 ? Sexta-feira (14): 9h30 e 14h30 Sessões abertas ao público, com bilheteria: 8, 9, 15 e 16 de julho, sempre às 16h, no Teatro da Caixa Cultural Para mais informações, é só acessar a página do projeto no Instagram.
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Espetáculo leva humor e reflexão a escolas da rede pública
Escolas públicas de oito regiões administrativas do Distrito Federal serão tomadas pelo riso e humor durante a apresentação do espetáculo Madame Dolores, a Grande Cartomante, até 3 de dezembro, com entrada franca. As apresentações serão em Ceilândia, Taguatinga, Recanto das Emas, Plano Piloto, Samambaia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo e Águas Claras e fazem parte de uma criação da artista Alessandra Vieira. Personagem central começou a se apresentar em ambiente circense; aos poucos, o espetáculo foi crescendo e virou peça interativa | Foto: Bruna Araújo/Divulgação Autoral, o projeto reúne elementos técnicos do teatro, circo, ilusionismo e dança. No palco é contada a trajetória de Madame Dolores, espiritualista que acredita ter sido enviada de esferas superiores para transformar e iluminar o mundo e propor uma reflexão sobre a fé e o consumo. “É um espetáculo que começou em 2007 como um número circense e, a cada apresentação, a cada ensaio, foi crescendo”, detalha a autora. “É uma apresentação muito interativa, popular e que tem uma abordagem de conduzir a plateia a uma reflexão, através do riso, sobre a questão da exploração da fé, sobre o fanatismo religioso e sobre as próprias hipocrisias presentes no contexto religioso, independentemente da religião.” Nas escolas O projeto de divulgação da peça passa por seis escolas da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), apresentando a peça e, em seguida, abrindo debates com os estudantes. Serão contempladas duas escolas de cada uma de seis regiões administrativas: Ceilândia, Taguatinga, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia e Plano Piloto. Também haverá três sessões gratuitas em teatro ou espaço cultural do DF, igualmente seguidas de debate com o público. O projeto é mais um a contar com suporte do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Criado em 1991, o FAC é o principal instrumento de fomento às atividades culturais e artísticas do DF. “Projetos culturais de circulação, especialmente aqueles realizados em escolas públicas, são essenciais para a promoção de uma educação cultural”, afirma a subsecretária de Fomento e Incentivo Cultural em exercício, Mariana Resende. “Independentemente da linguagem [teatro, música, artes plásticas etc.], esse tipo de projeto pretende alcançar um público muitas vezes carente de atividades culturais, sendo, portanto, um mecanismo importante para a criação de plateia e sensibilização de novos públicos.” Programação Madame Dolores, a Grande Cartomante ?Quarta (23), às 21h – Ceban, Núcleo Bandeirante ?Dia 28, às 20h – CED 02, Riacho Fundo ?Dia 29, às 20h – Escolas Cesas e Cedlan ?1º a 3/12, às 21h – Mostra Cultural do Teatro dos Ventos, Águas Claras Entrada franca. Classificação indicativa livre.
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