Boletim do Comércio Exterior do DF no terceiro trimestre será divulgado nesta quarta (5)
Nesta quarta-feira (5/11), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulga o Boletim do Comércio Exterior referente ao terceiro trimestre de 2025. A soja foi o principal produto exportado pelo Distrito Federal e a China se manteve como o principal destino das exportações. A apresentação dos resultados desse período será feito em transmissão ao vivo pelo YouTube. Arte: IPEDF Serviço: Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal - 3º trimestre de 2025 Data: quarta-feira (5/11) Horário: 15h Acompanhe: canal do YouTube do IPEDF Mais informações: comunicacao@ipe.df.gov.br *Com informações do IPEDF
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China, Arábia Saudita e Japão foram os principais destinos das exportações do Distrito Federal em 2024
O Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal, em sua quarta edição, mostra que, em 2024, as exportações do Distrito Federal totalizaram US$ 298,8 milhões, enquanto as importações somaram US$ 1,63 bilhão. O estudo inédito do Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF) foi feito a pedido da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter-DF). A divulgação do novo boletim aconteceu na manhã desta quinta-feira (29) e contou com representantes da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri), da Secretaria de Economia, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), além da Serinter. O estudo inédito do Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF) foi feito a pedido da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter) | Foto: Divulgação/IPEDF Para onde vão os produtos do DF Os principais destinos das exportações do Distrito Federal em 2024 foram China, Arábia Saudita e Japão, que juntos concentraram 54,7% do valor total exportado. Os produtos exportados para esses mercados foram soja, carnes de aves e miudezas. A retração nas vendas externas desses itens, em especial da soja, contribuiu para a diminuição de 19,1% no valor exportado ao longo do ano, em comparação com 2023. A soja é uma das principais commodities exportadas pelo Distrito Federal e, por apresentar um alto valor agregado, tem forte influência na dinâmica da balança comercial da capital federal. Ao longo do ano, o Distrito Federal exportou 338 produtos diferentes, conforme a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), alcançando 121 países. Já as importações foram provenientes de 78 países, refletindo a diversidade das relações comerciais internacionais do DF. [LEIA_TAMBEM]No que diz respeito às importações, os principais países de origem foram Alemanha, Estados Unidos e Irlanda, responsáveis por 52,0% do valor total importado em 2024. Na análise trimestral, o DF exportou US$ 69,6 milhões no quarto trimestre de 2024, registrando queda de 29,5% em relação ao terceiro trimestre do ano e de 23,7% na comparação com o mesmo período de 2023, impulsionada principalmente pela desaceleração das exportações de soja, que apresentaram recuo de 65%, tanto na comparação trimestral, quanto na interanual. O boletim traz entre os destaques os produtos exportados no quarto trimestre de 2024, como as carnes de galos e galinhas, que apresentaram uma importante contribuição para o resultado trimestral. Peitos de galinha desossados, comestíveis e congelados lideraram a pauta de exportações do quarto trimestre, totalizando US$ 14,9 milhões. Do lado das importações, houve queda de 4,1% no valor importado entre o terceiro e o quarto trimestres de 2024. Na comparação com o mesmo período de 2023, observou-se um crescimento expressivo de 40,1%. Aproximadamente 81,8% das importações do Distrito Federal referem-se à fabricação de produtos farmacêuticos, químicos medicinais e botânicos. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF)
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Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal de 2024 será apresentado nesta quinta (29)
O IPEDF apresenta, nesta quinta-feira (29), às 10h, o Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal de 2024. A publicação traz uma análise completa sobre as dinâmicas de exportação e importação do DF, apontando os principais produtos comercializados, mercados de destino, variações nos preços internacionais e tendências que impactam o cenário econômico local. Os dados ajudam a entender o posicionamento do DF no mercado global e a orientar políticas econômicas mais eficazes. Serviço Apresentação do Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal de 2024 Data: quinta-feira (29) Horário: 10h Local: auditório do IPEDF. *Com informações do IPEDF
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Governo do DF institui temporada oficial da colheita de soja
Governo do Distrito Federal · GOVERNO DO DF INSTITUI TEMPORADA OFICIAL DA COLHEITA DE SOJA A partir de agora, a temporada de colheita da soja no Distrito Federal conta com um período específico. Nesta sexta-feira (23), na AgroBrasília 2025, o governador Ibaneis Rocha assinou um decreto que institui a temporada do recolhimento do grão entre a segunda quinzena de janeiro e a primeira de fevereiro. A cada ano, a data será indicada pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF). Durante a cerimônia de assinatura do decreto, o governador Ibaneis Rocha comemorou: “O que nos orgulha ainda mais é saber que aqui estamos avançando em todas as áreas, desde o pequeno agricultor” | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília “O que nos orgulha ainda mais é saber que aqui estamos avançando em todas as áreas, desde o pequeno agricultor, que nós estamos financiando, até os grandes produtores rurais com a produção de soja do Distrito Federal, que tem crescido muito”, destacou o chefe do Executivo. A soja se destaca como o principal produto agrícola desenvolvido no DF O cultivo da leguminosa é reconhecido como a principal atividade agrícola da capital. Só na safra de 2024/2025 foram produzidas mais de 320 mil toneladas, segundo a Emater-DF. A instituição do dia do recolhimento da soja visa a aumentar e reconhecer o trabalho dos mais de 1,3 mil produtores rurais, bem como estreitar a comunicação entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e as entidades representativas do setor agrícola. “A instituição da temporada oficial da colheita de soja é mais uma medida para apoiar os produtores rurais do DF, que desempenham papel cada vez mais relevante nos mercados nacional e internacional. O decreto assinado pelo governador Ibaneis reforça o compromisso da nossa gestão com fortalecimento constante da produção rural da nossa cidade”, afirmou a vice-governadora Celina Leão. [LEIA_TAMBEM]O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, classificou o decreto como um marco para o setor agrícola do DF: “Estamos reconhecendo o produtor como a grande estrela da agropecuária do Distrito Federal. Simboliza o reconhecimento da principal atividade agrícola do DF, que é a soja, e do esforço dos produtores”. Produção no DF O Distrito Federal conta com uma área de mais de 83 mil hectares de plantação de soja. A produção atende tanto a capital quanto outros estados brasileiros, bem como o exterior. Segundo o secretário de Agricultura, o DF já exporta o item para o Paquistão. Segundo dados da Emater-DF, a safra de 2024/2025 tem uma área plantada superior a 72.322,95 hectares, totalizando mais de 320 mil toneladas, metade dessa quantidade destinada ao mercado de grãos comerciais. Incentivo Em fevereiro deste ano, o governador Ibaneis Rocha esteve com os produtores de soja para acompanhar o início da colheita na Fazenda Coperbrás, em Planaltina. Na oportunidade, ele anunciou a reforma das estradas que ligam às produções rurais da região para evitar as perdas dos produtos durante o transporte.
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Biotic sedia encontros entre empresas brasileiras do setor de tecnologia e compradores internacionais
O Biotic – Parque Tecnológico de Brasília – será o ponto de partida, nesta quarta-feira (9), para uma série de encontros entre empresas brasileiras do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e compradores internacionais. A iniciativa integra o programa Exporta Mais Brasil, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e tem início às 17h, no Sebrae Lab, localizado dentro do parque. “Receber um evento como este reforça o papel do Biotic como ponte entre a inovação brasileira e o mercado global”, afirma o presidente do Biotic, Gustavo Dias | Foto: Daniel Santos/Terracap Até sexta-feira (11), seis compradores de cinco países se reunirão com 25 empresas brasileiras do setor. As rodadas de negócios serão realizadas na quinta-feira (10), no Brasil 21, durante o evento Sebrae Inova. Na sexta, as delegações internacionais farão visitas técnicas às empresas participantes. A abertura contará com representantes da ApexBrasil, Sebrae-DF, empresas do setor e delegações estrangeiras. O Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor-DF) e a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) apresentarão um panorama do setor de TIC e inovação no Brasil e no DF. Os compradores internacionais também visitarão o Biotic, consolidado como ambiente de inovação e desenvolvimento tecnológico na capital federal. As empresas brasileiras também participam de uma capacitação voltada à exportação por meio do projeto Brasil IT+, parceria entre a ApexBrasil e a Softex. Para Clarissa Furtado, gerente de Competitividade da ApexBrasil, o setor tem papel estratégico na economia do país. “O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil é fundamental na transformação digital do país, ao promover a inovação, a competitividade e o desenvolvimento econômico. O Brasil está se consolidando como um dos polos tecnológicos da América Latina e nossas empresas têm muito a oferecer para o mundo”, afirma. Segundo o presidente do Biotic, Gustavo Dias, o evento reafirma o papel do parque como elo entre inovação e mercado internacional. “Receber um evento como este reforça o papel do Biotic como ponte entre a inovação brasileira e o mercado global. Estamos comprometidos em criar um ambiente onde o empreendedorismo tecnológico possa se conectar a novas oportunidades e expandir suas fronteiras”, comenta. Entre as participantes está a Indulge Me, startup de Brasília voltada à gamificação do turismo e da cultura. O CEO da startup, Leonardo Braga, afirma que o evento é uma chance de mostrar o potencial do Brasil na exportação de software. A startup já passou por 11 países e, neste mês, lançará uma experiência gamificada no parque Busch Gardens, nos Estados Unidos. Desde sua criação, em agosto de 2023, o Exporta Mais Brasil já realizou 28 edições, somando mais de seis mil reuniões de negócios. *Com informações do Biotic
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IPEDF lança Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal
Nesta segunda-feira (25), às 15h, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) realizará, em seu canal do YouTube, o lançamento da primeira edição do Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal. O estudo apresenta uma síntese sobre as dinâmicas de exportação e importação do DF, com foco em tendências e fatores que influenciam o comércio internacional. A iniciativa é fundamental para compreender a posição do DF no mercado global, identificar desafios e oportunidades e embasar a formulação de estratégias econômicas eficazes. Nesta edição inaugural, o boletim traz uma análise detalhada sobre o primeiro trimestre de 2024, com destaque para o comportamento das exportações e importações, os principais produtos comercializados, os mercados de destino e as oscilações nos preços internacionais. Serviço Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal ⇒ Data: segunda (25) ⇒ Horário: 15h ⇒ Acompanhe aqui. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)
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Parceria entre GDF e Apex facilita entrada de empresas de Brasília no mercado internacional
O que antes era um sonho, hoje é realidade em 28 países. Há nove anos, o empresário Igor Ramon deu um passo importante para que o seu negócio atingisse outros públicos além do Distrito Federal. Dono da Kamaleão Color, loja de coloração capilar, ele conta que tudo começou na garagem da casa dos pais. Hoje, o cenário é outro – maior e internacional. “É uma determinação do Governo Ibaneis Rocha dar todo suporte ao setor produtivo do Distrito Federal”, disse o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Hoje a gente tem mais de 10 mil metros de indústria. São cinco fábricas, a gente trabalha toda a parte de exportação e estamos presentes em 28 países. Brasília é uma cidade fora do eixo. E ainda que o DF seja muito conhecido por ser uma cidade política, a região tem muito a oferecer para além disso. Nascemos pequenos e hoje estamos realizando o sonho de colorir o mundo”, afirmou Igor. O empresário é um dos beneficiados pela parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) que, por meio do evento DF para o mundo, oferece para as empresas da capital soluções de apoio à exportação para se prepararem para a entrada no mercado internacional. Fazem parte da iniciativa as secretarias de Relações Internacionais e de Desenvolvimento, Trabalho e Renda. Mais de 50 embaixadores estrangeiros estiveram presentes no seminário para conhecer empreendimentos brasilienses. “É uma determinação do Governo Ibaneis Rocha dar todo suporte ao setor produtivo do Distrito Federal. É preciso exportar e mostrar o DF para o mundo. Brasília é o centro do poder, é o centro das decisões, mas nós temos que ver que aqui tem gente, tem indústria, tem um comércio pujante e uma agricultura forte”, explicou o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto. “Vamos capacitar empresas e empreendedores que queiram começar a exportar. A ideia é que a gente consiga aumentar o número de exportadores aqui no Distrito Federal” Ana Paula Repezza, diretora de negócios da Apex Brasil Segundo o secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Renda, Thales Mendes, o evento servirá para mapear as empresas da capital com capacidade de exportação e listar aquelas que já trabalham nesse ramo. A ideia é que seja criado um catálogo de produtos a serem ofertados a países com sede de embaixada em Brasília, que poderão fechar negócios. “A importância desse cadastro é que a gente capacite essas empresas para que elas tenham condições de colocar os seus produtos e os seus serviços fora desse quadrilátero aqui do Distrito Federal. Nós temos programas de incentivo econômico, com redução de base de cálculo do ICMS, nós facilitamos o processo de importação de máquinas, equipamentos e produtos para quem atua aqui no DF. Nós estamos à disposição para criar programas e iniciativas que facilitem tanto a instalação quanto o funcionamento dessas empresas”, ressaltou o chefe da pasta. O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, participou do evento de forma remota. Em seu discurso, ele destacou a potência do Distrito Federal para exportar produtos para os mais diversos países. “Nascemos pequenos e hoje estamos realizando o sonho de colorir o mundo”, disse o empresário Igor Ramon, um dos beneficiados pela parceria entre o GDF e a Apex Brasil “É uma iniciativa muito importante para o desenvolvimento da nossa economia e oportunidade para os empreendedores do nosso sítio federal mostrarem os seus produtos para o mundo. O Governo Ibaneis Rocha está inteiramente à disposição para ajudar nesta missão de levar o DF para o mundo e incentivar o empreendedorismo da capital”, disse. Para a diretora de negócios da Apex Brasil, Ana Paula Repezza, o Distrito Federal já possui uma cultura empreendedora, que será estimulada pela parceria com o GDF. Segundo estudos recentes, o DF apresentou tendência de crescimento das exportações nos últimos 20 anos. Os principais produtos de exportação na região em 2023 foram carnes de aves e soja. Somadas, essas mercadorias responderam por mais de 75% do valor exportado pela capital. No entanto, outros setores da indústria do DF possuem potencial significativo para a exportação. “A nossa pauta exportadora ainda é muito concentrada em poucos produtos, especialmente carne e soja, mas sabemos que temos um conjunto de empresas com diferenciais competitivos muito interessantes do ponto de vista de design, moda, economia criativa, joias e alimentos processados, por exemplo. São esses segmentos que a gente quer explorar e que a gente quer estimular cada vez mais que acessem o mercado internacional. Vamos capacitar empresas e empreendedores que queiram começar a exportar. A ideia é que a gente consiga aumentar o número de exportadores aqui no Distrito Federal”, pontuou a diretora.
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Frango de corte lidera setor de pecuária no DF com faturamento bilionário em 2023
A produção de carne de frango de corte liderou o setor pecuário do Distrito Federal em 2023, com faturamento bruto superior a R$ 1 bilhão. O valor é referente à produção de 132.845.561 kg de alimento, dos quais cerca de 90% são exportados para países como Arábia Saudita, Japão, Rússia e México, por meio do sistema de integração vertical. Criados especificamente para o consumo da carne, os frangos de corte são desenvolvidos por 618 avicultores, em parceria com grandes empresas do ramo, como Seara/JBS e Pluma – os brasilienses são responsáveis pela engorda dos pintinhos, e as demais fases são geridas pelas companhias. A produção de carne de frango de corte liderou o setor pecuário do Distrito Federal no ano passado, com faturamento bruto superior a R$ 1 bilhão | Foto: Arquivo/Agência Brasília O resultado monetário da avicultura em 2023 impulsionou em 78% os números da pecuária, junto à produção de ovos férteis para frango de corte e ovo comercial, que alcançaram, em valores brutos, R$ 703 milhões e R$ 56 milhões, respectivamente. Além disso, o montante bilionário da indústria de aves de corte no ano passado superou o registrado em 2022 – quando o faturamento bruto foi na ordem de R$ 780 milhões, com participação de 573 agricultores e produção de 136.198.804 kg do alimento – e o de 2021, em que foram produzidos 112.814.935 kg de frango por 547 produtores, resultando em 788 milhões. As equipes de defesa agropecuária da Seagri fazem a busca ativa dos criadores de aves industriais para observar se as normas são seguidas e se há algum sinal das doenças de notificação obrigatória Os dados estão presentes nos relatórios do Valor Bruto da Produção Agropecuária da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). O valor bruto é um indicador conjuntural que demonstra o desempenho das safras. A metodologia multiplica a produção rural pelo preço médio dos produtos agropecuários. “Quase 90% da carne de frango do DF vai para a exportação justamente pelo fato de que é possível agregar maior valor ao produto, uma vez que a comercialização é em dólar. O que fica para o mercado interno são as aves que não atingem o padrão exigido pelos compradores internacionais”, salienta o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. A pasta do Governo do Distrito Federal (GDF) é responsável pela fiscalização sanitária das granjas. As equipes de defesa agropecuária da Seagri fazem a busca ativa dos criadores de aves industriais para observar se as normas são seguidas e se há algum sinal das doenças de notificação obrigatória, como é o caso da gripe aviária, que podem comprometer o desempenho e a performance dos animais e prejudicar o comércio. “O GDF garante a qualidade sanitária das aves e, consequentemente, que nenhuma doença se propague no nosso território, preservando a geração de emprego e renda da cadeia produtiva”, observa o secretário. Cerca de 5 mil empregos são gerados para que a carne de frango chegue às prateleiras dos mercados nacional e internacional Entre os fatores que favorecem os resultados da avicultura brasiliense, destaque para o uso de grãos desenvolvidos aqui para alimentação das aves. “Todo milho que é consumido pelas aves é produzido aqui mesmo, barateando o custo logístico e trazendo mais competitividade, já que o milho é a base da ração”, pontua o secretário. Em maio, o milho, o trigo e o feijão foram incluídos no programa Pró-Rural, que concede crédito e incentivos ambientais, administrativos, fiscais, econômicos, de infraestrutura e profissionalizantes a produtores rurais, reduzindo em até 80% os impostos sobre a comercialização de mercadorias. A vice-governadora Celina Leão pontua o impacto que a avicultura surte na geração de emprego e renda. “Graças aos incentivos e suporte técnico oferecidos por este GDF, a avicultura tem se consolidado como um forte componente econômico. No ano passado, o agronegócio, com a pecuária e a agricultura, movimentou R$ 6 bilhões na capital, dos quais mais de R$ 1 bilhão são referentes à produção industrial de aves”, exemplifica. “É uma cadeia com muitas vantagens: não precisa de grandes áreas para ocorrer, demanda menos água que a bovinocultura, por exemplo, e ainda cria centenas de postos de trabalho”. Criados especificamente para o consumo da carne, os frangos de corte são desenvolvidos por 618 avicultores do DF, em parceria com grandes empresas do ramo | Foto: Divulgação Sistematização Cerca de 5 mil empregos são gerados para que a carne de frango chegue às prateleiras dos mercados nacional e internacional, segundo o presidente do Sindicato dos Avicultores do Distrito Federal (Sindiaves), Rodrigo Dolabella. “A avicultura é uma cadeia longa e com muitos segmentos, além de ser o maior consumidor de grãos do DF e da Ride [Região Integrada de Desenvolvimento] e responsável pelo principal item de exportação agropecuária daqui. Temos trabalhadores nas granjas, os caminhoneiros que levam ração às fazendas, o pessoal que trabalha na indústria de abate, nas fábricas de ração, nos incubatórios e nos frigoríficos”, elenca. No sistema de integração pecuária vertical, os produtores recebem os pintinhos com um dia de vida e todo o suporte necessário para a engorda dos animais, incluindo ração, medicação e assistência veterinária. As aves são recolhidas cerca de 40 dias depois, conforme a conveniência da empresa integradora, e encaminhadas para abate e processamento. “Os avicultores são remunerados de acordo com a eficiência da produção com base em fórmula definida por contrato. Para o avicultor, é interessante estar associado a uma empresa que oferece assistência técnica e ainda a comercialização dos produtos”, salienta Dolabella. Segundo o presidente do sindicato, a avicultura no DF reúne cerca de 200 granjas de frango de corte adeptos ao sistema de integração. Diariamente, são abatidas mais de 260 mil aves. “O DF é muito importante na criação das matrizes, que são as galinhas produtoras dos ovos férteis, que serão galados e levados para o incubatório para virarem pintinhos. Eles recebem as vacinas e são levados para as granjas para que passem pela engorda e, depois, vão para o abate”, detalha. Dolabella explica ainda que nem sempre o frango consumido pelos brasilienses é produzido aqui, tendo em vista a variedade de empresas presentes no mercado. “O consumo de frango no Brasil cresceu muito e é maior do que o de carne bovina, já que cada cidadão come, por ano, quase 40 kg de carne bovina e 42 kg de frango”, cita Dolabella. Avicultores O produtor rural Brasil Américo Louly, 77 anos, é um dos mais antigos no ramo, tendo iniciado a criação de frangos de corte e a parceria com a integradora em 2002, no Núcleo Rural Santos Dumont. “Entendi que a atividade se apresentava como um bom investimento para obter ganho financeiro”, pontua. No primeiro ano de trabalho, a propriedade de Brasil contava com dois galpões, cada um com capacidade para 1.021 aves. Hoje, são seis espaços destinados à atividade, que somam capacidade para comportar cerca de 130 mil aves, entregues à integradora em seis lotes ao longo do ano. Quase 90% da carne de frango do Distrito Federal é destinada à exportação | Foto: Divulgação As aves chegam à propriedade com um dia de vida e são devolvidas às integradoras 41 dias depois. “O processo se inicia com o recebimento e o alojamento dos pintinhos e segue até a data da retirada pela empresa, quando os frangos atingem peso em torno de 3 kg”, explica Brasil, que é criterioso na preservação da segurança sanitária da criação. “Os cuidados são rigorosos para evitar a contaminação das aves por doenças, em especial a salmonela e a influenza aviária, o que inviabilizaria o consumo por humanos. É proibida a entrada de pessoas estranhas no interior da granja, e os veículos que entram na fazenda passam pelo arco de desinfecção, que pulveriza produtos químicos para desinfetar as superfícies”. O potencial da avicultura também chamou a atenção do produtor rural Henrique Matos, 40, que iniciou a produção junto ao pai e o irmão em Planaltina há seis anos. “Estávamos estudando a piscicultura e procurando uma propriedade para iniciar no ramo, até que encontramos um local que já tinha aves e decidimos arriscar”, relembra. Pouco depois da aquisição da propriedade, foi iniciada a parceria com a Seara para produção de frangos de corte. Considerada moderna e eficiente, a granja da família Matos entrega seis lotes com cerca de 157 mil aves para a integradora anualmente, em média. A quantidade de frangos por lote, assim como a frequência e o número de entregas, é um fator particular de cada propriedade. “É um modelo de trabalho interessante pela estabilidade que encontramos. Nós recebemos as aves e todo o apoio logístico e técnico necessário para a criação, o que facilita o processo e diminui a chance de erro. Somos responsáveis por uma etapa do processo, em que somos assessorados, fiscalizados pela empresa e pelo GDF, além de acompanhados em cada etapa”, observa Matos. “Também não somos impactados nem para cima e nem para baixo com as mudanças no mercado, já que os preços são fixados em contrato.”
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Agro do Quadrado: Rota da Fruticultura desperta interesse de missão da Malásia
“Nós todos somos seres humanos e podemos ajudar uns aos outros a ter uma vida melhor”, afirmou a embaixadora da Malásia no Brasil, Gloria Corina Anak Peter Tiwet, durante visita à propriedade rural Flor do Cerrado, no Lago Oeste. “Vim não apenas como embaixadora, meu interesse é também pessoal. Queria saber como funciona o trabalho da Emater com os produtores, como os produtores produzem as frutas vermelhas aqui, como a Emater ajuda no aumento de renda do produtor. Quis ver como é o dia a dia do produtor, todo o plantio e a colheita.” A embaixadora se interessou pelo trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) em visita ao estande da empresa na AgroBrasília, feira de tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos, que ocorreu em maio. Comitiva da Malásia pôde acompanhar o processo de produção desenvolvido com assistência da Emater | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “No dia internacional da AgroBrasília nós recebemos vários embaixadores para mostrar o agro brasileiro”, lembrou o presidente da Emater, Cleison Duval. “Na ocasião, a embaixadora se interessou em conhecer a nossa área rural. Ela viu que o Distrito Federal é pujante na agricultura quando ela viu a feira. O projeto escolhido para ser apresentado à embaixadora foi a Rota da Fruticultura, que é um programa novo, promissor, grande e que visa a exportação, fazendo o DF um grande exportador de frutas vermelhas.” Frutas vermelhas A Flor do Cerrado é uma propriedade que produz framboesa e conta com o apoio do GDF por meio da Emater. O pequeno estabelecimento faz parte do programa Rota da Fruticultura, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri) e pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). “Nós temos condições climáticas excepcionais, um mercado gigante interno e externo, e incluímos dentro desse programa, além das frutas vermelhas como mirtilo, morango, framboesa e amora, o açaí” Cleison Duval, presidente da Emater A Rota da Fruticultura visa à expansão da produção de frutas vermelhas na zona rural do Distrito Federal para transformá-lo em um grande polo. Em 2023, foram plantados 380 hectares de açaí no DF e no Entorno. Já para este ano o foco é o mirtilo: a Emater vai plantar 500 mil mudas, atendendo 250 pequenos produtores rurais. “Esse é um projeto que veio do governo federal, o projeto Rotas, e começou em 2020 no DF”, relatou Cleison Duval. “A Codevasf escolheu a produção de frutas vermelhas para a produção aqui. Nós temos condições climáticas excepcionais, um mercado gigante interno e externo, e incluímos dentro desse programa, além das frutas vermelhas como mirtilo, morango, framboesa e amora, o açaí. É um projeto que atende os agricultores familiares.” Tecnologia A Emater atua no projeto com a assistência técnica do manejo e também na gestão do negócio. A empresa trata a propriedade como um empreendimento que precisa de apoio de contabilidade. Todo esse trabalho atraiu a atenção da Embaixada da Malásia no Brasil para acompanhar em campo como os frutos são plantados, colhidos e preparados para o agronegócio, além da tecnologia aplicada na produção. Em 2023, foram produzidas no Distrito Federal 49,50 toneladas de açaí e 6.589 toneladas de morango. A arrendatária rural gaúcha Ledir Cecília Klein, 61, chegou a Brasília em 2022 e colaborou para esse número. Hoje já tem mais de 3,5 mil mudas produzidas para o mercado de sorveterias, confeitarias e cervejas artesanais. Na última quarta-feira (12), ela recebeu a embaixadora Gloria Corina Anak Peter Tiwet para mostrar a produção. “Em 2017, eu ainda morava no Rio Grande do Sul e plantava morango, também assistida pela Emater de lá”, contou. “Para acompanhar meus filhos que vieram para Brasília, eu vim também. Eu já vinha pesquisando o mix completo do programa das frutas vermelhas. Em 2022, comecei a trabalhar com a framboesa e com o morango. Quando me mudei para Brasília, o primeiro órgão que procurei foi a Emater, que me assistiu desde o início. Esse apoio mostra para a gente como é o mercado e como podemos dar vazão à nossa produção. Não posso reclamar, estamos crescendo a cada dia.”
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Parceria quer promover a exportação de jogos eletrônicos do DF
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti-DF) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) vão trabalhar em parceria para promover a exportação do setor de serviços do DF, em especial do mercado de games. A ideia é realizar ainda este ano eventos, como seminários e palestras, bem como a promoção de rodadas de negócios e o fomento à qualificação profissional em áreas tecnológicas. O relatório anual da Associação de Desenvolvedores de Jogos Eletrônicos do DF (Abring) aponta que o faturamento do setor ultrapassou R$ 8,5 milhões em 2022, um crescimento de 10,8% em relação ao ano anterior | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Amaral, o setor possui um enorme potencial de contribuir a economia local e tem se destacado tanto no âmbito nacional quanto internacionalmente. “O mercado de games do Distrito Federal tem apresentado resultados bastante positivos e conquistado, cada vez mais, reconhecimento. Este segmento é responsável pela criação de oportunidades de negócios, emprego e renda e um importante pilar de uma economia criativa e inovadora”, afirma. “Toda a população do Distrito Federal ganha com essa importante parceria com a Secti, pois estaremos abastecendo o mercado de trabalho com mão de obra qualificada e cumprindo a missão do Sesc e Senac em oferecer o que há de mais moderno para nossos alunos”, diz o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, que se reuniu com o secretário Gustavo Amaral. O secretário Gustavo Amaral e o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, se reuniram para discutir parceria | Foto: Divulgação/Secti “Lembrando que a Faculdade de Tecnologia e Inovação do Senac-DF é hoje uma das melhores do país, com equipamentos tecnológicos e diversos cursos de graduação e pós-graduação, todos voltados para Tecnologia e Gestão. Estamos focados em formar profissionais capacitados para o futuro e para as necessidades de mercado que estão surgindo com as novas tendências”, acrescenta o presidente do Sistema Fecomércio-DF. Setor de jogos eletrônicos do DF Atualmente, o Distrito Federal conta com 20 empresas criadoras de games. O relatório anual da Associação de Desenvolvedores de Jogos Eletrônicos do DF (Abring) aponta que o faturamento do setor ultrapassou R$ 8,5 milhões em 2022, um crescimento de 10,8% em relação ao ano anterior. O setor foi o responsável pela geração de 182 empregos diretos e esse número deve crescer ainda mais, já que 54% dos respondentes não formalizados do levantamento feito pela Abring pretendem abrir uma empresa de jogos. *Com informações da Secti
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Encontro de empresários e embaixadas debate exportações do DF
Brasília ganhou, neste ano, eventos especiais para celebrar o Dia Mundial da África, comemorado no dia 25 de maio. Parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter), com Fecomércio-DF, Sesc e Senac, além de um grupo de embaixadas dos países do continente africano, promoveu, nesta sexta-feira (26), um encontro de negócios com empresários do DF. Encontro de negócios reuniu representantes de embaixadas dos países do continente africano e empresários do DF | Foto: Divulgação/Serinter O evento ocorreu na Faculdade de Tecnologia e Inovação do Senac, na Asa Sul, e reuniu 11 empresas de diferentes ramos para apresentar produtos e serviços com potencial de exportação. Entre os segmentos estão vestuário, mobiliário, turismo, evento, tecnologia da informação e games. “Estamos focando na internacionalização dos negócios no Distrito Federal. Esse encontro é o primeiro de muitos que estão por vir”, garantiu o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, que ressaltou pontos positivos do DF como a proximidade com as embaixadas e a localização central para fortalecer as relações comerciais com os países. “Temos diversidade e qualidade de produtos e serviços, muitos dos quais possuem identidades genuinamente próprias”, completou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto, Brasília é uma cidade única, repleta de oportunidades para oferecer. “Um verdadeiro hub no coração da América Latina, com um setor produtivo de excelência. Somos uma cidade pronta e capaz para acolher aqui e, claro, capaz de mandar o que produzimos aqui para o mundo, porque o que temos aqui é da mais alta qualidade”, frisou. O embaixador da Nigéria, Muhammad Ahmad Makarfi, que falou em nome do grupo africano na abertura do evento, fez questão de mostrar os números positivos do continente e o potencial dos 32 países que participaram do encontro. Segundo ele, a África vem crescendo entre 4% e 6% anualmente. “As oportunidades são muito maiores e mais amplas e as projeções mostram uma expectativa de PIB (Produto Interno Bruto) desses países para mais de US$ 29 trilhões até 2050”, destacou. Valores que animaram empresários e os demais presentes no evento. “Vamos mostrar que, independentemente do tamanho, toda empresa pode e deveria desenvolver a sua responsabilidade social; basta ter vontade, dedicação e comprometimento”, explicou a empresária e conselheira do Senac-DF, Bernardeth Martins, que levou os serviços e produtos do Grupo Cirandinha para o encontro. Além de camisetas customizadas que comercializa em parceria com uma famosa marca internacional, o trabalho envolve projetos sociais que desenvolve junto a artesãs, costureiras e mulheres em situação de vulnerabilidade do DF. “Nesses dias, teremos a oportunidade de nos conectarmos com 32 países africanos, compartilhando experiências e conhecimentos e estabelecendo laços comerciais e culturais. E com a valiosa chance para empresários mostrarem seus produtos e serviços com potencial de exportação”, garantiu o gerente de representações da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Sérgio Henrique. “O DF tem muitos talentos, uma logística extraordinária e as áreas de turismo e serviço são peças chave para aumentarmos a participação da cidade no número das exportações nacional”, completou o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana. Embaixador de Camarões, Martin Agbor Mbeng, planta muda no Jardim Botânico de Brasília: “Estamos muito felizes de participar desse movimento. Para nossos países, é prioridade fazer reflorestamento” Plantio de mudas Pela manhã, o secretário Paco Britto se encontrou com os 32 embaixadores no Jardim Botânico de Brasília, onde cada um dos chefes das missões africanas no Brasil plantou uma muda de espécie nativa do continente, em comemoração à data. “É um momento histórico para nós, 32 embaixadas africanas, plantando árvores. Estamos muito felizes de participar desse movimento. Para nossos países, é prioridade fazer reflorestamento”, disse o embaixador de Camarões, Martin Agbor Mbeng. Paco lembrou o simbolismo do plantio de árvores e agradeceu os diplomatas pela escolha de Brasília para a ação. “Plantar é um ato de fé, é depositar esperanças. Enxergamos a confiança que a União Africana deposita, nesta atitude, em nossa cidade”, disse. “Brasília é um solo fértil para esse simbolismo e as gerações futuras, quando vierem aqui e verem essas mudas de hoje transformadas em árvores grandes, entenderão o significado desta ação, deste ato de amor ao planeta, à humanidade”, concluiu o secretário. *Com informações da Secretaria de Relações Internacionais
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Potencial do DF para comércio exterior é discutido em encontro do LIDE
A expansão da presença do Distrito Federal no comércio exterior foi tema do encontro do LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) realizado nesta quarta-feira (8) no hotel Royal Tulip Brasília Alvorada. A reunião contou com uma exposição do presidente da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos vinculada ao Ministério das Relações Exteriores), Jorge Viana, seguida de um tempo de fala dos representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e das entidades da indústria. O posicionamento privilegiado foi um dos pontos defendidos no encontro para a participação da capital federal no mercado de exportações | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Durante a apresentação, Viana defendeu a participação da capital federal no mercado de exportações devido ao posicionamento privilegiado. “Nenhuma unidade da Federação tem uma logística do ponto de vista de mercado como Brasília pelo posicionamento geográfico e pela proximidade com o poder. Como pode um espaço componente da República Federativa ter tão pouca inserção na atividade comercial exterior depois de tantos anos? Esse é o meu desafio”, afirmou o presidente da ApexBrasil. O encontro resultou no anúncio de um seminário coordenado pela agência com participação do GDF para que os produtores interessados no comércio exterior sejam ouvidos. “O DF, embora seja um território pequeno, precisa desenvolver essa área de produção industrial e agrícola para poder ter produtos para exportar. Sobretudo aqueles que têm valor agregado, que podem gerar emprego e renda”, destacou o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo. [Olho texto=”“A nossa vocação é para indústria limpa e de tecnologia com o Biotic. A nossa possibilidade de competição vai ser na linha da tecnologia. Não queremos ficar somente na produção agrícola, precisamos trabalhar na linha da industrialização”” assinatura=”José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governo” esquerda_direita_centro=”direita”] Para o titular da pasta, o DF tem potencial de exportar produtos da fruticultura – como mirtilo, morango, açaí, maracujá, amora, abacate e jabuticaba – café, mel, legumes e alho. “Fora disso, a nossa vocação é para indústria limpa e de tecnologia com o Biotic. A nossa possibilidade de competição vai ser na linha da tecnologia. Não queremos ficar somente na produção agrícola, precisamos trabalhar na linha da industrialização”, complementou. Segundo Araújo, a capital atua no mercado com uma empresa de panificação, que exporta para Europa, Ásia e Estados Unidos, e uma exportadora de alho e de grãos. A expectativa é ampliar a exportação desses produtos e também de se colocar como um distribuidor em função da boa localização. De acordo com o secretário José Humberto Pires de Araújo, a expectativa é ampliar a exportação de produtos e também de se colocar como um distribuidor em função da boa localização | Foto: Lucio Bernardo Jr / Agência Brasília “Essa vocação do DF como um hub logístico é importantíssima, não só como produtor, mas como armazenador. Podemos daqui fazer a exportação dos produtos, funcionar como um centro de aglutinação e distribuição de produtos. Temos um aeroporto muito bem estruturado com vários voos internacionais”, defendeu o secretário. Relações e exportações O GDF deu o primeiro passo para essa expansão ao criar a Secretaria de Relações Internacionais. O titular da pasta, Paco Britto, comemorou o debate durante o encontro do LIDE. “É muito importante, porque mostra o valor que eles (o Governo Federal) vão dar e já estão dando para o Distrito Federal. Um encontro muito produtivo para esse governo que preza essas relações e exportações”, revelou. O presidente da Federação das Indústrias de Brasília (Fibra), Jamal Jorge Bittar, enxergou o encontro como uma oportunidade para discutir a exportação e a captação de investimento no Distrito Federal. “Nós já importamos muito e exportamos pouquíssimo. A Apex pode ter um papel muito importante nisso. Existe um potencial muito grande de produtos identificados no DF que encontram mercado no exterior”, classificou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para Bittar, é uma chance de gerar emprego, renda e valor agregado à cidade. “Tudo que contribui para a riqueza é importante para o Estado, tanto em benefício social como em arrecadação de impostos”, completou. O presidente do Sistema Fecomércio do DF, José Aparecido da Costa Freire, também gostou do encontro e disse que mostra que Brasília tem tudo para virar uma cidade de negócios. “É isso que a gente está querendo fazer com esses encontros. Temos muitas empresas que exportam e os empresários não conhecem. Queremos mostrar que temos indústrias de exportação”, revelou. Além dos secretários José Humberto e Paco, o GDF foi representado pelo secretário de Relações Institucionais, Agaciel Maia, e pelo presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Edison Garcia.
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Técnicos do DF se capacitam no Zimbábue sobre exportação de flores
Extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) participaram de uma missão técnica no Zimbábue para promover o fortalecimento institucional da empresa e do Distrito Federal em relação à exportação de flores e outros produtos agrícolas da capital. Com a experiência vivenciada no país africano, um dos maiores exportadores de flores do mundo, a expectativa é capacitar técnicos e produtores, além de orientá-los quanto ao processo de exportação com base nos modelos observados. Missão técnica da Emater-DF visitou locais de produção de flores e conheceu a logística de exportação | Fotos: Divulgação/Emater A missão foi realizada entre os dias 20 e 24 de junho e faz parte das atividades do acordo de cooperação técnica para o fortalecimento institucional da exportação e importação de flores e produtos rurais no Distrito Federal, firmado entre a Emater-DF e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). [Olho texto=”“Como no Brasil, pudemos observar a importância da presença da mulher na geração de renda e emprego. Nessa parceria, quem ganha são os produtores dos dois países”” assinatura=”Loiselene Trindade, diretora-executiva da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A diretora-executiva da Emater-DF, Loisenele Trindade, o coordenador de Floricultura, Carlos Morais, o assessor da área Internacional, Luiz Rocha, e o extensionista Paulo Ricardo, da Gerência de Desenvolvimento Econômico da empresa, participaram da missão e visitaram propriedades de produtores rurais que cultivam e comercializam flores. O grupo também conheceu os projetos destinados a produtores que exportam, bem como todo o processo de exportação, desde a produção até a logística no aeroporto da capital. “Esse projeto teve início em 2019. Nosso objetivo é aprender um pouco mais sobre o processo de exportação aproveitando a expertise do Zimbábue, que é o terceiro maior exportador de flores do mundo, principalmente de rosas”, afirmou Loiselene Trindade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Como no Brasil, pudemos observar a importância da presença da mulher na geração de renda e emprego. Nesta oportunidade de cooperação, também poderemos repassar um pouco do nosso conhecimento na produção. Nessa parceria, quem ganha são os produtores dos dois países”, acrescentou. Participaram o primeiro-secretário permanente do Ministério das Terras, da Agricultura, Água, Pesca e Desenvolvimento Rural do Zimbábue, John Bascera, e representantes do governo e da iniciativa privada local, além do embaixador do Brasil no Zimbábue, José Augusto Andrade. Essa é uma das primeiras missões da cooperação, que tem prazo de execução de 24 meses. *Com informações da Emater-DF
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Projeto estimula empresas do DF a aumentar exportações
Um levantamento que vai nortear, a partir de agora, ações do Governo do Distrito Federal (GDF) com foco nas exportações por parte das empresas locais. Assim pode ser resumido o Relatório Técnico – o comércio exterior do Distrito Federal: contexto e oportunidades, entregue nesta quarta-feira (25), por diversas instituições que se uniram para, em parceria com o governo, alavancar o desenvolvimento econômico no DF, por meio do projeto Park das Nações. O documento, elaborado pelo Sebrae em conjunto com o Centro Universitário de Brasília (UniCeub), empresários e entidades da cidade reúne, em um impresso, dados técnicos relevantes para estimular a maior participação do empresariado do DF na exportação, fortalecendo Brasília como hub de distribuição de produtos e serviços. “Vendo o documento, eu fiquei muito satisfeito com o resultado. Porque, mesmo sendo um relatório técnico, ele é resultado dos esforços de várias empresas e instituições que sempre foram parceiras no governo, e facilitam a compreensão do cenário da exportação e importação no Distrito federal, além de trazer possíveis caminhos para os empresários que se interessem em se tornar exportadores”, destacou o vice-governador Paco Britto. O Park das Nações atenderá empresários que já exportam ou os que são potenciais exportadores, em especial os micro, pequenos e médios empresários do DF | Fotos: Renato Araújo/Agência Brasília De acordo com ele, o documento é a “largada de uma corrida empresarial que vai fortalecer o crescimento econômico do DF”, pois “atende não apenas os empresários que já exportam, mas a todos que almejam isso”. “A partir de agora, vamos buscar a efetivação daquilo que foi a condensação desse estudo. O Park das Nações é um dos pilares do nosso programa de atração de investimento e desenvolvimento da capital”, completou o secretário de Desenvolvimento Econômico do DF, José Eduardo Pereira. A pasta foi responsável, juntamente com a Secretaria de Turismo e a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Inovação, pelo comando da primeira etapa do projeto, concluída com a entrega do relatório. O documento traz dados científicos que mostram vantagens e desvantagens das exportações, mas também oferece um levantamento técnico com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e outros, gerados pelo setor produtivo por meio de entidades de classe. Conforme frisou a professora titular na graduação de Administração no UniCeub, Tatiane Araújo, que coordenou os trabalhos para a confecção do relatório, o documento é o resultado de um “esforço coletivo”. “Fizemos um levantamento de dados. A tarefa do UniCeub foi de que todos os dados trazidos pelas entidades pudessem dialogar”. “Uma coisa que aprendemos e isso é quase um ritual na governança é que ninguém faz nada sozinho. E esse trabalho de equipe é fundamental e importantíssimo para elevar Brasília a outro nível”, frisou o secretário de Governo do DF, José Humberto Pires. De acordo com ele, a capital “precisa ser referência em muitas coisas” e a exportação é uma delas. “Somos uma caixa de ressonância para o país”, acrescentou. Park das Nações [Olho texto=”Mesmo com a crise econômica causada pela pandemia, as exportações no DF cresceram em 2020 em 8,4% em relação a 2019, segundo dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Projeto iniciado no primeiro semestre de 2019, por uma parceria entre o GDF e a Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do DF (ADVB), o Park das Nações ocorreria, justamente, quando a pandemia da covid-19 se espalhou pelo mundo. A ideia era a de promover um grande evento, de 15 dias, no Parque da Cidade, chamado Park das Nações, para abrir portas para o intercâmbio comercial das empresas do DF com novos mercados, estimulando o empresariado local a exportar. Sem a possibilidade de realizar um evento de grande porte presencial, entidades parceiras do projeto e empresários decidiram, então, criar o Relatório Técnico para manter o projeto vivo. “Durante anos trabalhei com comercio exterior, e este governo foi o primeiro que chegou e disse: ‘isso é importante’. O resultado deste documento já fala por si. Sempre tivemos ausência desses dados para o nosso empresariado”, apontou a presidente da ADVB e da Brasília Convention & Visitors Bureau, Claudia Maldonado. O Park das Nações atenderá empresários que já exportam ou os que são potenciais exportadores, em especial os micro, pequenos e médios empresários do DF. “Alguns Estados brasileiros se renderam ao momento e pararam as ações. Porém, somos comandados por um grande maestro, que com sua batuta, rege essa orquestra chamada GDF. E aqui, o governador Ibaneis Rocha não deixou com que a cidade parasse. Salvamos vidas. Cuidamos da saúde. Mas também demos andamento a cerca de 400 obras que geraram em torno de 35 mil empregos”, pontuou o vice-governador. De acordo com Paco, o projeto, mesmo tendo mudado de formato, foi levado adiante para oferecer aos empresários do DF a oportunidade de crescimento. “O evento virou um documento, mas não com menor importância. Pelo contrário. Porque chega com o mesmo propósito de nortear e incentivar as exportações por parte das empresas da nossa cidade”. Exportações do DF Paco lembrou que é importante atrair indústrias para o Distrito Federal e estimular os jovens produtores, encurtar caminhos para que micro, pequenos e médios empresários tenham acesso facilitado às linhas de crédito Mesmo com a crise econômica causada pela pandemia, as exportações no DF cresceram em 2020 em 8,4% em relação a 2019, segundo dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). O mercado asiático foi o maior consumidor de produtos importados do Distrito federal: a carne de frango. Outros itens padrão importação da capital como soja, cereais e produtos têxteis e minerais também registraram crescimento. “Estamos buscando fazer com que os nossos números se multipliquem e construindo o futuro, tijolo por tijolo, porque Brasília não merece mais esperar. São 61 anos”, enfatizou o secretário de Desenvolvimento Econômico. “Vamos partir para o mercado internacional, para fazermos relações fortes, não apenas com a China, mas com os Estados Unidos e países árabes”, concluiu. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Paco lembrou que é importante atrair indústrias para o Distrito Federal e estimular os jovens produtores, encurtar caminhos para que micro, pequenos e médios empresários tenham acesso facilitado às linhas de crédito. “Tudo isso vai contribuir para chegarmos ao desenvolvimento econômico desejado para a nossa capital”, garantiu o vice-governador. O projeto Park das Nações – cuja realização é da Associação Brasileira dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB ) e da Brasília Convention & Visitors Bureau -, conta com a participação da Federação da Agricultura e Pecuária do DF (Fape-DF); Federação do Comércio DF (Fecomércio-DF); Federação da Indústria do DF (Fibra-DF); Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF); Associação da Industria Hoteleira do DF (Abih-DF); Câmara das Mulheres Empreendedoras do DF; Conselho da Mulher Empresária do DF; Comissão de Migração e Comércio Exterior da OAB-DF; e dos Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Estratégico do DF (Codese); Centro Universitário de Brasília (Uniceub); e do Sindicato das Empresas de Turismo do DF (Sindetur). Representantes de todas as entidades envolvidas estiveram presentes no evento.
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Sim, nós temos! Cogumelo orgânico, café premiado e estímulo à pesquisa
Yara vende por delivery, em média, 50 bandejas de cogumelos orgânicos por semana, a R$ 10 cada | Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília A bióloga Yara Ballarini, 30 anos, sempre teve o sonho de cultivar alimentos que produzissem baixo impacto ambiental. Começou com verduras e hortaliças para o consumo doméstico. Resolveu desafiar-se e partiu para o cultivo de cogumelos. Percebeu que o produto tinha mercado e investiu em conhecimentos. Ao dominar o business, aumentou o tamanho do sonho. Hoje, vende por delivery, em média, 50 bandejas de cogumelos orgânicos por semana, a R$ 10 cada. Parece pouco, mas, em tempos de pandemia, em que muitos se depararam com a diminuição dos negócios, Yara vê possibilidade de crescimento nas vendas da Caliandra Cogumelos, a marca certificada orgânica do seu produto. Primeiro, porque já conta com uma clientela fiel e, depois, por investir em estratégias de marketing, como as redes sociais, para difundir ainda mais o negócio. “Ainda estou cultivando a clientela. Tudo ajuda na hora de a pessoa conhecer o produto – a propaganda boca-a-boca, o whatsApp e o marketing direto”, explica Yara, que participou do curso de Empreendedorismo Rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), que ajudou a aperfeiçoar seus negócios. A Caliandra Cogumelos fica na chácara onde Yara reside, no Núcleo Rural Córrego do Urubu, Região Administrativa do Lago Norte. Em uma área de 500 metros quadrados são cultivados os cogumelos, dos tipos shimeji e juba-de-leão, mas a empresária já pensa em diversificar o trabalho. “Minha ideia é aumentar a produção e começar a cultivar os cogumelos do tipo shiitake”, afirma. Em se tratando de empreendedorismo, é melhor não duvidar de Yara que foi uma das finalistas do Prêmio Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe, no ano passado. O prêmio destaca iniciativas inovadoras na área rural e foi promovido pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) das Nações Unidas. Produção vendida para exportadores Com auxílio da Emater-DF, Carlos Coutinho deixou de produzir para a família e ganhou o mundo das exportações. Hoje, produz 1,8 mil sacas por ano | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília No ano passado, Carlos Coutinho começou a torrefação dos grãos e o negócio ganhou a marca Café Minelis, um café especial laureado, em 2019, com a primeira colocação no Prêmio Internacional Ernesto Illy (EIICA). No ano anterior, Coutinho já tinha sido o primeiro produtor de café da região Centro-Oeste a ser finalista nesse prêmio, realizado na Itália. Coutinho, 75 anos, afirma que a pobreza de nutrientes do cerrado, não são um empecilho para quem quer produzir, porque a tecnologia já resolve essa questão. Para ele, o DF tem uma área muito boa para o cultivo de cafés especiais. “O clima é favorável. O inverno, seco, propicia a colheita desse tipo de café e o resultado de nossa produção, que segue altos padrões de qualidade, é um café encorpado, de aroma intenso e sabor adocicado”, informa Carlos Coutinho. Solução premiada Entre mil trabalhos inscritos no Programa de Incentivo ao Empreendedorismo Inovador StartBsb – da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF), ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia (Setic) – realizada no ano passado, 200 foram selecionados para a terceira etapa do certame. Do restrito grupo, apenas três são soluções para a área rural. Dentre eles, está a pesquisa para a elaboração de adubos orgânicos peletizados (processo de compressão ou moldagem de um dado material) com adubos simples ou compostos orgânicos, do estudante de agronomia da Universidade de Brasília (UnB) Sérgio da Costa Júnior, 33 anos. O projeto de Sérgio visa preencher uma lacuna no mercado com relação à oferta de adubos orgânicos para a produção de alimentos. A proposta do estudante da UnB é a utilização de adubos orgânicos em formulação que atenda a necessidade nutricional das plantas e se adeque ao maquinário agrícola existente, por meio da compactação do produto. “Teremos um melhor reaproveitamento dos adubos orgânicos já que, hoje, os resíduos orgânicos são, muitas vezes, descartados de forma incorreta na natureza”, explica Sérgio. O pesquisador alerta que a produção agrária é dependente de insumos, para obter mais qualidade. A indústria de fertilizantes químicos atende o agronegócio brasileiro, mas causa a dependência do mercado externo pelos produtos com macronutrientes. “O adubo químico se dissolve no solo com muita rapidez, ocasionando a perda de elementos essenciais ou o distúrbio nutricional nas plantas”, analisa o estudante. De acordo com o Sérgio, o produto que ele está desenvolvendo tem alto potencial de patente no agronegócio como alternativa de adubação orgânica.. “O sistema pode aumentar o tempo de degradação do produto no solo e minimizar o custo de aplicação de fertilizantes. Tem alto potencial para empresas que fabricam adubos e serve também como proposta de produto para consumidor final”, explica.
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De Brasília para os melhores mercados do mundo
O café, largamente apreciado pelos brasileiros, é uma das bebidas mais consumidas no país. No Distrito Federal, vem ganhando cada vez mais espaço, qualidade e destaque. Localizada na zona rural de Sobradinho, a fazenda Novo Horizonte classificou-se entre as finalistas do 28º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso. Nesta premiação, de abrangência nacional, é a primeira vez que um produtor da região Centro-Oeste marca presença entre as três colocações iniciais. Mas não é o primeiro troféu conquistado pelo proprietário da fazenda, Carlos Alberto Leite Coutinho, aposentado de 73 anos, que já havia sido premiado em 2013 e 2014. Simpático, Carlos Alberto recebeu a equipe da Agência Brasília servindo um refinado café, preparado em prensa francesa, para falar sobre sua produção – que, segundo conta, começou despretensiosamente. Natural da Paraíba, o produtor chegou a Brasília em 1983, transferido do Banco do Brasil. Em 1986, começou a trabalhar na Secretaria do Tesouro. “Lá eu convivi com muitos agricultores e já comecei a ter informações sobre o assunto”, lembra. “Só não tinha experiência.” O início Tudo começou com uma área de dois hectares, que hoje já tem mais do que o dobro do tamanho. “Eu tinha essa propriedade e a preocupação de ter algo para fazer depois que me aposentasse”, lembra Coutinho. O início das atividades na fazenda foi com a criação de gado de leite. “Mas era desgastante e pouco rentável. Daí, desisti”. Na área havia uma média de 50 a 100 pés de café. Foi quando ele decidiu investir nessa produção, inicialmente, apenas para consumo próprio. “Mas as mudas já estavam velhas e procuramos novas. Ganhei três mil de um amigo, comecei a ampliar e fui crescendo e criando amor pelo café”, relata. A ideia inicial não era de plantar café especial. Certo dia, ouviu de um corretor de que seu produto “bebeu mole” (termo usado para café de qualidade) e foi aconselhado a enviá-lo para apreciação da Illy, empresa especializada em seleção e comercialização de grãos de boa qualidade. “Isso me chamou a atenção, comecei a pesquisar”, conta. “Comprei as peneiras para fazer a separação do café, coloquei no saco e enviei para a empresa. Alguns dias depois, ligaram dizendo que o meu café era um dos melhores que tinham chegado na empresa.” O produtor Carlos Alberto Coutinho em sua fazenda, orientado pela engenheira agrônoma Rosely Oliveira, da Emater: produção três vezes premiada /Fotos; Acácio Pinheiro/Agência Brasília A partir daí, o produtor recebeu um cartão de sócio do clube e passou a contar, também, com informações estimulando a gestão de qualidade. Morador da Asa Norte, Coutinho visita a propriedade diariamente e acompanha todo o processo. O nome do café que produz, Minelis, é em homenagem ao apelido do avô. Plantado a 1.180 metros de altitude, o produto, explica ele, apresenta um diferencial: “Tem uma característica de aroma intenso e sabor adocicado, com uma leve acidez cítrica”. Há mais de dez anos, Carlos Alberto conta com orientação especializada de representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Está sempre atualizado sobre técnicas de adequação ambiental, produção e orientações sobre crédito rural. “O Carlos Alberto foi um dos pioneiros no DF com café, ainda mais em uma área de 48 hectares”, ressalta a engenheira agrônoma Rosely Oliveira. Ilycaffè O húngaro Francesco Illy chega a Trieste (Itália) após a Primeira Guerra Mundial, após concluir a faculdade de economia em Timi?oara (Romênia) e de ter trabalhado em Viena (Áustria). Inventivo e cosmopolita, encontrou em Trieste os três amores de sua vida: a mulher, sua cidade e o café. Em 1933, Francesco fundou a Illycafè, que começou a funcionar comercializando cacau e café, que chegavam de todo o mundo ao porto de Trieste. Atualmente, a empresa é dirigida pela terceira geração da família, com Andrea Illy como presidente e Riccardo Illy como vice-presidente. Em seu portal, a empresa destaca o fato de ser valorizada nos cinco continentes pela alta qualidade e o “sabor aveludado” do seu café. [Numeralha titulo_grande=”1721″ texto=”Ano em que chegaram ao Brasil as primeiras mudas de café, trazidas pelo oficial português Francisco de Mello Palheta” esquerda_direita_centro=”direita”] O café no Brasil As primeiras mudas de café chegaram ao Brasil em 1721 e foram plantadas no Pará, trazidas pelo oficial português Francisco de Mello Palheta. Alguns séculos depois, o Brasil se tornou o maior exportador do produto no mercado mundial. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), o país responde por um terço da produção mundial do grão, o que o coloca como maior produtor mundial há mais de 150 anos.
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Governo do DF quer transformar aeroporto de Brasília em hub de cargas internacional
Aeroporto de Brasília é um dos maiores terminais de passageiros do país. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília No caminho de abrir a economia do Distrito Federal para o comércio internacional, o governador Ibaneis Rocha quer fazer do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck um dos principais pontos de recepção e distribuição de cargas da América Latina. A proposta é transformar o terminal no que é chamado de hub aeroportuário, recebendo produtos e mercadorias enviados dos Estados Unidos e os distribuindo dentro e fora do país. Na tarde dessa segunda-feira (28), Ibaneis debateu a proposta com o prefeito do condado de Miami-Dade, em Miami, Carlos Giménez, em um encontro no Palácio do Buriti. O político americano compartilhou a experiência de administração do Aeroporto Internacional de Miami como polo distribuidor de produtos para o resto dos Estados Unidos. A ideia de Ibaneis é também desburocratizar o trâmite de mercadorias importadas que chegam do terminal americano, como medicamentos, dando agilidade na logística de transporte e distribuição. “É o início de um relacionamento que renderá bastante frutos para a economia do Distrito Federal”, ressaltou o governador. Atualmente, o Brasil conta com os aeroportos internacionais de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ) como os maiores hub de cargas e passageiros do país, mas que pela distância geográfica de estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste acabam enfrentando dificuldades de logística. Presente no encontro, o secretário de Relações Internacionais do Distrito Federal, Pedro Rodrigues, disse que a identidade entre a realidade econômica de Miami, na Flórida, e os projetos do governo distrital devem contribuir para fomentar a geração de empregos e atrair investimentos para a capital do país. “Tanto que será examinada a possibilidade de Brasília e Miami-Dade se transformarem em cidades irmãs pelas suas características aeroportuárias”, adiantou.
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Estímulo à exportação por jovens empresários é uma das metas do governo Ibaneis
Pedro Rodrigues tem como expectativa elevar Brasília à 15ª posição no ranking de exportações nos próximos quatro anos O Distrito Federal ocupa o 23º lugar no ranking de exportações brasileiras. É responsável por apenas 0,1% do que é vendido para fora do país. Grãos e frango congelado estão entre os principais produtos, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. De olho no crescimento do setor industrial de Brasília, o Governo do DF quer abrir o mercado para a instalação de indústrias estrangeiras. Mas também quer mandar para outros países o que é feito por aqui. O estímulo aos jovens produtores, principalmente em serviços das áreas de tecnologia, é um dos focos do governo distrital. À frente da Secretaria de Relações Internacionais, o embaixador Pedro Rodrigues tem como expectativa elevar Brasília à 15ª posição no ranking de exportações nos próximos quatro anos. Em conversa com a Agência Brasília, o secretário conta um pouco do que já vem sendo planejado e executado nestas primeiras semanas de governo. Confira os principais trechos. Em que consiste essa aproximação do Governo do Distrito Federal com empresários estrangeiros? Na verdade, não se trata de uma aproximação. Aproximação se tem, normalmente, com países. No fundo, nós estamos sendo receptivos a um interesse crescente que observamos e que abrange não só o GDF, mas todo o Brasil. Na medida em que as contas macroeconômicas parecem se alinhar melhor – uma atração em termos de oportunidades –, tem-se mais oportunidade de investimentos no país. E o Distrito Federal reúne boas condições para que uma parte substancial desses investimentos estrangeiros que estão crescendo no país – depois de alguns anos com uma certa diminuição –, cresça e se expanda, criando mais oportunidades de negócios, de empregos e outras atividades. Quais as vantagens em se abrir as portas para a economia de países como a China e a Coreia do Sul? Investimentos, que significam não só a parte dos recursos financeiros. É o que chamamos de investimentos estrangeiros diretos e que, na prática, se convertem em fábricas, em escritórios, em atividades de construção de hotéis, de lojas… seja o que for, geram mais atividades. Onde se tem mais atividades é melhor do que onde se tem menos, principalmente no momento em que se olha a situação do desemprego no Brasil – e que é muito grave. O Brasil precisa criar, por ano, 1,2 milhão de empregos só para absorver a massa de jovens que vão chegando à idade de trabalho. E nos últimos cinco anos os dados são lamentáveis. Então, trazer investimentos, sejam nacionais ou estrangeiros, é positivo. Criam-se empregos e oportunidades tanto para os jovens que não foram para as universidades quanto para os que estão saindo delas – e muitas vezes sem encontrar um emprego que fará aumentar a produtividade do país. Investe-se no ensino para aumentar a produtividade. Se não tem emprego, no fundo vai alimentar o declínio e até a emigração. Os jovens vão procurar oportunidades fora, quando poderiam tê-las aqui dentro. Que tipo de empresas devem se instalar aqui em Brasília? Esta semana eu pedi ao presidente da Codeplan, Jean Lima, um quadro sobre a capacidade exportadora, em quais setores a empresa brasiliense do Distrito Federal e da região metropolitana pode se expandir para o exterior. Da mesma maneira, conversei com o secretário da Juventude, Leo Bijos, sobre a articulação, tanto na pesquisa quanto na preparação de jovens, com base no programa Jovens Empreendedores, ligado à Associação dos Jovens Empresários. O que Brasília mais exporta? Há um monitoramento desses potenciais exportadores? Nós estamos fazendo um levantamento com base nos dados estatísticos. Nossa pesquisa preliminar nesses primeiros dias de governo é de que somos exportadores de produtos primários: soja, milho, uma parcela de trigo e de frango. Isso é importante, mas frequentemente a gente ouve dizer que somos um polo de desenvolvimento tecnológico, que novas startups estão surgindo aqui e ali, e com uma capacidade de exportar produtos de maior valor adicionado. É isso que quero fazer: um levantamento dessas empresas de ponta que estão surgindo. Pode-se dizer que esse seja o setor mais próspero e ainda inexplorado? Eu acho que a nossa vocação básica, além da agricultura, são os serviços como TI, produtos de tecnologia, jogos… Há casos, por exemplo, de um jovem do DF que nós estamos querendo estimular, que após uma visita à China, passou a exportar pão de queijo. É preciso criar as oportunidades porque a gente não as conhece de antemão. Estamos começando um programa de contato com embaixadas visando levar o jovem empresário ou mesmo estudante para torná-lo mais preparado para a realidade do mercado internacional. Tipo, como é o mercado (importador) da Bulgária? A gente pode levar grupos para conhecer o mercado desse país. Sem custo para o DF. Muito se fala desse fomento à exportação, mas grande parte desses empresários é de médio e pequeno portes. Por onde começar esse direcionamento? Nós acabamos de tomar conhecimento – e estamos buscando até participar – de um acordo entre a Apex e o Ceub, que tem por objetivo treinar o pequeno e médio empresário de Brasília para atuar em exportação. Há muitas áreas que podem gerar um rápido resultado, mas as pessoas precisam entender o mecanismo. Trazer o Sebrae para ajudar nisso, criando grupos de produtos semelhantes. Às vezes se tem uma empresa pequena aqui, muitas vezes até familiar, mas não se sabe a demanda que ela pode ter no mercado internacional. Tem produtos em Brasília que bem explorados e com conhecimento dos mecanismos de mercado podem transformar iniciativas pequenas em empreendimentos maiores, que tragam mais retorno para a cidade e para quem os produz. Nossa meta é trabalhar para sair da posição de 23º ente federativo exportador para próximo do 15º.
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Governo quer atrair empresas estrangeiras para aumentar a oferta de empregos no DF
Empresários coreanos discutem investimentos no Distrito Federal. Foto: Paulo H Carvalho/GDF Na manhã desta quinta-feira (24), uma comitiva de cerca de 20 empresários da Coreia do Sul esteve com secretários de governo no Palácio do Buriti. A proposta é instalar indústrias coreanas em Brasília e capacitar trabalhadores com tecnologia internacional. Secretário de Desenvolvimento Econômico do GDF e um dos representantes do governo no encontro, Rui Coutinho disse que a instalação de empresas estrangeiras no Brasil será fundamental no momento que o país entra num círculo virtuoso do ponto de vista econômico. “A intenção é trazer o máximo de investimentos internacionais, gerando esperança e revertendo o quadro de desemprego crescente no Distrito Federal.” A aproximação do GDF com empresários estrangeiros também prevê o estímulo à exportação de produtos e serviços brasilienses. “Sentimos que o Brasil é uma potência mundial do futuro, daí nosso interesse em trazer investimentos para cá”, disse o CEO da Enspire KBS Energy e um dos líderes do grupo, Jong Bok Park. Modelos de economia como os da China e da Coreia do Sul são inspiradores para o secretário de Relações Internacionais, embaixador Pedro Rodrigues. “São países que já estiveram economicamente aquém do Brasil e que, com políticas econômicas certas e bem aplicadas, conseguiram reverter os seus quadros, sendo hoje potências mundiais”, avaliou o diplomata. Em menos de 30 dias de gestão, o governo do Distrito Federal já se reuniu oficialmente com empresários do China e da Espanha. Nos próximos dias, estão previstos encontros com o embaixador de Portugal e com uma delegação de representantes de países árabes.
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