Setembro Amarelo: Unidades médicas e escolas da capital oferecem atendimento contínuo em saúde mental
Setembro Amarelo lembra: cuidar da saúde mental é um ato que deve ser praticado em cada um dos 365 dias do ano. Por isso, em vez de criar uma campanha própria, o foco tem sido fortalecer os serviços e mostrar às pessoas onde podem buscar ajuda. “O sofrimento mental é visto de forma estereotipada, mas faz parte da vida das pessoas”, lembra Fernanda Falcomer, subsecretária de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SES-DF). “Todos terão momentos de oscilação, mas isso vira um problema quando passa a afetar o sono, o trabalho, os estudos, as relações. É nesse ponto que a pessoa precisa buscar ajuda. Precisamos reforçar que é um problema de saúde, como qualquer outro.” Unidades do Caps estão espalhadas por todo o DF | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Segundo a gestora, a intensidade do sofrimento de cada pessoa é o que determina por onde ela deve começar a procurar atendimento. “De forma geral, as 175 unidades básicas de saúde [UBSs] são a primeira porta de entrada para as pessoas que estão em sofrimento mental”, aponta. “Qualquer pessoa pode procurar a equipe de Saúde da Família e relatar alterações de sono ou aspectos emocionais. O médico da família avalia o grau de sofrimento e dá o encaminhamento para o paciente.” Além do tratamento clínico, as UBSs também oferecem práticas integrativas em saúde (PIS) como acupuntura, meditação, reiki, yoga e outras técnicas que ajudam a reduzir o estresse e promovem bem-estar. Casos mais graves “Os profissionais olham a pessoa de forma integral e trabalham a reabilitação psicossocial, para que o usuário possa retomar a vida em comunidade” Fernanda Falcomer, subsecretária de Saúde Mental Em casos de sofrimento persistente, a subsecretária esclarece que as unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) são o principal serviço. O Distrito Federal conta hoje com 18 centros dessas especialidades, onde equipes multiprofissionais oferecem atendimento interdisciplinar com psiquiatras, médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos e farmacêuticos. Os Caps funcionam em regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento. “Os Caps acolhem e acompanham de maneira contínua pessoas com sofrimento já instalado”, afirma Fernanda Falcomer. “Os profissionais olham a pessoa de forma integral e trabalham a reabilitação psicossocial, para que o usuário possa retomar a vida em comunidade”. Já nos casos de crises agudas, de urgência ou emergência, a pessoa deve ser atendida pelo Samu, em unidades de pronto atendimento (UPAs) ou hospitais. “Nesses momentos, é fundamental receber atendimento imediato”, ressalta. Saúde mental na escola Crianças e adolescentes também enfrentam desafios emocionais que podem interferir na escola e na vida pessoal, pontua Larisse Cavalcante, diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante. Para ajudar os estudantes, a Secretaria de Educação (SEEDF) mantém o Programa de Saúde Mental dos Estudantes (PSME) durante todo o ano, oferecendo apoio, orientação e atividades que incentivam o autocuidado. Atividades desenvolvidas nos centros de convivência ajudam a combater ansiedade e depressão “São promovidos bate-papos com os estudantes”, explica Larisse. “Os temas abordam a ansiedade, a depressão, violência de gênero, desenvolvimento de habilidades socioemocionais e letramento em saúde, para que os estudantes possam falar sobre si e seus próprios sentimentos.” Segundo a diretora, os estudantes também podem sugerir discussões que considerem importantes. “No início, a gente percebeu que se os temas não fossem próximos da realidade deles, o engajamento seria baixo — por isso os alunos têm liberdade para escolher os assuntos que querem discutir”, afirma. Demanda Os estudantes da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental são atendidos pela Ciranda do Coração, que trabalha as competências emocionais das crianças na sede do Espaço Saúde do Estudante, na Asa Sul, após encaminhamento das escolas. [LEIA_TAMBEM]Os demais projetos ocorrem dentro de sala de aula conforme a demanda, como o Acolhendo Corações Jovens, destinado a alunos das séries finais do ensino fundamental e do ensino médio; Prevenção ao Uso dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar e Tabaco, para estudantes do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA); e Caminhos para uma Escola Promotora de Bem Viver, disponível para suporte de alunos em sofrimento. Segundo Larisse, as iniciativas contribuem para reduzir o bullying e tornar a escola um espaço mais acolhedor. “As ações de promoção e prevenção acontecem de janeiro a dezembro”, esclarece. “Esse cuidado contínuo garante que setembro não seja apenas um mês em que o aluno é obrigado a falar sobre saúde mental porque o tema já esteja naturalizado na rotina escolar”. Cuidar de quem cuida Antes de cuidar de outros, é preciso cuidar de si mesmo. No Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), essa é a filosofia do Programa Acolher, que oferece apoio físico e emocional aos colaboradores da instituição. Nesta semana, o programa lançou a campanha Setembro mais que Amarelo – Todas as Cores. “Essa campanha contribui para que a gente humanize os colaboradores com foco total na saúde deles”, relata Paula Paiva, chefe do Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho do instituto. “Consequentemente, a gente impacta a assistência porque quando o colaborador é cuidado, é assistido, ele também vai transferir esse cuidado para o paciente”. Paula reforça que a campanha continua ao longo do ano inteiro: “A mensagem final é esta: que as pessoas se cuidem, que coloquem primeiro a máscara de oxigênio em si mesmas, para depois colocar em quem está ao seu lado”.
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Especialistas recomendam uso do medicamento tadalafila com acompanhamento médico
É Dia dos Namorados, e, na expectativa por momentos especiais, homens têm recorrido cada vez mais a medicamentos como a tadalafila. De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a venda do remédio saltou de 21,4 milhões para 64,7 milhões de unidades no Brasil, entre 2020 e 2024. Apesar de se tratar de medicamento seguro e com poucas contraindicações, seu uso precisa ser adotado com cuidado, sempre sob avaliação médica. “O órgão sexual mais importante do ser humano é o cérebro”, adverte o urologista do Hran Paulo Roberto de Assis, que recomenda avaliação prévia antes do uso desse tipo de medicamento | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “O órgão sexual mais importante do ser humano é o cérebro”, argumenta o chefe do Setor de Urologia e Andrologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Paulo Roberto de Assis. De acordo com o médico, o uso de fármacos desse tipo precisa ser pensado caso a caso, avaliando os aspectos da vida sexual do paciente. Como a própria bula já alerta, o medicamento não é indicado para homens que não estejam com disfunção erétil. “Um jovem que toma tadalafila sem precisar não vai, necessariamente, desenvolver disfunção erétil a longo prazo, porém, além de estar sujeito aos efeitos colaterais, pode desenvolver uma dependência psicológica da medicação, acreditando ser capaz de realizar o ato sexual apenas se tomá-la”, adverte Assis. Diversos fatores podem influenciar na queda do desempenho sexual ou até mesmo em disfunção erétil e ejaculação precoce. Como exemplos estão estresse, mau condicionamento físico, ansiedade, questões psicológicas, diabetes, hipertensão e uso de álcool, cigarro ou outras drogas. Saúde mental O uso da tadalafila deve ser precedido por uma avaliação médica completa, incluindo, em alguns casos, análise cardíaca. “Não podemos esquecer que o sexo é uma atividade física”, reforça o médico. “É preciso estar bem de saúde”. A maior barreira, segundo o especialista, seria a psicológica: “Muitos homens têm vergonha ou medo de procurar assistência, mas a minha principal recomendação é: caso isso esteja interferindo na sua vida particular, se for um problema, você deve procurar um médico”. Comparações com outros homens, busca de informações não qualificadas e consumo desenfreado de pornografia são capazes de afastar o público masculino da assistência médica. “Em alguns casos, o mais indicado seria um tratamento psicológico e não fisiológico”, pontua Paulo Roberto. Na rede pública, questões de saúde sexual e planejamento reprodutivo podem ser tratadas na rede de unidades básicas de saúde. Dependendo do caso, o próprio profissional da Equipe de Saúde da Família pode (eSF) faz a prescrição do medicamento contra a impotência. Caso necessário, é feito o encaminhamento aos profissionais de urologia lotados nas policlínicas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde mental infantojuvenil é o foco da exposição ‘Cores do Sentir’
A Biblioteca Nacional da República inaugurou, nesta terça-feira (20), a exposição Cores do Sentir, composta por mais de 70 pinturas e desenhos de crianças e adolescentes atendidos pela rede de atenção psicossocial da Secretaria de Saúde (SES-DF). A ação, realizada em parceria com o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental Infantojuvenil da Escola de Saúde Pública do DF (ESPDF), faz parte das atividades da Semana da Luta Antimanicomial, e teve o objetivo de dar protagonismo aos pacientes atendidos. Cerca de 60 crianças e adolescentes participaram, além de familiares e servidores. A enfermeira Mayhara de Carvalho, da Subsecretaria de Saúde Mental, enfatiza: “Para as crianças e adolescentes, é muito importante haver o pertencimento, e poder expressar seus pensamentos, seus sentimentos, faz parte, inclusive, das estratégias de tratamento” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “Para as crianças e adolescentes, é muito importante haver o pertencimento, e poder expressar seus pensamentos, seus sentimentos, faz parte, inclusive, das estratégias de tratamento”, explica a enfermeira Mayhara de Carvalho, da Subsecretaria de Saúde Mental da SES-DF. A mostra também inclui poesias. Todo o material foi produzido durante os atendimentos prestados no Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp), no Adolescentro e nas quatro unidades do Centro de Atenção Psicossocial especializadas no atendimento de crianças e adolescentes (Capsi). Cotidiano e poesia As pinturas revelam o cotidiano dos pacientes. Videogames, brincadeiras, diálogos (ou mesmo a falta deles) estão retratados, além de falas explícitas a respeito de solidão e da busca por liberdade. “Com medo, eu bato as asas e voo sem rumo, sem direção, mas com coração em minhas mãos volto a ter razão”, sinaliza um dos poemas. A mostra também destaca o papel do acompanhamento e a identificação dos jovens com temas da atualidade, como música e meio ambiente. Há, ainda, a busca pelo respeito, notadamente contra piadas e outros preconceitos recorrentes a respeito de pacientes das unidades do Caps. A subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer, ressalta a importância que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem dado ao atendimento infantojuvenil: “Estão em construção dois novos Capsis, sendo um no Recanto das Emas, onde as obras já começaram, e outro em Ceilândia, complementando as unidades hoje já instaladas. Há uma compreensão sobre a importância do tema, e também tem havido priorização para reforçar os recursos humanos para a área, com profissionais capacitados para o atendimento humanizado”. Atendimento especializado [LEIA_TAMBEM]As 176 unidades básicas de saúde (UBSs) formam a porta de entrada aos serviços de saúde mental da rede pública no DF. Equipes de Saúde da Família (eSF), reforçadas por profissionais de diversas especialidades, como psicólogos e terapeutas ocupacionais, podem fazer a abordagem inicial e promover o acompanhamento do paciente, tanto em atividades individuais quanto coletivas. Se houver sofrimento psíquico persistente e grave, há o encaminhamento a um Capsi. São quatro unidades, localizadas no Plano Piloto, Taguatinga, Recanto das Emas e Sobradinho – todas com equipe multiprofissional para analisar a realidade da criança ou do adolescente e propor intervenções. O Capsi de Brazlândia também faz esse tipo de atendimento, e a unidade do Plano Piloto se destaca por ter sido o primeiro Capsi do Brasil. O Compp presta assistência a crianças com transtornos mentais moderados de todo o DF. Esse trabalho é desenvolvido em parceria com o Adolescentro, unidade que recebe pacientes que atingiram a idade de 12 anos, dando continuidade ao serviço até os 18 anos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Inauguradas e reformadas, UBSs potencializam atenção primária à saúde no DF
Para fortalecer a Atenção Primária à Saúde (APS), o Governo do Distrito Federal (GDF) destinou mais de R$ 41 milhões ao setor nos últimos quatro anos, resultando na entrega de 13 unidades básicas de saúde (UBSs), além de continuar investindo na construção de novas estruturas para ampliar o atendimento e levar mais saúde para a população, que usufrui das 176 unidades existentes na capital. Porta de entrada para os usuários da saúde pública, UBSs garantem a qualidade de vida de milhares de pessoas | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As unidades entregues foram a UBS 20 de Planaltina, UBS 11 de Samambaia, UBS 5 do Recanto das Emas, UBS 1 do Jardins Mangueiral, UBS 3 do Paranoá Parque, UBS 7 do Buritizinho (em Sobradinho II), UBS 8 de Planaltina (no Vale do Amanhecer), UBS 15 de Ceilândia (na QNR 2), UBS 7 do Gama, UBS 15 do Gama (próximo à Penitenciária Feminina), UBS 3 da Fercal, UBS 5 do Riacho Fundo II e UBS 2 de Santa Maria. São estruturas que mudaram a qualidade de vida de milhares de pessoas que buscam atendimento em saúde no DF. A Agência Brasília conta, a seguir, algumas dessas realidades que fazem parte da série de reportagens Esta é a Nossa História, com o objetivo de levar o cidadão a conhecer como os projetos do governo mudaram a realidade das pessoas nos últimos seis anos. Entre as novas construções, destaca-se a UBS 5 do Recanto das Emas, inaugurada em 2020 e, com uma área com 831 metros quadrados, planejada para atender cerca de 20 mil moradores da Quadra 800. A estrutura, fruto de um investimento de R$ 2,4 milhões, oferece consultas médicas, atendimento odontológico e o suporte de quatro equipes de Saúde da Família, além de contar com 12 consultórios, farmácia e salas de inalação. Caroline Souza fez todos os acompanhamentos de gravidez na UBS 5 do Recanto das Emas: “Nunca aconteceu de chegar aqui e não ter suporte, e facilita muito ser perto da minha casa; só essa praticidade de virar a esquina e já estar no posto conta muito” Esse espaço esteve presente em momentos importantes da vida da dona de casa Caroline Souza, 33, que fez todos os acompanhamentos de gravidez na nova unidade. “O atendimento sempre foi muito bom e rápido, com agilidade para remarcar”, ressalta. “Nunca aconteceu de chegar aqui e não ter suporte, e facilita muito ser perto da minha casa; só essa praticidade de virar a esquina e já estar no posto conta muito”. 4 milhões Número de atendimentos individuais prestados em 2024 pelas UBSs do DF Em 2024, as UBSs registraram números expressivos: cerca de 4 milhões de atendimentos individuais e 1,1 milhão de pacientes atendidos. Somente na UBS 20 de Planaltina, foram 58.443 atendimentos individuais a 16.131 pacientes. A UBS 7 do Gama também se destacou, com 52.637 atendimentos para mais de 17 mil pessoas. O volume de atendimentos reflete a importância da ampliação da rede de atenção primária à saúde, que também inclui a construção, por este GDF, de novas UBSs em regiões como Gama, Brazlândia e Santa Maria. Retorno positivo A aposentada Maria Aparecida da Silva frequenta a UBS 5 do Recanto das Emas: “É uma equipe maravilhosa e sempre atenta, a gente tem muito a agradecer. Aqui estamos sempre bem-assistidas” Na UBS 5 do Recanto foram 9.785 assistências individuais para 2.862 pacientes no último ano. Também atendida no espaço inaugurado em 2020, a aposentada Maria Aparecida da Silva, 65, é moradora na região desde o início da cidade e se diz satisfeita com o trabalho realizado pelos profissionais: “É uma equipe maravilhosa e sempre atenta, a gente tem muito a agradecer. Antes era um sufoco, tínhamos que ir mais longe para tentar um serviço. Aqui estamos sempre bem-assistidas”. Maria Celma Lima, vendedora, também elogia o atendimento da UBS 5 do Recanto das Emas: “Meu sogro foi colocado no sistema e rapidinho começou a fazer o tratamento” Outra moradora do Recanto das Emas que elogia a chegada da nova estrutura é a vendedora Maria Celma Lima, 50. Além dela, a UBS trouxe praticidade para o tratamento do sogro, feito na unidade há cerca de quatro anos e antes oneroso para a família poder arcar na rede particular. “Meu sogro foi colocado no sistema e rapidinho começou a fazer o tratamento”, conta ela. “Ficou bem melhor para a gente não ter que se deslocar até outras cidades para fazer certos exames. Todo mundo na UBS atende superbem, conseguimos resolver tudo aqui. Estão fazendo sempre o melhor para atender a população”. Antônia Alves, gerente da UBS 5 do Recanto das Emas: “Damos o máximo de atendimento à população, ela sai muito satisfeita” A gerente da unidade, Antônia Cléa Alves, detalha que o atendimento clínico é o mais demandado e explica que as unidades básicas de saúde são a porta de entrada para os principais problemas de saúde da população. Com equipes compostas por diferentes profissionais como enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde e dentistas, os profissionais são qualificados para atender quaisquer condições de saúde dos usuários de todas as idades, de recém nascidos a idosos. “Aqui na unidade nós temos o atendimento da odontologia, pré-natal, curativos, vacinas e demais acolhimentos. Damos o máximo de atendimento à população, ela sai muito satisfeita”, afirma. Há também uma equipe multiprofissional composta por psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e farmacêuticos, entre outros. Em alguns casos, pode haver a necessidade de encaminhamento para atendimento por um profissional especializado ou para os serviços de urgência e emergência, prestados pelas unidades de pronto atendimento (UPAs). Mais informações como endereços e telefone para as UBSs estão disponíveis no site da Secretaria de Saúde.
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Bolsa Família: 85,5% dos beneficiários realizaram acompanhamento em saúde no DF
O Distrito Federal alcançou o quarto melhor resultado nacional no cumprimento das condicionalidades de saúde do programa Bolsa Família. No segundo semestre de 2024, cerca de 282 mil pessoas — o que corresponde a 85,52% dos beneficiários — realizaram acompanhamento junto às equipes de Saúde da Família da Secretaria de Saúde (SES-DF). Esse índice coloca o DF acima da média nacional, que foi de 80,3%. Para cumprir as condicionalidades de saúde, as crianças devem estar com o cartão de vacinas atualizado | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF “Esse resultado reflete o esforço de equipes multidisciplinares, incluindo profissionais da saúde da família e da saúde bucal, em alcançar o maior número possível de cidadãos. Além dos benefícios econômicos e sociais associados à manutenção do benefício, os pacientes passam a receber um atendimento mais qualificado, com um acompanhamento mais próximo das nossas equipes”, destaca a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. O público-alvo do Bolsa Família inclui gestantes, mulheres entre 14 e 44 anos e crianças menores de 7 anos As condicionalidades são compromissos que as famílias beneficiárias do Bolsa Família assumem nas áreas de saúde e educação. O cumprimento dessas obrigações é essencial para a continuidade do recebimento do benefício financeiro. O objetivo é garantir o acesso a ações básicas, promover a melhoria da qualidade de vida das famílias e contribuir para sua inclusão social. “Desenvolvemos diversas ações voltadas para o Bolsa Família, como capacitação de servidores de diferentes áreas e melhorias no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, realizamos busca ativa, tanto presencialmente quanto por telefone, para localizar beneficiários que não compareciam às UBSs [unidades básicas de saúde]”, explica a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra Araújo. O público-alvo do Bolsa Família inclui gestantes, mulheres entre 14 e 44 anos e crianças menores de 7 anos. Na área da saúde, as equipes da Secretaria acompanham o pré-natal das gestantes, a atualização da caderneta de vacinação e o estado nutricional das crianças. “Por meio desse monitoramento e da busca ativa, conseguimos realizar um acompanhamento integral dos pacientes. Por exemplo, podemos identificar uma adolescente que engravidou recentemente. Quanto mais ampliamos nossa atuação, maiores são as chances de estarmos próximos das comunidades que mais necessitam do nosso atendimento”, completa Sandra Araújo. De acordo com a coordenadora distrital do Programa Bolsa Família na SES-DF, Christiane Viana, os resultados demonstram a dedicação das equipes de saúde e a eficácia das estratégias de monitoramento. “No Distrito Federal, estamos no caminho certo para ampliar e qualificar ainda mais esse acompanhamento. A atuação contínua dos nossos profissionais, aliada à implementação de ações eficazes nas regiões de saúde, assegura que o programa cumpra seu papel de forma cada vez mais efetiva, garantindo que os beneficiários tenham acesso aos serviços essenciais e ao suporte necessário para melhorar sua qualidade de vida”, conclui. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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UBSs intensificam ações para prevenir a dengue
Formada por 636 equipes de Saúde da Família (eSF), multiprofissionais e de saúde bucal distribuídas pela rede de 176 unidades básicas de saúde (UBSs) em todo o Distrito Federal, a Atenção Primária à Saúde (APS) tem intensificado a atuação para o combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue. Simone Lacerda, gerente de Apoio à Saúde da Família, distribui material informativo: “Os profissionais da Atenção Primária à Saúde têm um papel fundamental, orientando a população e incentivando a mobilização comunitária” | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde Atividades educativas para prevenir a proliferação do mosquito e reconhecer os sintomas da dengue passaram a ocorrer em escolas e estabelecimentos comerciais, além de terem sido incorporadas à rotina dos atendimentos nas UBSs e nas visitas domiciliares. “Com o esforço conjunto, vamos fazer a diferença e proteger a saúde de todos”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, que cita o Plano de Contingência para Respostas às Emergências em Saúde Pública por Dengue, Chikungunya e Zika, com ações previstas para 2024 e 2025, conforme a evolução dos números da doença. Ao longo do mês de outubro, profissionais da APS receberam material informativo para ser distribuído em ações junto à população, como cartazes e cartilhas. “A educação em saúde é uma ferramenta essencial nesse processo, e os profissionais da Atenção Primária à Saúde têm um papel fundamental, orientando a população e incentivando a mobilização comunitária”, explica a gerente de Apoio à Saúde da Família, Simone Lacerda. Vigilância epidemiológica Apesar de o Distrito Federal ter registrado, em 2024, uma elevação de 873,5% no número de casos prováveis de dengue comparado a 2023, o momento atual mostra um cenário mais tranquilo. Agora, a cada semana, são cerca de 200 pacientes com suspeita da doença, mantendo a tendência de poucos números para o mês de outubro. É preciso manter a atenção, lembra o chefe da Assessoria da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), Victor Bertollo. “Neste momento, a nossa incidência de casos está dentro do esperado para este período do ano”, sinaliza. “É diferente, por exemplo, do que nós vivemos ano passado, quando nesta época já estávamos acima do esperado”. Ainda assim, a Secretaria de Saúde (SES-DF) mantém a vigilância epidemiológica dos números, com novos boletins emitidos semanalmente. Mais ações de combate à dengue vão ocorrer para prevenir a doença. A pasta também oferece a vacinação de crianças e adolescentes de dez a 14 anos, conforme indicado pelo Ministério da Saúde (MS). *Com informações da Secretaria de Saúde
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Aula inaugural do ProfSaúde marca abertura das atividades do programa nessa quinta (29)
O mestrado profissional em Saúde da Família (ProfSaúde), ofertado pela Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), integrada à Universidade do Distrito Federal (UnDF), realizou, nesta quinta-feira (29), a aula inaugural para os alunos da 5ª turma do curso. O evento ocorreu na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e marcou o início das atividades acadêmicas presenciais. Durante a abertura da solenidade, os discentes foram acolhidos e receberam as boas-vindas de representantes da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), UnDF, Escs e Fiocruz Brasília. A 5ª turma do ProfSaúde, mestrado profissional em Saúde da Família ofertado pela Escs, participou de uma aula inaugural nessa quinta (29) | Fotos: Divulgação/ Fepecs “É um grande orgulho olhar para trás, nesses 23 anos de existência da Fepecs e relembrar toda a contribuição que a fundação, junto com suas escolas, já proporcionou ao SUS e a toda a comunidade do Distrito Federal”, afirmou a diretora-executiva da Fepecs, Inocência Rocha Fernandes. “Temos muitos desafios, mas também muitas potencialidades, e o nosso desejo é que daqui saiam projetos maravilhosos, principalmente na estratégia de saúde da família e comunidade, já que ela é a nossa porta de entrada.” O diretor da Escs, Demétrio Gonçalves Gomes, afirmou que a escola, enquanto parceira da rede que compõe o ProfSaúde, recebe com muita alegria cada turma que ingressa no programa. “É uma grande satisfação quando encontramos estudantes que trazem um produto final pensado para a estratégia de saúde da família e focado na intercomunicação entre todas as profissões”, observou. Programação Na oportunidade, os alunos conheceram um pouco mais sobre a estrutura dos polos Fiocruz Brasília e Escs, e acompanharam uma apresentação do corpo docente do programa, que faz parte de uma rede nacional. O coordenador no âmbito da Escs, Fábio Amorim, apresentou os professores que vão acompanhar a turma e enfatizou a alegria de receber os novos alunos do programa. “Hoje estamos iniciando uma caminhada juntos, e é importante ver todos presentes, pois isso indica que vão continuar até o fim, sem desistência”, disse. Em seguida, foi a vez da apresentação dos alunos, que falaram sobre suas expectativas e atuações profissionais. O turno da tarde foi destinado ao início das atividades acadêmicas e contou com leituras, exibição de filmes e debates. O encontro segue nesta sexta-feira (30) e está prevista a realização de mais duas atividades presenciais nos mesmos moldes, que ocorrerão em outubro e dezembro. O ProfSaúde promove a educação de profissionais da saúde baseada no fortalecimento de conhecimentos relacionados à Atenção Primária em saúde, gestão em saúde e educação Sobre o programa O ProfSaúde é um programa de pós-graduação Stricto sensu em Saúde da Família, proposto pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e aprovado em 2016. O curso é oferecido por uma rede nacional composta por 45 instituições públicas de ensino superior, tendo a Fiocruz à frente do projeto. Atualmente, o mestrado no DF conta com 18 estudantes ativos e 23 egressos do programa da Escs/UnDF. O mestrado é realizado de forma semipresencial e a formação de turmas ocorre desde 2017. Com o objetivo de desenvolver uma estratégia de formação que apoie a expansão da pós-graduação no Brasil, o ProfSaúde promove a educação de profissionais da saúde baseada no fortalecimento de conhecimentos relacionados à Atenção Primária em saúde, gestão em saúde e educação. *Com informações da Fepecs
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Estratégia de Saúde da Família chega a mais de 2,1 milhões de brasilienses
O Distrito Federal tem mais de 2,1 milhões de pessoas assistidas pelas equipes de estratégia de Saúde da Família (eSF). Esses profissionais são responsáveis por fazer o acompanhamento integral das famílias, o que vai muito além da saúde. Somente em 2024, foram realizados 1,1 milhão de atendimentos individualizados. Quando se fala em eSF, normalmente se pensa na equipe composta por médico, técnico em enfermagem e agente de saúde. Mas a estratégia é composta também por 632 equipes multidisciplinares, sendo 310 equipes de saúde bucal, 23 equipes de atenção primária prisional, 11 equipes de complementares psicossocial, sete equipes de consultório na rua. Arte: Agência Brasília A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, afirma que apesar da adesão do DF à eSF ter acontecido em 2017, 23 anos após a criação do programa, em 1994, “foi um divisor de águas para o cuidado da população do Distrito Federal”. “É o principal cuidado, porque é ali que a gente faz prevenção, diagnóstico, acompanhamento e, o mais importante de tudo, criamos vínculo com a população”, destaca a secretária. “Não há nada mais valoroso e importante do que você entrar na casa de uma família e poder cuidar dela – da água que ela bebe até verificar se a fossa é úmida ou seca, se tem drenagem ou não, se tem gestante ou não, se tem pessoas que precisam de alguma coisa”, destaca Lucilene. Bom atendimento Olinda Petry elogia o trabalho das equipes da eSF: “O atendimento é muito bom. Estou bem atendida e bem cuidada” Moradora do Núcleo Rural Córrego da Onça, Olinda Petry, de 89 anos, é uma das pessoas que recebem esse atendimento, específico para a necessidade de cada usuário. Ela tem dificuldade de locomoção e se sente bem amparada pela equipe que a acompanha. Além de acompanhamento médico, ela faz três sessões semanais de fisioterapia, o que tem ajudado a melhorar as dores que sente nas pernas, e também recebeu a vacina da gripe. Tudo sem precisar sair de casa. “O atendimento é muito bom. Estou bem atendida e bem cuidada. A fisioterapia está ajudando com as dores que sinto. Também tomei a vacina e nem doeu”, garante. A médica da família Fabiana Soares Fonseca, da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Santa Maria, costuma fazer duas visitas por semana, fora os atendimentos realizados na própria unidade. Apaixonada pelo que faz, Fabiana define a estratégia de acompanhamento como “medicina de verdade” e afirma que, para exercer a função, é “preciso saber trabalhar em equipe”. Fabiana Soares Fonseca: “Olhamos para a pessoa de modo integral e sem julgamentos” “A gente avalia muito além da doença. Olhamos para a pessoa de modo integral e sem julgamentos. Você conhece a comunidade e consegue identificar muitas das causas que levam a problemas de saúde”, conta a médica. “Muitas vezes identificamos que a família está passando necessidade e acionamos a assistente social”. Alta taxa de cobertura A eSF completou 30 anos no Sistema Único de Saúde (SUS) e, embora o DF tenha aderido há sete anos, a taxa de cobertura passou de 33,74%, em 2017, para 76,79%, em 2023. Atualmente, são 2.177.510 de pessoas vinculadas à estratégia no DF atendidas por 632 equipes. O Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha com a meta de chegar a 100% de cobertura. “Estamos em um momento bastante gratificante, com 623 equipes de Estratégia Saúde da Família, que são capazes de resolver 85% de todas as demandas ou problemas da população. A nossa busca é ampliar a cobertura de eSF junto com as 17 Unidades Básicas de Saúde que serão construídas. Essas UBS comportarão mais equipes de estratégia de saúde da família e, com certeza, maior número de pessoas poderão ser cuidadas nesse modelo”, adianta a secretária. “Estamos em um momento bastante gratificante, com 623 equipes de Estratégia Saúde da Família, que são capazes de resolver 85% de todas as demandas ou problemas da população” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde Como parte da constante melhoria do trabalho realizado no atendimento à população, o GDF conta com o Programa de Qualificação da Atenção Primária do Distrito Federal (Qualis-APS), que já certificou 116 especialistas e 1.011 concluintes do curso de aperfeiçoamento em eSF. A iniciativa é da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), que tem também a participação da Universidade de Brasília (UnB) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Cuidado integral A coordenadora de Atenção Primária à Saúde do DF, Sandra França, observa que a estratégia prioriza a prevenção e promoção da saúde por distrito sanitário. Isso significa que os atendimentos são territorializados, com equipes direcionadas para cada região. “É um cuidado centrado na pessoa, não em uma doença ou em parte do corpo, em que os profissionais de saúde têm a pessoa como o mais importante, com olhar e cuidado direcionado. A assistência é prestada de forma integral e humanizada, considerando as particularidades e necessidades individuais de cada pessoa”, afirma a coordenadora. Antes da mudança, exemplifica a coordenadora, o atendimento era prestado à gestante. Com a estratégia, a mulher e a família recebem acompanhamento como um todo antes e depois da gestação. “Vivenciamos as mudanças que eles estão passando. É como se fôssemos parte daquela família e eles se sentem parte da estratégia. O usuário também tem condições de dizer as atividades que quer realizar, com as nossas práticas, como as hortas comunitárias ou automassagem”, detalha. Quem ainda não estiver cadastrado para receber os cuidados das equipes pode procurar a UBS mais próxima de casa.
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Conheça o trabalho das equipes multiprofissionais da rede de saúde do DF
Imagine reunir o conhecimento de assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e farmacêuticos para disseminar na rede de saúde cuidados integrados no atendimento à população. Profissionais das eMultis se dividem em diferentes especialidades para garantir suporte aos pacientes | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde É o que acontece com as 52 equipes multiprofissionais do Distrito Federal, chamadas de eMultis, formadas por diferentes especialistas da área da saúde, que atuam de maneira integrada e complementar para dar suporte clínico, sanitário e pedagógico aos profissionais de Saúde da Família (eSF) e de saúde bucal (eSB) nas unidades básicas de saúde (UBSs). “A base do trabalho das eMultis deve ser a integração com a eSF do seu território, com reuniões periódicas em que tratem das demandas prioritárias e casos complexos, onde sejam construídas, em conjunto, as soluções possíveis”, explica a gerente de Áreas Programáticas de Atenção Primária à Saúde da Região Sudoeste, Mariana Suguino. Os ganhos vão desde o aumento na oferta de serviço à troca de experiências entre os servidores, beneficiando a comunidade com soluções mais rápidas. “Aumentamos a resolubilidade da APS [Atenção Primária à Saúde], conseguimos diminuir o número de casos regulados e encaminhados para os outros níveis de atenção, reduzimos o número de internações sensíveis à APS e promovemos a autonomia e o autocuidado da população com a própria saúde”, exemplifica a nutricionista na eMulti da Gerência de Serviços da Atenção Primária (Gsap) de Sobradinho II, Cleide Lopes. Como funciona Niçon Glória Lopes recebe orientações na UBS 2 de Sobradinho: “Acho que vou aprender a me alimentar melhor, e isso vai melhorar a minha saúde” Entre os projetos dessa eMulti, destaca-se o atendimento coletivo de nutrição para pessoas com obesidade. Nos encontros, que ocorrem na UBS 2 da região administrativa a cada 15 dias, os profissionais e residentes acolhem os pacientes e fazem controle de pesagem e triagem nutricional. Durante a conversa, que dura uma hora e meia, os participantes passam por dinâmicas de como montar refeições mais nutritivas, esclarecem dúvidas e apresentam demandas e contribuições. “A eMulti entra para ajudar a controlar, resolver uma demanda e passar as coordenadas para que as outras equipes mantenham o acompanhamento”, detalha a nutricionista. Se necessário, a eMulti também pode fazer um acompanhamento individual da situação do paciente. Direcionada ao grupo nutricional após exames que indicaram gordura no fígado, Niçon Glória Lopes fala com entusiasmo da nova experiência: “Estou empolgada para participar. Acho que vou aprender a me alimentar melhor, e isso vai melhorar a minha saúde”. Encontros coletivos As dores geradas por uma hérnia de disco e a necessidade de perder peso levaram Adriana Maia ao atendimento coletivo de nutrição. “Estou gostando bastante de aprender sobre alimentação”, conta. “A equipe passa muitas informações boas, é prestativa e muito profissional”. Após os encontros coletivos, caso haja necessidade, o paciente pode ser encaminhado para atendimentos individuais. Para participar da atividade, é preciso que a equipe de eSF da UBS compartilhe o caso com a eMulti e que, juntos, os profissionais concluam ser necessário o acompanhamento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atualmente, a eMulti de Sobradinho II é formada por nutricionista, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e psicóloga. Além do projeto de nutrição, a equipe possui um grupo de dança e oferta práticas corporais – como auriculoterapia, lian gong e meditação –, visitas domiciliares, projeto terapêutico e reuniões de matriciamento durante as quais são discutidos casos compartilhados e os momentos de educação permanente e continuada. Integração [Olho texto=”“As eMultis ampliam o leque de possibilidades terapêuticas disponíveis para a população” ” assinatura=”Bruno Nery, gerente de Planejamento, Monitoramento e Avaliação da Região de Saúde Norte” esquerda_direita_centro=”direita”] As eMultis, antigos núcleos ampliados de apoio à saúde da família (Nasfs), devem ser vinculadas a equipes ou serviços, como Saúde da Família, Saúde da Família Ribeirinha, Consultório na Rua, Atenção Primária ou alguma unidade básica de saúde fluvial. É o que prevê a portaria 635/2023 do Ministério da Saúde. As equipes são classificadas em três modalidades: ampliada, complementar e estratégica. As duas primeiras cumprem carga horária mínima de 300 e 200 horas semanais, respectivamente. Já a estratégica faz 100 horas por semana, no mínimo. “As eMultis ampliam o leque de possibilidades terapêuticas disponíveis para a população”, aponta o gerente de Planejamento, Monitoramento e Avaliação da Região de Saúde Norte, Bruno Nery. Unidades básicas de saúde ?Apenas na Região Norte de Saúde – integrada por Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II e Fercal –, 27 profissionais formam eMultis. É possível encontrar as equipes na UBS 5 do Arapoanga, na UBS 4 Estância Planaltina, na UBS 3 Nova Colina (Sobradinho), na UBS 5 do Setor de Mansões em Sobradinho II e na UBS 1 da Fercal. As equipes multiprofissionais utilizam o espaço físico das unidades básicas para desenvolver atividades individuais e coletivas. Dessa forma, as UBSs funcionam como ponto de apoio, mas os profissionais atendem ao território de toda a região, o que pode significar mais de uma unidade básica. Além de integração no cuidado do paciente, o trabalho em conjunto resulta em mais qualidade para a rede de saúde. “As eMultis trouxeram especialistas para a APS; assim, permitiram ampliar o escopo das ações de saúde, qualificando o cuidado, melhorando a resolutividade da atenção primária”, pontua a gerente de Atenção Primária da Região de Saúde Sudoeste, Mariana Suguino. *Com informações da Secretaria de Saúde Distrito Federal (SES-DF)
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Cuidar, a maior missão da enfermagem na rede pública
No Distrito Federal, atuam 600 equipes de Saúde da Família (eSF) – cada uma encarregada do atendimento de até 4.000 pessoas. Em sua composição, que vai além da recomendação nacional, estão o médico, dois técnicos de enfermagem, quatro agentes comunitários e o enfermeiro. Nesta sexta-feira (12) é comemorado o Dia Internacional do Enfermeiro. Entre os eventos programados, representantes da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) e da Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb) participam da 84ª Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn), que este ano tem como tema “A valorização do trabalho em enfermagem com desenvolvimento sustentável e bem viver”. Em 2022, a categoria foi responsável por 56% dos quase três milhões de atendimentos individuais (consultas e de urgência) na Atenção Primária à Saúde (APS) distrital. Os dados são do InfoSaúde. Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), o maior e mais complexo sistema de saúde pública do mundo, há diferentes níveis de assistência. Uma delas é a APS, a porta de entrada para o atendimento. Para que boa parte do trabalho desenvolvido pela assistência primária flua, existem as unidades básicas de saúde (UBSs), espaços dedicados a ações e atendimentos de prevenção e de promoção à saúde comunitária. Para além da assistência clínica, o foco é estar próximo às pessoas e promover a qualidade de vida da população. Essa atenção integral, que considera o cuidado sua maior missão, é característica inerente à profissão de enfermagem. “Quando analisamos a história do SUS e do trabalho do enfermeiro, identificamos uma completa afinidade. A Estratégia de Saúde da Família existe para melhorar a saúde da comunidade sob sua responsabilidade – o que exige um olhar para o território, o ambiente e o contexto em que o indivíduo está inserido”, explica o gerente de serviços de enfermagem na APS, Ávallus André Alves Araújo. Ávallus Araújo explica que o enfoque no cuidado sempre manteve a enfermagem em associação com a Estratégia de Saúde da Família | Fotos: Tony Winston/ Agência Saúde Coordenação de equipe O papel do enfermeiro transita por diversas vias. Entre elas, o acolhimento a uma família inteira: acompanha o crescimento da criança, afere a pressão do pai, aplica a vacina na avó, participa dos exames de rotina da mãe, puxa a orelha do avô que não apareceu na consulta. Na outra ponta da rotina, está a gestão, habilidade que desponta de forma espontânea nos papéis de coordenação. O usuário assistido pela Equipe 7 (Roxa) da UBS 1 de Águas Claras, por exemplo, ao buscar o primeiro atendimento, além do cadastro regular nos sistemas oficiais, tem também os seus dados incluídos em uma planilha própria. Assim, o enfermeiro Edmon Martins Pereira consegue estruturar o perfil populacional e monitorar as demandas previsíveis de cada uma das mais de três mil pessoas atendidas pela equipe. Um grupo na rede WhatsApp – criado pelo enfermeiro para abrigar toda a comunidade – contribui para o esclarecimento de dúvidas e apresentação de informações sobre a rotina e os eventos da UBS. “Por esse meio, a equipe consegue sanar boa parte das questões apresentadas pela população. Estando bem-informada, às vezes a pessoa sequer precisa vir até a unidade”, explica Edmon. Para ele, nem sempre é necessário ao paciente procurar o atendimento no hospital. “Se ele chegou lá, alguma falha minha existiu. Sou eu quem deve encaminhá-lo para a assistência hospitalar – e apenas quando não consigo resolver a demanda na unidade”, complementa. No último ano, a equipe do enfermeiro foi a que atendeu ao menor número de demandas espontâneas da UBS 1 de Águas Claras. A população atendida pelo Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (Saif) do Areal faz parte do território assistido pela equipe multiprofissional. Assim que passou a trabalhar na unidade, em dezembro de 2019, Edmon empreendeu a instalação de um consultório dentro do estabelecimento de assistência social. A população vulnerável, com dificuldade de adesão aos cuidados prestados na UBS, possui, desde o início de 2020, um espaço próprio para exames e consultas com a equipe de saúde. “O atendimento, sendo prestado aqui no consultório ou lá na UBS, é sempre de ótima qualidade. Sempre que nos encontramos, um simples cumprimento já faz toda a diferença”, atesta Waldemir José Braga de Souza, morador do Saif Areal. O enfermeiro Edmon Pereira monitora de perto os mais de 3.000 pacientes que atende na UBS 1 de Águas Claras Vínculo e capacidade de iniciativa Entre a grande variedade de cenários em que o profissional de enfermagem da atenção primária trabalha, a zona rural apresenta uma realidade particular. A enfermeira Carine Quadros de Melo atua desde 2014 junto à população da Fercal – situada às margens da Área de Proteção Ambiental (APA) Cafuringa. É tempo suficiente para que ela tenha participação efetiva na história da comunidade. “Ela acompanhou minha primeira gravidez em 2017, na UBS 2, do pré-natal até os anos iniciais de crescimento do meu filho. Na gestação seguinte,que apresentava risco, foi ela que também me recebeu na UBS 3 e esteve presente durante todo o processo”, conta Cleidiane da Silva da Cruz, mãe de Murilo e Benício. “Posso dizer que a enfermeira Carine faz parte da minha vida e da minha família. Eu tenho plena confiança em tudo o que ela faz.” Recentemente, a enfermeira comprou um chip telefônico para melhorar o contato direto com os pacientes. Além disso, com o intuito de expandir o leque de serviços à comunidade, Carine se organizou com a equipe para fim de coletar material para exames laboratoriais. Em um acordo com o Hospital de Sobradinho (a 10 km da UBS), as amostras são recolhidas semanalmente, às quintas-feiras, para análise clínica. “Qualquer coisa que a gente consiga para aprimorar o dia a dia da assistência é uma grande vitória. Enche-me de orgulho ser enfermeira e poder contribuir diretamente para a melhoria da vida das pessoas”, afirma Carine. A enfermeira Carine de Melo acompanhou a gestação e crescimento dos dois filhos de Claudiane da Cruz Olhar sistêmico e afetivo A relação de proximidade com o paciente exige da enfermagem atenção e zelo. Além do cumprimento do calendário vacinal, a equipe de imunização de que participa a enfermeira Gabriela Barasuol, da UBS 3 do Guará 2, busca informar e atender as mais diversas queixas da população. “A cada dia, a comunidade demonstra essa necessidade de instrução. Normalmente, quem chega aqui busca uma vacina específica. Nós conferimos e, se for o caso, oferecemos também outra que esteja liberada para a pessoa. Trata-se não só de dar aquilo que ela vem procurar; mas também estar atenta a tudo que pode ser ofertado ao usuário do serviço”, assegura a profissional. A equipe da sala de vacina da UBS 3 do Guará 2 conta com a contribuição de duas técnicas de enfermagem. Ellen Gonçalves de Carvalho é uma delas e dedica-se há 12 anos à imunização. Nessa trajetória, entre as várias melhorias no serviço, a presença obrigatória do enfermeiro como responsável técnico na sala de vacina recebe destaque. “Hoje, conseguimos manter uma relação direta com a farmácia. Com isso, aumentamos a possibilidade de atender ao usuário e apresentar soluções aqui mesmo. Nós e o serviço ganhamos muito com essa autonomia profissional”, destaca. A autonomia profissional favorece o trabalho em equipe da enfermeira Gabriela Barasuol e da técnica de enfermagem Ellen de Carvalho Inspirar para transformar [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A competência e a presteza manifestada em serviço pelos profissionais da enfermagem inspiram os colegas que atuam ao redor. “São pessoas com essa vontade e determinação, que fazem a diferença, que nos fazem seguir firmes e confiantes nesse trabalho de construção do SUS”,, diz a supervisora de Serviços de Atenção Primária da Gestores dos Serviços de Atenção Primária à Saúde (Gsap) 01 de Águas Claras, Wânia Lúcia Gomes, entusiasmada pelo bom desempenho da Equipe 7, da qual faz parte o enfermeiro Edmon Pereira. Todo enfermeiro, cada um de acordo com as especificidades do seu cenário de atuação, desempenha atividades gerenciais, zelando pela comunidade em que trabalha. “O profissional da enfermagem é esse que busca algo a mais. Ele quer fazer a diferença, transformar a realidade. A intenção não é unicamente ‘tratar a doença’ e dispensar o paciente. Busca-se, por meio do vínculo, melhorar todas as condições comunitárias que favoreçam ao indivíduo o pleno progresso em saúde”, resume o gerente Ávallus Araújo. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Novos equipamentos nas UBSs ajudarão a fortalecer cuidado com idosos
Mais de 12,5 mil itens, como caneleiras, halteres, arcos, camas elásticas, colchonetes e molas para fortalecer a saúde do idoso. Os equipamentos foram adquiridos pela Secretaria de Saúde e serão distribuídos por 60 unidades básicas de saúde (UBSs) até o final de janeiro. O material vai ser utilizado na implantação de circuitos para a promoção do envelhecimento ativo. Para essa aquisição, foram investidos R$ 421.044,00. [Olho texto=”“Queremos promover um envelhecimento ativo e evitar quedas na população idosa com fortalecimento e ampliação dos vínculos sociais”” assinatura=”Fernando Erick Damasceno, coordenador da Atenção Primária à Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Serão oferecidas atividades para fortalecimento muscular, equilíbrio, estimulação cognitiva e a interação social. “É uma ação para amparar os idosos em situação de fragilidade e ainda para ampliar o rastreio desse grupo”, explica o coordenador da Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno. “Queremos promover um envelhecimento ativo e evitar quedas na população idosa com fortalecimento e ampliação dos vínculos sociais.” O atendimento a idosos deverá ter início em fevereiro de 2023 e a meta é, em um ano, promover o atendimento de 4,8 mil idosos frágeis. O circuito é feito em grupo de 20 idosos com duração de três meses, frequência semanal e duração de 90 minutos. Atividades fortalecem o vínculo entre os idosos, que se fortalecem garantindo qualidade de vida | Foto: Divulgação/SES Para a gerente da Apoio à Saúde da Família, Ângela Sacramento, a população idosa se caracteriza com uma maior vulnerabilidade funcional. “Por ser a com maior risco para o covid-19, o isolamento prolongado interferiu na execução e em habilidades para realizar algumas atividades.” [Olho texto=” “A nossa população está envelhecendo e o cuidado com idoso a cada dia é mais importante e necessário”” assinatura=”Núbia dos Passos, fisioterapeuta da UBS 2 de Taguatinga” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Capacitação Para a implantação do projeto, será desenvolvido o curso de capacitação para os profissionais da Atenção Primária à Saúde. A previsão é fazer em dezembro o treinamento de 150 servidores do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, que reúne terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, serviço social, psicólogos, fonoaudiólogos e farmacêuticos. “É a instrumentalização das equipes dos NASF para a implantação do circuito e do desenvolvimento de materiais técnicos e pedagógicos para a educação em saúde”, orienta Sacramento. A fisioterapeuta Núbia dos Passos, da UBS 2 de Taguatinga, é uma das inscritas para participar da turma. “A nossa população está envelhecendo e o cuidado com idoso a cada dia é mais importante e necessário”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Serviço Para participar, é necessária a indicação da equipe de saúde da família. Com o treinamento, os profissionais vão avaliar a situação do idoso que faz o acompanhamento na UBS para encaminhar a uma equipe NASF, que desenvolverá o projeto. De janeiro a outubro deste ano foram 464.509 atendimentos individuais da população acima dos 40 anos nas unidades básicas de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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População indígena recebe atendimento dentro da aldeia
Indígenas da etnia Guajajara receberam, na manhã desta sexta-feira (18), a visita de equipe de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 da Asa Norte. Esses profissionais são responsáveis pela cobertura da área onde está localizada a comunidade, no Setor Noroeste. Os técnicos levaram doses de vacina contra a covid-19 e as crianças receberam atendimento odontológico. A população estimada na aldeia é de 40 pessoas. Em avaliação da saúde bucal das crianças, a odontóloga verificou uma queda de problemas em comparação aos atendimentos anteriores. Para Fernanda Barros, o resultado demonstra a qualidade dos serviços oferecidos à população indígena | Fotos: Sandro Araújo / Agência Saúde-DF “É um público mais vulnerável que não costuma ir à UBS”, explicou a gerente da unidade, Lauanda Amorim. “É difícil levar as crianças pequenas para o posto, elas não aguentam andar tanto”, justificou Lucilde de Sousa, mãe de quatro filhos. A distância e entre a aldeia e o posto é de 6 km. [Olho texto=”“Várias não apresentam cárie, outras precisam só melhorar a higiene bucal, mas isso mostra que nosso trabalho traz resultados” – Fernanda Barros, odontóloga da equipe de Saúde da Família” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante a ação, ela levou a filha Rhyanne, 6 anos, para receber a segunda dose da vacina contra a covid-19. Quem também completou a imunização foi o Yago Lopes, 9 anos. “Nem dói, é rapidinho”, comentou. O garoto aproveitou para checar a saúde bucal e comemorou: “Não tenho nenhuma cárie”. Fernanda Barros, uma das odontologistas participantes da ação, avaliou que o número de crianças com problemas nos dentes diminuiu consideravelmente em relação a atendimentos anteriores. “Várias não apresentam cárie, outras precisam só melhorar a higiene bucal, mas isso mostra que nosso trabalho traz resultados”, ressaltou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Especificidades Para adentrar a aldeia, é preciso criar vínculos e ter a autorização do pajé. Delma Souza, técnica em enfermagem, conta que, inicialmente, quando a equipe chegava, as pessoas nem chegavam perto. “Há um trabalho de aproximação e de ganhar a confiança. Fazemos os atendimentos das diferentes etnias separadamente em respeito às questões deles”, explica Delma. O atendimento de saúde voltado às necessidades socioculturais da população indígena é garantido pela Lei 9.836/1999, que determina as atividades do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, no âmbito do Sistema Único de Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Busca ativa e vacinação elevam a cobertura no DF
[Olho texto=”“É um sucesso e vamos continuar convocando a população a se proteger contra a covid-19”” assinatura=”Lucilene Florêncio, superintendente da Região de Saúde Oeste” esquerda_direita_centro=”direita”] Crianças e adultos contribuíram para elevar ainda mais a cobertura vacinal contra a covid-19 do Distrito Federal. No sábado (22), 3.123 pessoas compareceram aos pontos de vacinação, sendo 1.698 crianças e 1.425 adultos. Além das unidades básicas de saúde, o “Carro da Vacina” percorreu vários trechos da região do Sol Nascente/Pôr do Sol e vacinou adultos com a primeira, segunda e terceira doses do imunizante. O percurso da vacinação itinerante foi maior que nos últimos finais de semana. Devido a isso, foram utilizados dois veículos das 9h às 17h. Essa foi a terceira ação do “Carro da Vacina” realizada pelos profissionais da Região de Saúde Oeste, que foi bem recebida pelos moradores da localidade. Na ação deste fim de semana, o “Carro da Vacina” percorreu vários trechos da região do Sol Nascente/Pôr do Sol e vacinou adultos com a primeira, segunda e terceira doses do imunizante | Fotos: Divulgação/Secretaria de Saúde do DF O acerto da iniciativa está comprovado no balanço crescente das doses aplicadas. No dia 8 de janeiro, 244 pessoas foram atendidas, no sábado seguinte, dia 15, foram 267. Nesse último, 480 pessoas foram sensibilizadas pelo chamamento feito com apoio de dois megafones. “É um sucesso e vamos continuar convocando a população a se proteger contra a covid-19”, assegura a superintendente da Região de Saúde Oeste, Lucilene Florêncio. Ela ainda ressalta que esse trabalho só é possível “com o esforço conjunto dos profissionais da Atenção Primária em Saúde”. A chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Região Oeste, Zildene Bittencourt, explica que, a cada semana, as equipes de Saúde da Família do território e lideranças comunitárias fazem um mapeamento para identificar em quais locais ainda há pessoas que não se vacinaram. “Nós identificamos e vamos até essas pessoas. Tem sido muito gratificante para todos envolvidos levar a vacina aos locais de maior vulnerabilidade e de difícil acesso no Sol Nascente”, destaca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Desde o último sábado (22), o Distrito Federal vacina crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com a CoronaVac autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para imunizar esse público. Hoje, a cobertura vacinal no DF com a primeira dose ou dose única é de 84,49%. Com a segunda dose ou dose única, o percentual do público com 5 anos ou mais com a imunização completa é de 78%. Segundo a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), no DF vivem 2.846.628 pessoas nessa faixa etária. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Atenção Primária atendeu 2,7 milhões durante 2021
Porta de entrada para qualquer tipo de procedimento na rede pública, a Atenção Primária à Saúde (APS) do DF registrou, em 2021, 2.672.795 atendimentos individuais, divididos entre 1.765.000 usuários do sexo feminino e mais de 933 mil do sexo masculino. Ao longo de todo o ano passado, foram mais de 5.284.960 procedimentos na APS, envolvendo 28.860 atividades coletivas, 265.392 visitas domiciliares e 278.395 atendimentos odontológicos. DF tem 176 unidades básicas de saúde, das quais fazem parte equipes de Estratégia Saúde da Família | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde Por meio das unidades básicas de saúde (UBSs), pelo menos 80% das demandas podem ser resolvidas sem que o paciente tenha que ir até uma emergência hospitalar. Atualmente, o DF possui 605 equipes de Saúde da Família, que, distribuídas entre 176 UBSs existentes, totalizaram a cobertura de 68,4% de todo o território. Ampliação das equipes [Olho texto=” “A APS fortalecida diminui a sobrecarga assistencial nas portas das emergências hospitalares e de unidades de pronto atendimento”” assinatura=”José Eudes Barroso, coordenador de Atenção Primária à Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] No início de 2021, só havia 484 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) credenciadas pelo Ministério da Saúde. O pedido de ampliação já havia sido feito em 2020, e, por meio da portaria nº 45, de julho de 2021, foi aprovado, permitindo o credenciamento de todas as equipes completas no território do DF. Até novembro do ano passado, foram credenciadas 594 equipes, que passam a ter previsão de despesa orçamentária pelo Ministério da Saúde com transferência do incentivo financeiro federal. “O aumento gradual de cobertura de equipes na Atenção Primária, somado a equipes completas, propicia à população uma ampla gama de serviços ofertados”, resume o coordenador de Atenção Primária à Saúde, José Eudes Barroso. As UBSs, lembra o gestor, proporcionam acesso facilitado, organizado e vinculado às equipes de saúde. De acordo com Eudes, sistemas universais de saúde precisam estar baseados na Atenção Primária, sistema que organiza o cuidado de forma territorial. “Isso possibilita uma abordagem integral à saúde das pessoas, uma maior resolutividades dos agravos de saúde e o encaminhamento criterioso a outros pontos de atenção quando houver indicação”, explica. “A APS fortalecida diminui a sobrecarga assistencial nas portas das emergências hospitalares e de unidades de pronto atendimento.” Reforço Além de evitar a fragmentação do cuidado, situação que pode acarretar problemas de saúde, o fortalecimento da APS possibilita maior conforto à população, que pode ser atendida em sua região de moradia por sua equipe de referência. No DF, há 1,68 milhão de pessoas cadastradas na ESF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Apenas em 2021, foram inauguradas seis novas UBSs – unidades no Jardins Mangueiral, Riacho Fundo II, Paranoá Parque, Sobradinho II, Ceilândia e Planaltina. O investimento totalizou R$ 22,5 milhões. Para este ano, a meta é atingir 100% de cobertura em áreas de grande vulnerabilidade. José Eudes Barroso pontua que, mesmo com o grande número de unidades, nem toda a população está cadastrada. “Ceilândia, por exemplo, tem 55% do território coberto por equipes de Saúde da Família, mas, se alguém que não estiver cadastrado precisar, na UBS de referência há equipe disponível para atendimento de demanda espontânea”, explica.
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UBS oferece cuidado multidisciplinar para a população
A Atenção Primária é a porta de entrada do usuário no Sistema Único de Saúde. As unidades básicas de saúde (UBSs) – antigos centros ou postos de saúde – são os serviços que as pessoas devem procurar para ter seu primeiro atendimento e poder ser acolhido para que suas demandas em saúde possam ser atendidas. Cada cidadão tem uma UBS de referência para seu endereço de moradia, e você pode descobrir qual a sua aqui. Ali, as equipes de Saúde da Família são formadas por médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Os profissionais atendem as principais necessidades de saúde da população. Para tanto, podem contar com o apoio de uma equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família da Atenção Básica (Nasf-AB) que é formada por profissionais de outras categorias. Cada equipe do Nasf conta com cinco profissionais de áreas distintas – farmacêutico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente social e terapeuta ocupacional | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Atualmente, o Distrito Federal conta com 56 equipes do Nasf, distribuídas nas sete regiões de saúde. A cobertura atual é de 63% da população do DF. A composição mínima de cada uma deve ser de cinco profissionais de áreas distintas – farmacêutico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente social e terapeuta ocupacional. Cada Nasf deve estar vinculado a no mínimo cinco e a no máximo nove equipes de Saúde da Família. A definição de quais categorias profissionais vão compor o Nasf de cada UBS leva em consideração as necessidades e demandas da população do território atendido. “A região tem de analisar a necessidade local, bem como suas vulnerabilidades para adequar a melhor composição”, destaca a gerente de Apoio à Saúde da Família, Mariana Rodrigues. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atuação conjunta Caso o usuário precise de um serviço disponibilizado pelo Nasf, ele deve acessar primeiramente sua equipe de Saúde da Família de referência, que irá avaliar suas necessidades e coordenar seu acesso às ofertas do Nasf, que podem ser individuais, coletivas ou em forma de matriciamento – uma estratégia de atendimento conjunto, em que olhares distintos sobre as necessidades dos usuários promovem intervenções de saúde mais efetivas. “Por ser uma equipe com a abordagem multidisciplinar, é possível a troca de saberes com as equipes de Saúde da Família, a fim de garantir a resolutividade e cuidado integral ao usuário”, aponta Mariana Rodrigues. Estima-se que entre 70% e 85% dos problemas de saúde são resolvidos na Atenção Básica. Por isso, o trabalho das equipes de Saúde da Família com o apoio do Nasf é fundamental para ampliar as possibilidades de cuidados ofertados à população. UBS 1 de Santa Maria A UBS 1 de Santa Maria conta com uma equipe do Nasf composta por dois fisioterapeutas, duas nutricionistas, uma assistente social, uma terapeuta ocupacional e duas residentes em fisioterapia. A área de abrangência da unidade de saúde possui uma população estimada de 60 mil pessoas. De setembro a novembro de 2021, a equipe do Nasf realizou quase 10 mil atendimentos De setembro a novembro de 2021, a equipe do Nasf realizou quase 10 mil atendimentos entre serviços individuais, em grupos e visitas domiciliares. “Nossa equipe apoia a de saúde da família. O paciente chega e primeiro passa por eles e, caso haja necessidade, é encaminhado para atendimento com o Nasf, a depender da demanda. Também fazemos visitas domiciliares quando solicitam”, explica Diego Era, fisioterapeuta do Nasf da UBS 1 de Santa Maria. O atendimento em grupo – suspenso durante a pandemia – está sendo retomado aos poucos e de forma segura para os usuários e servidores. Ali na UBS, às terças e quintas-feiras, das 8h às 9h, os fisioterapeutas do Nasf conduzem o grupo para controle de dor. “Geralmente, os pacientes que chegam com queixas de dor são encaminhados para o grupo. Primeiro passam por uma avaliação com a nossa equipe de Saúde da Família, para verificar se podem ir para a atividade em grupo ou se precisam de atendimento individual”, detalha Diego. Segundo ele, os grupos são retomados de forma gradual e realizados ao ar livre, com distanciamento e uso de máscaras. A dona de casa Aurelina de Souza Santos, de 50 anos, tem osteoporose e fibromialgia. Ela conta que foi até a UBS para uma consulta e, após, foi encaminhada para o grupo. “Estou me sentindo muito bem. O atendimento e os profissionais aqui são ótimos”, avalia. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Residência em saúde da família vai pagar R$ 12 mil no DF
Uma portaria publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (21) vai ajudar a fortalecer o atendimento de saúde na atenção primária do Distrito Federal. Isso porque, ao instituir o Programa de Incentivo às Residências de Medicina de Família e Comunidade no âmbito da Secretaria de Saúde (SES), a Portaria 928 vai oferecer uma complementação financeira à bolsa de residentes para que eles possam dedicar parte da carga horária (40h) no atendimento a pacientes nas unidades básicas de saúde. Tudo acompanhando por médicos preceptores. [Olho texto=”“Essa implementação, aderindo à Portaria do Ministério da Saúde, reforça as ações empreendidas pela atual gestão para incrementar e fortalecer a política de saúde com ênfase na atenção primária, porta de acesso aos demais serviços de saúde”” assinatura=”Silene Almeida, subsecretária de Gestão de Pessoas” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Cada residente médico que assumir uma equipe estratégia de saúde da família (ESF) receberá um acréscimo mensal à bolsa de residência no valor de R$ 7.536,00. Com a publicação da portaria, a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs) tem 20 dias para publicar o edital de adesão dos médicos de família. Patrícia Fonteles, 30 anos, recebeu em casa a visita da equipe de Saúde da Família da UBS 12 | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde A residência constitui modalidade de ensino de pós-graduação em lato sensu, destinada a médicos, sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, funcionando sob a responsabilidade de instituições de saúde, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional. Cada preceptor do programa será responsável pela preceptoria de até três residentes. “Essa implementação, aderindo à Portaria do Ministério da Saúde, reforça as ações empreendidas pela atual gestão para incrementar e fortalecer a política de saúde com ênfase na atenção primária, porta de acesso aos demais serviços de saúde”, ressalta a subsecretária de Gestão de Pessoas da pasta, Silene Almeida. Fortalecimento De fato, esse incentivo é apenas um dos eixos que o GDF, por meio da Secretaria de Saúde, tem trabalhado para aumentar a resolutividade da atenção primária. “Precisamos desconstruir a ideia do ‘postinho’, em que as pessoas iam para tomar vacina e pegar fraldas e mostrar que as unidades básicas podem resolver problemas de saúde, como colocar um DIU, fazer um curativo, cuidar do hipertenso, estabilizar um paciente para ser encaminhado ao hospital e agendar especialidades e cirurgias”, destaca o coordenador da Atenção Primária, Fernando Erick Damasceno. Para ele, a Portaria 928 vai ajudar a resolver um dos grandes gargalos da atenção primária, que é a contratação de médicos de família. “No ano passado, convocamos 126 profissionais da área, mas apenas 48 foram, de fato, efetivados”, lamenta. Fernando Erik adianta que até o final deste ano um novo concurso para várias especialidades, incluindo medicina de família, deve ser realizado. [Olho texto=”Atualmente, a Secretaria de Saúde tem 543 equipes cadastradas no Ministério da Saúde – 60 a mais do que no início dessa gestão, em 2018″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Equipes Atualmente, a Secretaria de Saúde tem 543 equipes cadastradas no Ministério da Saúde – 60 a mais do que no início dessa gestão, em 2018. Isso significa que o GDF recebe recurso por todas elas. Porém, mais 62 ESFs complementam o atendimento das UBSs, mas por não estarem completas, ainda não são consideradas consolidadas. “Todas elas precisam ter um médico, um enfermeiro, dois técnicos e, no mínimo, um agente comunitário de saúde (ACS). Nosso maior déficit é de ACS. Por isso, lançamos edital para contratação temporária de 500 agentes, que já deverão iniciar no final de outubro”, observa o coordenador da Atenção Primária. Com esse número de equipes, atendendo em 176 unidades básicas de saúde, a cobertura de saúde da família atualmente é de 68,4% em todo o DF, com o melhor desempenho para a Região de Saúde Norte, que compreende Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II e Fercal, onde se tem 94,3% de cobertura. “A nossa média estratégica é alcançar 80%”, diz Fernando Érik. Unidades Além de aumentar o número de equipes, ampliar a rede de atendimento também é essencial para elevar a cobertura da atenção primária. É nas unidades básicas de saúde que se pode resolver cerca de 80% dos problemas, desafogando as emergências dos hospitais. Segundo Fernando Érik, desde 2019 foram entregues oito UBSs e outras três devem ser concluídas ainda este ano, contemplando moradores da QNR 2 de Ceilândia, Buritizinho e Vale do Amanhecer. “Não é só uma expansão. É colocar UBS em territórios vulneráveis, para dar acesso a quem de fato precisa”, frisa o coordenador, que adianta: “ainda temos outras 15 unidades para serem licitadas. Pelo menos seis têm condições de serem iniciadas as construções no ano que vem.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Fernando Érik ainda destaca como eixos de fortalecimento da APS os programas de qualificação profissional, como o Qualis Aps, que busca fortalecer e qualificar a gestão e os serviços prestados na atenção primária, articulando ações de avaliação, capacitação, aperfeiçoamento e estratégias de comunicação, com base em padrões de qualidade construídos de forma participativa; e a planificação, que tem por objetivo fortalecer o papel da APS como ordenadora e coordenadora do cuidado. Confira quanto o residente que optar por medicina da família vai ganhar: Bolsa-mesidência: R$ 3.330,43 Auxílio-moradia: R$ 999,12 Acréscimo para atuar nas equipes do ESF: R$ 7.536,00 **Fotos tiradas em casa, em ambiente controlado
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UBS 3 do Paranoá vai mudar de endereço
Pacientes da Unidade Básica de Saúde 3 do Paranoá Parque passarão a ser atendidos, a partir da próxima quarta-feira (11), em um novo endereço. A unidade, atualmente localizada na Quadra 2 A/E, antiga Biblioteca, funcionará no Conjunto Habitacional Paranoá Parque. A mudança começa na próxima segunda-feira (9) e, por esse motivo, os pacientes da área de abrangência devem buscar atendimento nas outras UBSs da região nos dias 9 e 10 de agosto. A área de abrangência da UBS 3 cobre uma população de aproximadamente 26 mil pessoas. No local, atuam seis equipes de Saúde da Família, uma equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), uma equipe multiprofissional e três equipes de odontologia. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Atendimento para pacientes com a síndrome pós-covid
Pacientes acometidos com a covid-19 podem apresentar sequelas que perduram por um tempo para além do período da doença. Fadiga, fraqueza muscular, alterações cognitivas, problemas de memória e alterações de olfato e paladar estão entre as manifestações que atingem de forma persistente pessoas curadas, mas que continuam a apresentar sintomas, o que ficou conhecido como covid longa ou síndrome pós-covid. Essa condição tem desafiado profissionais das diversas áreas e demandado atendimento multidisciplinar para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Com o intuito de oferecer um acompanhamento direcionado, a equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) da Unidade Básica de Saúde 1 (UBS-1) de Taguatinga montou um grupo de auxílio para ajudar na recuperação desses pacientes. No 1º encontro, os profissionais captam informações para direcionar os tratamentos | Fotos: Divulgação/ SES Funcionamento “Com o início da pandemia, iniciamos um trabalho de acompanhamento e telemonitoramento dos pacientes com covid-19. Desde os primeiros casos que surgiram até agora, temos feito esse trabalho, o que nos possibilitou captar muitas informações, inclusive as sequelas que ficam após a fase sintomática da doença”, relata a fonoaudióloga do Nasf da UBS 1 de Taguatinga e uma das integrantes do projeto, Suzy Mashuda. A partir da observação dos casos atendidos pela equipe, foi estruturado um grupo de auxílio formado por fisioterapeutas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, assistentes sociais e nutricionistas, além do apoio da equipe médica da UBS e de uma psicóloga do Nasf da UBS de Vicente Pires, que orienta o acolhimento em saúde mental. Os residentes multiprofissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) também participam do projeto. Suzy explica que os pacientes são acompanhados durante cinco semanas por meio de sessões em grupo e, se necessário, de atendimentos individuais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O primeiro atendimento é em grupo e feito em conjunto com a equipe médica. Neste momento, captamos várias informações para ajudar a direcionar o tratamento dos pacientes”, destaca a fonoaudióloga. Os profissionais de cada área fazem perguntas e procuram identificar as demandas que irão nortear os atendimentos posteriores. A segunda sessão aborda o contexto da pandemia, como isso afetou a saúde mental e como gerenciar esse ponto. O objetivo é trabalhar questões emocionais devido às sequelas da covid-19. “Muito perderam o emprego, ficaram com alterações na memória e com dificuldade para realizar tarefas do dia a dia, apresentam perda da força muscular e, ainda, tem o fato de ter de lidar com a questão da morte, iminência da morte, e tantos outros desafios enfrentados durante a internação. O acolhimento é feito nesse sentido”, afirma Suzy. Para os encontros seguintes, os pacientes recebem atendimento de fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia, farmácia e/ou serviço social, conforme a necessidade de cada um. As atividades em grupos são realizadas ao ar livre, em tendas montadas no exterior da UBS. [Olho texto=”“É um atendimento de ponta e auxilia na promoção da saúde, no fortalecimento da clínica ampliada e no apoio às Estratégias Saúde da Família (ESFs)”” assinatura=”Iraquitania Barbosa, gerente da UBS1 de Taguatinga” esquerda_direita_centro=”direita”] As sessões ocorrem normalmente às quartas-feiras pela manhã. Caso seja necessário, os pacientes são encaminhados para consulta com a especialidade indicada para tratar algum ponto específico, podendo ter que voltar outros dias à UBS. Além disso, todos os pacientes recebem auriculoterapia como complementação do tratamento. A gerente da UBS 1 de Taguatinga, Iraquitania Barbosa, ressalta que o serviço amplia a oferta no cuidado dos pacientes com uma equipe multidisciplinar. “É um atendimento de ponta e auxilia na promoção da saúde, no fortalecimento da clínica ampliada e no apoio às Estratégias Saúde da Família (ESFs)”, aponta. Olhar integral Suzy chama a atenção para o diferencial do trabalho realizado pela equipe da UBS. “Acho que o diferencial é justamente essa característica multiprofissional do Nasf. Não focamos apenas na reabilitação física e/ou cognitiva. Temos um olhar além, que passa pelo cuidado farmacêutico, da reinserção social, da parte nutricional, de hábitos saudáveis e das questões mentais e cognitivas”, avalia. Na mesma linha, a gerente da UBS destaca que a ideia é promover saúde, pensando na coletividade e no autocuidado do paciente. “Queremos trazer saúde para a população do nosso território”, garante. Acompanhamento vai além da reabilitação física com fisioterapeuta. Equipe multidisciplinar é composta por nutricionista, fonoaudiólogo, farmacêutico e assistente social Retorno positivo A aceitação tem sido boa e o retorno dos pacientes sobre o trabalho positivo. “Muitos saem daqui falando que procuravam a unidade de saúde quando estavam doentes. Agora sabem que a UBS, que o acolhimento no Nasf promovem saúde. Um paciente relatou, ao final de um atendimento, que saiu mais leve de lá. Isso é muito gratificante: ver e trabalhar o ser humano em sua totalidade”, compartilha Suzy. A secretária escolar, Marilene Ferreira Siman, de 44 anos, ficou 15 dias internada por complicações da covid-19. Ela teve 50% do pulmão comprometido, mas não chegou a ser intubada. Debilitada após a internação, conta que perdeu 10 kg e sentia muito cansaço para subir escadas, só consegui dar poucos passos. “Quando recebi alta, a médica já havia indicado fisioterapia, foi então que procurei onde poderia fazer esse acompanhamento”, conta. [Olho texto=”“Eles sabiam exatamente o que eu tinha, quais os cuidados que eu precisava. Nunca me senti tão amparada. Eu me sentia de fato entre amigos”” assinatura=”Marilene Siman participou do 1º grupo de apoio” esquerda_direita_centro=”direita”] Marilene fez parte do primeiro grupo e lembra com carinho do acolhimento recebido por toda a equipe. “Eu nunca tinha visto um grupo tão humanizado. Ali eu sentia que não era apenas uma paciente, mas era a Marilene. Eles sabiam exatamente o que eu tinha, quais os cuidados que eu precisava. Nunca me senti tão amparada. Eu me sentia de fato entre amigos”, relata. Ela recorda que a descoberta da doença, o tempo de internação e o medo vivenciado ao longo dessa fase deixaram marcas psicológicas. O trabalho desenvolvido pela equipe ajudou também na recuperação da parte emocional. “Eles me devolveram a vontade de viver. Cheguei muito triste, debilitada, com autoestima baixa. Hoje já tenho vontade de me arrumar, fazer minhas atividades. Eles não cuidam da doença, promovem saúde. É nítido”, destaca. Quem pode participar? O serviço começou em maio de 2021. Já foram realizados dois grupos e a previsão é iniciar o terceiro no início de agosto. Em virtude da pandemia, os grupos são restritos para no máximo cinco pessoas. A participação ocorre tanto por demanda espontânea – quando a pessoa busca UBS, ou quando o serviço de acolhimento do Nasf capta esses pacientes – e também pelo encaminhamento das próprias equipes da unidade de saúde. A UBS 1 de Taguatinga atende moradores da QNG, QNH, Colônia Agrícola 26 de Setembro, Cana do Reino, Córregos dos Currais e Cooperville. Ao todo, conta com sete equipes de Estratégias Saúde da Família (ESF) e uma do Nasf. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde da Família está presente nas áreas rurais do DF
A Estratégia de Saúde da Família abrange uma vasta carta de serviços para atender do bebê ao idoso nas unidades básicas de saúde (UBSs). As equipes de Saúde da Família estão presentes em todas as regiões do Distrito Federal levando atendimento multiprofissional, seja na própria unidade, ou nas visitas domiciliares. As áreas rurais também são contempladas com esse serviço. A UBS 15 Rio Preto, em Planaltina, é responsável por cobrir uma área rural que tem aproximadamente 1,5 mil habitantes. Toda terça-feira, a equipe faz atendimentos domiciliares para a população da região de abrangência. O Distrito Federal tem 34 unidades básicas de saúde em áreas rurais | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde-DF Os agentes comunitários de saúde da região realizam as visitas para entender as necessidades da população e, dependendo da situação do paciente, acionam a equipe multiprofissional que se desloca para prestar atendimento em casa. O coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno, explica que no Distrito Federal existem 170 unidades básicas de saúde. Dessas, 34 estão localizadas em áreas rurais. “É importante salientar que na Estratégia de Saúde da Família, a pasta possui recursos para chegar no território que elas residem. Num lugar que o paciente esteja distante de uma UPA ou de um hospital, a gente consegue levar esses equipamentos de saúde e garantir o acesso a serviços essenciais para a manutenção da saúde”, pondera. [Olho texto=”Minha mãe estava passando muito mal, entrei em contato com a equipe por telefone e logo vieram socorrê-la. Eu agradeço demais esse cuidado”” assinatura=”Leandro de Moraes, morador de Alagoinha” esquerda_direita_centro=”direita”] Atendimento em casa Os atendimentos ocorrem além das paredes da UBS. Foi na casa de Leandro Moraes, de 28 anos, morador da região de Alagoinha, que a equipe da UBS Rio Preto iniciou os atendimentos na zona rural na tarde da última terça-feira (29/6). Ele solicitou atendimento para a mãe, Eunice Brito, de 52 anos, que foi prontamente atendida pela equipe. “Considero muito importante essa iniciativa do posto. Minha mãe estava passando muito mal, entrei em contato com a equipe por telefone e logo vieram socorrê-la. Eu agradeço demais esse cuidado”, declara. A equipe de saúde da família trabalha na prevenção dos agravos realizando a parte curativa e assistencialista e ofertando todo o atendimento para a família. São consultas nas áreas de medicina e enfermagem e alguns procedimentos de pequena cirurgia, inserção de DIU, exames ginecológicos preventivos, aplicação de vacinas – realizada de segunda à sexta-feira até às 17h -, distribuição de medicamentos da Atenção Básica, coletas de exames laboratoriais, curativos, testagem rápida para infecções sexualmente transmissíveis, entre outros. [Olho texto=”Os moradores da zona rural também contam com serviços de nutrição, oferecidos pelos residentes em saúde da área, assistência social, fisioterapia e farmácia” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os moradores da zona rural também contam com serviços de nutrição, oferecidos pelos residentes em saúde da área, assistência social, fisioterapia e farmácia. Em média, a equipe da unidade faz 450 atendimentos mensais em todas as áreas de atenção à saúde. Coronavírus Em um momento pandêmico, todos os cuidados sanitários são mantidos durante as visitas domiciliares. Aqueles com sintomas gripais podem procurar a UBS para fazer a coleta de RT-PCR para detecção da Covid-19. Se o resultado do exame for positivo, a equipe faz o monitoramento, aconselhamento e medicação. As famílias que residem em regiões com vulnerabilidade social também são atendidas pelos profissionais da UBS Rio Preto que, vez ou outra, levam para eles alimentos e roupas arrecadadas. Claudione de Souza é gerente da unidade e fala dos desafios de atuar numa região rural. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “É uma área muito extensa e, por isso, temos que ter o olhar sensível às necessidades do território, levar os serviços aos que têm dificuldades de acesso. Temos trabalhado para uma oferta de serviços com uma qualidade cada vez melhor e contamos com profissionais empenhados e responsáveis com o serviço e com a população”, explica. A médica da família e comunidade da equipe da UBS Rio Preto, Rafaela Britto, explica que a Atenção Primária busca atender o paciente em todas as suas necessidades básicas e, na área rural, isso não poderia ser diferente. “Equipe de saúde da família é isso: cuidar de todos, seja onde estiverem. A visita domiciliar nos permite vencer barreiras de acesso que distancia quem precisa de um atendimento de saúde. Levamos assistência para quem a necessita”, pontua. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Dia do Orgulho LGBTQIA+: saúde pública é para todos
Além de um dia comemorativo ao orgulho LGBTQIA+, a data de 28 de junho celebra não só os direitos e as conquistas que vêm sendo obtidos, mas também busca a conscientização social sobre os problemas atuais, respeito ao próximo e a liberdade individual de cada um. A rede pública de saúde do DF oferece atendimento especializado para transexuais, travestis e transgêneros por meio do Ambulatório Trans, que, desde 2017, já fez mais de 6 mil atendimentos. Casais homoafetivos também podem realizar o desejo da maternidade ou paternidade por meio da Unidade de Reprodução Humana e Endoscopia Ginecológica do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Campanhas já utilizam pronomes alternativos de tratamento inclusivo, como “todes” | Arte: Divulgação/SES A intolerância à diversidade sexual e de gênero ainda é uma realidade, e o dia 28 de junho também se tornou um dia de luta pelos direitos iguais. O principal objetivo é conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia e construir uma sociedade igualitária e livre de preconceitos, independentemente do gênero sexual. Tanto quanto as redes sociais, campanhas realizadas em nível nacional já utilizam os termos “tod@s”, “todes” e “todxs” – uma tentativa de implantar uma linguagem inclusiva para com mulheres, pessoas não binárias, de todos os gêneros. Atendimento na rede pública O sonho de ser mãe acalentava o desejo do casal Mariana Oliveira e Erika Oliveira, ambas mulheres cis lésbicas. Casadas, elas são mães de Noah e Louise e fizeram o processo de inseminação na Unidade de Reprodução Humana e Endoscopia Ginecológica do Hospital Materno Infantil de Brasília. “Nossa família é fruto do nosso orgulho e do SUS”, declara Mariana. “Eu e minha família seguimos existindo e resistindo”. [Olho texto=”“O atendimento é para todos, independentemente de religião, credo, raça e sexualidade” ” assinatura=”Rosaly Rulli, diretora do Centro de Ensino e Pesquisa em Reprodução Assistida do Hmib” esquerda_direita_centro=”direita”] Para ter acesso ao serviço do Hmib, o primeiro passo para quem deseja engravidar é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa e agendar atendimento com a equipe de Saúde da Família, que encaminhará à consulta com consulta com ginecologista e, de lá, ao hospital da região onde a pessoa será atendida por um grupo multiprofissional. Cumpridas essas etapas, haverá encaminhamento para a Unidade de Reprodução Humana do Hmib. A inscrição na fila de espera ocorre na primeira consulta ou no retorno à unidade, após apresentação dos resultados de exames solicitados. Depois disso, a paciente receberá do médico um papel de encaminhamento solicitando o retorno. Saiba mais sobre o tratamento aqui. De acordo com a diretora do Centro de Ensino e Pesquisa em Reprodução Assistida (Cepra) do Hmib, Rosaly Rulli, “o atendimento é para todos, independentemente de religião, credo, raça e sexualidade”. Para ela, o serviço não é só um produtor de bebês. “É um realizador de sonhos, de vidas”, pontua. “A nossa satisfação é a satisfação dos casais que tentam há bastante tempo ter filhos e, por uma série de motivos, não o conseguem. Tudo é voltado para atender os casais”. Entenda a siga LGBTQIA+ | Arte: Divulgação/SES Ambulatório Trans Na rede pública de saúde do Distrito Federal, os pacientes também podem contar com o Ambulatório de Assistência Especializada às Pessoas Travestis e Transexuais, localizado no Hospital Dia (508/509 Sul). O ambulatório presta atendimento à população trans do DF em suas necessidades específicas, sendo uma referência para que estudantes, estagiários e profissionais de saúde possam conhecer a realidade do segmento. A unidade funciona de segunda a sexta-feira e oferece atendimento multidisciplinar. A equipe é composta por psicólogos, assistente social, endocrinologista, psiquiatra, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogos, urologistas, ginecologistas e enfermeiros. O serviço de atendimento à pessoa trans começa na Atenção Primária e inclui acolhimento, humanização e sensibilização. Além disso, o ambulatório trabalha a sensibilização e o respeito às diferenças e a dignidade humana, em todos os níveis de atenção. [Olho texto=”“Sem a aceitação dos familiares, não adianta fazer medicação, tratar e cuidar dessas pessoas, se a família não considerar o processo de direito de cada um” ” assinatura=”Ricardo Albuquerque Lins, psiquiatra” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O psiquiatra Ricardo Albuquerque Lins presta atendimento à população trans desde 2019 e relata que a maioria dos casos atendidos no ambulatório é de pacientes com quadros de depressão, ansiedade, transtornos bipolares e, em alguns poucos, de esquizofrenia. Na maior parte, esses problemas são relacionados conflitos familiares, agressões verbais e até físicas, como a não aceitação pela sociedade. A equipe médica de psiquiatria e psicologia do ambulatório trabalha a parte medicamentosa e psicológica do paciente e seus familiares. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O atendimento do paciente e o acompanhamento dessa família são primordiais para a aceitação da pessoa trans; o processo envolve o acolhimento”, explica Ricardo. “Sem a aceitação dos familiares, não adianta fazer medicação, tratar e cuidar dessas pessoas, se a família não considerar o processo de direito de cada um. O acolhimento de familiares e amigos à pessoa em transição é importante para que ela não abandone os cuidados das equipes de saúde, pois a maioria dos pacientes faz uso de medicamentos e hormônios específicos que necessitam desse acompanhamento médico.” Fonoaudiologia Outro serviço importante oferecido no Ambulatório Trans é o de fonoaudiologia. Vários transexuais trabalham no mercado da voz (professores, cantores, atores) e todos esses profissionais necessitam de orientação para o timbre vocal para que se identifique com seu gênero. O tratamento ajuda a pessoa a adequar a vocalização de acordo com sua identificação física. Indiretamente, o trabalho dos fonoaudiólogos ajuda também na inserção do indivíduo transexual no mercado de trabalho, uma vez que o timbre de voz define os gêneros masculino e feminino na maioria das empresas. “Voz é identidade, exprime o estado mental, psicológico da pessoa; a voz é muito pessoal, e é identificada como identificação do gênero”, explica a fonoaudióloga Alline Marielli Padilha. *Com informações da Secretaria de Saúde
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