Conversa com Eles promove palestra sobre violência doméstica para 140 trabalhadores da Asa Sul
“Essas coisas a gente vê na televisão, escuta de conhecidos, mas muitas vezes só entende de verdade quando alguém vem e conversa com a gente.” A fala é de José Raimundo Farias, de 67 anos, encarregado de armação com mais de quatro décadas de experiência nos canteiros de obras. Nesta quinta-feira (10), ele fez parte do grupo de 140 trabalhadores da construção civil que participou da palestra promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF), no canteiro da empresa Supera Engenharia, na SGAS 613/614 Sul. A ação integra o projeto Conversa com Eles, criado em abril de 2024, e marcou a primeira atividade especial deste mês de abril, quando a Sejus intensifica suas ações em alusão aos 65 anos de Brasília. Desenvolvido em parceria com o Sinduscon e o Senai, o projeto tem como objetivo principal incentivar a reflexão sobre comportamentos machistas e a relação desses comportamentos com a violência contra a mulher, especialmente em espaços predominantemente masculinos, como os canteiros de obras. O projeto tem como objetivo principal incentivar a reflexão sobre comportamentos machistas e a relação desses comportamentos com a violência contra a mulher, especialmente em espaços predominantemente masculinos, como os canteiros de obras | Fotos: Divulgação/Sejus-DF Durante as palestras, servidores da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), da Sejus, utilizam situações do cotidiano, expressões populares, letras de músicas e vídeos educativos para provocar a reflexão dos participantes. A proposta é mostrar como a violência se manifesta de formas diversas — física, psicológica, moral, patrimonial ou simbólica — e como seus impactos reverberam não apenas sobre as mulheres, mas sobre toda a sociedade. Para o eletricista Diego Bráulio da Silva, de 38 anos, que convive diariamente com mulheres — mãe, esposa, filhas e avó —, a palestra foi um verdadeiro chamado à responsabilidade. “A gente sai daqui com mais consciência. Essa conversa precisa chegar também aos nossos filhos, amigos, vizinhos. Eu vou passar isso adiante, principalmente para os meninos que estão crescendo agora, numa geração que pode fazer diferente.” Desde sua criação, o Conversa com Eles já alcançou 1.432 trabalhadores da construção civil, sendo 632 apenas em 2025. A atividade faz parte do esforço contínuo da Sejus em promover uma cultura de paz, respeito e direitos humanos. Em abril, mês do aniversário de Brasília, a proposta é ampliar ainda mais esse alcance: pelo menos mais três palestras estão previstas em outros canteiros de obras do Plano Piloto. Para o eletricista Diego Bráulio da Silva, de 38 anos, que convive diariamente com mulheres, a palestra foi um verdadeiro chamado à responsabilidade A secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, reforça a importância de ações como essa. “Levar esse tipo de ação aos canteiros de obras é, acima de tudo, um gesto de transformação. Estamos semeando consciência onde ela é mais necessária. A construção de uma cidade mais justa e igualitária passa, também, por dentro desses espaços. E fazer isso no mês em que celebramos os 65 anos de Brasília dá ainda mais força à mensagem que queremos levar.” A assistente técnica do Sinduscon, Cirlene Monteiro, também destacou o impacto positivo das ações. “As empresas que já participaram dessas palestras têm retornado com muitos elogios, reconhecendo o poder de transformação que esse tipo de conversa tem provocado nos seus trabalhadores.” Direito Delas O Conversa com Eles faz parte do Direito Delas, programa criado pela Sejus-DF para oferecer acolhimento e atendimento a mulheres em situação de violência e seus familiares, além de crianças e adolescentes de 7 a 14 anos vítimas de estupro, e pessoas idosas vítimas de crimes. O programa oferece suporte social, psicológico e jurídico de forma integrada. Desde sua criação, em novembro de 2023, o Direito Delas já realizou mais de 8 mil atendimentos em seus 11 núcleos espalhados pelo DF: Plano Piloto, Ceilândia, Guará, Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia, Estrutural e Gama. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Projeto Brasília em Equilíbrio promove palestras e workshops para prevenir a violência doméstica
Com o objetivo de prevenir a violência doméstica e familiar, o projeto Brasília em Equilíbrio – Fortalecendo Mente e Corpo vai oferecer workshops e palestras gratuitas para a população, promovendo o fortalecimento emocional e o bem-estar dos participantes. A iniciativa, que será realizada nos parques Olhos d’Água e Jardim Botânico, foi oficializada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) com a publicação do extrato do Termo de Fomento nº 01/2025, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (2). O Termo de Fomento estabelece que a parceria entre a Sejus e a OSC não exige contrapartida financeira da organização. O projeto conta com um investimento de R$ 500 mil, viabilizado por emenda parlamentar do deputado distrital Thiago Manzoni e será executado até o dia 28 de maio de 2025. O projeto vai atender 800 pessoas com capacitação para o enfrentamento à violência doméstica | Foto: Jhonatan Vieira/Sejus-DF O projeto será executado em parceria com a Organização da Sociedade Civil (OSC) Vem Ser e atenderá 800 pessoas, a partir de 16 anos, com conteúdos voltados à capacitação para o enfrentamento da violência e ao desenvolvimento de relações saudáveis e equilibradas. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância da iniciativa para a construção de uma sociedade mais segura e acolhedora. “Prevenir a violência doméstica vai muito além da punição aos agressores. Precisamos fortalecer emocionalmente nossas famílias, oferecer informação e apoio para que as pessoas saibam reconhecer sinais de abuso e buscar ajuda. Esse projeto é mais um passo nessa direção”, afirmou. Além disso, o projeto visa promover o bem-estar físico e mental dos participantes, oferecendo um espaço de acolhimento e reflexão para quem já passou ou convive com situações de violência. As atividades serão conduzidas por especialistas em saúde mental, segurança pública e direitos humanos, garantindo um ambiente de aprendizado e fortalecimento pessoal. *Com informações da Sejus-DF
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‘Conversa com Eles’ debate influência do machismo na violência doméstica
“O respeito às mulheres deve estar presente em todas as nossas relações, seja com esposas, filhas, colegas de trabalho ou qualquer outra mulher”, afirmou Antônio Rodrigues, ajudante de pedreiro em uma obra no Setor Hoteleiro Norte. Ele participou, nesta quinta-feira (6), do Conversa com Eles, iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) que incentiva a reflexão sobre comportamentos machistas e sua relação com a violência contra a mulher. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância do engajamento masculino no combate à violência contra a mulher | Foto: Divulgação/Sejus-DF Durante o mês de março, o projeto faz parte das ações intensificadas pela Sejus em alusão ao Dia Internacional da Mulher. Em 2024, o Conversa com Eles impactou cerca de 1.000 trabalhadores da construção civil, um setor predominantemente masculino. Neste ano, a iniciativa já alcançou 300 trabalhadores. As palestras são fruto de uma parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF). A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância do engajamento masculino no combate à violência contra a mulher. “A conscientização dos homens não se limita a evitar comportamentos abusivos, mas também a transmitir esses valores a seus filhos e familiares”, afirmou. Pai de três filhos, Eronildes da Silva, auxiliar de serviços gerais, acompanhou atentamente a palestra e garantiu que levará os aprendizados para casa. “A violência doméstica não é apenas física. Existem agressões psicológicas e abusos que não podem ser tratados como normais. Quero ensinar isso às minhas filhas”, declarou. Direito Delas: atendimento e acolhimento às vítimas O Conversa com Eles integra o Direito Delas, programa da Sejus-DF voltado ao atendimento de mulheres em situação de violência e seus familiares, além de crianças e adolescentes de 7 a 14 anos vítimas de estupro e idosos vítimas de crimes. Desde sua criação, em novembro de 2023, o programa já realizou mais de 8 mil atendimentos nos seus 11 núcleos espalhados pelo DF: Plano Piloto, Ceilândia, Guará, Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia, Estrutural e Gama. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Edição do Programa de Prevenção à Violência Doméstica (PPV) atende reeducandos do DF
Nesta quarta-feira (12), a Secretaria da Mulher (SMDF) realizou mais uma edição do Programa de Prevenção à Violência Doméstica (PPV) com os reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), no anexo do Palácio do Buriti. A proposta central do programa é prevenir a violência doméstica no âmbito familiar, abordando o tema de forma ampla e abrangente. O Programa de Prevenção à Violência Doméstica recebeu reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso, nesta quarta (12), no anexo do Palácio do Buriti | Fotos: Samuel Marques/SMDF Com carga horária de oito horas por eixo, o PPV é coordenado pela Assessoria Especial de Políticas Públicas para Homens da SMDF e conta com a colaboração de diversos órgãos do Governo do Distrito Federal e do governo federal, além de parcerias com organizações da sociedade civil e do setor privado. A vice-governadora do DF, Celina Leão, ressaltou que a pauta das questões de gênero precisa atingir os homens. “Nós estamos trabalhando para que eles reflitam sobre o seu papel na sociedade. A família toda precisa estar atenta aos sinais de agressões, para evitar que a violência continue acontecendo. Esse programa é importante para reeducar esses homens quanto ao próprio comportamento e a forma de lidar com as próprias emoções”, afirmou. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, falou sobre a importância de conscientizar os homens também no combate à violência doméstica. “Essa luta vai além do atendimento exclusivo à vítima. As ações precisam chegar até os homens também. Fazemos reflexões direcionadas sobre a Lei Maria da Penha e sobre o combate ao feminicídio”, disse. Eixos do programa O programa aborda a prevenção e conscientização sobre violência por meio de políticas educativas voltadas para jovens de 15 a 21 anos, com oficinas, jogos e atividades lúdicas realizadas tanto dentro quanto fora das escolas. Também trabalha com homens adultos que não cometeram violência, informando-os sobre a legislação de proteção à mulher e incentivando-os a serem multiplicadores dessas informações em suas comunidades. Além disso, o PPV oferece acolhimento e reabilitação para agressores, com foco em educação, capacitação profissional e reintegração no mercado de trabalho. Ele também promove rodas de conversa com homens de diferentes segmentos e iniciativas voltadas à saúde masculina, levando orientações sobre cuidados para locais de grande concentração de homens, como canteiros de obras e oficinas mecânicas. O PPV trabalha para prevenir a violência doméstica no âmbito familiar, com a ajuda de oficinas, jogos e atividades lúdicas O estudante W.R contou que o projeto é extremamente importante para combater os feminicídios no DF: “Coisas que eu não sabia, eu aprendi hoje. Vou levar pra vida toda. Todos os setores da sociedade precisam ter acesso a essas informações, para que possamos diminuir esses índices de violência. É um programa que faz com que a gente reflita sobre as nossas ações no dia a dia. Eu aprendi hoje que existem vários tipos de violência contra a mulher”. A copeira A.C contou que o PPV é muito interessante, porque aborda vários temas relevantes. “Aprendemos sobre a Lei Maria da Penha e todas as formas de violência. Esse projeto traz muito conhecimento e eu vou levar isso pra minha vida. O programa ajuda no combate à violência contra a mulher, que não é só física, mas também psicológica, patrimonial, financeira, dentre outras”, finaliza. *Com informações da Secretaria da Mulher (SMDF)
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Medalha Mulher Mais Segura tem modelo definido
Instituída pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) para reconhecer e valorizar ações e serviços prestados no combate à violência contra a mulher e à violência doméstica e familiar, a Medalha Mulher Mais Segura teve o modelo definido, após ajustes. A mudança foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de terça-feira (28). O objetivo da comenda, por meio do Eixo Mulher Mais Segura do programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, é o reconhecimento público e incentivar práticas de proteção e defesa das mulheres e será entregue ainda neste ano. “Reforçar e reconhecer ações e serviços de excelência no combate à violência de gênero é essencial para garantir a segurança e o bem-estar das mulheres, além de incentivar a implementação de novas estratégias no enfrentamento desse tipo de crime” Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública “Reforçar e reconhecer ações e serviços de excelência no combate à violência de gênero é essencial para garantir a segurança e o bem-estar das mulheres, além de incentivar a implementação de novas estratégias no enfrentamento desse tipo de crime. A medalha não apenas homenageia o trabalho de indivíduos e instituições, mas também serve como incentivo à continuidade e expansão de iniciativas eficazes voltadas à proteção e defesa das mulheres”, destaca o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. Ao reconhecer publicamente aqueles que se destacam nessa área, o Governo do Distrito Federal promove um ambiente de incentivo e motivação para que mais pessoas e profissionais se engajem na proteção dos direitos das mulheres. “A condecoração, além de simbolizar reconhecimento, fortalece a construção de uma sociedade mais justa, segura e igualitária, ao valorizar aqueles que se dedicam à proteção das mulheres em situação de violência, reafirmando que essa luta é uma prioridade para o Distrito Federal e que o governo está firme no compromisso de garantir segurança, respeito e apoio a todas as mulheres, demonstrando que elas não estão sozinhas”, completa. Critérios A comenda fortalece a construção de uma sociedade mais justa, segura e igualitária | Arte: Divulgação/SSP-DF Para receber a Medalha Mulher Mais Segura, é necessário que o candidato não seja autor de violência doméstica e familiar ou de qualquer ato de violência contra a mulher; não tenha sido condenado à pena restritiva de liberdade, por sentença condenatória transitada em julgado; atue ou tenha atuado na proteção e defesa das mulheres em situação de violência; tenha bons serviços prestados à Segurança Pública do Distrito Federal; tenha realizado ação relevante que motive a indicação, devidamente descrita em proposta de concessão que relata o ato meritório motivador da indicação; e seja indicado por algum dos membros do conselho. O agraciado poderá perder o direito à Medalha Mulher Mais Segura caso tenha cometido – até seis meses após ser agraciado com a comenda – atos contrários à dignidade e à moralidade da sociedade e da mulher desde que devidamente apurados e confirmados em investigação ou procedimento apuratório; tenha sido condenado pela Justiça brasileira ou estrangeira, por crime contra a integridade, a soberania nacional ou atentado contra o erário e às instituições; tiver direitos políticos suspensos ou mandatos eletivos cassados; e que recusar ou devolver as condecorações que lhe haja sido conferida. *Com informações da SSP-DF
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Cepavs são referência para casos de atendimento e acolhimento a vítimas de violência domiciliar
A rede de centros de especialidades para a atenção às pessoas em situação de violência sexual, familiar e doméstica (Cepavs), também conhecida como Flores em Rede, possui unidades distribuídas em todas as regiões de Saúde do DF. No local, vítimas de violência domiciliar podem encontrar ajuda de vários tipos, contando com profissionais como psicólogos e assistentes sociais, entre outros. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) funciona o Cepav Flor do Cerrado. A unidade oferece acompanhamento psicossocial a crianças, adolescentes e mulheres, de segunda a sexta, das 7h às 12h e das 13h às 18h. O serviço pode ser acessado por encaminhamento dos órgãos parceiros ou por demanda espontânea. O Cepav Flor do Cerrado oferece acompanhamento psicossocial a crianças, adolescentes e mulheres | Fotos: Divulgação/IgesDF “Qualquer pessoa em situação de violência pode procurar a nossa unidade caso necessite de orientação sobre violência vivenciada”, explica o chefe do núcleo, Ronaldo Pereira de Lima Coutinho. Os atendimentos são prestados em uma perspectiva biopsicossocial por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de enfermagem. “São ofertados atendimentos individuais e em grupo, conforme avaliação de cada caso, para ajudar a pessoa a se perceber em uma situação de violência, reconhecer os desafios, fortalecer a autonomia, a rede de apoio e os suportes familiar, psicológico e social, com o intuito de romper o ciclo de violência”, conta Ronaldo. “O trabalho junto a essas mulheres deve acontecer de forma conjunta com diversos órgãos para a ampliação e solidez da sua rede de proteção e de promoção” Ronaldo Pereira de Lima Coutinho, chefe do Cepav Flor do Cerrado Ainda de acordo com Ronaldo, a violência contra a mulher é um problema complexo e multifacetado que pode ser físico, psicológico, sexual, moral e patrimonial. “O trabalho junto a essas mulheres deve acontecer de forma conjunta com diversos órgãos para a ampliação e solidez da sua rede de proteção e de promoção, para que ela e seus dependentes encontrem condições de enfrentamento e rompimento do ciclo de violência”, lembra. Ronaldo ressalta, ainda, que os atendimentos do Cepav são sigilosos e contribuem no processo de educação, conscientização e apoio às pessoas em situação de violência. “Esse suporte pode auxiliar na interrupção da violência, podendo impedir a ocorrência do feminicídio”, reforça. Sensibilização Ganhar a confiança da mulher faz parte do trabalho dos assistentes sociais que atuam nos Cepavs “Quando lidamos com esse tipo de violência, há diversas dimensões. Pode ser um caso grave, em que a mulher corre um risco muito grande de feminicídio, e é necessário que ela saia do contexto domiciliar. Ou, em outros casos, a mulher pode nem mesmo perceber que está sendo vítima de violência psicológica, por exemplo. Isso exige sensibilização e orientação”, detalha Beatriz Liarte, assistente social do Núcleo de Educação Permanente da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do IgesDF. Uma etapa essencial do atendimento a essas vítimas é a análise dos riscos e dos determinantes sociais de saúde. “Dependendo do caso, identificamos os riscos e os recursos disponíveis na rede para o encaminhamento adequado. Por exemplo, no atendimento inicial à violência sexual, coletamos informações, realizamos profilaxia e encaminhamos para atendimento psicossocial, pensando nas sequelas e danos emocionais”, afirma a assistente social. Muitos sinais podem indicar que uma mulher está sofrendo violência doméstica. Beatriz destaca que um dos principais é a “dor crônica vaga”, uma queixa inespecífica que revela danos emocionais manifestados no corpo. “Problemas de sexualidade, infecções urinárias de repetição, uso excessivo de substâncias psicoativas e até o comportamento de acompanhantes controladores durante as consultas são sinais relevantes”, pontua. Histórico de tentativas de suicídio, ansiedade, depressão e demora em procurar atendimento após ter se machucado também podem ser indicativos de violência. “Esses sinais precisam ser identificados pelos profissionais de saúde para poder oferecer um acolhimento eficaz e garantir que essas mulheres tenham acesso à proteção necessária”, finaliza Beatriz. *Com informações do IgesDF
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Centro de Operações da PM aposta em tecnologia e expertise de policiais para garantir eficiência
No fim do ano passado, ganharam repercussão dois casos distintos de mulheres do Distrito Federal que ligaram para o 190 e, sem poder falar do que se tratava, pediram uma pizza. Graças à rápida ação da Polícia Militar — que percebeu o que de fato acontecia —, as duas acabaram liberadas de situações de cárcere privado. Os dois episódios ilustram bem como funciona esse serviço essencial para o DF. Apenas em 2024, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) — que recebe as ligações do 190 — teve 134.091 ocorrências atendidas, que resultaram em 9.575 prisões, 2.411 kg de drogas apreendidas, 1.711 veículos recuperados e 1.401 armas retiradas de circulação, apenas para citar alguns exemplos. A central deve ser acionada em casos de emergência ou perigo iminente, como situações que colocam a vida em risco, acidentes de trânsito, crimes em andamento e casos de violência doméstica. Diariamente, o Copom recebe cerca de 5 mil ligações, muitas das quais não são destinadas à PM, mas que acabam encaminhadas para os canais corretos. “A importância do 190 é imensurável. É ele que faz o atendimento de ponta. Quando o cidadão pega o telefone e liga 190, ele não liga só para uma ocorrência [policial], ele liga para um engasgo, para um incêndio… Então, ele é importantíssimo para a população do Distrito Federal. Hoje, a gente tem 40 policiais, 24 horas por dia, sete dias por semana para esse atendimento”, conta a subchefe do Copom, major Rozeneide dos Santos. O centro é dividido em duas áreas. A primeira é a central de atendimento, onde chegam as ligações. Nela, policiais com anos de experiência anotam os primeiros dados, orientam a população e hierarquizam as ocorrências. É essa expertise que garante um atendimento mais rápido às demandas urgentes e um ouvido apurado para identificar episódios como os dos pedidos de pizza. Diariamente, o Copom recebe cerca de 5 mil ligações, muitas das quais não são destinadas à PM, mas que acabam encaminhadas para os canais corretos | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Em seguida, os casos são encaminhados à segunda área. Chamada de despacho, ela tem divisões geográficas e é a responsável por repassar as ocorrências aos policiais na rua. Os policiais também ficam atentos às imagens das mais de 600 câmeras espalhadas pelo DF e, agora, aos novos totens de segurança, instalados no Setor Comercial Sul e na Praça do Relógio, em Taguatinga. “A gente tem uma ordem de prioridade. Homicídio, latrocínio, violência doméstica, por exemplo, têm prioridade em detrimento a um som alto, que pode esperar, uma coisa mais simples. Mas ninguém fica sem atendimento. Alguns podem demorar um pouco mais que outros, mas esse atendimento acontece”, enfatiza a major. “Nosso atendimento aqui é de excelência.” Violência contra a mulher Esses casos mais simples, classificados como perturbação da tranquilidade, são os mais comuns do Copom — que, hoje, graças a ações educativas, conseguiu reduzir o percentual de trotes a menos de 2%. Mas eles dividem o topo do ranking com outros bem graves: os de violência doméstica. Segundo a subchefe, eles são a “prioridade 01” do Centro de Operações. “Quando a mulher liga, a situação já está bem complicada. Então, o policial que faz essa triagem vem o mais rápido possível, nem espera o fluxo”, aponta. “A importância do 190 é imensurável. É ele que faz o atendimento de ponta. Quando o cidadão pega o telefone e liga 190, ele não liga só para uma ocorrência [policial], ele liga para um engasgo, para um incêndio… Então, ele é importantíssimo para a população do Distrito Federal”, conta a subchefe do Copom, major Rozeneide dos Santos Para melhor atender esses casos, no ano passado foi criada a bancada Copom Mulher. Ao mesmo tempo em que encaminha uma viatura para atendimento da ocorrência, essa bancada mantém uma policial feminina em contato com a vítima, para orientá-la. “O Copom Mulher dá um suporte a essas vítimas de violência doméstica. Quando a viatura chega ao local e essa mulher não se sente à vontade para fazer o registro [da ocorrência], nós entramos em contato via telefone com essa vítima e tentamos sensibilizá-la para fazer essa denúncia, falando sobre a importância do registro, dela fazer essa denúncia na delegacia. Mesmo porque esse primeiro passo de fazer a denúncia é uma forma que ela tem de tentar cessar essa agressão para que não venha a aumentar, que esse incidente que começa com uma agressão física não chegue a um feminicídio”, explica a sargento Rosilenir Andrade, que atende na bancada do Copom Mulher. Depois, as vítimas de violência ainda podem contar com a Assistência de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), que as auxilia a acessar os diversos programas do Governo do Distrito Federal (GDF) destinados a essas mulheres. No ano passado, foram contabilizados 19.970 atendimentos. Uma forma de garantir ajuda integral a elas. “Para que o atendimento não termine por aqui [no Copom], não seja só um atendimento de emergência. Para esse ciclo se fechar”, arremata a major Rozeneide.
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Vítimas de violência atendidas no Cepav Flor do Cerrado participam de confraternização
O Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Flor do Cerrado, localizado no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) realizou, nesta quarta-feira (18), uma confraternização com todas as pessoas em situação de vulnerabilidade social atendidas nos grupos psicossociais ao longo de 2024 no setor. “O objetivo é nos reunirmos em solidariedade e em respeito às pessoas que sofreram violência doméstica, sexual e física, em ambiente intrafamiliar. Pensamos nessa confraternização também como forma de agradecimento aos desafios superados por essas pessoas, mediante o apoio de nossa equipe multidisciplinar, que faz o atendimento especializado e humanizado. Comemoremos hoje mais um ciclo de conquistas e superações. Juntos podemos mais”, explica o chefe do Cepav Flor do Cerrado, Ronaldo Lima Coutinho. De janeiro até novembro de 2024, foram ofertados 4.803 atendimentos no Cepav | Fotos: Divulgação/IgesDF De janeiro até novembro de 2024, foram ofertados 4.803 atendimentos no Cepav. Desse quantitativo, 1.659 foram destinados às mulheres adultas ou idosas e 3.144 para crianças e adolescentes. Segundo o gestor, é preciso enfrentar qualquer forma de violência e isso é possível por meio de conscientização e informação. “O Cepav estará sempre de portas abertas para oferecer o suporte necessário às pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente crianças, adolescentes, mulheres e o público LGBTQIAPN+”, afirma. Durante a confraternização houve ginástica laboral com o educador físico do projeto Acolher, Mir Rodrigues, que enfatizou a força e o poder das mulheres na sociedade. Houve uma entrega de certificado simbólica com uma mensagem de agradecimento pela participação de todas nos grupos e atendimentos e citando a importância de estarem no acompanhamento psicossocial. Também foi preparada uma deliciosa mesa de lanche, enquanto a cantora Romana de Sá cantava belas canções para os participantes. Depois, houve um momento para troca de cartas e momento de fala de quem se sentisse à vontade para relatar a experiência no Cepav Flor do Cerrado. Durante a confraternização houve ginástica laboral com o educador físico do projeto Acolher, Mir Rodrigues, que enfatizou a força e o poder das mulheres na sociedade Ana*, de 48 anos, sofreu alguns anos com a violência psicológica cometida pelo ex-companheiro contra ela e os três filhos. “Este grupo me ajudou muito e me deu forças, mesmo não estado bem, consegui terminar meu curso de técnica de enfermagem e sei que só foi possível graças ao apoio que recebi aqui, sofro de ansiedade e depressão. Essa confraternização aqui foi maravilhosa, amei”, avalia. Para Maria*, de 61 anos, o momento foi especial e a ajudou a se sentir mais feliz e animada. “Sempre que eu não estou bem eu venho aqui no Cepav buscar ajuda, antes eu vivia assustada e hoje, com o atendimento psicológico, me sinto mais tranquila e segura”, relata. As assistentes sociais do Cepav, Mayara Castro e Brenda Carla Walter, destacaram que o evento é um encerramento de um ciclo, pois todas participaram dos atendimentos individuais, dos grupos. Além disso, entenderam o contexto de violência às quais eram submetidas. “Elas começam a compreender a definição das violências, então isso também ajuda nesse fortalecimento, de não continuar na situação que as trouxeram aqui. Então, elas saem daqui fortalecidas e conseguem auxiliar outras mulheres, que elas identificarem que estão passando pela mesma situação”, informa Mayara. *Com informações do IgesDF. Nomes fictícios
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Acordo de Cooperação Técnica previne violência doméstica em escolas particulares
A Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) firmou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF) visando a prevenção à violência doméstica. A iniciativa, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (18), tem como objetivo levar o Programa de Prevenção à Violência Doméstica (PPV), desenvolvido pela SMDF, para estudantes do ensino médio de escolas filiadas ao sindicato. O PPV tem como foco principal conscientizar os jovens sobre a importância de combater a violência doméstica, especialmente contra as mulheres, por meio de atividades educativas e reflexivas. Durante o programa, os alunos participam de oficinas temáticas que abordam questões como formas de violência, a aplicação da Lei Maria da Penha, tipos de diversidade e o papel dos homens na construção de uma sociedade mais segura e igualitária. “Levar essa discussão para dentro das escolas é essencial para que possamos formar uma nova geração mais consciente e engajada na prevenção à violência” Giselle Ferreira, secretária da Mulher A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, destacou a relevância do acordo e a necessidade de tratar o tema da violência contra a mulher no ambiente escolar. “Levar essa discussão para dentro das escolas é essencial para que possamos formar uma nova geração mais consciente e engajada na prevenção à violência. É nas escolas que plantamos as sementes de uma sociedade mais igualitária e sem violência”, afirmou. Em 2024, primeiro ano do programa, além de capacitar estudantes sobre violência doméstica, o PPV alcançou jovens aprendizes e servidores de órgãos como o Banco de Brasília (BRB), totalizando cerca de 800 pessoas certificadas. Ana Elisa Dumont: “Queremos que os estudantes compreendam o que é violência, o que caracteriza a violência doméstica, como ela pode ser prevenida e evitada” | Fotos: Vinícius de Melo/SMDF Ana Elisa Dumont, representante do Sinepe-DF, também destacou a importância da parceria e os impactos positivos que o programa pode trazer para os estudantes. “A iniciativa deste acordo de cooperação surge de uma conversa com a Secretaria da Mulher com o objetivo de promover a prevenção. Queremos que os estudantes compreendam o que é violência, o que caracteriza a violência doméstica, como ela pode ser prevenida e evitada, e a importância das relações familiares e das relações que eles estabelecem com outras pessoas”, explicou Ana Elisa. Com a adesão das escolas particulares ao programa, espera-se ampliar o alcance das ações de prevenção, formando jovens mais conscientes e preparados para reconhecer e combater situações de violência. A parceria também reforça o compromisso da SMDF em articular com diversos setores da sociedade para promover a igualdade de gênero e a segurança das mulheres no Distrito Federal. *Com informações da SMDF
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Programa Cidadania nas Escolas capacita mais de 12 mil alunos e professores em um ano
Heitor Sousa, estudante do 9º ano do Colégio Cívico-Militar 308 do Recanto das Emas, já testemunhou situações de violência contra as mulheres, mas, muitas vezes, não entendeu o que estava ocorrendo. “Sem muita informação a gente não percebe o que está acontecendo. Agora, aprendi a abrir os olhos e a lidar com essas situações”, garante. O aluno foi um dos participantes do bate-papo Prevenção à Violência no Namoro, realizado no último mês de novembro. Este é um dos temas abordados na iniciativa Cidadania nas Escolas, projeto da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), que, por meio de suas subsecretarias, realiza ações em prol de ações para redução das violações de direitos nas escolas públicas do DF. Heitor Sousa mudou o modo de ver casos de violência contra a mulher com o projeto: “Aprendi a abrir os olhos e a lidar com essas situações” | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus Desde setembro de 2023, quando foi instituído, o programa já levou esses encontros de reflexão e conscientização a 48 escolas, capacitando e certificando um total de 12.706 pessoas entre professores e alunos. “Essas atividades podem salvar nossas crianças e adolescentes das drogas” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania Para a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, esse projeto é importante porque institui uma cultura de paz dentro das escolas. “Essas atividades podem salvar nossas crianças e adolescentes das drogas. Pegamos pela mão e mostramos para família que a escola e o Estado podem ser apoio”, comenta Passamani. Essa parceria é destacada pelo eletricista Davi Lucas Matos, 62 anos, morador de Recanto das Emas, que percebeu a evolução do conhecimento do filho, Daniel Matos, 11 anos, após participação no debate sobre a prevenção ao bullying. “Foi muito importante esse aprendizado. A gente educa em casa, mas é necessário que ele também tenha essa noção dentro da escola. O que ele aprendeu neste projeto é para sempre”. Comunidade escolar O projeto foi idealizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e tem parceria com a Secretaria de Educação do DF (SEEDF) para desenvolvimento das ações nas escolas da rede pública de ensino. A proposta é realizar encontros nas instituições de ensino, envolvendo comunidade escolar, equipes gestoras, corpo docente, alunos e pais ou responsáveis. Esses momentos incluem metodologias diversificadas com conversas, dinâmicas interativas, contação de histórias, cine debates e outros. Davi Lucas Matos: “A gente educa em casa, mas é necessário que ele também tenha essa noção dentro da escola” Após a realização de um projeto-piloto em seis regiões administrativas (RAs) no ano passado, o Cidadania nas Escolas foi efetivado em 2024 em três RAs: Ceilândia, Recanto das Emas e Itapoã. No total, 48 escolas foram alcançadas, sendo seis em Samambaia, seis em Santa Maria, seis em São Sebastião, seis no Itapoã, seis no Recanto das Emas e 18 em Ceilândia. Em número total de atendimentos, as 12.706 pessoas capacitadas e certificadas, estão distribuídas da seguinte forma: 5.110 pessoas alcançadas nas atividades desenvolvidas em Ceilândia; 2.360 pessoas no Recanto das Emas; 2.456 no Itapoã; 840 em Santa Maria; 1.030 em São Sebastião; e 910 em Samambaia. *Com informações da Sejus-DF
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GDF e Superior Tribunal Militar assinam acordo de cooperação em prol das mulheres
Nesta segunda-feira (25), Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher, a Secretaria da Mulher assinou o 15º Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para a empregabilidade feminina. Desta vez, a parceria foi firmada com o Superior Tribunal Militar (STM). A iniciativa tem como objetivo inserir mulheres em situação de violência doméstica e familiar no mercado de trabalho, fortalecendo as políticas públicas voltadas para a promoção da autonomia feminina. O ACT foi assinado pela secretária da Mulher, Giselle Ferreira, e pelo general Lauro Luís Pires, diretor-geral do STM em exercício. O acordo assegura às mulheres atendidas pelos serviços da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) a prioridade em vagas de contratos de terceirização do órgão militar. Para Giselle Ferreira, a formalização do ACT representa um passo importante para salvar vidas. “A porta de entrada ao mercado de trabalho é a porta de saída da violência doméstica. A independência financeira é fundamental para que a mulher tenha sua renda e autoestima para cuidar de si e de sua família”, destaca. O acordo assegura às mulheres atendidas pelos serviços da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) a prioridade em vagas de contratos de terceirização do órgão militar | Foto: Vinicius de Melo/SMDF Ainda de acordo com os termos de cooperação, as empresas prestadoras de serviços continuados e terceirizados realizarão processo seletivo para contratação das trabalhadoras mediante acesso a cadastro mantido pelas unidades da rede de atendimento às mulheres vinculadas à SMDF, o percentual mínimo de contratação pelos órgãos é de 3% das vagas, podendo chegar a até 8%. Atualmente, por meio das parcerias já estão no mercado de trabalho 140 mulheres terceirizadas nos órgãos. Durante o evento, a secretária Giselle Ferreira apresentou a palestra “Conectando Mulheres ao Mercado de Trabalho” para uma plateia de cerca de 200 servidores e terceirizados. Na ocasião, ela detalhou a estrutura de atendimento às mulheres no DF, incluindo os serviços de acolhimento e empreendedorismo oferecidos pela secretaria. A cerimônia foi encerrada com o discurso da juíza auxiliar do STM Bárbara Lívio, que destacou a relevância da iniciativa e reafirmou o compromisso do STM com a proteção dos direitos das mulheres. “A presença da Secretaria da Mulher aqui demonstra a união do Estado brasileiro, entre os poderes Executivo e Judiciário, em pontos comuns na busca de um país menos violento para as nossas mulheres. Essa é a nossa esperança”, concluiu. *Com informações da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF)
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Aluguel Social concede auxílio financeiro a mulheres vítimas de violência doméstica
Com o objetivo de auxiliar vítimas de violência doméstica em situação de vulnerabilidade social, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou este ano o Aluguel Social, benefício financeiro temporário e complementar no valor de R$ 600 para ser utilizado pelas mulheres para custear moradia. O auxílio é concedido mensalmente às beneficiárias durante seis meses prorrogável por igual período. O recurso é uma forma de amparo e incentivo para que as vítimas saiam do ciclo de violência. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, explica que o benefício permite que a mulher encontre um local seguro, afastando-a do ambiente de violência. “O auxílio financeiro ajuda a promover a autonomia da mulher. Com um novo local para morar, ela pode tomar decisões sobre a vida dela sem a influência ou o controle do agressor. Proporciona um espaço seguro e estável, contribuindo para um ambiente familiar mais saudável”, destaca. “Além de facilitar o acesso a serviços de apoio, como assistência social, atendimento psicológico e capacitação profissional, que são fundamentais para uma recuperação completa”, acrescenta. O Aluguel Social permite que a mulher encontre um local seguro, afastando-a do ambiente de violência | Foto: Arquivo/Agência Brasília Isso foi o que aconteceu com Maria*, 47 anos. Desde 2018, a mulher lida com perseguições de um ex-companheiro que passou a agredi-la e tentar matá-la quando ela quis encerrar a relação. “Ele nunca aceitou o término e começou a perseguição. Eu me mudava e ele ia atrás de mim. Foram várias tentativas de feminicídio. Até que este ano o promotor solicitou um auxílio aluguel. Nem acreditei quando entraram em contato comigo”, conta. Outubro foi o primeiro mês que Maria recebeu o Aluguel Social. “Ele veio como uma luva. Mais do que me ajudar a pagar um lugar para morar foi o pivô de uma virada na minha vida. Foi graças ao Aluguel Social que passei a receber suporte da Secretaria da Mulher. Além do incentivo financeiro, agora eu tenho um apoio psicológico”, afirma. Esse suporte emocional é fundamental para a mulher que desenvolveu transtornos mentais após as situações de violência que vivenciou com o ex-namorado. “Eu precisava muito desse apoio psicológico, porque eu passei a ser uma pessoa insociável e ter pânico de tudo. Isso me atrapalhou até no aspecto profissional. Eu fazia bolos para vender e até isso eu parei porque eu tinha medo de sair”, lembra. Agora, o próximo passo de Maria é se inscrever em um dos programas de capacitação oferecido pelo GDF. Beneficiária do auxílio, ela destaca a importância para as vítimas de violência. “Realmente o Aluguel Social é um benefício muito importante não só para mim, mas para muitas outras mulheres. Porque muitas não têm condições de pagar um aluguel, então acabam ficando com o cara e se sujeitando pela dificuldade financeira”, comenta. Como solicitar o Aluguel Social Regulamentado pelo Decreto nº 45.989/24 e de responsabilidade da Secretaria da Mulher, o benefício é voltado para mulheres vítimas de violência doméstica no DF que sejam atendidas pelos equipamentos da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência. O recurso deve ser utilizado exclusivamente para despesas de moradia. Todas as beneficiárias são acompanhadas continuamente durante o período do recebimento do auxílio Para solicitar o benefício, a solicitante precisa ter uma medida protetiva vigente e fazer o pedido em um dos equipamentos da pasta, como a Casa da Mulher Brasileira, os Centros Especializados de Atendimento às Mulheres (Ceams), os Espaços Acolher e os Comitês de Proteção da Mulher. A concessão será avaliada por uma equipe multidisciplinar. O recurso deve ser utilizado exclusivamente para despesas de moradia. Todas as beneficiárias são acompanhadas continuamente durante o período do recebimento do auxílio. Entre as obrigações, estão a apresentação mensal de documentos que comprovem o uso do recurso para o aluguel, a participação em atendimentos psicossociais conforme determinado no Plano de Atendimento Personalizado e a inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). * Nome fictício para preservar a identidade da vítima
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‘Conversa com Eles’ debate violência doméstica com trabalhadores da construção civil de Samambaia
O pedreiro Francisco Pereira, 35 anos, morador de Samambaia, vivenciou várias situações de violência doméstica, inclusive, durante sua adolescência, dentro da sua própria casa. “Eu cresci vendo minha mãe sendo agredida pelo meu pai. Vivemos agora uma outra época, mas parece que a cabeça dos homens não mudou. É muito importante conscientizar nós, homens, em relação ao respeito e à prevenção da violência contra a mulher”, disse. “De maneira lúdica, os trabalhadores da construção civil são sensibilizados quanto à importância de todos lutarem contra a violência. Esse diálogo ajuda a romper com a violência a que muitos podem ter sido submetidos, em algum momento da vida, e a evitar que seja reproduzido por eles contra as mulheres”, explica a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani | Fotos: Jhonatan Vieira/Ascom Sejus Francisco foi um dos 45 participantes da sétima edição do projeto Conversa com Eles, realizado nesta quinta-feira (7) no canteiro de obras da empresa Profix Engenharia, em Samambaia. Fruto de parceria da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF), a iniciativa tem como objetivo dialogar com os trabalhadores civis para conscientizar sobre a necessidade de eliminação da violência doméstica, com ações de prevenção e combate à violência e orientação sobre a adequada solução de conflitos. O pedreiro Francisco Pereira, 35 anos, morador de Samambaia, vivenciou várias situações de violência doméstica, inclusive, durante sua adolescência, dentro da sua própria casa Desde abril deste ano, quando se iniciou a atividade, 761 homens já participaram destes bate-papos de conscientização. “Essa é a nossa proposta: trabalhar em conjunto com os homens, para que possam somar com a gente, e o ciclo de violência contra as mulheres seja quebrado”, explica a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “De maneira lúdica, os trabalhadores da construção civil são sensibilizados quanto à importância de todos lutarem contra a violência. Esse diálogo ajuda a romper com a violência a que muitos podem ter sido submetidos, em algum momento da vida, e a evitar que seja reproduzido por eles contra as mulheres”. O mestre de obras Balbino Neves, 60 anos, que atua há dois anos na obra da Profix, elogiou a iniciativa e disse que vai replicar os temas abordados no Conversa com Eles em outros ambientes. “As informações que eu recebi aqui nesta palestra vou levar para minha família e, principalmente, para outros amigos. Chega de violência contra as mulheres”, disse. Papo-reto Durante a apresentação, o palestrante Bruno Abreu, da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), da Sejus, citou versos de uma canção sertaneja para que a plateia compreendesse como uma letra pretensamente romântica pode deturpar a visão que se tem da mulher. Por meio de outros recursos lúdicos, como vídeos educativos, o pedagogo fez os trabalhadores civis refletirem sobre o fato de que a violência se manifesta de diversas formas e não apenas impacta as mulheres, mas a sociedade, uma vez que é estruturante da desigualdade de gênero. “Esse tipo de iniciativa traz entendimento para questões que esses operários, muitas vezes, não têm noção de que é algo tão próximo e de impacto tão grande. É uma união de forças: a Sejus tem toda essa base de informações e de conteúdo e o Sinduscon chega com esses canteiros onde tem pessoas que precisam escutar o que vocês têm a dizer sobre essa nossa realidade”, ressalta a gerente técnica do Sinduscon-DF, Karine Chagas. Direito Delas O Conversa com Eles é uma iniciativa dentro do Direito Delas, programa criado pela Sejus para atender mulheres em situação de violência e seus familiares, crianças e adolescentes de 7 anos a 14 anos vítimas de estupro e vítimas de crimes contra a pessoa idosa. O programa oferece atendimento social, psicológico e jurídico em dez núcleos: Plano Piloto, Ceilândia, Guará, Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia e Estrutural. Desde novembro de 2023, quando foi criado, o programa já amparou 1.258 vítimas diretas e indiretas de violência doméstica e familiar em 4.780 atendimentos. *Com informações da Sejus-DF
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Combate à violência doméstica é tema de capacitação para servidores
O Núcleo Judiciário da Mulher, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), promoveu nesta quarta-feira (6) a terceira etapa do curso Maria da Penha vai à Sedes. Com o objetivo de capacitar servidores da pasta, a iniciativa faz parte dos esforços do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater a violência doméstica contra as mulheres. A capacitação foi direcionada para cerca de 30 servidores – a maioria, mulheres – de unidades públicas de assistência social, como Cras, Creas, Centros Pop e unidades de acolhimento, que atendem a população em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Nesta terceira etapa, a equipe do TJDFT abordou temas como avaliação e gestão de riscos em casos de violência doméstica, tipos de violência, discussão de casos reais e medidas protetivas, entre outros assuntos. O evento abordou temas como avaliação e gestão de riscos em casos de violência doméstica, tipos de violência, discussão de casos reais e medidas protetivas | Fotos: Divulgação/ Sedes “É fundamental uma capacitação como esta, especialmente considerando que a violência contra a mulher está profundamente enraizada em nossa sociedade”, afirma Luisa Carvalho, assistente social da Gerência de Serviço de Acolhimento para Crianças, Adolescentes e Jovens da Sedes (Geacaj) e uma das participantes do encontro. “Precisamos estar sempre com todas as ferramentas de trabalho bem alinhadas, para que, ao recebermos situações de violência doméstica, possamos atendê-las da melhor forma possível e minimizar os danos causados às nossas meninas e mulheres”, acrescenta. A secretária substituta de Desenvolvimento Social, Jackeline Canhedo, destacou que “a capacitação busca não apenas combater esses crimes, mas também enfrentar todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres.” “A Sedes tem se dedicado a ações de formação em parceria com o Núcleo Judiciário da Mulher, utilizando a metodologia do programa Maria da Penha vai à Escola, coordenado pelo Tribunal de Justiça do DF, entre outras instituições”, acrescenta. Lei Maria da Penha A Lei nº 11.340, de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, define a violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, além de danos morais ou patrimoniais, quando ocorrida no âmbito da unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima de afeto, independentemente da orientação sexual. A lei visa exclusivamente proteger mulheres vítimas de violência doméstica, independentemente de o agressor ser homem ou mulher. Caso você presencie ou sofra violência doméstica, pode denunciar diretamente nas delegacias de polícia, preferencialmente nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams), que funcionam 24 horas por dia, ou pelos seguintes telefones: 190 (Polícia Militar do DF), 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 197 (Disque Denúncia). A vítima também pode notificar o caso em qualquer serviço de saúde, educação, assistência social e outros órgãos de proteção e defesa. *Com informações da Sedes
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Programa de Prevenção à Violência Doméstica é instituído no Distrito Federal
Nesta segunda-feira (7), a Secretaria da Mulher assinou a portaria que institui o Programa de Prevenção à Violência Doméstica (PPV), durante a entrega de certificados de conclusão do PPV à primeira turma com 98 aprendizes do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). A proposta central do programa é prevenir a violência doméstica no âmbito familiar, abordando o tema de forma ampla e abrangente, com destaque para cinco eixos principais. A portaria foi assinada pela secretária da Mulher, Giselle Ferreira, que salientou para o público presente os números alarmantes de 1.463 feminicídios no Brasil em 2023 e a importância da educação de jovens para a construção de um futuro mais seguro para as mulheres. “A violência não está distante de nós, pode acontecer com pessoas próximas de todos aqui, temos que nos envolver e prestar atenção não só à violência física, mas à psicológica, moral, patrimonial e sexual,” completou. Giselle Ferreira: “A violência não está distante de nós, pode acontecer com pessoas próximas de todos aqui” | Fotos: Vinícius de Melo/ SMDF O supervisor regional do DF e Entorno do CIEE, Ismael Ângelo, destacou que ações como essa vão refletir no dia a dia da sociedade e dos nossos estudantes: “O programa é a forma prática de aplicar de fato o que a gente tanto fala, que é o respeito pelo próximo, e aqui, com foco nas mulheres. Vamos dar seguimento ao calendário para contemplar 100% dos nossos aprendizes, que hoje no DF somam 2 mil jovens.” Com carga horária de 8 horas por eixo, o PPV é coordenado pela Assessoria Especial de Políticas Públicas para Homens da SMDF e conta com a colaboração de diversos órgãos do GDF e do governo federal, além de parcerias com organizações da sociedade civil e do setor privado. Com destaque para o envolvimento dos homens, o principal foco é a educação de jovens e adultos. Salomão Pereira gostou de participar da oficina e aprender sobre “tipos de violência que muitas vezes nem sabemos que existem” Para Salomão Pereira, morador de Recanto das Emas, de 19 anos, que presenciou na sua infância agressões familiares, receber o certificado do PPV, foi mais um passo para o futuro sem violência. “Acho essas oficinas bem interessantes para conscientizar os jovens, e nos ensinar sobre os tipos de violência, que muitas vezes nem sabemos que existem”, arrematou. Eixos do programa O programa aborda em seus cinco eixos a prevenção e conscientização sobre violência por meio de políticas educativas voltadas para jovens de 15 a 21 anos, com oficinas, jogos e atividades lúdicas realizadas tanto dentro quanto fora das escolas. Também trabalha com homens adultos que não cometeram violência, informando-os sobre a legislação de proteção à mulher e incentivando-os a serem multiplicadores dessas informações em suas comunidades. Além disso, o programa oferece acolhimento e reabilitação para agressores, com foco em educação, capacitação profissional e reintegração no mercado de trabalho. Ele também promove rodas de conversa com homens de diferentes segmentos e iniciativas voltadas à saúde masculina, levando orientações sobre cuidados para locais de grande concentração de homens, como canteiros de obras e oficinas mecânicas. *Com informações da SMDF
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Projeto oferece tratamento a vítimas de violência doméstica que sofreram danos bucais
A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) firmou parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Odontologia (Abeo), o Centro Universitário Iesb e o Hospital Odontológico de Brasília (CIR) para atuação, com a Polícia Civil (PCDF), no programa Volte a Sorrir. O projeto é destinado ao tratamento e ao acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica que sofreram danos bucais. A expectativa é que sejam atendidas cerca de 30 mulheres por mês. Arte: DPDF De acordo com a portaria conjunta nº 04, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em abril, a DPDF ficou incumbida de elaborar o edital de credenciamento para instituições que possuem interesse em contribuir com a recuperação da autoestima das vítimas de violência doméstica, recepcionando e acolhendo as mulheres, por meio da Subsecretaria de Atividade Psicossocial (Suap). Além disso, a Defensoria Pública é responsável por realizar o cadastro e a triagem das vítimas encaminhadas pela PCDF e direcionar as mulheres às instituições credenciadas para a realização do tratamento. A Polícia Civil, por sua vez, executa a perícia odontológica nas vítimas de violência doméstica, a fim de verificar os danos provenientes das agressões. Para a subdefensora pública-geral, Emmanuela Saboya, a concretização das novas parcerias no programa Volte a Sorrir será fundamental para garantir a dignidade das vítimas de violência doméstica. “Essa iniciativa vai muito além das questões legais, assegurando a oportunidade de essas mulheres tratarem também os danos físicos e psicológicos ocasionados pela violência. As parcerias vão auxiliar na recuperação da autoestima e do bem-estar das vítimas”, defendeu. A delegada Karen Langkammer, diretora da Divisão Integrada de Atendimento à Mulher da PCDF, explica que a violência doméstica deixa marcas profundas, muitas vezes visíveis e duradouras para as mulheres. “Essa iniciativa visa não apenas reparar lesões físicas, mas também restaurar a autoestima e contribuir para a superação desse momento doloroso. Com atendimento humanizado e especializado, o objetivo é proporcionar às vítimas o cuidado que merecem, fortalecendo sua jornada de reconstrução e retomada da própria vida”, concluiu. *Com informações da DPDF
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Segurança Pública institui Medalha Mulher Mais Segura
A Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) passará a reconhecer e valorizar ações e serviços prestados no combate à violência contra a mulher e à violência doméstica e familiar por meio da entrega de medalhas. O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (10) institui a Medalha Mulher Mais Segura, por meio do programa DF Mais Seguro. O objetivo é o reconhecimento público para incentivar práticas de proteção e defesa das mulheres. “A criação da Medalha Mulher Mais Segura é um marco histórico no reconhecimento daqueles que enfrentam, de frente, a batalha contra a violência doméstica e a opressão das mulheres. Esta condecoração não é apenas um símbolo de mérito, mas um grito de resistência e um chamado à justiça. Não toleraremos nenhuma forma de violência, e aqueles que se destacam na defesa das nossas mulheres terão seu valor gravado na história do Distrito Federal. Esta medalha é mais do que um reconhecimento, é a reafirmação de que a luta pela dignidade, segurança e respeito não é negociável”, ressalta a vice-governadora Celina Leão. O objetivo do reconhecimento é o reconhecimento público para incentivar práticas de proteção e defesa das mulheres | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Valorizar ações e serviços de excelência no enfrentamento desse crime é fundamental para promover a segurança e o bem-estar das mulheres e incentivar novas práticas para o combate da violência de gênero. A medalha não só celebra os esforços de indivíduos e organizações, mas também inspira a continuidade e ampliação de iniciativas eficazes na proteção e defesa das mulheres”, ressalta o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. Para Avelar, ao reconhecer publicamente aqueles que se destacam nessa área, o Governo do Distrito Federal promove um ambiente de incentivo e motivação para que mais pessoas e profissionais se engajem na proteção dos direitos das mulheres. “A condecoração, além de simbolizar reconhecimento e gratidão, contribui para a construção de uma sociedade mais justa, segura e igualitária”, completa. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medalha é um importante reconhecimento para quem trabalha no combate à violência contra a mulher. “A iniciativa valoriza quem se dedica a proteger e cuidar das mulheres em situação de violência, mostrando que essa luta é uma prioridade para o Distrito Federal. Para todas as mulheres, isso significa que elas não estão sozinhas e que o governo está ao lado delas, buscando garantir mais segurança e respeito”. Critérios Para receber a Medalha Mulher Mais Segura, é necessário que o candidato preencha alguns requisitos, como: não ser autor de violência doméstica e familiar ou qualquer ato de violência contra a mulher, não ter sido condenado à pena restritiva de liberdade, por sentença condenatória transitada em julgado; atuar ou ter atuado na proteção e defesa das mulheres em situação de violência; ter bons serviços prestados à Segurança Pública do Distrito Federal; ter realizado ação relevante que motive a indicação, devidamente descrita em proposta de concessão que relata o ato meritório motivador da indicação e ser indicado por algum dos membros do conselho. O agraciado também poderá perder o direito à Medalha Mulher Mais Segura caso tenha cometido – até seis meses após ser agraciado com a comenda – cometer atos contrários à dignidade e à moralidade da sociedade e da mulher desde que devidamente apurados e confirmados em investigação ou procedimento apuratório; tenha sido condenados pela justiça brasileira ou estrangeira, por crime contra a integridade, a soberania nacional ou atentado contra o erário e às instituições; tiverem seus direitos políticos suspensos ou seus mandatos eletivos cassados; recusarem ou devolverem as condecorações que lhes hajam sido conferidas, os agraciados que, devidamente cientificados; a contar da data da solenidade de entrega do diploma e condecoração, não manifestarem interesse na condecoração outorgada; o agraciado que, sem justificativa, deixar de comparecer para o recebimento da condecoração terá, após seis meses da data da solenidade de entrega, cancelado o ato que concedeu a Medalha Mulher Mais Segura, independente de decisão do conselho. Mulher Mais Segura A criação da condecoração integra o eixo Mulher Mais Segura, do programa DF Mais Seguro – Segurança Integral contempla um eixo exclusivo para tratar dessa temática: o Mulher Mais Segura. O segmento reúne medidas preventivas e tecnológicas voltadas à proteção da mulher e ao combate à violência doméstica e familiar. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF)
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Complexo Penitenciário da Papuda recebe ação sobre violência doméstica
Como parte das atividades do Agosto Lilás, a Secretaria da Mulher (SMDF), em colaboração com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), promoveu ação educativa no Complexo Penitenciário da Papuda nesta quarta-feira (26), introduzindo o Espaço Acolher no ambiente prisional. O objetivo foi aumentar a conscientização sobre violência doméstica, promovendo reflexão e apoiando a construção de uma sociedade mais justa e livre de agressões. Equipes das secretarias da Mulher e de Segurança Pública, além de representantes do MPDFT, incentivam reflexões sobre a gravidade da violência | Foto: Divulgação/Seape “Enfrentar a violência contra a mulher é uma responsabilidade coletiva” Giselle Ferreira, secretária da Mulher A atividade contou com a participação de 30 internos, todos envolvidos em casos de violência doméstica. Foi discutida a responsabilidade dos autores de violência, os impactos sobre as vítimas e a importância da mudança de comportamento para romper o ciclo de agressões. Também foi oferecida a possibilidade de dar continuidade aos encontros, sugestão prontamente acatada pelos envolvidos, que assinaram os termos de anuência e interesse. “Enfrentar a violência contra a mulher é uma responsabilidade coletiva”, declarou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. “O Governo do Distrito Federal tem trabalhado em conjunto e de forma transversal para transformar essa realidade. Ao levar o Espaço Acolher ao sistema prisional, buscamos conscientizar os autores de violência e oferecer um espaço de reflexão para a transformação de condutas.” Acompanhamento A psicóloga Paloma Fernandes, da SMDF – que participou da ação junto aos psicólogos Rodrigo Dantas e João Milton, também da secretaria – ressaltou a importância da ação: “A conscientização e o acompanhamento psicológico são essenciais para que os internos compreendam a gravidade de suas ações e trabalhem na mudança de comportamento. Esta iniciativa é um passo significativo para a reabilitação e prevenção de novas agressões”. Também estiveram presentes as promotoras de justiça Gabriela Gonzales e Andréa de Carvalho, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), e o delegado de polícia Marcelo Zago, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). A presença de diferentes profissionais e a abordagem humanizada tiveram como foco a premissa de que enfrentar a violência doméstica vai além da punição, envolvendo também educação, conscientização e acolhimento. Espaço Acolher Anteriormente distribuídos nas unidades do Núcleo de Atendimento à Família e ao Autor de Violência Doméstica, os espaços Acolher são unidades de atendimento que oferecem suporte multidisciplinar a homens e mulheres envolvidos em situações de violência doméstica e familiar contra mulheres, conforme especifica a Lei Maria da Penha. Proporcionam um ambiente de escuta, reflexão e empoderamento para mulheres em situação de violência e trabalham na responsabilização e reeducação dos autores de violência. O acesso aos serviços pode ser feito por encaminhamento do Judiciário ou Ministério Público, ou ainda de forma espontânea, mediante apresentação de documentos pessoais e, se disponível, o número do processo judicial. Atualmente, há nove espaços Acolher em funcionamento no Distrito Federal. Confira os endereços. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Agosto Lilás: Live aborda formas de violência contra a mulher e estimula a denúncia
Nesta terça-feira (27), a Secretaria de Economia (Seec-DF) ofereceu aos servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) a palestra Agosto Lilás – Formas de Violência contra a Mulher e Prevenção. Conduzido pela diretora da Divisão Integrada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil (Diam/PCDF), delegada Karen Langkammer, o debate foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do órgão e está disponível para interessados. Diretora da Divisão Integrada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil, a delegada Karen Langkammer conduziu a palestra Agosto Lilás – Formas de Violência contra a Mulher e Prevenção | Foto: Divulgação/ Seec-DF A iniciativa visou sensibilizar a sociedade sobre a importância do combate à violência doméstica contra a mulher. Durante a transmissão, a delegada Karen destacou sinais de relacionamentos abusivos e diversas formas de violência, enfatizando o conhecimento como uma ferramenta essencial para o enfrentamento. “Mulher, você é capaz e merece ser feliz. Se no momento você estiver insegura e não tiver coragem de denunciar, outra pessoa pode fazer isso por você” Karen Langkammer, diretora da Divisão Integrada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil “Muitas vezes, a violência começa de forma sutil e sem o devido entendimento. As vítimas podem não reconhecer os abusos, o que reforça a necessidade de educação e conscientização”, destacou. “É essencial que as mulheres estejam atentas aos sinais de abuso e conheçam os recursos disponíveis para buscar ajuda. O conhecimento é uma das armas mais poderosas que temos para combater a violência de gênero.” O empoderamento feminino no contexto da violência doméstica foi abordado como uma estratégia crucial para fortalecer as mulheres, permitindo que resistam e superem situações de abuso. Segundo a delegada Karen, promover a autoestima e a autonomia feminina é fundamental para quebrar ciclos de violência e garantir que as mulheres possam viver com dignidade e segurança. “Mulher, você é capaz e merece ser feliz. Se no momento você estiver insegura e não tiver coragem de denunciar, outra pessoa pode fazer isso por você. Vamos cuidar uns dos outros”, completou. A delegada ressaltou a importância de ações concretas e da criação de políticas públicas eficazes que possam proporcionar suporte real às vítimas. Na oportunidade, ela destacou o programa Viva Flor, criado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). Durante o evento, foram abordadas leis de proteção às mulheres, como a Lei do Feminicídio (13.104/15) e a Lei Maria da Penha (11.340/06). A delegada também enfatizou o papel crucial da saúde mental no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica, destacando que o apoio psicológico é fundamental para a recuperação das vítimas, ajudando-as a lidar com o trauma e a reconstruir suas vidas. Presencialmente, participaram da palestra o secretário de Economia, Ney Ferraz; a chefe de gabinete da Seec-DF, Ledamar Souza Resende, e o secretário-executivo de Qualidade de Vida, Epitácio Junior. “É um momento importante para todos, principalmente para nossos servidores. A palestra foi muito esclarecedora e reforça nosso papel de combater toda e qualquer violência contra as mulheres”, reforçou Ferraz. Uma equipe da Secretaria da Mulher (SMDF) esteve presente e, ao final da palestra, entregou a todos materiais gráficos com esclarecimentos e indicações de pontos de apoio para fazer a denúncia. Conscientização O Agosto Lilás é uma campanha realizada no Brasil durante este mês para promover a conscientização sobre a violência contra a mulher. A data foi escolhida em homenagem à Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 7 de agosto de 2006. Canais de denúncia • Polícia Militar – 190 • Disque Denúncia (telefone ou WhatsApp) – 197 • Ou presencialmente em qualquer delegacia do Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Economia
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Escola de Planaltina recebe palestras sobre violência doméstica
Em um esforço para combater a violência doméstica e levar conhecimento à população do Distrito Federal, a Secretaria da Mulher (SMDF) está promovendo palestras educativas em escolas da rede pública de ensino. Nesta quinta (15) e sexta-feira (16), como parte da campanha Agosto Lilás, 310 alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 2 de Planaltina vão receber informações sobre a Lei Maria da Penha e o enfrentamento à violência contra a mulher. São adolescentes do 6º e 7º ano, com idades entre 12 e 15 anos. “A partir da educação, nossos jovens estarão preparados para identificar e combater os vários tipos de violência de gênero existentes”, afirma a secretária da Mulher, Giselle Ferreira | Foto: Samuel Marques/ SMDF Com uma abordagem adaptada para o público jovem, utilizando linguagem acessível e atividades interativas para garantir o engajamento, a ação busca conscientizar e educar sobre a importância de enfrentar a violência contra a mulher. Além disso, a iniciativa visa sensibilizar os estudantes sobre a realidade da violência doméstica e familiar, incentivando a construção de uma cultura de respeito e igualdade desde a juventude. Durante o Agosto Lilás, a Secretaria da Mulher reforça a importância de educar para combater a violência doméstica. Para a secretária Giselle Ferreira, a educação é o primeiro passo para construir uma sociedade mais segura e justa para todas as mulheres. “Ao levarmos esse tema para o ambiente escolar, estamos fomentando o conhecimento e a prevenção entre os alunos. A partir da educação, nossos jovens estarão preparados para identificar e combater os vários tipos de violência de gênero existentes”, ressalta. A iniciativa também busca fomentar a cultura do respeito e alertar para os sinais de violência. Segundo a professora Ivana Lima, do CEF 02, as palestras se mostraram muito importantes, pois os alunos demonstram um forte interesse pelo assunto. “Os jovens comentam e perguntam sobre a violência de gênero. Quando todos se unem para ensiná-los como combater e onde denunciar, eles levarão essas informações para casa e para a vida”, comenta. *Com informações da Secretaria da Mulher
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