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Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas)

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Após longo tratamento, lobo-guará é devolvido à natureza

Sensação de voltar para casa. Foi o que viveu o lobo-guará que estava internado em tratamento no Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre (Hfaus), do Instituto Brasília Ambiental, desde 29 de setembro. Na tarde desta sexta-feira (7), ele foi devolvido à natureza na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama Cabeça de Veado. Depois de dois meses e sete dias “fora de casa”, mesmo sendo um animal adulto, o retorno foi cercado de todos os cuidados necessários. A devolução foi feita por equipe técnica com representantes do Brasília Ambiental, do Hfaus e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Devolução foi realizada por equipe técnica com representantes do Brasília Ambiental, do Hfaus e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental O gerente de fauna do Brasília Ambiental, Rodrigo Santos, lembra a importância de hospitais como o Hfaus, que tem capacidade atualmente para comportar até quatro lobos-guará. “Espaços como o Hospital e o Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre, o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) têm um papel muito importante para que consigamos recuperar esses animais e retorná-los à natureza. Por serem predadores, topo de cadeia, eles têm uma importância ecológica fundamental no meio ambiente. São reguladores de ambientes, então, poder retorná-los é uma grande vitória”, ressaltou. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou o trabalho de excelência que vem sendo feito no Hfaus. “O nosso Hfaus é o primeiro hospital público do Brasil, exclusivo para o atendimento da fauna silvestre, o que o torna uma referência nacional em seu modelo de tratamento. Mantém atendimento especializado 24 horas com uma equipe qualificada. É um sonho que virou realidade e mostra um governo, efetivamente, comprometido com a causa ambiental”, disse. A equipe técnica enfatiza que a devolução de fauna silvestre à natureza, após tratamento, é um processo criterioso e multifacetado. Envolve resgate, tratamento veterinário, reabilitação comportamental e seleção de um local de soltura adequado. Tudo isso para garantir que o animal tenha condições de sobreviver e de se reproduzir em seu ambiente natural. Resgate e Tratamento O lobo-guará devolvido à natureza foi resgatado pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), no dia 29 de setembro, após ser encontrado debilitado e vagando em uma rua sem saída da Ponte Alta do Gama. Deu entrada no Hfaus pesando 24 quilos, com sangramento na cavidade oral e em estado de inconsciência leve. Rôney Nemer: “O nosso Hfaus é o primeiro hospital público do Brasil, exclusivo para o atendimento da fauna silvestre, o que o torna uma referência nacional em seu modelo de tratamento" Foram realizados exames básicos de triagem como: hemograma, bioquímico, ultrassom abdominal, exame de fezes, avaliação cardiológica, exames para doenças infectocontagiosa como cinomose e parvovirose e doenças hemotaparasitária. Os exames acusaram positivo somente para erliquiose, mais conhecida como doença do carrapato. O lobo-guará foi submetido a tratamento para ehrlichia — agente etiológico da doença do carrapato — e tratamento cirúrgico periodontal, porque foi encontrado com uma fratura de dente. O tratamento dentário foi feito pela equipe da OdontoZoo. Segundo os técnicos do Hfaus, ao que tudo indica, o lobo- guará poderia estar vivendo em local que existiam cães domesticados ou de rua ao seu redor, uma vez que a erliquiose é uma doença mais comum em cães domésticos. *Com informações do Brasília Ambiental

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Filhotes de arara resgatados em situação de maus-tratos recebem cuidados no Hfaus

As duas ararinhas não param quietas: bicam a grade, batem as asas, emitem gritos que ecoam pelo Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus) inteiro. Elas foram resgatadas em situação de maus-tratos em uma agropecuária localizada no Sol Nascente. Segundo o biólogo Thiago Marques, em duas semanas as aves devem ser encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde passarão por testes de voo e comportamento antes de uma possível reintrodução à natureza. “As araras chegaram no dia 23 de setembro, entregues pela Polícia Civil após uma denúncia. Aqui, ajustamos a alimentação, iniciamos a suplementação e o acompanhamento veterinário diário, mantendo controle de temperatura e limpeza constante. Agora elas estão bem, crescendo e começando a emplumar”, explica o biólogo que acompanha a rotina das aves desde a chegada. O resgate das ararinhas do cativeiro até o Hfaus foi resultado de uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) que investigava a venda ilegal de aves após denúncia de uma protetora. Segundo o delegado-chefe Jônatas Silva, a equipe marcou um encontro com o suspeito, deslocou-se até a agropecuária indicada e encontrou os filhotes presos. O resgate das ararinhas do cativeiro até o Hfaus foi resultado de uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) que investigava a venda ilegal de aves após denúncia de uma protetora | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Os animais estavam dentro de uma caixa de papelão pequena em um banheiro sujo. Dentro da caixa havia bastante fezes e fazia muito calor. Duas pessoas foram presas pelo crime de maus-tratos animais, cuja pena varia de 3 meses a 1 ano de detenção. Eles foram levados à delegacia, onde assinaram o termo circunstanciado”, explica o delegado. Atendimento 24 horas O caso dessas duas aves é apenas um entre tantos que chegam ao hospital, muitas vezes após resgates realizados pela Polícia Civil e órgãos ambientais. O Hfaus funciona 24 horas por dia e se tornou referência na reabilitação da fauna do DF. Desde a inauguração, em março de 2024, já recebeu mais de 3,4 mil animais silvestres vítimas de atropelamentos, queimadas, tráfico e maus-tratos. Segundo o biólogo Thiago Marques, em duas semanas as aves devem ser encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama, onde passarão por testes de voo e comportamento antes de uma possível reintrodução à natureza “Muita gente ainda quer ter esses animais em casa como pets, mas eles não são bichos de estimação. O contato com animais silvestres assim aumenta o risco de transmissão de doenças entre animais e pessoas, como herpes, febre amarela, leishmaniose, pulgas, carrapatos e outros parasitas. Além disso, nem sempre conseguimos medir os impactos que essa interação causa na fauna silvestre", afirma Thiago. Delegacia pioneira Para combater crimes como o tráfico de aves e o maus-tratos animais, a população conta com a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA), especializada em investigar denúncias de comércio ilegal e crueldade contra a fauna. O Governo do Distrito Federal foi pioneiro ao criar a unidade, em agosto de 2023, tornando o DF referência no enfrentamento desse tipo de crime. Quem souber de algum caso de maus-tratos aos animais pode denunciar diretamente à PCDF, no telefone 197. “Sempre que tiverem conhecimento de pessoas anunciando animais silvestres, façam a gravação da tela e entreguem para a polícia. Nossa delegacia foi criada justamente para que possamos investigar de forma mais incisiva e rápida. Com isso, conseguimos garantir que crimes não passem impunes e que a sociedade tenha respostas rápidas”, garante o delegado.

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Recadastramento para criadores de pássaros silvestres tem prazo definido

A edição desta sexta-feira (12) do Diário Oficial do Distrito Federal conta com a publicação da Instrução Normativa (IN) nº 20/2025, que estabelece o período de 1º de outubro de 2025 a 31 de março de 2026 para o recadastramento de criadores amadores de passeriformes nativos do Distrito Federal. O recadastramento é exigência legal para quem está irregular no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (SisPass). A medida busca regularizar a atividade e reforçar a proteção da fauna silvestre. A norma define que os criadores amadores deverão, dentro do prazo, regularizar suas licenças ou solicitar o cancelamento da licença, mediante exclusão das aves do plantel no sistema. O processo exige que o interessado mantenha um cadastro ativo na plataforma Gov.br. Criadores devem se recadastrar até 31 de março de 2026 | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Segundo a IN, os criadores amadores que manifestarem interesse em manter a atividade deverão apresentar os seguintes documentos: solicitação da regularização da licença pendente no Sispass, devidamente preenchida e assinada; documento oficial de identificação com foto; CPF; e comprovante de residência emitido nos últimos 60 dias. O pagamento de todas as licenças pendentes até a temporada 2025/2026 também é obrigatório. Já o criador que optar pelo encerramento voluntário da atividade durante o período estabelecido deverá solicitar o cancelamento da licença e a exclusão das aves do plantel, apresentando documento oficial de identificação com foto e declaração de desistência da atividade, devidamente preenchida e assinada, conforme Anexo II da publicação. Além disso, o criador deverá entregar as aves voluntariamente ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-DF) e apresentar o respectivo Termo de Recebimento de Animais (TRA). Caso não esteja mais de posse das aves e desconheça seu paradeiro, deverá preencher declaração conforme Anexo III. O recadastramento busca regularizar a atividade e reforçar a proteção da fauna silvestre “O recadastramento não apenas organiza o setor, mas também fortalece as políticas de proteção da fauna e preservação do Cerrado, assegurando equilíbrio entre tradição e sustentabilidade”, ressalta a vice-governadora do DF, Celina Leão. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, lembra que a medida reforça o compromisso da autarquia com a legalidade e a preservação da fauna. “Queremos oferecer aos criadores a oportunidade de se regularizarem, garantindo que a atividade seja feita de forma responsável e transparente”, afirma. O não recadastramento dentro do prazo estabelecido implicará o cancelamento da licença para criação amadora de passeriformes silvestres e a exclusão do plantel registrado, salvo justificativa fundamentada aceita pela autoridade competente.   *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

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Capivara atropelada no Lago Sul recebe alta do Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do DF

A única sobrevivente entre as 14 capivaras vítimas de um atropelamento em 10 de julho no Lago Sul recebeu alta nesta sexta-feira (1º). O filhote foi tratado no Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do Distrito Federal (Hfaus) e encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde será avaliado se apresenta condições de ser reintroduzido à natureza. Capivaras estão entre os animais silvestres encaminhados ao Cetas para tratamento após acidentes | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Na ocasião do resgate, outro animal ferido e assustado foi socorrido nas imediações e levado ao hospital. Após um mês de tratamento, a capivara que sobreviveu apresentou bons instintos de sobrevivência, além das condições clínicas favoráveis para a liberação. O biólogo Thiago Marques, responsável pelo Hfaus, informa que o animal chegou à unidade com escoriações no corpo, desidratação, pressão baixa e sinais de traumatismo cranioencefálico (TCE). “Para evitar qualquer risco de derrame, já entramos com a hidratação e os medicamentos específicos”, explica Thiago. “Com a observação constante e os cuidados da equipe, ela conseguiu se recuperar.” A  capivara também foi vermifugada para retornar saudável ao habitat natural. [LEIA_TAMBEM]A equipe multidisciplinar do hospital acompanhou de perto o processo de recuperação do filhote, que chegou também com um sangramento na orelha. Com a reposição de sangue, fluidoterapia, antibióticos, analgésicos e outros cuidados, o quadro melhorou. “Nos primeiros dias, ela nem conseguia se manter em pé, mas, com o tratamento, passou a se alimentar sozinha e hoje já está estável”, relata a veterinária residente do Hfaus, Gabrielle Moura. No Cetas, o animal vai passar por uma avaliação para aferir se possui boas habilidades locomotoras e se está se alimentando corretamente. No caso das capivaras, que são animais gregários - vivem em grupos ou bandos -, também será avaliado se o indivíduo tratado apresenta condições de viver em grupo. Convivência em tempos de seca Animal é transportado para tratamento: hospital dispõe de equipe multidisciplinar  “Ao encontrar um animal silvestre ferido ou em casa, não tente expulsá-lo: acione os órgãos ambientais. Essa postura pode salvar vidas” Thiago Marques, biólogo do Hfaus Outros animais também receberam alta do Hfaus nesta sexta-feira (1º). Entre os encaminhados ao Cetas para a reintrodução na natureza, estavam um saruê, uma jiboia, alguns jabutis e diversas espécies de aves - entre elas, araras, papagaios, uma curicaca e um tucano. O período de estiagem aumenta o risco de atropelamentos, já que os animais deixam áreas afetadas pelas queimadas em fuga ou, ainda, em busca de alimento e água, muitas vezes chegando ao meio urbano. “Entrando na cidade, que não é um ambiente para eles, pode ter uma série de possibilidades de se machucarem em conflitos com os humanos ou animais domésticos”, reforça Thiago Marques. “Durante esse período, o que a gente pede é carinho, atenção e cuidado, porque a empatia pelos animais é o que faz diminuir esses acidentes. Ao encontrar um animal silvestre ferido ou em casa, não tente expulsá-lo: acione os órgãos ambientais. Essa postura pode salvar vidas.” O biólogo lembra ainda que as capivaras estão associadas às áreas úmidas, e os locais de travessia normalmente são sinalizados com placas, próximo a pontes ou cursos d'água onde gostam de ficar. O horário de movimentação da espécie varia entre o final da tarde e o começo da manhã, momentos em que é crucial o aumento da atenção, em especial, dos motoristas. Lei do socorro obrigatório Cerca de quatro capivaras deram entrada no Hfaus recentemente, vítimas de outros atropelamentos - uma ainda está em recuperação na unidade. No DF, atropelar um animal silvestre e não prestar socorro, como foi o caso que envolveu as capivaras, é crime. A ação é considerada omissão e pode trazer graves consequências, tanto para o animal quanto para quem não age corretamente. De acordo com a Lei nº 7.283, que dispõe sobre a obrigatoriedade da prestação de socorro aos animais atropelados no DF, sancionada pelo executivo em julho de 2023, todo motorista, motociclista ou ciclista que atropelar qualquer animal, nas vias públicas do Distrito Federal está obrigado a prestar socorro imediatamente. Em caso de acidente, a recomendação é parar em local seguro, sinalizar a via e acionar imediatamente os órgãos competentes: Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros (193), Brasília Ambiental (3214-5637) e Linha Verde do Ibama (0800 61 8080). Trabalho contínuo 2,5 mil Número de animais que passaram por tratamento no Hfaus desde que o centro foi criado, em 2024 O Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre funciona 24 horas por dia, com equipe especializada no tratamento de animais vítimas de atropelamentos, queimadas, tráfico, colisão em vidraças e outros acidentes. Desde a inauguração da unidade, em março de 2024, até maio deste ano, o Hfaus já recebeu e tratou mais de 2,5 mil animais silvestres. A unidade, vinculada ao Instituto Brasília Ambiental e gerida pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV), é a primeira do país a oferecer um atendimento integrado com equipe multidisciplinar e foco na reabilitação com o objetivo de devolver os bichos à natureza após o tratamento. A equipe formada por veterinários, biólogos e outros profissionais, cuida da saúde física, nutricional, comportamental e psicológica dos animais. Mais de 65% dos animais silvestres recebidos nas unidades especializadas do Distrito Federal foram devolvidos à natureza no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, dos 3.806 animais acolhidos pelo Cetas e pelo Ibama, 2.493 foram reabilitados e soltos em seus habitats.  

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